LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE PLANTAS EXÓTICAS DO PARQUE MUNICIPAL DAS ARAUCÁRIAS GUARAPUAVA PR. RESUMO



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1 CATEGORIA DE INSCRIÇÃO : TRABALHO CIENTÍFICO LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DE PLANTAS EXÓTICAS DO PARQUE MUNICIPAL DAS ARAUCÁRIAS GUARAPUAVA PR. Juliano Cordeiro 1 William Antonio Rodrigues 2 RESUMO O Parque Municipal das Araucárias localizado no município de Guarapuava, abriga uma área de 41 ha de Floresta Ombrófila Mista ou Floresta com Araucárias, caracterizado como remanescente representativo das formas naturais da vegetação central do Estado do Paraná. Foi declarado Reserva Ecológica em 05 de junho de 1981 e Área de Proteção Ambiental pela Lei 198/91, ficando sob a responsabilidade da administração municipal. O levantamento florístico de plantas exóticas foi realizado entre o período de mar/04 a jul/05 apontou a ocorrência de 7 famílias, 7 gêneros e 11 espécies de Magnoliophyta sendo 8 espécies de árvores, 2 ervas e uma liana. As 8 espécies de árvores exóticas encontradas na área representam 11,7 % da diversidade total das arbóreas do remanescente florestal. Também foi registrado o grau de abundância e sociabilidade das espécies com destaque para Ligustrum lucidum W.T. Aiton e Lonicera japonica Thunb. ex Murray que obtiveram valor 3. Palavras-chave: Floresta Ombrófila Mista, exóticas, florística, vegetação. ABSTRACT The Araucaria Municipal Park is located in Guarapuava. It has an area of 41 ha of Mixed Ombrophyllous Forest or Araucaria Forest, characterized by representative remainder of natural vegetation from the central region of State of Paraná. It was declared as Ecological Reserve on June 05, 1981, and Area of Environmental Protection by the Law 198/91, the municipal administration is responsible for it. The rising floristic of exotic plants was accomplished between the mar/04 period the jul/05 pointed the occurrence of 7 families, 7 genera and 11 species of Magnoliophyta being 8 species of tree, 2 herbs and 1 liana. The 8 species of exotic trees found in the area represent 11, 7% of the total diversity of the arboreal of the forest remainder. It was also registered the abundance degree and sociability of the species with prominence Ligustrum lucidum W.T. Aiton.L. and Lonicera japonica Thunb. ex. Murray which obtained value 3. Key words: Mixed Ombrophyllous Forest, exotic, floristic, vegetation. INTRODUÇÃO Para Mack (2002), espécie exótica, alienígena ou não indígena é aquela que não é nativa de um ecossistema específico. O processo de invasão de um ambiente por uma determinada espécie exótica começa quando, depois de introduzida em um novo ambiente, esta se naturaliza sendo capaz de se dispersar por grandes áreas, ocasionando graves alterações ao ambiente invadido (Cattaneo, 2005) Segundo Ziller (2000) espécies exóticas são aquelas que ocorrem em locais que não são seus limites naturais e historicamente conhecidos, resultantes da ação antrópica por dispersão acidental ou intencional. E contaminação biológica pode ser entendida como introdução destas espécies que após adaptadas a esses novos ambientes podem se neutralizar ou provocar alteração no funcionamento de um ecossistema. 1 Aluno de Pós-Graduação em Botânica/UFPR (cordeirojuliano@yahoo.com.br), 2 Professor Sênior do Departamento de Botânica/UFPR.

