Desafios da implantação da TV Digital: adaptações na transição do sistema analógico para o sistema digital



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Desafios da implantação da TV Digital: adaptações na transição do sistema analógico para o sistema digital TOMITA, Ivan Y.S. TOMITA, Iris Y. RESUMO A mudança da televisão digital não se limita apenas à definição de aspectos eletrônicos como no modelo de televisão convencional, pois envolve a integração de outras áreas de conhecimento. É preciso uma definição acompanhando a dinâmica da evolução tecnológica para que se possa tomar rumos para implementação da nova tecnologia de forma gradual e compatível ao sistema atual, também não se pode deixar de lado uma análise mais profunda sobre os desafios e impactos com relação à adaptação e à realidade brasileira. Da década de 60 até a década de 80 houve um aumento expressivo de televisores, o que comprovava o grande sucesso da implantação da TV aberta no país, ainda mais que na década seguinte, anos 90 com a abertura da importação e livre concorrência de eletrônicos, fez aumentar a competitividade das indústrias nacionais e com isso os preços se tornaram mais acessíveis. Agora, no novo milênio, com praticamente 90% das residências com televisores e um grande número de telespectadores cada vez mais exigentes, faz-se necessário, além de uma imagem de maior resolução e nitidez, um novo modelo de televisão em que seja possível a interatividade, visto que até hoje sempre foi unilateral, ou seja, a TV transmitindo e o telespectador somente acompanhando. Claro que, além disso, mobilidade e convergência por meios além da TV também são requisitos importantes e que agregam valores a essa nova tendência mundial. Definido o padrão de televisão digital terrestre no Brasil, o novo sistema enfrenta novos desafios, sendo estes o objetivo deste trabalho. A presente pesquisa foi baseada em decretos, artigos, normas e autorizações do Ministério das Comunicações e entidades envolvidas no processo de pesquisa e desenvolvimento da televisão digital. O fato de a televisão ser um veículo de comunicação de massa com grande alcance e de gozar de prestígio na sociedade, todo o processo tem sofrido interferências, que vão de interesses industriais, políticos, econômicos, dentre outros, pois esse novo modelo de televisão intensifica o impacto que exerce sobre as pessoas e a sociedade. Observa-se que os desafios residem em driblar os diferentes interesses para a efetivação da implantação, além de observar as características técnicas, econômicas, políticas, comportamentais e culturais brasileiras. A televisão digital apresenta-se como um amplo campo de convergência de várias mídias em um único meio e também uma convergência 1016

de várias ciências interessadas em pesquisar e desenvolver conjuntamente os desafios dessa nova tecnologia. PALAVRAS-CHAVE: TV Digital. Convergência. Televisão. Introdução É indiscutível a presença da tecnologia no mundo contemporâneo. A tecnologia vem, cada vez mais, fazendo parte do nosso cotidiano. Os computadores já se tornaram ferramentas de trabalho indispensáveis, cujas tecnologias são incorporadas em vários produtos e equipamentos como os eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos e outros, tornando ainda mais presente não só como computadores de trabalhos, mas em todo meio que vivemos. Os computadores passaram então de ferramentas de trabalho, para os lares para os mais variados fins. No Brasil o sistema adotado foi sancionado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, na data de 29 de junho de 2006, optando pelo padrão japonês ISDB pronunciando também o regime de transição da televisão analógica brasileira para o sistema de televisão digital. A mudança da televisão digital não se limita apenas à definição de aspectos eletrônicos como no modelo de televisão convencional. É necessária a integração de outras áreas de conhecimento. É preciso uma definição acompanhando a dinâmica da evolução tecnológica para que se possa tomar rumos para implementação da nova tecnologia de forma gradual e compatível ao sistema atual, também não se pode deixar de lado uma análise mais profunda sobre os desafios e impactos com relação à adaptação e à realidade brasileira. Nesse sentido a presente pesquisa se propõe a comparar os principais padrões existentes no mundo, não somente pelo aspecto tecnológico, mas também pelos aspectos social e econômico. A metodologia adotada foi o levantamento bibliográfico de cunho qualitativo por meio de pesquisa via Internet, fóruns, participações em eventos, além de acompanhamento das 1017

