INFLUÊNCIA DE DOSES CRESCENTES DE ESTERCO BOVINO NO NÚMERO DE FOLHAS E RAMOS DO GERGELIM (Sesamum indicum).

Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DO USO DE RESÍDUO ORGÂNICO E ADUBAÇÃO FOSFATADA NO CULTIVO DE GERGELIM (Sesamum indicum L. cv. Trhébua)

AVALIAÇÃO DA FITOMASSA E COMPRIMENTO DAS RAÍZES DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA INFLUENCIADOS PELA FERTILIZAÇÃO ORGÂNICA

FONTES ORGÂNICAS DE NUTRIENTES E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA*

FITOMASSA DA MAMONEIRA (Ricinus cumunnis L.) CULTIVAR BRS ENERGIA ADUBADA ORGANICAMENTE

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 616

PRODUÇÃO DE Sesamum indicum L. ORGÂNICO NO AGRESTE PARAIBANO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 465

CRESCIMENTO DO PINHÃO MANSO (Jatropha curcas L.) EM FUNÇÃO DE NÍVEIS DE ÁGUA E ADUBAÇÃO NITROGENADA

EFEITO DA TORTA DE MAMONA SOBRE O CRESCIMENTO DA MAMONEIRA BRS 149 NORDESTINA.

ANÁLISE DO TECIDO VEGETAL DO PINHÃO MANSO, SUBMETIDOS A FONTES E DOSES DE FERTILIZANTES

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 637

CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis) EM DIFERENTES POPULAÇÕES

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONA SUBMETIDOS A DIFERENTES TEMPERATURAS NOTURNAS: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO*

INFLUÊNCIA DE FONTES E DOSES DE NITROGÊNIO SOBRE O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA.*

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA SOB DOSES DE GESSO AGRÍCOLA APLICADAS AO SOLO

ADUBAÇÃO ORGÂNICA NO GERGELIM NO CARIRI CEARENSE

CRESCIMENTO INICIAL E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE GERGELIM EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO Apresentação: Pôster

PRODUTIVIDADE DAS CULTIVARES PERNAMBUCANA, BRS PARAGUAÇU E BRS NORDESTINA EM SENHOR DO BONFIM-BA

COMBINAÇÃO DE CASCA E TORTA DE MAMONA COMO ADUBO ORGÂNICO PARA A MAMONEIRA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 726

CRESCIMENTO DO PINHÃO MANSO EM SUBSTRATOS COM REJEITOS DE MINERAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO-PB

INFLUÊNCIA DE DOSES E TIPOS DE ADUBOS NO DESENVOLVIMENTO DA MAMONEIRA BRS NORDESTINA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 663

CRESCIMENTO DA MAMONEIRA SUBMETIDA A ADUBAÇÃO COM LIXO ORGÂNICO E TORTA DE MAMONA*

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA CULTIVADOS NO SEMI-ÁRIDO BAIANO

EFEITOS ISOLADOS E CONJUNTOS DA MAMONEIRA (Ricinus communis L.), EM FUNÇÃO DE NITROGÊNIO E TEMPERATURA NOTURNA EM AMBIENTES DIFERENTES

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1599

Palavras-chave: Jatropha curcas L., parâmetros de crescimento, nitrogênio, adubação mineral.

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1213

CRESCIMENTO INICIAL DE PINHÃO MANSO ORIUNDAS DE SEMENTES TRATADAS COM CLORETO DE MEPIQUAT

ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE MUDAS DE MORINGA (Moringa oleífera Lam.) ADUBADAS COM ESTERCO BOVINO

CRESCIMENTO DE PLANTAS DE MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL

PRODUÇÃO DE RABANETE EM FUNÇÃO DE DOSES DE COMPOSTO ORGÂNICO NA SEMEADURA.