2 Fernandez (2004) trata a contaminação biológica como uma conseqüência da ação humana quando coloca em contato, e com uma freqüência cada vez maior, espécies que não estão adaptadas a coexistirem juntas, porque evoluíram independentemente umas das outras por milhões de anos. Sobre o panorama das invasões biológicas, Dorst (1973) cita o homem como artesão de comunidades biológicas artificiais relatando uma série de invasões biológicas com a introdução de espécies exóticas que se tornaram invasoras de ecossistemas em todas as regiões do planeta, destacando entre muitos, o exemplo do figo-da-índia na Austrália no começo do séc. XX e do aguapé nos Estado Unidos no final do séc. XIX. De acordo com Ziller (2004) a ciência das invasões biológicas apesar de ser motivo de preocupação de vários estudiosos no mundo desde a metade do séc. XX, no Brasil começou a ganhar espaço com a presença de algumas espécies que vêm causando prejuízos econômicos como o mexilhão dourado. Diante da realidade brasileira, para se ter conhecimento de quais espécies possam ser exóticas em determinados ambientes torna-se necessário que o estudo florístico das formações vegetacionais produza, conforme Martins citado por Weiser & Godoy (2001) uma lista de espécies ali instaladas, servindo tal levantamento como ponto de partida para planos de erradicação dos focos de invasão (IBGE, 2004). Dias et al. (1988) fizeram referências à escassez de dados florísticos sobre as formações florestais do Estado do Paraná. Para a realidade das FOM Florestas Ombrófila Mista - a situação pouco se alterou, pois segundo Roderjan et al (2003), os estudos sobre o meio biológico das florestas, principalmente para a formação altomontanas são raros e/ou superficiais, sendo quase totalmente desconhecidos pela ciência. O levantamento feito por Insernhagen (2001) listou 162 referências sobre trabalhos florísticos e fitossociológicos das formações vegetacionais realizados no Estado do Paraná nas últimas duas décadas, destes, 40 foram sobre a FOM e apenas um para a região Centro Oeste, onde está localizado o Parque Municipal das Araucárias. Os levantamentos feitos para conhecimento da flora paranaense são mal distribuídos entre as formações vegetacionais e concentrados em algumas regiões do Estado. No Estado do Paraná o trabalho pioneiro sobre o problema da contaminação ambiental por espécies exóticas é de Ziller (2000) que fez o diagnóstico ambiental envolvendo áreas de estepe gramíneo-lenhosa e floresta ombrófila mista localizadas no segundo planalto paranaense. O levantamento florístico apresentado continha 595 espécies de plantas das quais 81 (13,6%) eram exóticas. Na estrutura fitossociológica de uma floresta urbana em Curitiba estudada por Roseira (1990) Ligustrum lucidum W.T. Aiton e Hovenia dulcis Thumb. ocuparam 1º e 10º lugares de valor de importância na estrutura horizontal da floresta constituída por 67 espécies. Em ambiente de florestal pluvial analisada por Barddal (2002) a posição pelos valores de importância de Hovenia dulcis Thumb. e Ligustrum vulgare L. foram respectivamente 14º e 15º lugares entre 29 espécies encontradas. A ocorrência de espécies exóticas em ambientes florestais também são citados nos levantamentos florísticos por Imaguire (1980) e Cervi et al. (1989) e em estudos fitossociológicos de Durigan; Pizatto (1999), Sanquetta et al. (2001) e Rondon Neto et al. (2002). O presente trabalho objetivou a identificação das espécies exóticas que ocorrem no remanescente de floresta ombrófila mista e inferir sobre os processos de invasão, de maneira que essas informações sirvam de subsídios para um plano de combate dessas espécies pela administração do Parque Municipal das Araucárias. MATERIAL E MÉTODOS O Parque Municipal das Araucárias localiza-se no município de Guarapuava, PR (Figura 1), com coordenadas Latitude 25º 21 S e Longitude 51º 28 W. Foi declarado Reserva Ecológica em 05 de junho de 1981 e Área de Proteção Ambiental pela Lei 198/91, de responsabilidade da administração municipal. Possui uma área de aproximadamente 104 ha, com 41 ha ocupados pela FOM (SEMAFLOR, 2005). O remanescente de FOM encontra-se delimitado ao norte pela planície inundável do rio Xarquinho, ao sul por uma área em terceira fase de sucessão secundária, ao leste por um remanescente de estepe gramíneo-lenhosa e

3 formação pioneira de influência flúvio-lacustre e ao oeste pela área da administração do Parque, estacionamento e viveiros de mudas florestais. O clima da região segundo a classificação de Köppen é do tipo Cfb, sem estação seca (Maack, 1981). A temperatura do ar média do mês mais quente é em torno dos 20,9 ºC e a média do mês mais frio em 8,4 ºC. Quanto à umidade relativa do ar, as médias mínimas e máximas registradas atingiram 74 e 81%, respectivamente. Os índices de precipitação médios apontam 93,9 mm para o mês mais seco e 202,6 mm para o mais chuvoso, com um mínimo de 8 e máximo de 16 dias por mês de chuva. Em relação à evaporação, o menor registro foi de 52,4 mm e o maior 81,7 mm mensais. Todos os dados climáticos foram obtidos da Estação Metereológica de Guarapuava, do Instituto Agronômico do Paraná IAPAR, localizado no Colégio Agrícola Arlindo Ribeiro, que dista em linha reta 4 km da área de estudo (IAPAR, 2005). FIGURA 1 Localização do município de Guarapuava no Estado do Paraná, adaptado SEMAFLOR, 2005. FIGURA 2 Localização do Parque Municipal das Araucárias, Guarapuava, Paraná. Adaptado SEMAFLOR, 2005.