definições, decretos, até o presente momento do Ministério das Comunicações e órgãos competentes. Inicialmente será apresentado a trajetória do início da captação da imagem até o formato atual da TV analógica no Brasil, em seguida será tratado sobre a proposta do desenvolvimento do modelo brasileiro de TV Digital SBTVD. Na seqüência serão apresentados os 3 principais padrões de televisão digital existentes no mundo e sobre suas tecnologias. Com os dados levantados apresenta-se os desafios, mudanças e impactos da implantação da TV Digital Terrestre no Brasil. Considerando o tema por sua relevância, além de estar em pleno debate e discussão no Brasil, existem muitas especulações, o que torna a pesquisa científica ainda mais instigante. O processo histórico da televisão Nos dias atuais é incontestável a presença da televisão na vida das pessoas. É importante, porém, conhecer sua história e seus processos para que possamos usar como base de referência a criação da TV até os dias atuais. Desde a pré-história sabe-se que o homem sempre procurou de alguma forma registrar aquilo que ele vivenciava, mesmo que de forma rudimentar. É inerente ao homem, querer registrar momentos e eterniza-los. Em 1826, Joseph Nicéphore Niepce, após 10 anos de experiências, conseguiu registrar a primeira fotografia, ou seja, uma imagem inalterável, produzida pela ação direta da luz (MARCONDES, 1988). Registrar uma fotografia passava a não ser mais um desafio, foi então que o cientista Thomas Edison, pensou uma forma de registrar não somente fotografias de forma estáticas, mas também registrar o movimento captado, através de seqüências de fotografias. Em 1891 surge o Cinetoscópio que 1018

Thomas Edison inventou como forma de projetar uma seqüência de fotografias que davam movimento a elas, utilizando-se de um projetor com lâmpadas que projetavam as fotografias em seqüências para obter movimento. Com o passar do tempo, novas e novas descobertas e técnicas foram sendo aperfeiçoadas, até que em 1894, Louis Daguerre teve a idéia de desenrolar o filme de fotografia a partir do princípio de máquinas de costura que desenrolariam o filme com maior precisão. Até os dias atuais as películas de cinema utilizam-se desse conceito. Eis que então surge o cinema. (MARCONDES, 1988) Após isso, foram muitas as experiências e novas descobertas, que garantiram aos irmãos Lumière o registro das primeiras sequências de fotografias que geravam então a filmagem com movimento, que foi exibido ao público com o título: A Saída da Fábrica Lumière. O cinema até hoje baseia-se na técnica de projeção de película de fotografias em seqüências de 24 quadros por segundo, sendo projetado através de um canhão de luz. É inquestionável a qualidade dos filmes que vemos nos cinemas, porém em se tratando de película de fotografia, isto gera um alto custo e também um processo lento da captação a exibição. Isso fez com que estudiosos começassem a desenvolver meios mais práticos e menos dispendiosos de se registrar e exibir vídeos, considerando o vídeo, uma seqüência de imagens gerando movimento. Somente em 1956 foi apresentado o primeiro gravador de imagens em fitas magnéticas, substituindo então as películas. Apesar da qualidade da fita magnética ser inferior as imagens projetadas pelo cinema, a praticidade e custos acabaram se tornando uma grande revolução da história do vídeo. Se desde a pré história o homem sempre teve a intenção de registrar o mundo ao seu modo de ver, então com a utilização de fitas magnéticas esse registro se tornou mais acessível. De início apesar de custo menos elevados da 1019

fita magnética em relação a película, ainda ficava restrito às pessoas que tinham maior poder aquisitivo e aos renomados artistas da época. De acordo com o site (http://www.tudosobretv.com.br/histortv/historbr.htm) na década de 50, através de modulação da imagem para meios eletro-magnético inicia-se a história da TV no Brasil com a TV Tupi, inicialmente com tudo captado e gerado ao vivo, sem a possibilidade de gravar em meios de fitas magnéticas. Na década de 60 foram adquiridos os primeiros gravadores de vídeo utilizando as fitas magnéticas, o que possibilitava a gravação e posterior exibição de vídeo. Nessa época existiam aproximadamente 200 mil televisores em todo Brasil. Na década de 70 já mais difundido a utilização de fitas magnéticas, tornou a escala de produção em ritmo de escala industrial, diminuindo os custos de venda. Com mais pessoas de posse de câmeras que possibilitavam registrar vídeos e com equipamentos para gerar com valores mais acessíveis, então tem-se o boom das emissoras de TV que então poderiam ter matérias para exibir e equipamentos para gerar. Nessa época em torno de 27% das residências brasileiras possuíam televisores. Já na década de 80 com o boom das televisões, sendo 106 canais de televisão comercial e 12 estatais com 55% das residências já possuindo televisores segundo o censo o que representava 26,4 milhões de residências. Da década de 60 até a década de 80 houve um aumento expressivo de televisores, o que comprovava o grande sucesso da implantação da TV aberta no país, ainda mais que na década seguinte, anos 90 com a abertura da importação e livre concorrência de eletrônicos, fez aumentar a competitividade das indústrias nacionais e com isso os preços se tornaram mais acessíveis ainda. 1020

