Número: 00209.001214/2011-28 Unidade Examinada: Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão HU/UFMA



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Transcrição:

Número: 00209.001214/2011-28 Unidade Examinada: Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão HU/UFMA

Relatório de Demandas Externas n 00209.001214/2011-28 Sumário Executivo Este Relatório apresenta os resultados das ações de controle desenvolvidas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, cujos trabalhos foram realizados entre 02/07/12 e 17/09/12. Foram analisados itens financiados com recursos repassados à Universidade pelo Ministério da Educação, com o objetivo de verificar a aplicação de recursos federais envolvendo o Programa Brasil Universitário - Ação Funcionamento dos Hospitais de Ensino. Esclarecemos que os executores dos recursos federais foram previamente informados sobre os fatos relatados, por meio do Ofício n.º 37464/CGU-REGIONAL-MA/CGU-PR, de 13/12/12. Principais Fatos Encontrados Ministério da Educação Programa: Brasil Escolarizado Falhas na operacionalização de Plantões Hospitalares (APH): inexistência de planejamento semestral conforme legislação vigente; descumprimento dos plantões pelos profissionais escalados; previsão/cumprimento de jornadas excessivas; Impropriedades nas escalas de plantões hospitalares (APH) pela previsão de realização de plantões em quantidade superior ao máximo legalmente permitido; Descumprimento da Carga Horária pelos profissionais do Quadro do Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal do Maranhão; Profissionais do quadro do HUUFMA mantém vínculos empregatícios com outros entes federativos e com entidades da iniciativa privada; Identificação, nas folhas de presença de servidores do HUUFMA, da realização de jornada de trabalho simultânea à realizada em outro empregador; Sobreposição de jornada de trabalho com a realização de plantões hospitalares que ocasionou prejuízo ao erário; Irregularidades nos pagamentos pela realização de plantão hospitalar: pagamentos de APH sem a devida comprovação da realização dos plantões e/ou em valores divergentes do estipulado, em desacordo com a Lei nº 11.907/2009; Afastamento de Servidora do HUUFMA para cursar Doutorado em outra Unidade da Federação com a percepção de valores indevidos. Principais Recomendações Este Relatório é destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, para a adoção de providências quanto

às situações evidenciadas, especialmente para a adoção de medidas preventivas e corretivas, visando à melhoria da execução dos Programas de Governo. Foram realizadas recomendações aos gestores federais no sentido de implementar sistema de controle interno que contemple: planilhas com as previsões semestrais do quantitativo de plantões necessários ao desenvolvimento ininterrupto das atividades hospitalares; o acompanhamento dos plantões efetivamente realizados, de modo a garantir o desenvolvimento ininterrupto das atividades hospitalares, mesmo no caso de ausências dos profissionais escalados, e impedir a realização de jornadas superiores ao permitido na legislação vigente; o acompanhamento da jornada de trabalho dos profissionais lotados no HUUFMA, adotando as devidas providências em caso de descumprimento; e o acompanhamento da efetiva realização de APH pelos profissionais lotados no HUUFMA, baseando-se nestas informações para efetuar os pagamentos relativos ao referido adicional. Recomendou-se ainda a apuração da responsabilidade daqueles que permitiram o cumprimento da jornada de trabalho irregular e dos servidores que preencheram irregularmente as folhas de ponto no período escopo dos exames da presente ação de controle; que solicite dos servidores declaração de que não mantém vínculos empregatícios em desacordo com a legislação vigente, obrigando-os a informar os vínculos atuais com as respectivas cargas horárias e a manter a Administração informada sobre eventuais alterações, sob pena de aplicação de sanções administrativas e penais; a apuração do prejuízo causado pela sobreposição de jornadas no período de Janeiro/2011 a Maio/2012 e o ressarcimento dos valores; a revisão dos pagamentos dos adicionais de plantão hospitalar, procedendo aos devidos ajustes; e o efetivo acompanhamento dos processos de reposição de valores ao Erário envolvendo servidores da Unidade.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE DEMANDAS EXTERNAS Número: 00209.001214/2011-28

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. DAS SITUAÇÕES VERIFICADAS 2.1 MINISTERIO DA EDUCACAO 2.1.1 Programa: Brasil Universitário Ação: Funcionamento dos Hospitais de Ensino 3. CONCLUSÃO

1. INTRODUÇÃO 1.1. Este Relatório apresenta os resultados de ação de controle desenvolvida em função de situações presumidamente irregulares, ocorridas no município de São Luís/MA, apontadas à Controladoria-Geral da União - CGU, que deram origem ao processo nº 00209.001214/2011-28. 1.2. O presente trabalho foi realizado no período de 02/07/2012 a 17/09/2012. 1.3. As situações irregulares apontadas à CGU e examinadas neste trabalho dizem respeito a fatos supostamente irregulares que teriam ocorrido no âmbito da gestão do Hospital Universitário. Sobre isso, a presente ação de controle ocorre em decorrência da apuração de demanda que cita servidores do Hospital como beneficiários de recebimento indevido do APH Adicional de Plantão hospitalar. Além disso, indica a ocorrência de afastamento informal de servidor, sem prejuízo da remuneração. Em síntese a demanda aponta: i) Pagamentos indevidos de Adicional por Plantão Hospitalar (APH) aos servidores das unidades integrantes do Hospital Universitário da UFMA(Materno infantil e Presidente Dutra): percepção por servidor com dedicação exclusiva; e/ou sem a correspondente prestação de serviço extraordinário; ii) Diretores e chefes das diversas unidades do Hospital (informações imprecisas - ausência de nomes completos, ou de informações que permitam identifica-los) coniventes com a situação irregular apontada, inclusive se beneficiando da situação; iii) Afastamento informal de servidora, chefe da obstetrícia - SIAPE 0407162 -, por 2 anos, sem prejuízo da remuneração. 1.4. Os resultados pormenorizados dos trabalhos realizados, organizados por órgão superior e por programa/ação de governo, estão apresentados no item 2, onde estão relatadas as constatações relacionadas às situações contidas nas demandas apresentadas. 2. DAS SITUAÇÕES VERIFICADAS A seguir apresentamos as constatações relacionadas às situações que foram examinadas, agrupadas por Programa/Ação, e vinculadas aos respectivos órgãos superiores. 2.1 MINISTERIO DA EDUCACAO 2.1.1 Programa: Brasil Universitário Ação: Funcionamento dos Hospitais de Ensino Objeto Examinado: Assegurar condições de funcionamento dos Hospitais de Ensino. Agente Executor Local: 151564 HOSPITAL UNIVERSITARIO - HU/FUMA Montante de Recursos Financeiros Aplicados: R$ 0,00 Ordem de Serviço: 201205007 Forma de Transferência: Não se Aplica