TEOR DE ÓLEO E RENDIMENTO DE MAMONA BRS NORDESTINA EM SISTEMA DE OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

TAXA DE DECOMPOSIÇÃO DE ESTERCOS EM FUNÇÃO DO TEMPO E DA PROFUNDIDADE DE INCORPORAÇÂO SOB IRRIGAÇÃO POR MICRO ASPERSÃO

PRODUÇÃO DE MUDA DE MAMONEIRA EM SUSTRATOS CONTENDO DIFERENTES RESÍDUOS ORGÂNICOS E FERTILIZANTE MINERAL

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1047

COMPORTAMENTO DO SOLO APÓS A ADUBAÇÃO ORGANICA E O DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MAMONA*

TÍTULO: EFEITOS DA PROFUNDIDADE DE PLANTIO NA GERMINAÇÃO E PRODUÇÃO DE MASSA DO CAPIM BRAQUIARÃO ADUBADO NO PLANTIO

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES E BIOMETRIA DE PLÂNTULAS DE MAMONA

TOLERÂNCIA DA CULTURA DO PINHÃO MANSO AO ENCHARCAMENTO DO SOLO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 715


XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MATERIAL HÚMICO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA

DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DA MAMONEIRA EM FUNÇÃO DA SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO

INFLUÊNCIA DA SUPRESSÃO DA IRRIGAÇÃO NOS DIFERENTES ESTÁGIOS FENOLÓGICOS DO FEIJÃO-CAUPI

CRESCIMENTO INICIAL DO PINHÃO MANSO IRRIGADO SUBMETIDO A DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA 1

USO DE FONTES MINERAIS NITROGENADAS PARA O CULTIVO DO MILHO

PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS NA BRS ENERGIA EM DUAS DENSIDADES DE PLANTIO

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA II: CRESCIMENTO VEGETATIVO

AVALIAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO MANUAL PARA A SEMEADURA DA MAMONEIRA.

Biofertilizante de origem Suína na formação inicial de Mudas de Graviola (annomamuricata l.) e matéria seca da raiz.

ADIÇÃO DE TORTA DE ALGODÃO A COMPOSIÇÃO DE DIFERENTES SUBSTRATOS PARA A PRODUÇÃO DE MAMONEIRA

COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS E ADUBAÇÃO NITROGENADA NO CRESCIMENTO INICIAL DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA (Ricinus communis)

ADUBAÇÃO NITROGENADA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO IRRIGADO NO CARIRI CEARENSE

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NO PERÍODO OUTONO-INVERNO EM ITAOCARA, RJ*

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

APROVEITAMENTO DA RESTEVA DO ALGODÃO COMO ADUBO ORGÂNICO PARA A CULTURA DA MAMONA

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE HÍBRIDOS DE MAMONEIRA COM SEMENTES SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

TAXAS DE CRESCIMENTO EM DIÂMETRO CAULINAR DA MAMONEIRA SUBMETIDA AO ESTRESSE HÍDRICO-SALINO(*)

Avaliação da velocidade de reação do corretivo líquido na camada superficial de um Latossolo Vermelho distroférrico

ADUBAÇÃO NITROGENADA E QUALIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO *

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL DE UM EQUIPAMENTO PARA DESCASCAMENTO DE MAMONA DA CULTIVAR BRS ENERGIA

ECONOMIA DE ÁGUA NA PRODUÇÃO DE QUIABO COM DIFERENTES COBERTURAS DE SOLO

SELETIVIDADE DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

EFICIÊNCIA AGRÔNOMICA, DE ESTIRPES DE RIZOBIO NATIVO DO CERRADO DO TOCANTINS INOCULADOS EM FEIJÃO-CAUPI

DESENVOLVIMENTO DO ALGODÃO HERBÁCEO cv. BRS 201 SOB IRRIGAÇÃO NO CARIRI CEARENSE

EFEITO DO HERBICIDA TRIFLOXYSULFURON SODIUM NA MAMONEIRA (RICINUS COMMUNIS L.) CULTIVAR BRS NORDESTINA

Enriquecimento de substrato com adubação NPK para produção de mudas de alface

PRODUTIVIDADE DA CULTIVAR BRS ENERGIA EM FUNÇÃO DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO E POPULAÇÕES DE PLANTAS

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE DUAS CULTIVARES DE MAMONA SOB DIFERENTES DENSIDADE DE PLANTAS NO TOCANTINS UNITINS-AGRO

PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA SOB INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E DOSES DE MATERIAL HÚMICO