Agora no novo milênio, com praticamente 90% das residências com televisores e um grande número de telespectadores cada vez mais exigentes, faz-se necessário, um novo modelo de televisão em que seja possível a interatividade, visto que até hoje sempre foi unilateral, ou seja, a TV transmitindo e o telespectador somente acompanhando, além de uma imagem de maior resolução e nitidez. Além disso, mobilidade e convergência por meios além da TV também são requisitos importantes e que agregam valores a essa nova tendência mundial, da TV DIGITAL. O que começou apenas por registros estáticos, passou pela película em sequências, pelas fitas magnéticas, agora passa a ser gravado em forma de dados (bits). A TV Digital é uma certeza, pelas vantagens oferecidas e por poder atender as exigências e anseios dos telespectadores do mundo moderno. Inicialmente por motivos econômicos e políticos, estudou-se a viabilidade de desenvolver um padrão nacional (SBTVD) para gerar receitas local, porém apesar dos esforços e as pesquisas de desenvolvimentos terminadas, o mais viável foi adotar um padrão já existente flexivel implementando tecnologia que foram testadas e aprovadas durante o processo de pesquisa para escolha de padrão, com isso criando-se um sistema hibrido de Televisão Digital Terrestre. Como o tema envolve inúmeros interessados e interesses, a definição do modelo torna-se um tema de grande debate, como define Brittos em relação aos interessados a implementação da tecnologia digital não pode ser pensada isoladamente, devendo ser projetada na confluência dos meios, envolvendo a TV aberta e por assinatura, além do rádio e demais meios de comunicação de massa (BRITTOS, 2005, p. 47). 1021

Conhecendo os padrões de Televisão Digital Inicialmente é preciso compreender que até os dias atuais a televisão brasileira trabalha com a transmissão analogia com baixa resolução, ou seja a definição de aspecto de resolução para Pal-M que é o padrão de cores, compreendendo a seguinte especificação: - variação do padrão, utilizando 30 por segundo ao invés de 25 e 525 linhas ao invés de 625; utilizado somente no Brasil. O sinal é transmitido por ondas eletromagnéticas através de transmissores utilizando uma banda de 6MHz, e estes chegam até os televisores onde são convertidos em imagens. Como o sinal é analógico, e é através da modulação das ondas que se formam as imagens, estas podem apresentar: -imagems borradas; -imagens fantasmas ; -ruído; -baixa resolução; -degradação da imagem; Com a mudança para o sistema digital, as transmissões passarão a receber as ondas eletromagnéticas, mas ao invés da modulação de ondas formarem as imagens, estes sinais serão convertidos em dados desde a transmissão, ou seja sistema digital (bits) para formação da imagem, o que pode garantir uma maior fidelidade das imagens e som no recebimento do sinal. 1022

Além disso com a banda de 6MHz é possível transmitir 1 canal digital em HD (High Definition) ou 4 canais digitais em SD com a mesma banda, ou seja tendo um melhor aproveitamento de banda. (anatel.gov.br/tools/frame.asp?link=/biblioteca/publicacao/tvdi gital_cp237/capitv.pdf ) Com o sistema digital, elimina-se os ruídos, fantasmas na imagem, e ainda teremos uma maior definição de imagem além de maior fidelidade de som/imagem. Essa fidelidade se deve ao fato de por o sinal ser digital (bits) teríamos os dados de acordo com o que nos é enviado pelos transmissores, seria como copiar uma foto em um disquete de computador e abrirmos em outro, onde teremos uma foto fiél ao original.. De acordo com Agência Nacional de Telecomuinicações, (http://agenciact.mct.gov.br/index.php/content/view/40152.html), nessa fase de transição do modelo analógico/digital o consumidor não terá de comprar, imediatamente, um aparelho de TV novo, iniciando seu acesso com a instalação de um adaptador, ou caixa de conversão do sinal digital para o analógico, para melhorar de imediato a imagem de seu televisor comum. Este aparelho também denominado set-top-box permitirá uma compatibilidade retroativa do novo sistema com os sistemas atuais de televisores. O salto na resolução, será dos atuais 720x480 (SD) para 1920x1080 (HD). A proporção da imagem (formato, aspect ratio) tradicional da tela da TV é 4:3 (proporção das dimensões horizontal x vertical). No novo padrão a proporção é mais parecida com as utilizadas em cinema, (16:9). Para exibição de filmes na proporção original com que foram captados Atualmente as transmissões tem resolução no modo analógico em torno de 525 linhas, enquanto para o modo digital poderá chegar a 1080i (1080 1023