4 O relevo da área da floresta apresenta três variações bem distintas, suave-ondulado a ondulado na porção superior, médio-ondulado na porção mediana e plano na porção inferior que margeia o rio Xarquinho. Quanto aos tipos de solo, podem ocorrer associações Latossolo Bruno Álico mais Cambissolo Álico (Silva, 2003), e solos Litólicos nas vertentes mais íngremes e Glei Húmico e Orgassolos na posição de plano aluvial (Roderjan et al. 1991). A altitude média da área do Parque fica em torno dos 1070 m.s.n.m. (SEMAFLOR, 2005). O levantamento florístico foi realizado entre março/04 e julho/05 com duas visitas mensais a área, para identificação e coleta de material fértil dos indivíduos pertencentes às espécies exóticas. As coletas foram realizadas por meio de caminhadas visando atingir a totalidade da área, seguindo as técnicas de coleta e herborização segundo Fidalgo & Bononi (1989) e Mori et al (1985). O material coletado foi herborizado, identificado e ficará arquivado no herbário do Departamento de Botânica da Universidade Federal Paraná. Utilizando o método de Braun-Blanquet (1950) foi analisado qualitativamente o grau de abundância das espécies sendo o grau 1 quando a ocorrência muito rara, 2 rara, 3 - pouco freqüente, 4 abundante e 5 muito abundante. A sociabilidade das plantas determinada pela escala 1 cada indivíduo cresce isolado, 2 as plantas crescem em grupos ou moitas, 3 plantas formam pequenas manchas ou almofadas, 4 plantas em colônias, formando manchas maiores, 5 plantas em populações puras. RESULTADOS E DISCUSSÃO O levantamento florístico de plantas exóticas do Parque Municipal das Araucárias resultou no registro da ocorrência de 7 famílias, 7 gêneros e 11 espécies de Magnoliophyta sendo 8 espécies de árvores, 2 ervas e uma liana. A classificação das espécies por família, nome vulgar, graus de abundância e sociabilidade, forma de biológica e número do coletor estão na tabela 1. Também foram observadas características relacionadas às possíveis formas de invasão dessas invasoras no ambiental florestal estudado. A espécie Impatiens walleriana Hook. f. ou beijinho é encontrada nas margens do Córrego Xarquinho, estando sua ocorrência confinada a este ambiente formando pequenos agrupamentos. Possivelmente sua rota de dispersão deva ter sido por partes vegetativas que foram trazidas pelas águas fluviais durante o período de chuvas, uma vez que o referido córrego passa pelo perímetro urbano a montante do Parque. Quanto a Lonicera japonica Thunb. ex Murray. o quadro de invasão também é bastante delicado, pois foi observada em vários locais da bordadura da floresta, sua abundância ficou em pouco numerosa com sociabilidade de plantas em pequenas manchas. Sua invasão pode ter sido via propagação vegetativa iniciada no Parque pela mesma via descrita para o Impatiens walleriana. Essa espécie tem seu ponto de dispersão a partir da área de formação pioneira flúvio-lacustre, localizada ao leste do remanescente da FOM, onde, devido a seu hábito trepador sufoca a vegetação herbácea do local e atinge as árvores da bordadura. Da espécie Ligustrum sinense Lour. foi encontrada apenas um indivíduo localizado nas margens de uma das trilhas do Parque tendo como forma de dispersão característica a zoocoria. Quanto ao Ligustrum lucidum W.T. Aiton esta espécie é mais freqüente e de maneira que já passa a constituir a estrutura horizontal da floresta, pois no estudo fitossociológico do remanescente florestal do Parque das Araucárias realizado por Cordeiro (2005) dentre as 46 espécies identificadas o Ligustrum lucidum obteve 29º lugar no índice de valor de