RENDIMENTO DA MAMONEIRA SUBMETIDA A DIFERENTES FONTES E DOSES DE NITROGÊNIO*

TÍTULO: ACÚMULO DE BIOMASSA E COMPRIMENTO DE RAIZ DE ESPÉCIES DE BRACHIARIA SUBMETIDAS A DUAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM PETROLINA-PE

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE PATOS-PB

AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO MAIS FÓSFORO APLICADOS NO PLANTIO

Crescimento vegetativo e incidência de cercosporiose em cafeeiros sob diferentes sistemas de manejo

COMPORTAMENTO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM TERESINA PIAUÍ EM MONOCULTIVO E CONSORCIADOS COM FEIJÃO-CAUPI*

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

APLICAÇÃO DE GESSO AGRÍCOLA PARA REDUÇÃO DAS DEFORMAÇÕES DA FOLHA DA MAMONEIRA

INFLUÊNCIA DA ÁGUA RESIDUÁRIA SOBRE O CRESCIMENTO DA MAMONEIRA BRS ENERGIA


EFICIÊNCIA DA ADUBAÇÃO FOSFATADA EM FEIJÃO CAUPI (Vigna unguiculata L. Walp.) INOCULADO SOB CONDIÇÕES DE SEQUEIRO NA PARAÍBA

INFLUÊNCIA DO ESTÁDIO DE MATURAÇÃO DA SEMENTE E DA PROFUNDIDADE DE SEMEADURA III: FITOMASSA DA MAMONEIRA

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM JUAZEIRO-BA

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DE CAMPINA GRANDE-PB

EFEITO DO SUBSTRATO NA DETERMINAÇÃO DO CRESCIMENTO DE MUDAS DE MAMONA DAS VARIEDADES BRS 149 NORDESTINA E BRS 188 PARAGUAÇU.

Produção de mudas de alface (Lactuca sativa) utilizando diferentes substratos

INFLUÊNCIA DA IRRIGAÇÃO COM ÁGUA SALINA NA CULTURA DA RÚCULA EM CULTIVO ORGÂNICO INTRODUÇÃO

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

Características biométricas de cafeeiro intercalado com diferentes sistemas de produção de abacaxizeiro para agricultura familiar do Projeto Jaíba

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE FIBRA COLORIDA NOS MUNICÍPIOS DE ANGICAL E WANDERLEY-BA 1

MACRONUTRIENTES NA FOLHA DA MAMONEIRA EM SOLO COM DIFERENTES DENSIDADES GLOBAL E ADUBADO COM TORTA DE MAMONA*

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA MAMONA BRS ENERGIA EM DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO.

Transcrição:

Página 721 INFLUÊNCIA DE DOSES CRESCENTES DE ESTERCO BOVINO NO NÚMERO DE FOLHAS E RAMOS DO GERGELIM (Sesamum indicum). José Rodrigues Pacífico da Silva ( rodriguespacifico@yahoo.com.br )¹; Thiago Costa Ferreira¹;;José Thyago Aires Souza¹; Gilmara Lima Pereira¹, José Pires Dantas ². ¹ Graduandos em Agroecologia (UEPB), Campus II Lagoa Seca/PB ² Professor Doutor, Titular do Departamento de Química- Universidade Estadual da Paraíba e-mail (pires_uepb@yahoo.com.br), RESUMO - O gergelim (Sesamum indicum L.) é uma das plantas oleaginosas mais antigas usadas pela humanidade, de origem afro-asiática está disseminada por todo o mundo e produz satisfatoriamente quando o solo apresenta boa fertilidade. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento do gergelim, em função de doses crescentes de esterco bovino. O experimento foi implantado em Casa de Vegetação do Centro de Ciências Agrárias e Ambientais - Campus II da UEPB, em Lagoa Seca - PB. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo os tratamentos representados por 10 doses de esterco bovino (0, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 g) com quatro repetições. Cada parcela foi constituída por um vaso (7L) contendo 3 plantas. Avaliaram-se os parâmetros número de folhas e o número de ramos. Concluiu-se que as doses de esterco bovino influenciaram estatisticamente a variável estudada, segundo o Teste F, a dose 300g de esterco, promoveu o maior número de folhas, a saber, 16 folhas/tratamento, já para a variável número de ramos, a dose 400g de esterco, foi a mais eficiente, apresentando 2,2 ramos/tratamento; demonstrando que o gergelim pode ser adubado com esterco bovino. Palavras-chave oleaginosa, orgânico, adubo, produção. INTRODUÇÃO O Gergelim (Sesamum indicum) é um vegetal da família Pedaliaceae, é uma das oleaginosas mais antigas utilizadas pela humanidade, havendo registro de seu cultivo há mais de 4.300 anos antes da era cristã, nos países do oriente médio. O local de sua origem é incerto, podendo situar-se entre a Ásia e África (Beltrão et. al, 2001). Esta cultura é uma planta adaptada às condições semi-áridas, necessitando assim para uma boa produção uma precipitação pluvial entre 300 e 800 mm anual e altitudes abaixo de 500 m, valores climáticos ou altimétricos diferentes podem ocasionar perdas em sua produção. Na Região Nordeste, seu cultivo é recomendado nas áreas com altitude média de 250 m, temperaturas médias do ar entre