linhas interlaced), ou seja entrelaçados. Para a escolha do padrão de Televisão Digital no Brasil, foram analisados 3 modelos que são eles: ATSC Americano; DVB Europeu; ISDB Japonês; Brasileiro. Além é claro do desenvolvimento do SBTVD, que é um modelo Proposta do modelo de televisão digital brasileiro - SBTVD Primeiramente devemos entender que na TV DIGITAL a transmissão do áudio e do vídeo passa a ser feita através de sinais digitais que através de codificações passam a consumir menos banda da freqüência, com isso podendo oferecer melhor qualidade e agregar novos serviços juntamente com a transmissão do sinal. No sistema de vídeo em formato HDTV ou High Definition Television, a resolução salta dos 720x480 (padrão D1) para 1920x1080 (padrão HDTV), além da transmissão passar a ser em forma de dados o que garante uma melhor qualidade na recepção do vídeo e áudio, além de eliminar ruídos e problemas de sombra ou fantasmas na imagem. De acordo com Cossette Castro a grande vantagem do uso da TV Digital em países emergentes como o Brasil é a possibilidade de inclusão social que ela permite, uma vez que o país registra 97% dos lares com televisores analógicos. 1024

Desde novembro de 1998, inicou-se as pesquisas como proposta de desenvolvimento do modelo brasileiro de tv digital SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital). () Os objetivos estabelecidos pelo Governo ao instituir o SBTVD são: I - Promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação; II - Propiciar a criação de rede universal de educação à distância; III - Estimular a pesquisa e o desenvolvimento e propiciar a expansão de tecnologias brasileiras e da indústria nacional relacionadas à tecnologia de informação e comunicação; IV - Planejar o processo de transição da televisão analógica para a digital, de modo a garantir a gradual adesão de usuários a custos compatíveis com sua renda; V - Viabilizar a transição do sistema analógico para o digital, possibilitando às concessionárias do serviço de radiodifusão de sons e imagens, se necessário, o uso de faixa adicional de radiofreqüência, observada a legislação específica; VI Estimular a evolução das atuais exploradoras de serviço de televisão analógica, bem assim o ingresso de novas empresas, propiciando a expansão do setor e possibilitando o desenvolvimento de inúmeros serviços decorrentes da tecnologia digital, conforme legislação específica; VII - Estabelecer ações e modelos de negócios para a televisão digital adequados à realidade econômica e empresarial do País; VIII - Aperfeiçoar o uso do espectro de radiofreqüências; 1025

IX Contribuir para a convergência tecnológica e empresarial dos serviços de comunicações; X Aprimorar a qualidade de áudio, vídeo e serviços, consideradas as atuais condições do parque instalado de receptores no Brasil; e XI Incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais. comitês: Para que os objetivos fossem alcançados, foram criados os seguintes Comitê de Desenvolvimento, com a participação de representantes dos vários ministérios e da Anatel. Comitê Consultivo, com a participação de entidades representativas. Grupo Gestor, com apoio técnico e administrativo da Finep e do CPqD. A banda disponível por concessão de canal no Brasil é de 6MHz, o que se propõe se agora é utilizar está banda com codificação MPG2 e MPG4 (H.264) o que tornaria possível com a mesma banda a capacidade de 4 canais SD ou 1 HD, ou então 4 canais SD ou 1 HD respectivamente as tecnologias citadas acima. Banda analógica; Banda utilizada pelo sistema digital SD. de tv digital. Utilizando codificação será possível obter 4 canais no padrão Standard Banda utilizada pelo sistema digital HD. 1026