importância das espécies. Desta forma, tal espécie constitui o principal foco de invasão entre as espécies arbóreas, que apesar ter grau de sociabilidade 1 sua abundância foi registrada como grau 3 (pouco numerosa). A uva-do-japão ou Hovenia dulcis Thumb. foi encontrada em uma área próximo a margem da floresta com uma estrada desativada, e pelos sinais de alteração presente indicase ser o local uma antiga moradia, sendo desta forma sua ocorrência no Parque causada por interferência humana. Sua abundância é rara e as plantas aparecem agrupadas. Pouco peculiar é a ocorrência de Hedychium coronarium J. König. que ao invés de ocupar os locais hidromórficos das margens do Córrego Xarquinho foi encontrada em local de solo bem drenado nas porções elevadas do relevo. Pode-se explicar sua ocorrência pela elevada umidade próxima ao solo mantida pela cobertura homogênea vegetação herbácea junto ao chão da floresta associada pela pouca iluminação e ventilação proporcionada pelo

5 sombreamento das copas das árvores, principalmente pela densidade de araucárias que em alguns pontos chegam a se tocar. TABELA 1 Lista de espécies exóticas do Parque Municipal das Araucárias. Forma de vida: AR = arbórea, Hb = herbácea e L = liana. Família / Espécie Nome Abundância Sociabilidade 1 Forma Nº Coletor Vulgar 1 Biológica 2 BALSAMINACEAE Impatiens walleriana Hook. f. Beijinho 2 2 Hb J. Cordeiro 266 CAPRIFOLIACEAE Lonicera japonica Thunb. ex Murray. OLEACEAE Madressilva 3 3 L J. Cordeiro 011 Ligustrum lucidum W.T. Aiton Alfeneiro 3 1 AR J. Cordeiro 050 Ligustrum sinense Lour. 1 1 AR J. Cordeiro 049 RHAMNACEAE Hovenia dulcis Thumb. ROSACEAE Uva-do- Japão 2 2 AR J. Cordeiro 264 Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. Nespereira 2 1 AR J. Cordeiro 232 RUTACEAE Citrus lemon March. Ex Warb Limão-do- Mato 2 1 AR J. Cordeiro 161 Citrus reticulata Blanco Mexirica 2 1 AR J. Cordeiro 263 Citrus sinensis (L.) Osbeck Laranja-do- Mato 2 1 AR J. Cordeiro 262 Citrus sp Lima 2 1 AR J. Cordeiro 260 ZINGIBERACEAE Hedychium coronarium J. König. Lírio-dobrejo 1 2 Hb J. Cordeiro 181 1 A abundância e sociabilidade das espécies foi baseada em Braun-Blanquet (1950). 2 Para a forma de vida foi considerado o desenvolvimento do caule proposto por Vidal & Vidal (2000). As espécies do gênero Citrus (Citrus lemon, Citrus reticulata, Citrus sinensis e Citrus sp) ocorrem no interior da floresta habitando seu estrato inferior. São espécies que têm no homem o grande vetor de dispersão de suas sementes quando se alimenta dos frutos. O mesmo raciocínio aplica-se a Eriobotrya japonica que suporta bem o ambiente mais umbrófilo do estrato inferior da floresta e consegue atingir a fase reprodutiva. Quanto à abundância todas as espécies de Citrus como a Eriobotrya japonica são raras e a sociabilidade se dá na forma de plantas isoladas. Quando se compara em valores percentuais, as 8 espécies de árvores exóticas encontradas na área representam 11,7 % da diversidade total das arbóreas conforme o levantamento florístico feito por Cordeiro (2005). Pela ocorrência em outros estudos florísticos e fitossociológicos realizados outras áreas da floresta ombrófila mista (Imaguire, 1987; Cervi, 1989; Roseira, 1990; Durigan, Pizatto, 1999; Insernhagen, 2001; Barddal, 2002; Rondon Neto, 2002) em diversas regiões do estado do Paraná, pode-se inferir que as espécies Eriobotrya japonica, Hovenia dulcis e Ligustrum lucidum são espécies que se adaptam bem as condições do sub-bosque e na visão Cattaneo (2005) após este aparente sucesso tendem a se reproduzir e provocar alterações graves na diversidade do ecossistema.

