REGULAMENTO DO TRANSITO DE VEHICULOS NO MUNICÍPIO DE APPARECIDA ESTADO DE SÃO PAULO



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Transcrição:

REGULAMENTO DO TRANSITO DE VEHICULOS NO MUNICÍPIO DE APPARECIDA ESTADO DE SÃO PAULO Américo Alves Pereira Filho, Prefeito Municipal de Apparecida, por eleição na forma da lei, etc. Faço saber que a Câmara Municipal de Apparecida, em sessão realisada no dia 4 de Maio de 1929, decretou e eu promulgo a seguinte Lei (pág. 3) Lei nº 4 de 6 de maio de 1929, que regulamenta o transito de vehiculos no Município de Apparecida do Norte Estado S. Paulo CAPÍTULO I DO TRÂNSITO DE VEHICULOS Artigo 1 Nenhum vehiculo poderá circular no Município de Apparecida sem previa licença da Prefeitura, salvo os que forem de propriedade ou uso do Município, do Estado ou da União. 1º - Por occasião da concessão da licença, o vehiculo será matriculado com os seus característicos principaes, devendo ficar constatados na matrícula a lotação, numero do motor, nome do fabricante ou marca da fabrica, typo e força motriz, recebendo então as placas, com a respectiva numeração, para serem affixadas no vehiculo, na parte em que a Prefeitura julgar mais conveniente. 2º - As placas serão substituídas, annualmente, por outras. Artigo 2 A velocidade dos vehiculos será determinada pelas circunstancias especiaes do local e do momento em que trafegarem, afim de não constituir perigo para os demais vehiculos e pessoas que transitarem pelos logradouros publico, sendo reduzida ou mesmo annulada todas as vezes que isso seja necessário. Artigo 3 A velocidade máxima, por hora, que os vehjculos a motor podem desenvolver, obedecerá ao seguinte critério: a) no perímetro urban, em ruas e nas horas de grande transito, 10 kilometros; b) no mesmo perímetro, fora dessas horas, 15 kilometros; c) no perímetro suburbano, 30 kilometros. único Exceptuam-se desta disposição os vehiculos em serviço publico que justifique a marcha com maior rapidez. Artigo 4 Em transito pelas ruas ou vias publicas, os vehiculos de qualquer natureza deverão conservar a sua direita, mesmo nas ruas onde seja permitido o transito em uma só direção. 1º - Os conducores de vehiculos deixarão sempre do seu lado esquerdo espaço livre para passagem dos vehiculos que tiverem de passar à frente dos que estiverem conduzindo. 2º - Qualquer vehiculo que tiver de passar à frente do outro, em movimento ou não, só poderá faze-lo dando o respectivo conductor a sua direita do vehiculo e dando signal de aviso pelo meio de que disponha, de se achar próximo do logar em que vai fazer a manobra. 3º - Não é permitido parar o vehiculo ou mudar de direcção, sem que o respectivo conductor dê, com o braço, o respectivo signal. Artigo 5 Todos os vehiculos em trafego deverão moderar a sua marcha e mesmo parar completamente, se necessário, para deixar que sem precipitação, qualquer pessoa possa atravessar a via pública. Artigo 6 Nenhum vehiculo poderá estacionar sem ser em posição que fique com a sua direita junto ao passeio ou guia. Artigo 7 Qualquer vehiculo em movimento deverá parar todas as vezes que a sua marcha for cortada por qualquer cortejo de vehiculos, de pessoas a pé, ou préstito. Artigo 8 Fica proibido o trânsito de vehiculos conduzindo cargas ou objectos que por seu volume ou natureza possam obstar ao livre transito ou interrompel-o por qualquer forma.