2.1.1.1 Situação Verificada A presente ação de controle foi realizada em razão de demanda externa que indicou a possível existência de servidores do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão beneficiando-se de recebimento indevido de Adicional de Plantão Hospitalar (APH). Por meio da presente informação visa-se quantificar os valores pagos a título de APH no âmbito do HUUFMA durante o período escopo dos exames. INFORMAÇÃO Quantitativo de pagamentos de APH (Adicional por Plantão Hospitalar) aos servidores do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão durante o Exercício de 2011 e o período Janeiro - Maio do Exercício de 2012. a) Fato: O objeto de exame da presente ação de controle contemplou a apuração de demanda quanto ao pagamento de APH - Adicional de Plantão Hospitalar aos servidores do HUUFMA e seu escopo de exame compreendeu o período entre Janeiro / 2011 a Maio / 2012. O APH (Adicional por Plantão Hospitalar) é um complemento de salário devido aos servidores em efetivo exercício de atividades hospitalares, pelas atividades desempenhadas em regime de plantão nas áreas indispensáveis ao funcionamento ininterrupto dos hospitais universitários vinculados ao Ministério da Educação, entre outros. O referido adicional foi instituído pela Lei nº 11.907 (Conversão da Medida Provisória nº 441/2008), de 02 de fevereiro de 2009, a qual, em seu Artigo 298 e subsequentes, estipula: a obrigatoriedade da elaboração de escalas semestrais; conceitos de Plantão Hospitalar e Plantão de Sobreaviso; critérios de duração dos plantões; valores dos plantões prestados; etc. Sua regulamentação se deu por meio do Decreto nº 7.186, de 27 de maio de 2010 que, entre outros temas, estabelece a fixação do quantitativo máximo de plantões e a publicidade que deve ser dada às escalas de plantões. Neste período escopo de exames, no âmbito do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, foi prevista a realização, tendo por base as escalas semestrais disponibilizadas pela Unidade Jurisdicionada, de um total de 27.320 (vinte e sete mil, trezentos e vinte) plantões, conforme tabela a seguir: Mês Dias Úteis Nível Médio Plantões Escalas HUUFMA (Jan/2011 Mai/2012) Plantão Presencial Final de Semana Dias Úteis Nível Superior Final de Semana Plantão Sobreaviso Dias Úteis Final de Semana Total jan/11 324 393 303 416 0 0 1436 fev/11 311 383 324 436 4 0 1458 mar/11 304 397 303 437 5 0 1446 abr/11 297 416 294 451 4 0 1462 mai/11 448 422 328 441 4 0 1643 jun/11 490 439 316 435 5 0 1685 jul/11 492 471 296 369 0 0 1628 ago/11 560 445 304 353 5 0 1667 set/11 637 527 343 393 3 1 1904

out/11 554 580 298 466 1 1 1900 nov/11 611 551 305 387 4 1 1859 dez/11 659 541 306 356 5 0 1867 jan/12 610 554 296 336 4 5 1805 fev/12 446 431 180 237 6 2 1302 mar/12 407 423 206 272 4 0 1312 abr/12 435 461 207 304 5 1 1413 mai/12 484 490 230 312 17 0 1533 Total no Período de Exame 27320 A previsão da realização de plantões durante o 1º Trimestre do Exercício de 2011 encontra-se disciplinada na Portaria Normativa MS/Gab nº 5, de 02 de março de 2011 nos termos constantes da tabela a seguir: Mês Dias Úteis Nível Médio Plantão Presencial Final de Semana Portaria Normativa MS/Gab nº 5 Nível Superior Dias Úteis Final de Semana Plantão Sobreaviso Dias Úteis Final de Semana Total autorizado jan/11 279 364 287 477 28 24 1459 fev/11 279 364 287 477 28 24 1459 mar/11 279 364 287 477 28 24 1459 A visualização das tabelas em conjunto permite concluir que a Unidade Jurisdicionada, em relação aos quantitativos, atende o estipulado na Portaria Normativa MS/Gabinete nº 05/2011. No que se refere aos valores dispendidos, a referida Portaria estipulou, para o Exercício de 2011, os valores constantes da tabela a seguir, extrato da tabela LIMITES ORÇAMENTÁRIOS SEMESTRAIS MÁXIMOS DE ADICIONAL DE PLANTÃO HOSPITALAR PARA OS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS do Anexo II da referida norma legal: IFES HOSPITAL VALORES POR HUF Exercício 2011 VALOR DO 1º SEMESTRE (*) VALOR DO 2º SEMESTRE (...) (...) (...) (...) UFMA Hospital Universitário 4.517.586,43 7.355.060,57 (...) (...) (...) (...) TOTAL GERAL 68.667.036,85 111.796.469,87 (*) valor referente aos meses de março a junho de 2011, deduzido o valor referente aos meses de janeiro e fevereiro. A priori, a apropriação de despesas referentes ao APH ADICIONAL DE PLANTÃO HOSPITALAR, se daria, no SIAPE, na rubrica 82692 - ADIC. PLANTAO HOSPITALAR APH. Entretanto, outras rubricas foram avaliadas, em razão da possibilidade de o gestor ter feito a