Utilizando codificação é possível obter 1 canal HD de alta definição. Para compreender o funcionamento do modelo de referência para o padrão de TV Digital (fig. 1), consiste na multiplexação dos meios, para um melhor aproveitamento de banda, podendo com isso, gerar vídeos com grande melhora de qualidade, agregar novos serviços, aproveitando melhor a banda dos 6 MHz, disponíveis por canal. (figura 1) fonte: http://www.teleco.com.br/tvdigital.asp Através desta referência a proposta para o SBTDV deve contemplar: HDTV alternada com múltiplos programas Recepção Móvel Recepção Portátil Interatividade e Multimídia 1027

/observa-se que a evolução da TV não poderia ficar de fora do novo modelo a imagem de alta resolução, o HDTV alternado com múltiplos programas também se torna um grande diferencial, de acordo com exemplo da SET (Sociedade Brasileira Engenharia Televisão e Telecomunicação), a migração para o sistema digital poderá oferecer maior número de canais: Se somarmos a largura de faixa correspondente aos 20 canais, como cada canal tem 6 MHZ, obteremos 120 MHz. Um sistema de TV a Cabo (CATV) tem 750 MHz de largura de faixa, enquanto um satélite de DTH oferece mais de 860 MHz. Mesmo o MMDS, que tem dificuldade em com4petir com TV a Cabo e DTH, tem uma largura de faixa de 186 MHz. Trata-se de disponibilidades de faixa muito superiores à da soma dos canais de televisão possíveis em qualquer cidade. Não faz sentido, portanto, o estabelecimento de um sistema de TV digital baseado no pagamento de assinaturas. (http://www.set.com.br/artigos/set_sbtvd_v4_set05.doc) O MMDS que é um meio de transmissão por microondas, ou Sistema Multicanal de Distribuição de Microondas, tem uma capacidade de canais limitada, devido ao tamanho máximo de sua banda. Visto isto podemos acreditar que a televisão digital via satélite seja uma opção viável, principalmente pela área de abrangência. A possibilidade da recepção móvel deve seguir uma tendência mundial, de atender a qualquer um, a qualquer hora e em qualquer lugar. Não apenas quando as pessoas se encontram nos seus lares, ampliando o acesso as informações e entretenimento. Recepção Portátil, utilizando através de celulares, com chips embutidos capazes de sintonizarem canais de Tv. Interatividade e Multimídia, a rede de Tv aberta sempre foi unidirecional como conhecemos, onde o telespectador apenas recebe o sinal. Agregando informações junto ao sinal ou conhecido como Datacasting (interatividade), é possível dispor de informações extras através de dados, como por exemplo, notícias, informações do tempo, transito, ficha técnica de filmes, entre outros. 1028

Para que se consiga uma interatividade, ou seja, para que o telespectador possa interagir, enviando seja uma resposta ou pergunta, participar de forma ativa, será necessário a instalação de um modem, com um canal de telecomunicações, podendo ser por meio de telefone fixo, celular, rede de tv a cabo ou outros, proporcionando a bilateralidade. Os padrões e protocolos mais utilizados no mundo são: ATSC Americano, DVB - Europeu, ISDB Japonês. Desafios da implantação da TV Digital Terrestre Atualmente no Brasil, a maior parte dos canais comerciais são transmitidos em freqüências VHF, passando para UHF nas transmissões Digitais. Com isso os canais transmitirão em paralelo à mesma programação em analógico no seu canal atual, e o digital em um novo canal UHF que está sendo concedido pela Anatel em caráter provisório. Nas cidades com maior número de canais depara-se com o problema de falta de canais disponíveis, uma vez que a banda de VHF e UHF é limitado dentro de um espectro, e atualmente as repetidoras não utilizam o mesmo canal para retransmitir. Em primeiro momento a Anatel vem propondo o canal ônibus, onde uma rede utilizaria o mesmo canal em todo o seu trajeto, diferentemente do sistema atual que muda-se a cada retransmissora por motivos técnicos de não interferirem um sinal com outro. Porém essa Canalização em todo território nacional tem se mostrado um trabalho difícil e complexo, pois necessita de uma alteração de alocação de alguns canais que anteriormente já utilizavam-se de sinal UHF para sua transmissão analógica. Com isso, o sistema de transmissão 1 SEG para sistemas móveis e portáteis poderá não obter o desempenho que se esperava, pois em caso de sintonizar um determinado canal e locomova-se para uma divisão do sinal de uma retransmissora, poderá acontecer de o telespectador estar assistindo a um 1029