6 RECOMENDAÇÕES As medidas de controle das espécies exóticas encontradas no remanescente florestal do Parque Municipal das Araucárias podem ser por meio de capinas nos focos de Impatiens walleriana e Hedychium coronarium. Controle mecânico com corte dos indivíduos adultos e de rebrota e quando possível retirada da planta do solo juntamente com a raiz para os focos dos Citrus, Ligustrum, Hovenia dulcis e Eriobotrya japonica. O controle químico recomendado é aspersão foliar em pelo menos 80% da planta de glifosato diluído de 1,5% a 2% em água ou Garlon 4 em solução a 2%. A aplicação deve ser feita durante a primavera e o verão para os focos Lonicera japonica. Para Eriobotrya japonica uso de metsulfuron a uma concentração de 5 gramas para cada 10 litros de água em aspersão foliar. Para Ligustrum lucidum entre o início da primavera e final do outono, fazer tratamento foliar usando herbicidas como glifosato, triclopyr ou metsulfuron em concentrações de 1 a 2%. Se for feita a remoção das árvores fazse o controle químico com aplicação direta de triclopyr a 10% nos tocos para evitar rebrotas. O tratamento basal na casca de caules até 1 centímetro de diâmetro é efetivo com uso de triclopyr este diluído a 20% em óleo. Troncos maiores precisam ser escarificados ou perfurados para aplicação do produto. Se ainda assim houver rebrotamento, as rebrotas devem ser eliminadas a cada vez que atingirem 15 a 30 cm de altura por meio de pulverização nas folhas, com glifosato diluído em água a 2% (Instituto Horus, 2005). CONCLUSÕES O presente levantamento apontou a ocorrência de 11 espécies exóticas na área da FOM do Parque Municipal das Araucárias. Quando considerado apenas o componente arbóreo 8 espécies ou 11,7% são estranhas ao ambiente das araucárias. O sub-bosque da FOM oferece condições ideais para o desenvolvimento de exóticas Eriobotrya japonica, Hovenia dulcis e Ligustrum lucidum, que já se fazem representar na estrutura horizontal da floresta. A invasão de espécies exóticas constitui um problema real para a conservação dos recursos naturais. Então é necessário promover a realização de estudos de acordo com as condições de nossos ecossistemas para revelar a real situação de espécies invasoras e assim, adotar medidas de controle e prevenção (Cattaneo, 2005). A recomendação técnica mais freqüente em outros países frente às espécies que apresentem risco de invasão é a remoção imediata, e a garantia da integridade ecológica dos ecossistemas depende da intervenção humana, pois, na ausência de controle as invasões biológicas tende aumentar exponencialmente ao longo tempo, alterando a estrutura dos ecossistemas e proporcionando perdas à biodiversidade (Ziller, 2004). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARDDAL, M. L. 2002. Aspectos Florísticos e Fitossociológicos do Componente Arbóreo-Arbustivo de uma Floresta Ombrófila Mista Aluvial Araucária, PR. Dissertação de Mestrado Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 83 p. BRAUN-BLANQUET, J. Sociología Vegetal Estudio de las comunidades vegetales. Buenos Aires : ACME AGENCY, Soc de Resp. Ltda., 1950, p. 26-79. CATTANEO, M. 2005. La dispersión de coniferas exóticas en areas naturales: ejemplos de Nueva Zelanda. Disponível em < http://www.institutohorus.org.br/download.htm#artigocien. Acesso em 15 de julho de 2005. CERVI, A. C.; PACIORNIK, E. F.; VIEIRA, R. F. & MARQUES, L. C. 1989. Espécies vegetais de um remanescente de floresta de araucária (Curitiba, Brasil): Estudo Preliminar I. Acta Biol. Par. Curitiba, v. 1/2/3/4, n. 18, p. 73-114. CORDEIRO, J. 2005. Estudo florístico e fitossociológico de um remanescente de Floresta Ombrófila Mista em Guarapuava, como contribuição para a flora do Paraná. Dados não publicados.

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