apropriação em rubrica correlata. A extração dos dados referentes às despesas com Folha de Pagamento (DW-SIAPE) do órgão 26272 (UPAG 000000147), permitiu elaborar o seguinte quadro que contempla as despesas, por mês, do período de exame escopo da presente ação de controle, para as rubricas 28 ADICIONAL NOTURNO, 80 - ADIC.P/SERV.EXTRAORDINARIO-EST e 82692 - ADIC. PLANTAO HOSPITALAR APH, anteriormente citadas: Mês Despesa por Rubrica HUUFMA UPAG 147 I - 1º Semestre 2011 28 Adic Not. 80 Adic Serv. Extraordinário 82692 APH 281.910,19 21.161,35 5.319.145,17 jan/11 49.571,90 8.860,65 864.344,52 fev/11 44.250,75 1.010,77 0,00 mar/11 31.569,28 1.564,68 1.725.838,44 abr/11 60.650,16 1.320,30 861.519,84 mai/11 55.115,67 4.230,77 929.163,96 jun/11 40.752,43 4.174,18 938.278,41 II - 2º Semestre 2011 297.781,42 19.906,98 5.898.401,40 jul/11 58.572,58 0,00 938.290,44 ago/11 40.439,28 0,00 880.075,68 set/11 51.786,80 0,00 946.265,76 out/11 36.394,50 3.701,82 1.032.007,80 nov/11 61.272,49 7.125,72 1.073.067,72 dez/11 49.315,77 9.079,44 1.028.694,00 III - 1º Semestre 2012 223.608,48 18.749,25 4.191.240,62 jan/12 44.331,44 10.387,61 1.055.959,44 fev/12 44.294,13 1.058,28 0,00 mar/12 35.679,23 0,00 1.638.646,20 abr/12 44.303,53 6.028,63 711.688,23 mai/12 55.000,15 1.274,73 784.946,75 Da mesma forma que, no que se refere aos quantitativos de plantões, a visualização das tabelas em conjunto permite concluir que a Unidade Jurisdicionada, em relação aos dispêndios, atende o estipulado nas Portarias Normativas MS/Gabinete nº 05, de 02 de março de 2011 (estabelece limites de quantidade de plantões e valores totais a serem dispendidos com os referidos plantões hospitalares durante o Exercício de 2011) e MS/Gabinete nº 05, de 24 de fevereiro de 2012 (estabelece limites de valores totais a serem dispendidos com plantões hospitalares durante o Exercício de 2012). Para a análise dos pagamentos de APH - Adicional de Plantão Hospitalar aos servidores do HUUFMA, foi solicitado à Unidade que disponibilizasse as escalas de plantão durante o período compreendido entre Janeiro / 2011 e Maio / 2012. De posse destas, verificou-se que: i) durante o referido período, foram destacados 483 (quatrocentos e oitenta e três) profissionais (auxiliares de enfermagem, técnicos de enfermagem, enfermeiros, técnicos de laboratório, médicos)

para garantir o funcionamento ininterrupto do HUUFMA com a realização de plantões hospitalares; ii) a previsão dos plantões respeitou a duração mínima de 12 ininterruptas; iii) existiu a fixação das escalas em locais de acesso direto do público em geral, confirmada em verificação in loco realizada em 22 de agosto de 2012. Ressalte-se que na referida verificação, não restou evidenciada a designação de substitutos; e iv) embora as escalas estivessem presentes ao sítio eletrônico da Unidade Jurisdicionada, um comparativo entre as disponibilizadas em atendimento à Solicitação de Fiscalização nº 201205007 001 e aquelas obtidas por download no referido sítio eletrônico demonstrou divergências significativas quanto aos profissionais escalados para plantão e os períodos em que deveriam cumprí-los. Ciente do presente registro por meio do Ofício nº 37464 CGU-REGIONAL-MA/CGU-PR, datado de 14 de dezembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, por meio do Ofício nº 2135/HUUFMA, de 27 de dezembro de 2012, apresentou a seguinte manifestação: Ratificamos que as escalas de plantões de APH não representam a efetivação dos plantões, mas apenas uma previsão sujeita, portanto a alterações, que são devidamente realizadas quando do lançamento das referidas escalas no SIMEC (Sistema de Monitoramento do Ministério da Educação), sistema controlador do Adicional de Plantão Hospitalar APH em nível nacional. As divergências detectadas estão plenamente justificadas. A manifestação apresentada, quando pertinente, foi considerada por esta equipe de fiscalização nas análises presentes aos demais registros do presente relatório. b) Conclusão sobre a situação verificada: Conforme se verifica da leitura do presente registro, o HUUFMA, durante o período escopo dos exames, previu a realização de 27.320 (vinte e sete mil, trezentos e vinte) plantões e efetivamente dispendeu com sua realização R$ 15.408.787,19 (quinze milhões, quatrocentos e oito mil, setecentos e oitenta e sete reais e dezenove centavos), o que está de acordo com o estipulado na legislação vigente. 2.1.1.2 Situação Verificada A demanda, citada no presente relatório, indicou a possível percepção de valores relativos ao Adicional de Plantão Hospitalar (APH) por servidores sem a correspondente prestação de serviços extraordinários. Em complemento, e baseando-se na legislação vigente, a ação de controle elaborada para testar a situação citada, previu como outros pontos críticos passíveis de falha por parte do gestor: a implementação do APH sem adequado planejamento (escalas semestrais); o descumprimento das escalas pelos profissionais e a ausência de designação de substitutos; o estabelecimento de jornadas que dificilmente seriam cumpridas pelos servidores em razão de sua extensão; etc. CONSTATAÇÃO Falhas na operacionalização de Plantões Hospitalares (APH): inexistência de planejamento semestral conforme legislação vigente; descumprimento dos plantões pelos profissionais escalados; previsão/cumprimento de jornadas excessivas.

a) Fato: De acordo com o Decreto nº 7.186/2010, o APH (Adicional de Plantão Hospitalar) é devido aos servidores em efetivo exercício de atividades hospitalares, desempenhadas em regime de plantão, nas áreas indispensáveis ao funcionamento ininterrupto dos hospitais. Com a finalidade de se avaliar a efetividade da implementação do APH no âmbito do HUUFMA, e em razão da extensão da população de profissionais escalados para cumprimento de plantões hospitalares (483 - quatrocentos e oitenta e três profissionais) durante o período de exame, escopo da presente ação de controle, foi selecionada amostra não probabilística, com base em materialidade, relevância e criticidade, para testar o cumprimento da carga horária normal dos profissionais da referida Unidade. A amostra contemplou 58 (cinquenta e oito) profissionais, os quais, em conjunto, estavam escalados para a realização de 5.991 (cinco mil, novecentos e noventa e um) plantões, quantidade correspondente a 21,93% do total de plantões analisados. Nos testes realizados, verificou-se, no que se refere à(ao): i) Existência de planilhas contendo as previsões semestrais do quantitativo de plantões necessários ao desenvolvimento de ininterrupto das atividades hospitalares: Não foi confirmada a existência de planilhas contendo as previsões semestrais, em desacordo com o estipulado no Artigo 8º do Decreto nº 7.186/2010. O HUUFMA, instado a apresentar as referidas escalas por meio de solicitação de fiscalização disponibilizou, em anexo ao Ofício nº 1246/2012 DIPLA/HUUFMA, planilhas mensais, complementadas por informação quanto à memória de cálculo adotada para as previsões dos quantitativos de plantões. Nestas informações, consignou, in verbis: 5 Vimos esclarecer que a memória de cálculo para as previsões dos quantitativos de plantões é uma tentativa de suprir a necessidade de profissionais em déficit nos postos de trabalho 24. 1 médico para 10 leitos (Plantonista UTI) Esta relação tem sido mantida 1 médico para 20 leitos (Enfermaria) Atualmente 1 médico para 40 leitos Efetivo Déficit Total Total de APH s praticadas para cobrir o déficit de pessoal Enfermeiro 139 162 301 397 Téc Enf. 524 211 735 1041 ii) Cumprimento, pelos profissionais, dos plantões para os quais estavam escalados: Foram efetuados testes, quanto à efetiva realização dos plantões pelos profissionais, em conformidade com o previsto em escalas, para 21 (vinte e um) servidores integrantes da amostra. Nestes testes cotejou-se o total de plantões realizados ao total de plantões para os quais os servidores estavam escalados e chegou-se à tabela a seguir, que demonstra falha no acompanhamento, pela Unidade, do cumprimento dos plantões:

Item da Amostra Matrícula SIAPE Mês analisado Plantões Escala (Previsão) Plantões realizados 2 1369859 Jul/2011 9 8 3 1569030 Jan/2011 Jun/2011 Mar/2012 Abr/2012 6 1421573 Abr/2012 8 7 7 1421526 Abr/2012 Mai / 2012 11 1534403 Jun/2011 8 7 24 1422220 Jan/2011 Out/2011 25 1099580 Mai/2012 8 6 42 407162 Fev/2012 8 2 43 1451562 47 1434261 Jan/2012 Mar/2012 Mar/2012 Abr/2012 57 1422242 Out/2011 9 8 58 2198150 Jan/2011 Mai/2011 08 08 08 08 08 08 07 08 08 08 08 08 05 05 07 07 07 07 07 07 04 07 05 05 07 06 01 03 Ressalte-se que, em razão da inexistência de designação de substitutos para os plantonistas, a falta dos mesmos pode ter comprometido o atendimento a pacientes e usuários dos serviços prestados pelo HUUFMA. iii) Impacto dos plantões nas jornadas dos servidores: Foram identificadas diversas situações de jornada excessiva, em razão da realização de plantão(ões) hospitalar(es) imediatamente anterior(es) e/ou posterior(es) à jornada normal, resultando em situações de jornada muito superiores às 08 diárias estabelecidas na Lei nº 8.112/1990. Ressalte-se que a permissão da ocorrência de situações como a descrita favorece a ocorrência de doenças laborais e a prática de erros pelos profissionais. Exemplos de jornadas contínuas iguais ou superiores a 24 (vinte e quatro) encontram-se na tabela a seguir: Item da Amostra Matrícula SIAPE Mês analisado 2 1369859 Mar/2012 3 1569030 Jan/2011 3 1569030 Out/2011 3 1569030 Mar/2012 Dia Entrada Hora / Dia Saída - Hora 24 18:51 / 25 19:22 10 19:00 / 11 18:23 13 19:00 / 14 19:12 09 07:51 / 10 08:17 19 12:58 20 19:05 Jornada de trabalho contínua (em ) 24 24 24 24 30

3 1569030 Abr/2012 4 2105375 Jan/2011 4 2105375 Jun /2011 4 2105375 Ago/2011 4 2105375 Mar/2012 7 1421526 Abr/2012 7 1421526 Mai/2012 51 1369312 Jan/2011 57 1422242 Out/2011 27 13:40 / 28 18:35 03 07:00 / 04 07:04 09 18:26 / 11 07:00 17 07:00 / 18 07:30 24 07:00 / 25 07:05 05 19:09 / 07 07:29 12 18:46 / 13 19:00 20 07:00 / 21 07:00 27 07:00 / 28 07:37 01 07:00 / 02 07:00 07 19:25 / 09 07:21 14 19:04 / 16 07:17 04 18:42 / 06 07:01 12 06:50 / 13 07:11 18 18:46 / 20 07:19 26 06:35 / 27 06:46 01 18:47 / 02 19:09 10 06:57 / 11 06:47 16 06:42 / 17 18:50 25 18:48 / 26 19:01 04 06:47 / 05 06:07 07 07:13 / 08 06:45 10 07:06 / 11 06:46 22 07:02 / 23 06:54 28 07:14 / 29 06:29 18 19:00 / 19 18:51 30 07:23 / 31 07:37 01 18:35 / 02 19:01 30 24 36 24 24 36 24 24 24 24 36 36 36 24 36 24 24 24 36 24 24 24 24 24 24 24 24 24 24

b) Manifestação da Unidade Examinada: 17 18:54 / 18 19:14 Por meio do Ofício nº 1619-HUUFMA, de 26 de setembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão apresentou a seguinte manifestação: i Existência de planilhas contendo as previsões semestrais do quantitativo de plantões necessários ao desenvolvimento ininterrupto das atividades hospitalares. (...) O Hospital Universitário segue as Portarias que estabelecem o quantitativo máximo de adicional por plantão hospitalar no âmbito do Ministério da Educação/Hospital Universitário/UFMA (Docs. 12-20). É oportuno lembrar a abertura permitida pelo Art. 11, parágrafo único, do Decreto nº 7.186 (sic), de 27/05/2010, abaixo transcrito, que regulamenta o adicional de plantão hospitalar APH: (...) Veja-se a prerrogativa do dirigente de, excepcionalmente, justificar a concessão do APH de forma diversa daquela inicialmente prevista na escala, obedecidos os limites legais. O Hospital Universitário/UFMA subordina-se à legislação vigente e às normas do Ministério da Educação no que diz respeito à implementação do APH. Diante das observações da CGU, nos esforçaremos no maior rigor da efetividade da implementação do APH, segundo as normas do Decreto 7.186/2010. ii) Cumprimento ou não, pelos profissionais, dos plantões para os quais estavam escalados. (...) A escala de plantões do APH não representa a efetivação do plantão, mas apenas uma previsão, sujeita, portanto, a alterações. As ausências nos plantões indicadas neste item, na maioria dos casos, foram supridas através da substituição do plantonista por outro servidor/funcionário do plantão normal. E quando esta substituição foi inviável, a Coordenação/Supervisão redistribui as tarefas, a fim de evitar descontinuidade da assistência. Não houve prejuízo ao serviço/atendimento. Ressalte-se que os plantões não realizados não foram pagos. iii) Impacto dos plantões nas jornadas dos servidores. (...) Os servidores relacionados pela CGU neste item são lotados em setores que permitem atividades contínuas, de turno ininterrupto de revezamento, realizando plantões de 12 (doze), de acordo com o Decreto nº 1.590/1995, que dispõe sobre a jornada dos servidores da administração pública, em seus artigos 2º e 3º, com as alterações introduzidas pelo Decreto nº 4.836/2003. Ressalte-se ainda que o APH objetiva suprir as necessidades fins do atendimento ao sistema de saúde e é um plantão em que o servidor deve estar no exercício das atividades hospitalares além da carga horária semanal de trabalho do seu cargo efetivo, durante doze ininterruptas ou mais, segundo o Decreto 7.186, de 27.05.2010. Fato importante a registrar é que têm direito ao APH o menor quantitativo de recursos humanos servidores da Universidade Federal do Maranhão (MEC). Os servidores do Ministério da Saúde com exercício no HUUFMA não gozam deste benefício.