determinado canal de uma determinada emissora, e passar a sintonizar uma outra emissora nesse mesmo canal, não trabalhando em células como a telefonia celular que comuta de forma transparente para o usuário (telespectador no caso). O desenvolvimento da parte de Middleware que esta sendo desenvolvido com tecnologia brasileira chamada-se GINGA, tem se mostrado com um grande diferencial em relação ao restante do mundo, primeiramente por ser um código aberto e outra por ser o mais flexível permitindo uma maior compatibilidade com outros sistemas. Porém seu canal de retorno diferentemente de paises como Estados Unidos onde a TV a Cabo predomina, aqui no Brasil se faz necessário um linha de retorno para que a interatividade ocorra, essa podendo ser por telefonia fixa, móvel (celular) ou sistemas a cabo, o que pode-se perceber que geram interesses de grandes empresas da área da telecomunicação. Para recepção em televisores modernos como os novos lcds e plasmas, o decodificador do sinal já poderá estar embutido no aparelho, e os aparelhos que as pessoas já possuem poderão decodifcar o sinal digital, através da aquisição de um aparelho chamado Set-top-box, que permitirá a compatibilidade sem a necessidade da troca imediata do televisor. Existe, porém, a questão do custo para aquisição do Set-top-box, que mesmo com o preço no ano de 2008 que era próximo de R$ 1.000,00 e nesse ano de 2009 existirem modelos na faixa de R$ 200,00, pode gerar alguma dificuldade para esse investimento para algumas classes sociais. E nesse aspecto a inclusão social é um dos aspectos importantes a serem estudados, além da inclusão digital. Quando se fala em custos, essa transição analógico para o digital, envolve novos investimentos das emissoras em equipamentos e capacitação de pessoal, produtoras de vídeo, que consequentemente acaba aquecendo a economia, pois também indústrias fabricantes de televisores, transmissores e 1030

receptores, programadores, técnicos entre outros acabam encontrando campo de trabalho em ascensão. Pelo fato da tecnologia de TV Digital permitir o melhor aproveitamento da banda, então a multiprogramação, abrirá mais espaços para novos conteúdos de todos os gêneros, demandando maior produção de conteúdos. A televisão a cabo, no entanto, se depara com um grande problema caso seja aprovada a multiprogramação, pois caso os canais locais tenham conteúdos em 4 canais diferenciados, então terão que retransmitir em sua programação a multiprogramação dos canais abertos, o que vai gerar alto custo de investimentos em todas as cidades em que atua. Ainda não está autorizada a multiprogramação dos canais comerciais, pois envolve outros aspectos como aspectos jurídicos se concessão de canal, problemas de fiscalização e sublocação por parte das empresas privadas. As autorgas dos canais UHF para transmissão do sinal Digital já foram todas distribuídas nas capitais, e no momento encontra-se na fase de distribuição para as cidades do interior, ficando esses canais como uma autorga provisória, até a definição final da canalização. Um aspecto importante que deve ser considerado, é a de suprir as expectativas dos telespectadores, uma vez que toda a mídia e informações que a sociedade tem em relação à TV Digital é com relação a interatividade. Até mesmo as pessoas ligadas às áreas de comunicação tem uma grande dúvida quando se trata do termo interatividade, pois leva a expectativa de poder navegar pela Internet, participar de enquetes em tempo real, efetuar compras via controle remoto, gravar a programação, escolher a seqüência dos programas para serem assistidos, porém tudo isso é ainda tecnicamente limitado e só será possível diante a avançada tecnologia que evolui constantemente, mas o maior desafio ainda é que para que isso ocorra, será necessário um canal de retorno, o que não está disponível através de um sistema de transmissão digital terrestre. 1031