Página 722 25 e 27 C e precipitações pluviais de 400 a 650 mm, bem distribuída desde sua germinação até o florescimento das plantas (EMBRAPA, 2000). O gergelim cresce e produz em diferentes tipos de solos, mas os solos mais indicados para o seu cultivo são os solos leves, sem encharcamento, pois estes favorecem o desenvolvimento das raízes (MAGALHÃES et.al. 2009). O uso da adubação orgânica é recomendado, pois estes apresentam características diferentes quanto aos teores de nutrientes disponíveis as plantas, também pelo seu custo reduzido e fácil disponibilidade para diversos tipos de economia rural. (GLIESSMAN, 2000). A aplicação de adubos orgânicos em solos, além do efeito direto no suprimento de nutrientes para as plantas, contribui para a permeabilidade e infiltração da água, favorece a microbiota natural do solo, melhora as condições físicas do solo e contribui para baixar os teores de alumínio trocável (GUIMARÃES, 2008 apud COSTA, 1983). Dentre a diversidade de adubos orgânicos existentes o esterco bovino se destaca em diversos aspectos, possui vasta disponibilidade, entre as percentagens de 30 a 58% de matéria orgânica, um solo pode ser considerado ótimo meio de cultura para os organismos, em virtude de elevar a quantidade de bactérias do solo quando adicionado como fertilizante (PRIMAVESI, 2002). Dessa forma, este trabalho teve como objetivo identificar o percentual de esterco bovino que mais favorece o crescimento do gergelim nas condições edafoclimáticas de Lagoa Seca - PB. METODOLOGIA O experimento foi realizado entre os meses de junho a agosto de 2009 em casa de vegetação do Campus II da Universidade Estadual da Paraíba, no município de Lagoa Seca - PB. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado com 10 tratamentos constituídos por doses crescentes de esterco bovino (0, 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900 e 1000 g/vaso) com 4 repetições. As parcelas foram formadas por vasos com capacidade de 7L, foram plantadas oito sementes por vaso, e após 10 dias ocorreu o desbaste, deixando 3 plantas/vaso. O solo utilizado neste trabalho foi coletado na camada superficial (0-20 cm) de um Neossolo Regolítico (Embrapa, 1999) e o esterco bovino (curtido) foi adquirido de agricultores familiares da região de Lagoa Seca PB. Durante a condução do experimento, realizou-se irrigações aplicando uma lâmina d água suficiente para deixar o solo na sua capacidade de campo.