único Taes cargas só poderão ser transportadas em horas determinadas e com autorização especial das autoridades incumbidas de fiscalisação de vehiculos. Artigo 9 Fora dos pontos de estacionamento, nenhum vehiculo de aluguel poderá estar parado, salvo caso de espera de passageiro, a cujo serviço se achar, ou de carga, a juízo das autoridades. Artigo 10 Dentro do perímetro urbano, a juízo das autoridades, não será permitida a circulação de vehiculos para angariar passageiros. Artigo 11 Nenhum conductor de vehiculo poderá abandonal-o na via publica ou dormir dentro do mesmo, ainda quando em descanso. Artigo 12 A aprendizagem e praticagem dos conductores de vehiculos só poderão ser feitas fora do perímetro urbano, no maior silencio possível, com o vehiculo vazio e com o instructor legalmente habilitado e matriculado, sendo prohibido admitir menores na praticagem. Artigo 13 Nenhum vehiculo poderá parar nas curvas e nos cruzamentos das ruas, nem mesmo para receber ou deixar passageiros, devendo fazel-o sempre três metros antes ou depois desses logares. Artigo 14 Nenhum vehiculo de transporte de carga poderá parar em uma rua a menor distância de dois metros do outro, que já esteja parado. único Os demais vehiculos parados nas ruas, devem guardar entre si a distancia necessária aos transeuntes para atravessarem de um passeio a outro. Artigo 15 Nenhum vehiculo poderá recuar para dar volta, devendo continuar para a frente até encontrar outra rua em que possa fazer volta, ou seguir até um ponto bastante espaçoso, afim de evitar embaraço à circulação. Artigo 16 A Prefeitura sempre que se tornar necessário, a bem da segurança e commodidade publica, poderá regular as paradas dos vehiculos em geral, principalmente nos pontos centraes da cidade, e, em casos extraordinários, poderá até suspender a circulação dos mesmos. Artigo 17 Os vehiculos em transito, licenciados em outros municípios, bem como os seus conductores, ficam dispensados de matrícula e do imposto, desde que a permanencia neste Município não exceda de oito dias, mediante visto na respectiva licença, passado na Prefeitura. único São considerados vehiculos em transito os que NÃO RECEBEREM PASSAGEIROS OU CARGAS neste Município. CAPÍTULO II DOS SIGNAES DE AVISO Artigo 18 Todos os vehiculos que transitarem pelo Município deverão ser munidos de apparelhos que permitam dar signal de aviso, quando for necessário. 1º - Os automóveis devem ser munidos de buzinas ou trompas de sons graves, especiaes ou combinados, devendo emitir sons uniformes. 2º - Fica prohibido fazer uso dos signaes de aviso, quando esteja o vehiculo parado, salvo caso de pretender dar sahida ao mesmo; e bem assim quando em movimento, abusar do uso do signal, perturbando o socego publico. CAPÍTULO III DOS VEHICULOS EM GERAL Artigo 19 Os vehiculos ficam divididos em duas categorias, a saber: de conducção pessoal e de carga, e serão numerados de acordo com o art. 1 e seus paragraphos.

Artigo 20 Os vehiculos destinados ao transporte de passageiros serão de duas categorias, a saber: de aluguel e particular. a) os primeiros são destinados a servir o publico, mediante retribuição e terão na placa da frente a letra A; b) os segundos são de uso particular e terão na placa a letra P; único Os vehiculos de tracção animada, quer particulares, quer de aluguel, não ficam sujeitos ao uso das placas com as letras acima referidas. Artigo 21 Os vehiculos destinados ao transporte de cargas terão uma só categoria e terão na placa da frente a letra C. único Os vehiculos de tracção animada não ficam sujeitos ao uso da placa com a letra acima referida. Artigo 22 Os vehiculos em geral usarão duas lanternas collocadas lateralmente, sendo que os automóveis, além destas, usarão mais uma, com luz vermelha e branca, na parte posterior, para servir de signal e iluminar a placa de numeração. 1º - Nos automóveis só é permitido o uso de pharóes fora do perímetro urbano ou em ruas mal illuminadas, isso quando porção alguma dos raios luminosos, projectados acerca de 20 metros de distancia, se eleve à altura superior a um metro do solo. 2º - Fica facultado às motocycletas e bicycletas o uso de uma só lanterna ou pharol de pequena intensidade. 3º - Exceptuam-se das disposições dop presente artigoas carroças sem boléas e os carros de bois. Artigo 23 Todo o vehiculo terá freios de mão ou de pé, e quando movido a motor terá ambos, sufficientemente efficazes e de momdo que cada um delles seja capaz de supprimir automaticamente a acção motora do motor ou de anulál-a. Um destes freios terá acção directa sobre as rodas ou coroas immediatamente solidárias com estas, sendo capaz de traval-as instantaneamente. único Todo vehiculo movido a motor terá também apparelhos de alarme, que não offendam o socego publico, não sendo permitido o uso de escapamento livre nos automóveis e motocycletas, no perímetro urbano. Artigo 24 Os vehiculos em geral deverão ser mantidos em bom estado de conservação e limpeza, e quando de tracção animada, ser tirado por animaes sãos, robustos e adestrados. Artigo 25 Nenhum vehiculo será registrado ou licenciado, uma vez verificado que não reúne as condições de higiene, segurança e decência. Artigo 26 No caso de transferência do vehiculo, tanto o transferente como o adquirente farão as necessárias declarações, que constarão no livro para esse fim destinado, na Prefeitura. Artigo 27 Os vehiculos de conducção pessoal não poderão transportar mais que a lotação de passageiros adultos, nem conduzir enfermos de molestias contagiosas, cadáveres ou carga quer não seja bagagem do passageiro. Artigo 28 Os vehiculos destinados ao transporte de areia, terra, carvão, esterco ou qualquer material que possa cahir nas ruas, devem ser construídos de modo a evitar esse inconveniente. Artigo 29 Os vehiculos destinados ao transporte de carnes verdes e miúdos deverão ser forrados interiormente de zinco e ser providos de venezianas ventiladoras e portas também forradas de zinco. único Interiormente esses vehiculos terão disposição que permitta o transporte das carnes e miúdos, pendurados em ganchos, e deverão ser mantidos em estado de irreprehensivel asseio. Artigo 30 Nenhum vehiculo poderá conduzir cargas, que excedam a trinta centímetros nos lados do vehiculo e um metro em seus extremos.