Soma-se a tudo isso o déficit considerável na força de trabalho neste Hospital Universitário, o que favorece a ocorrência da situação em destaque. Quanto à ocorrência de 36 ininterruptas, adotaremos medidas que visem evitar fatos dessa natureza. Adicionalmente, por meio do Ofício nº 2135-HUUFMA, de 27 de dezembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão apresentou a seguinte manifestação: ii) Cumprimento ou não, pelos profissionais, dos plantões para os quais estavam escalados. (...) As ausências nos plantões indicadas neste item, na maioria dos casos, foram supridas através da substituição do plantonista por outro servidor/funcionário do plantão normal. E quando esta substituição foi inviável, a Coordenação/Supervisão redistribui as tarefas, a fim de evitar descontinuidade da assistência. Não houve, em razão disso, prejuízos aos serviços e ao atendimento assistencial ao paciente porque a escala de plantão não ficou descoberta. Reiteramos que os plantões não realizados não foram pagos. iii) Impacto dos plantões nas jornadas dos servidores. (...) Ressalte-se ainda que o APH objetiva suprir as necessidades fins do atendimento ao sistema de saúde e é um plantão em que o servidor deve estar no exercício das atividades hospitalares além da carga horária semanal de trabalho do seu cargo efetivo, durante doze ininterruptas ou mais, segundo o Decreto 7.186, de 27.05.2010. Fato importante a registrar é que apenas os servidores da Universidade Federal do Maranhão (MEC), lotados no HUUFMA recebem o APH, e que os servidores do Ministério da Saúde com exercício no HUUFMA não gozam deste benefício. Com relação à (sic) observação da CGU, quanto á possível ocorrência de doenças laborais e a prática de erros pelos profissionais, esclarecemos que, neste aspecto, o HUUFMA está vigilante e, até o momento, não houve registro (sic) de casos dessa natureza. Soma-se a tudo isso o déficit considerável na força de trabalho no Hospital Universitário, e a própria natureza do APH que permite jornada além da carga horária semanal de trabalho, conforme foi explicado anteriormente. c) Análise do Controle Interno: Com base no exposto no registro e nas manifestações apresentadas pela Unidade sob exame, é necessário manter a presente constatação pelo que segue, em relação a cada item tratado: i) Existência de planilhas contendo as previsões semestrais do quantitativo de plantões necessários ao desenvolvimento de ininterrupto das atividades hospitalares: A Unidade admite a inexistência do planejamento das atividades de APH nos moldes previstos na legislação vigente. Em que pese a existência da prerrogativa do dirigente de, excepcionalmente, justificar a concessão do APH de forma diversa daquela inicialmente prevista na escala, obedecidos os limites legais, o que se constatou foi a opção da administração da Unidade em não adotar o planejamento prévio (semestral) dos plantões, ou, em outras palavras, usar por regra aquilo que deveria ocorrer excepcionalmente. ii) Cumprimento ou não, pelos profissionais, dos plantões para os quais estavam escalados. O planejamento, nos moldes previstos pela Unidade, não tem base legal e, em se materializando, está em desacordo com o preceituado no Artigo 8º do Decreto nº 7.186/2010. Mais ainda, planejar, prevendo algo que não será cumprido, invariavelmente trará prejuízos à realização das atividades.

Soma-se a esses fatores a não apresentação de quaisquer documentos que comprovassem que o possível prejuízo, em termos de atendimento ao público, pela não realização dos plantões previstos, tenha sido minimizado/sanado pela designação de outro servidor. iii) Impacto dos plantões nas jornadas dos servidores. O fato de estarem lotados em setores que permitem a realização de plantões de 12 ininterruptas, previsto no Artigo 3º do Decreto nº 1.590/1995, facultaria ao dirigente máximo autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis diárias, o que, somado às 12 do Plantão, resultaria em um total de 18, respeitado um total de 40 semanais, quantitativo bem inferior ao identificado no âmbito do HUUFMA, que aceita a realização de turnos ininterruptos de 24 30 36. Compartilha do mesmo entendimento desta CGU/R-Maranhão o próprio Tribunal de Contas da União que, ao tratar de acumulação de cargos que culminara na realização de jornada de setenta e cinco semanais (Acórdão 2133/2005 1ª Câmara), considerou, in verbis: Não é demais salientar que os cargos públicos são criados com o objetivo precípuo de atender uma necessidade pública. É do interesse público, pois, que o servidor tenha condições de desempenhar, em sua plenitude e com exação, as atribuições do cargo provido. Como esperar isso de alguém com uma carga semanal de trabalho de 80 '." 5. Manifesto compartilhar deste entendimento, seguido também pela Sefip e pelo Ministério Público/TCU. 6. Corroborando-o, ressalto que, embora a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT não seja diretamente aplicável a servidores públicos stricto sensu, ao menos demonstra a necessidade de se fixar máximo e mínimo, respectivamente, para os tempos diários de labor e de descanso - arts. 59 e 66 da CLT -, que, desrespeitados, geram, em última instância, comprometimento da eficiência do trabalho prestado. 7. Por analogia àquela Norma Trabalhista, destaco a coerência do limite de sessenta semanais que vem sendo imposto pela jurisprudência desta Corte, uma vez que, para cada dia útil, ele comporta onze consecutivas de descanso interjornada - art. 66 da CLT -, dois turnos de seis - um para cada cargo, obedecendo ao mínimo imposto pelo art. 19 da Lei n. 8.112/1990, com a redação dada pela Lei n. 8.270, de 17/12/1991 - e um intervalo de uma hora entre esses dois turnos destinada à alimentação e deslocamento, fato que certamente não decorre de coincidência, mas da preocupação em se otimizarem os serviços públicos, que dependem de adequado descanso tanto dos funcionários celetistas quanto dos estatutários. Recomendação : 1 Implementar sistema de controles internos que contemple planilhas contendo as previsões semestrais do quantitativo de plantões necessários ao desenvolvimento ininterrupto das atividades hospitalares. Recomendação : 2 Implementar sistema de controles internos que contemple o acompanhamento dos plantões efetivamente realizados, de modo a garantir o desenvolvimento ininterrupto das atividades hospitalares, mesmo no caso de ausências dos profissionais escalados, e impedir a realização, pelos profissionais, de jornadas superiores ao permitido na legislação vigente. d) Conclusão sobre a situação verificada: Para se avaliar a demanda, quanto à realização dos plantões, foram solicitados esclarecimentos à Unidade quanto ao funcionamento dos mesmos sendo que a Unidade em apreço informou da