Entende-se que o sistema de transmissão digital terrestre no Brasil, é um sinal aberto e gratuito, sendo o sinal do emissor transmitido através de uma emissora e suas respectivas retransmissoras, mas o sinal é unilateral, sendo somente irradiado um sinal, não sendo possível captar qualquer sinal de retorno do telespectador pois os telespectadores são apenas receptores do sinal. Existem várias alternativas para ser utilizadas como canal de retorno, como celular, Internet, telefone, modem 3G ou mesmo um sistema WIMAX, mas para isso será necessário uma padronização e desenvolvimento de softwares para que essas ou outras tecnologias sejam implantadas nos televisores ou setopbox. E nos casos de gravação para posteriormente serem assistidas, será necessário um maior investimento nos setopbox e televisores, para que estes tenham embutidos discos rígidos capazes de armazenar horas, dias ou semanas de programação em formato de arquivos que poderão ser acessados através de menus. Vale ressaltar que modelos de TV Digital europeus e americanos tem canal de retorno através do cabo, pois em quase sua maioria de residências tem acesso ao serviço que é pago, diferente da realidade brasileira, onde apenas 5,8% dos lares tem acesso ao serviço à cabo pago. Por isso quando se diz interatividade, é preciso um cuidado especial em em orientar quanto a sua limitação inicial. Com o passar dos tempos na medida que novos meios, tecnologias e o custo vai ficando mais em conta, será possível uma interatividade de acordo com as expectativas dos telespectadores. 1032

Considerações A escolha de padrão para o Brasil já está definida, e de agora até a implantação e funcionamento pleno do padrão, exigirá novos investimentos por parte das emissoras de televisão, e dos telespectadores investir em um setupbox para converter o sinal digital no caso de televisores que não tenham capacidade de receber o sinal digital, o que torna a migração suave uma vez que não será necessário trocarmos nossos televisores de imediato, além de que os sinais analógicos e digitais ficaram em paralelo por um determinado tempo até que se consolide por completo o padrão digital. Muitas coisas mudarão a partir de agora, pois passaremos a poder interagir, assistirmos televisão através de sistemas portáteis e móveis, além é claro de uma qualidade superior de imagem e som. A regulamentação da padronização ainda não foi definida por completo pelo Ministério das Comunicações e continua sendo tema de grandes debates no meio. A TV Digital é uma realidade que passará a fazer parte do nosso cotidiano, modificando hábitos e costumes de toda uma sociedade. Ressalte-se a importância da amplia visão tecnológica através de conhecimento de recursos que cada vez mais convergem para um único meio. Ao mesmo tempo, a Internet vem se adaptando, para possibilitar como um meio de transmissão de televisão, inclusive o meio televisivo procura implementar tecnologias para que a televisão possa estar na Internet que é um meio que está em plena expansão e tem indiscutível importância nos dias de hoje. O tema da presente pesquisa de um valor relevante, não se encerra por aqui, visto que ainda se encontra em plena discussão e desenvolvimento, o que motiva a continuidade da pesquisa. Uma coisa é certa, a Televisão Digital é indispensável para o mundo moderno, e também uma exigência dos telespectadores que aguardam com 1033

ansiedade por uma TV de melhor qualidade de imagem, mobilidade e com interatividade, o que acaba por gerar uma melhor comunicação, uma vez que a televisão nasceu com esse propósito. Referências bibliográficas Anatel, disponível em <http://www.anatel.gov.br/index.asp?link=/biblioteca/resolucao /1998/res_069_98.htm?Cod=2034>, Acessado em 05 de junho de 2008. <http://www.tudosobretv.com.br/histortv/historbr.htm#>. Acessado em 01 de junho de 2006. BRITTOS, Valério Cruz e SIQUEIRA; Ricardo TV Digital, potencialidades e disputdas, Revista Brasileira de Ciências da Comunicação Vol. XXVIII SP 2005. CASTRO, Cossette Uso de Plataformas tecnológicas para inclusão digital o caso da TV Digital e produção de conteúdos. In: Inclusão Social, Brasília, v.3, n.1, p.70-74, out 2007/março 2008. CPqD, disponível em <http://www.cpqd.com.br>. Acessado em 10 de junho de 2006. MACHADO, Arlindo. A Televisão levada a Sério. São Paulo: Senac. 2000 MARCONDES Filho, Ciro: Televisão: A vida pelo Vídeo. São Paulo:Moderna. 1988 Set (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações), disponível em <http://www.set.com.br/artigos/set_sbtvd_v4_set05.doc>. Acessado em 01 de junho de 2009. Teleco disponível em <http://www.teleco.com.br/tvdigital.asp>. Acessado em 10 de junho de 2008; 1034