Página 723 Ao quarto mês após o plantio, avaliaram-se os parâmetros: número de folhas e número de ramos, os quais foram tabulados e submetidos à análise estatística. Foi realizada a análise de variância, utilizando-se o software SISVAR 5.0 (FERREIRA, 2000) e, para o teste de significância, o teste F, a 5 e 1% de probabilidade. Nos casos de diferenças significativas entre os tratamentos, procedeu-se a análise de regressão, sendo as equações selecionadas pelo teste F ao nível de significância de 5% de probabilidade (BANZATTO e KRONKA, 1992). RESULTADOS E DISCUSSÃO Observa-se através da Tabela 1, que pela análise de variância do experimento houve efeito das doses crescentes de esterco bovino para as variáveis em questão (número de folhas e ramos) verificadas quando as plantas apresentavam três meses de plantio. Na Figura 1, apresenta-se o gráfico correspondente ao número de folhas, onde obtevera seu valor máximo com a dose de esterco equivalente a 200 g de esterco (20 folhas/média/planta), e na Figura 2, apresenta-se o gráfico correspondente ao número de ramos das plantas, que obteve maior desempenho com a dose de esterco equivalente a 300g de esterco (4,8 ramos/média/planta). Pois este adubo extensamente utilizado, oferece inúmeros benefícios a microbiota do solo, a CTC que ocorre na solução do solo, melhora a textura do solo, a retenção de água, ainda mostra-se accessível ao homem do campo e apresenta baixo custo, entre outros fatores (GLIESSMAN, 2000; SILVA et al,2000; MAGALHÃES et. al., 2009; COSTA,2008 ). Os resultados obtidos neste trabalho mostram que adubação orgânica com esterco bovino pode ser utilizada com êxito para a cultura do gergelim (MAGALHÃES et. al., 2009; COSTA, 2008), atendendo as mínimas necessidades que necessita esta cultura. CONCLUSÃO A adubação do gergelim com esterco bovino promove o aumento da produção vegetativa. A adubação orgânica promove: 47,6 cm de altura, com a dosagem de 300 g de esterco; e 0,5 mm de diâmetro, com a dosagem de 100g de esterco bovino. Porém pesquisas com a utilização de esterco são de suma importância para que se estabeleça parâmetros para cultura, dosagens e tecnologias de beneficiamento e utilização que melhor se adaptem as nessecidade agrícolas deste vegetal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Página 724 BELTRÃO, N. E. de M.; SOUZA, J. G. de; PEREIRA, J. R. Fitologia. In: BELTRÃO,N. E. de M.;VIEIRA, D.J.eds. O agronegócio do Gergelim no Brasil. Brasília: Embrapa Comunicações para transferência de Tecnologia, 2001. cap.3.p.37 57. BANZATTO, D. A; KRONKA, S.N. Experimentação agrícola. Jaboticabal: FUNEP, 1992. 247 p. COSTA, M. P. da. Efeito da matéria orgânica em alguns atributos do solo. Dissertação de mestrado Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba. 1983. In: GUIMARÃES, A.S. Crescimento inicial do Pinhão Manso (Jatrophas curcas L.) em função de fontes e quantidades de fertilizante. 2008. Tese (Doutorado em Ecologia Vegetal e Meio Ambiente) Centro de Ciências Agrárias Universidade Federal da Paraíba, Areia PB. EMBRAPA-CNPA. BRS 196 (CNPA G4), Nova cultivar de Gergelim e seu sistema de cultivo. Campina Grande, 2000. Folder. EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1999. 412p. GLIESSMAN, S.R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Universitária / UFRGS, 2000. MAGALHÃES, I. D.; SOARES, C.S.; COSTA, F.E.; ALMEIDA, A.E.S.; SILVA, S.D. & ALVES, G.M.R. CULTIVO DO GERGELIM (Sesamum indicum L.) SOB DOSES DE ESTERCO BOVINO. In: 4º Congresso e 4º Fórum de Educação Agrícola Superior Campina Grande-PB, 2009. PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico do solo: a agricultura em regiões tropicais / Ana Primavesi. São Paulo: Nobel, 2002. FERREIRA, D. F. Sistema SISVAR para análises estatísticas: manual de orientação. Lavras: Universidade Federal de Lavras / Departamento de Ciências Exatas, 2000. 66 p.

Número de Folhas Número de Ramos IV Congresso Brasileiro de Mamona e Página 725 Tabela 1. Análise de variância da altura e diâmetro caulinar de gergelim, sob doses crescentes de esterco bovino, Lagoa Seca, PB, 2009. FV NF Quadrado médio NR Tratamento 47,93 ** 4,73 ** Resíduo 15,06 0,85 CV (%) 25,79 45,74 ** Significativo (p < 0,01). 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Número de Folhas y = -0,154x 2 + 1,126x + 15,376 R 2 = 0,6479 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Número de Ramos y = -0,057x 2 + 0,5449x + 1,3687 R 2 = 0,4133 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Tratamentos Figura 1- Efeitos das diferentes dosagens de esterco no número de folhas e ramos do Gergelim