existência de sistemas informatizados (ponto eletrônico para a jornada normal e controle biométrico para os plantões) e disponibilizou, entre outros, folhas de ponto e arquivos de registro de entrada e saída dos profissionais escalados para a realização dos plantões. Conforme se verifica da leitura do presente registro, no HUUFMA, a realização dos plantões hospitalares não foi precedida de planejamento nos moldes previstos na norma legal e, em razão disso e da ausência de designação de substitutos, pode ter havido falta de plantonistas com prejuízos aos usuários. Nas análises também se verificou, em diversas ocasiões, o descumprimento dos plantões pelos profissionais escalados para realiza-los e o registro da realização de jornadas excessivas pelos profissionais do quadro, falhas condizentes com as tipificadas na demanda apresentada. 2.1.1.3 Situação Verificada A demanda, citada no presente relatório, entre outras falhas, indicou a possível percepção de valores relativos ao Adicional de Plantão Hospitalar (APH) por servidores sem a correspondente contraprestação de serviços extraordinários. Adicionalmente, e baseando-se na legislação vigente, a ação de controle elaborada para testar a situação citada, previu como ponto crítico passível de falha por parte do gestor do HUUFMA condizente com a demanda, a previsão/operacionalização da escala de plantões em desacordo com a legislação vigente. CONSTATAÇÃO Impropriedades nas escalas de plantões hospitalares (APH) pela previsão de realização de plantões em quantidade superior ao máximo legalmente permitido. a) Fato: Para a análise da adequação das escalas de plantões, foi solicitada, ao Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal do Maranhão, a disponibilização da totalidade das mesmas, previstas para realização durante o período de exame (Janeiro / 2011 a Maio/2012) e, nestas, observou-se a previsão de realização de plantões com carga horária superior ao máximo permitido, qual seja, 24 ou dois plantões semanais por profissional. A situação apontada encontra-se exemplificada na tabela a seguir: SIAPE DO SERVIDOR MÊS QUANTIDADE DE PLANTÕES NO MÊS 1150277 NOVEMBRO / 2011 10 (DEZ) 1369859 JULHO/ 2011 09 (NOVE) 1421525 FEVEREIRO / 2012 09 (NOVE) 1421920 AGOSTO / 2011 09 (NOVE) 1422071 SETEMBRO / 2011 09 (NOVE) 1422097 JANEIRO / 2012 09 (NOVE) 1422242 OUTUBRO / 2011 09 (NOVE) 1422596 AGOSTO / 2011 09 (NOVE) 1422721 FEVEREIRO / 2011 09 (NOVE)

1534393 AGOSTO / 2011 11 (ONZE) 1534820 AGOSTO / 2011 09 (NOVE) 2350117 ABRIL / 2011 09 (NOVE) Ressalte-se que a realização de quantidade superior a 08 (oito) plantões mensais, implica, salvo raras exceções não constantes do presente registro, na realização de mais que 2 (dois) plantões por semana, prática que não encontra amparo legal, sendo vedada pelo Artigo 301 da Lei nº 11.907, de 02 de fevereiro de 2009. b) Manifestação da Unidade Examinada: Por meio do Ofício nº 1619-HUUFMA, de 26 de setembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão apresentou a seguinte manifestação: "Quanto aos servidores relacionados neste item, embora apareçam designados para plantões com um quantitativo superior ao estabelecido em lei, eles efetivamente realizaram, e por isto receberam apenas o quantitativo máximo permitido, ou seja, 02 plantões por semana e 08 no mês, conforme planilha de pagamento em anexo. Esse fato ocorreu em função desses servidores realizarem plantões de APH em dois ou mais setores diferentes, bem como devido ao curto cronograma estabelecido para lançamento e correção das escalas no sistema SIMEC. (Docs. 21 e seguintes). Diante das observações da CGU, trabalharemos na busca de maior aperfeiçoamento no momento da elaboração das referidas escalas, inclusive com a ativação da Comissão de Verificação no âmbito do HUUFMA. Adicionalmente, por meio do Ofício nº 2135-HUUFMA, de 27 de dezembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão apresentou a seguinte manifestação: (...) Aplica-se, neste caso, os seguintes esclarecimentos prestados na Constatação 002: Ratificamos que as escalas de plantões do APH não representam a efetivação dos plantões, mas apenas uma previsão, sujeita, portanto, a alterações, que são devidamente realizadas quando do lançamento das referidas escalas no SIMEC (Sistema de Monitoramento do Ministério da Educação), sistema controlador do Adicional do Plantão Hospitalar APH em nível nacional. As divergências detectadas estão plenamente justificadas. c) Análise do Controle Interno: As manifestações apresentadas pela Unidade confirmam a impropriedade, ou seja, a permissão da previsão de realização de plantões hospitalares em quantidade superior a 08 (oito) plantões mensais, o que implica na realização de mais que 02 (dois) plantões semanais, o que não encontra amparo legal. Em que pese a Unidade ter se manifestado no sentido de que isto não ocasionou prejuízo à execução dos trabalhos, a presente falha, quando considerada em conjunto com a inexistência de substituição dos profissionais ausentes, certamente houve um impacto negativo na execução dos trabalhos. Recomendação : 1 Implementar sistema de controles internos que contemple planilhas contendo as previsões semestrais do quantitativo de plantões necessários ao desenvolvimento ininterrupto das atividades hospitalares. d) Conclusão sobre a situação verificada:

Conforme se verifica da leitura do presente registro, a previsão da realização dos plantões hospitalares no HUUFMA, até pela falha de planejamento já tratada em tópico próprio do presente Relatório, nas ocasiões citadas, ocorreu em desacordo com a legislação vigente em razão desta se dar em quantidade superior à legalmente estabelecido. 2.1.1.4 Situação Verificada A demanda, citada no presente relatório, indicou a possível percepção de valores relativos ao Adicional de Plantão Hospitalar (APH) por servidores sem a correspondente contraprestação de serviços extraordinários. Isso poderia ocorrer, entre outros: pela assinatura de folha de ponto, por parte dos servidores, sem que os mesmos estivessem presentes aos plantões; pelo descumprimento de sua carga horária regulamentar, sendo essa substituída pela do plantão; etc. CONSTATAÇÃO Descumprimento da Carga Horária pelos profissionais do Quadro do Hospital Universitário da Fundação Universidade Federal do Maranhão. a) Fato: Conforme esclarecimentos prestados, no âmbito do HUUFMA, foram instalados, em momento anterior ao do período de exame escopo da presente fiscalização, 02 (dois) sistemas informatizados para controle do cumprimento da carga horária: o primeiro, para controle da carga horária semanal (ponto eletrônico), acessado mediante a inserção pelos servidores, em computadores instalados em totens dispostos em locais estratégicos das dependências do HU, de seu número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas mais senha individual; e o segundo, para controle do cumprimento dos plantões hospitalares, acessado mediante identificação biométrica do servidor. Conforme já citado, foi selecionada amostra que contemplou 58 (cinquenta e oito) profissionais para a realização de testes relativos ao cumprimento da carga horária. Embora os profissionais para os quais foram realizados testes ocupem cargos com carga horária de 40 semanais, nas análises realizadas, verificou-se, em regra, o descumprimento dessa carga horária e a adoção, por padrão, manifestada em diversas folhas de presença analisadas, da carga horária de 30 semanais. Indagado a respeito, o responsável pelo setor de Recursos Humanos do HUUFMA alegou que as categorias profissionais que atuam no HUUFMA entendem que devem se submeter à carga horária de 30 (trinta) semanais de acordo com o disposto no Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995. Ressalva se faz a essa interpretação, tendo em vista que o referido decreto estabelece em seu Artigo 3º que, quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno, é facultado ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis diárias (...), e, dessa forma, a prevista faculdade deveria beneficiar àqueles que atuassem nestes serviços e não os profissionais de determinada carreira independente de sua atuação ou não nesses serviços. Na análise procedida constatou-se o descumprimento da carga horária pelos seguintes 17 (dezessete) servidores, de um total de 21 (vinte e um) dos presentes à amostra, para os quais foram realizados os referidos testes:

Item da Amostra Matrícula SIAPE do Servidor: Carga horária semanal (SIAPE) 2 1369859 40 3 1569030 40 4 2105375 40 6 1421573 40 7 1421526 40 8 1534824 40 9 1422103 40 11 1534403 40 24 1422220 40 27 1421516 40 29 1188581 40 Mês testado Carga Horária Prevista Julho / 2011-168 Março / 2012 176 Janeiro / 2011 168 Junho / 2011 176 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Janeiro / 2011 168 Junho / 2011 176 Agosto / 2011 184 Março / 2012 176 Maio / 2011 176 Abril / 2012 160 Abril / 2012 160 Maio / 2012 176 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Junho / 2011 176 Agosto / 2011 184 Janeiro / 2011 80 Outubro / 2011 160 Abril / 2012 160 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Mês testado Carga Horária Cumprida Julho / 2011 132 Março / 2012 124 Janeiro / 2011 125 Junho / 2011 126 Março / 2012 143 Abril / 2012 111 Janeiro / 2011 156 Junho / 2011 156 Agosto / 2011 156 Março / 2012 146 Maio / 2011 126 Abril / 2012 113 Abril / 2012 122 Maio / 2012 134 Março / 2012 130 Abril / 2012 120 Março / 2012 141 Abril / 2012 122 Junho / 2011 120 Agosto / 2011 132 Janeiro / 2011 54 Outubro / 2011 108 Abril / 2012 109 Março / 2012 125 Abril / 2012 125 Março / 2012 135 Abril / 2012 123

41 1422158 40 44 1421568 40 47 1434261 40 50 2099148 40 51 1369312 40 57 1422242 40 Março / 2012 120 Abril / 2012 160 Fevereiro / 2012 148 Abril / 2012 160 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Março / 2012 176 Abril / 2012 160 Janeiro / 2011 168 Março / 2012 176 Outubro / 2011 144 Março / 2012 176 Março / 2012 103 Abril / 2012 103 Fevereiro / 2012 120 Abril / 2012 127 Março / 2012 124 Abril / 2012 110 Março / 2012 120 Abril / 2012 113 Janeiro / 2011 111 Março / 2012 110 Outubro / 2011 102 Março / 2012 125 Ressalte-se que, dos 17 (dezessete) servidores que vem descumprindo a carga horária, 14 (catorze) mantém vínculos empregatícios externos ao HUUFMA, assunto tratado no item 2.1.1.5 a seguir. b) Manifestação da Unidade Examinada: Por meio do Ofício nº 1619-HUUFMA, de 26 de setembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão apresentou a seguinte manifestação: Dos 17 (dezessete) profissionais relacionados neste item, 16 (dezesseis) são da área de enfermagem, categoria que no âmbito deste hospital, embora tenha carga horária de 40 semanais, cumpre apenas 30, sob a alegação de que esta é uma antiga luta histórica da categoria, de abrangência nacional. Alegam em sua defesa que outras categorias profissionais de saúde já obtiveram conquistas em relação à jornada de trabalho, como médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e, mais recentemente, as assistentes sociais. Por outro lado, a importância e a necessidade da jornada de 30 da enfermagem, reivindicação da classe que se estende há mais de cinquenta anos. É de se notar, entre outros exemplos, que a II Conferência Nacional de Recursos Humanos para a Saúde considerou que, pela natureza da atividade, a jornada de trabalho para os profissionais de saúde dessa área deveria ser de 30 semanais. Na 12ª Conferência Nacional de Saúde, na 3ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e na 3ª Conferência Nacional de gestão do Trabalho e Educação na Saúde, foi deliberada a jornada de 30 para o setor. De outro lado, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que a jornada de 30 é a mais adequada para os profissionais de saúde e os usuários dos serviços, o que foi ratificado pela Organização Internacional de Serviços Públicos, Subregional do Brasil, entidade sindical que representa oficialmente os trabalhadores do setor público na OIT, em nota de apoio às 30 para enfermagem. Faz parte desse cenário o Projeto de Lei 2.2295/00, que se encontra em tramitação na Câmara

Federal, regulamentando a jornada de 30 semanais para a categoria. Além de tudo isso, a própria categoria e as entidades representativas da classe, que estão em permanente estado de alerta, pressionam e ameaçam o Hospital com movimentos grevistas, argumentando que a jornada de 30 é uma conquista reconhecida e não comporta nenhuma concessão. Veja-se, em reforço do que afirmamos, a CARTA ABERTA À SOCIEDADE NA DEFESA DA JORNADA DE 30 HORAS, escrita pelo SINTSPREV/MA em setembro de 2011, e um panfleto intitulado 30 HORAS SEMANAIS: A GENTE DEFENDE COM UNHAS E DENTES distribuído pelos SINDSEP/MA, SINTEMA e SINTSPREV/MA. Destaca-se, ainda, o conteúdo da matéria JORNADA DE 40 HORAS É INVIÁVEL PARA OS HU S (Docs. nºs 22-26). Diante da possibilidade da categoria de enfermagem paralisar suas atividades e criarem prejuízos à assistência ambulatorial e hospitalar, e diante da carência de um rígido controle de freqüência, a alternativa menos prejudicial ao serviço foi ceder às pressões da categoria, assim mesmo alertando para as prováveis conseqüências pelo não cumprimento integral da jornada das 40 semanais exigida pela legislação vigente. O não cumprimento da carga horária não diz respeito exclusivamente aos cargos da área de enfermagem. Como ocorre em todo País, há prerrogativa da carga horária de 30 h para serviços assistenciais ininterruptos, conforme decreto nº 1.590. E é neste instrumento legal que os movimentos sindicais defendem a realização das 30 h para todos os cargos de servidores lotados nos serviços assistenciais, embora saibam que o referido decreto não valida em sua totalidade a realização da jornada de trabalho de 30. Neste HUUFMA a resistência no cumprimento da carga horária de 40 é rejeitada por diversas categorias profissionais dos serviços ininterruptos, entre elas a Enfermagem. Relembre-se que o Hospital Universitário já empenhou a despesa do processo referente à licitação para implantação do sistema eletrônico de ponto biométrico. Concomitantemente está sendo desenvolvido um trabalho de conscientização junto aos profissionais de enfermagem de modo geral, no sentido da obrigatoriedade do cumprimento da jornada das 40 semanais, até que o Congresso Nacional aprove o regime das 30 e revogue a jornada máxima atual. Adicionalmente, por meio do Ofício nº 2135-HUUFMA, de 27 de dezembro de 2012, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão apresentou a seguinte manifestação: Ratificamos a resposta enviada através do Ofício nº 1619/HUUFMA, de 26/09/2012, abaixo transcrita: (...) Quanto à indicação da CGU: Indagado a respeito, o responsável pelo setor de Recursos Humanos do HUUFMA alegou que as categorias profissionais que atuam no HUUFMA entendem que devem se submeter à carga horária de 30 (trinta) semanais de acordo com o disposto no Decreto nº 1.590, de 10 de agosto de 1995, informamos que houve uma interpretação diferenciada, pois foi dito naquela ocasião que apenas a categoria da enfermagem, embora tenha carga horária de 40 semanais, cumpre 30, soba a alegação de que esta é uma antiga luta histórica da categoria, de abrangência nacional. Quanto ao descumprimento da carga horária de 40 por parte de alguns profissionais de enfermagem, informamos que o HUUFMA está desenvolvendo um trabalho de conscientização destes profissionais, no sentido do cumprimento da jornada de trabalho a que estão obrigados, sob pena de responsabilidade. Ao mesmo tempo, este Hospital está examinando, como alternativa legal viável, a jornada de 6 (seis) diárias ininterruptas, conforme permite a legislação vigente. c) Análise do Controle Interno: A Unidade informa que permite a redução da jornada de trabalho de seus profissionais com base

nas alegações apresentadas pelos mesmos de que esta é uma antiga luta histórica da categoria, de abrangência nacional e, ainda, que a própria categoria e as entidades representativas da classe, que estão em permanente estado de alerta, pressionam e ameaçam o Hospital com movimentos grevistas, argumentando que a jornada de 30 é uma conquista reconhecida e não comporta nenhuma concessão, argumentos estes que, legalmente, não justificam a redução de jornada de trabalho. Soma-se à presente situação o fato de, em tópico próprio do presente relatório, restar constatado que os profissionais lotados no HUUFMA, em geral, mantém vínculos empregatícios com outros entes e entidades o que inviabilizaria o cumprimento da carga horária mesmo que esta fosse exigida pela Administração do HUUFMA. Recomendação : 1 Implementar sistema de controles internos que contemple o acompanhamento da jornada de trabalho dos profissionais lotados no HUUFMA, tomando as devidas providências legais caso haja o descumprimento da mesma por parte dos referidos profissionais (redução de vencimentos e demais punições legalmente previstas). Recomendação : 2 Apurar responsabilidade daqueles que permitiram o cumprimento da jornada de trabalho irregular durante o período escopo dos exames da presente ação de controle. d) Conclusão sobre a situação verificada: Para se avaliar a demanda quanto à realização dos plantões, foram solicitados esclarecimentos à Unidade quanto ao funcionamento dos mesmos. Conforme citado anteriormente, a Unidade informou da existência de sistemas informatizados (ponto eletrônico para a jornada normal e controle biométrico para os plantões) e disponibilizou, entre outros, folhas de ponto e arquivos de registro de entrada e saída dos profissionais escalados para a realização dos plantões. De posse da documentação disponibilizada pelo HUUFMA, foram realizados testes e nestes verificou-se o contumaz descumprimento da carga horária estipulada na legislação vigente, prática condizente com o teor da demanda, qual seja, possível beneficiamento de servidores em detrimento de outros. 2.1.1.5 Situação Verificada A demanda, citada no presente relatório, indicou a possível percepção de valores relativos ao Adicional de Plantão Hospitalar (APH) por servidores sem a correspondente contraprestação de serviços extraordinários. Isso poderia ocorrer, entre outros: pela assinatura de folha de ponto, por parte dos servidores, sem que os mesmos estivessem presentes aos plantões; pelo descumprimento de sua carga horária regulamentar, sendo essa substituída pela do plantão; etc. CONSTATAÇÃO Profissionais do quadro do HUUFMA mantém vínculos empregatícios com outros entes federativos e com entidades da iniciativa privada.