único Exceptuam-se desta disposição os que transportarem materiaes para construcção. Artigo 31 Aos proprietários de carros de praça, trolys e outros vehiculos de tracção animada, só será concedida a licença e placa, depois de ser verificado que os mesmos prehenchem as determinações contidas no artigo 24. 1º - Para que taes vehiculos possam ser dirigidos por cocheiros sentados, deverão ser providos de molas e boleia fixa, tendo os animaes arreios apropriados. 2º - Os vehiculos de boleia são obrigados a ter freios que possam fazel-os parar immediatamente. 3º - Os vehiculos de 2 rodas (carros, carroças, etc.) de tracção animal, deverão ser munidos de trava ou descanço, para ser utilisada sempre que os mesmos estiverem parado, evitando que o peso da carga vá sobre o animal. Artigo 32 Os carros de eixo móvel são prohibidos de circular nos perímetros urbano e suburbano. CAPITULO IV DOS AUTOMOVEIS Artigo 33 São disposições especiaes aos automóveis: a) ser providos de dois freios distinctos, cada um delles com effeito bastante para, por si só, supprimir ou anular a acção motora da machina. b) Ser providos de rodas guarnecidas de aros pneumáticos. Os auto-caminhões poderão ter os aros das rodas revestidos de borracha mássica, desde que tenham aros duplos nas rodas trazeiras. c) Ser providos de buzina ou trompa automática de aviso. d) Ter duas lanternas, na parte dianteira, uma de cada lado e uma outra na parte posterior com luz vermelha e branca para illuminar os números da placa. e) Ter o motor e todos os apparelhos annexos em boas condições de funccionamento, de modo a não apresentarem nenhuma causa de perigo, nem produzirem ruído incommodo ou mau cheiro. f) Ter os apparelhos de lubrificação funccionando de forma a produzirem o effeito necessário, sem derramamento de óleos e graxas nos logradouros públicos e de modo a evitar o desprendimento de fumaça. Artigo 34 Verificado, em vistoria realisada por peritos designados pelo Prefeito, que o automóvel satisfaz as exigências do artigo anterior, será designado o numero com o qual lhe será concedida a licença, depois de registrado na Prefeitura. 1º - O número designado será feito em duas placas collocadas, uma na parte posterior e outra na frente de cada vehiculo, deixando livre toda a parte do irradiador, devendo a placa posterior ser ligada ao automóvel de modo a impedir, em absoluto, a sua utilisação em outro vehiculo ou o uso de placa trocada ou falsa. 2º - Para o efeito do paragrapho anterior, a placa trazeira será sellada com sello de chumbo e sinete da Prefeitura. Artigo 35 Para a realisação de vistoria, trará o prioprietario o automóvel em logar, dia, e hora previamente designados, acompanhado de conductor habilitado a fazer as manobras que forem determinadas pelos peritos designados pelo Prefeito. Artigo 36 O escapamento livre é terminantemente prohibido no perímetro urbano. Artigo 37 Em caso algum os automóveis de aluguel, nos lugares públicos, poderão recusar passageiros, salvo os maltrapilhos, ébrios, portadores de moléstias contagiosas, ou quando o vehiculo estiver com defeito, devendo neste caso, ser recolhido immediatamente ao seu deposito para os necessários reparos. CAPITULO V DOS CONDUCTORES DE VEHICULOS E SEU DEVERES

Artigo 38 Só poderão conduzir vehiculos pessoas que obtiverem a respectiva carteira de habilitação, na Prefeitura, depois de approvados em exame, exceptuados os carroceiros que conduzem carroças a pé, os carreiros e os proprietários e conductores de bicycletas. 1º - Para o fim das determinações do presente artigo, os candidatos a conductores de vehiculos deverão provar: a) ser maior de 18 annos. b) Não sofrer de moléstia transmissível, por simples convivência transitória, nem de mal que o possa privar subitamente do governo do vehiculo. c) Ter visão e audição perfeitas. d) Ter attestado firmado por pessoa idônea, a juízo da Prefeitura, de que é honesto, morigerado e não se dá ao vício da embriaguez. e) Que comprehende e falla o idioma nacional. 2º As exigências constantes das letras b e e serão dispensadas quando se tratar de habilitação de candidatos a conductores de vehiculos particulares. 3º - Os assim habilitados deverão prehencher as disposições dispensadas no paragrapho anterior, sempre que desejarem passar a conduzir vehiculos de aluguel. Artigo 39 Os exames effectuar-se-hão no local que for designado pela Prefeitura e perante examinadores por ella designados. Artigo 40 Approvado o candidato, não começará a exercer o seu mister sem que previamente esteja munido da carta de habilitação e matricula na policia. Artigo 41 Nas cartas de conductores de automóveis constarão: nome, filiação, idade, estado, naturalidade, residência, signaes particulares, e photographia dos respectivos conductores. Artigo 42 Nenhum conductor de vehiculo de aluguel poderá recusar serviçopara o fim a que estiver destinado. Artigo 43 Os conductores de automóveis de aluguel são obrigados a recusar o seu vehiculo a passageiros que façam algazarra ou por qualquer modo perturbem o socego e a ordem publica. Artigo 44 Ao conductor de automóvel que, posteriormente à sua matrícula, commetter actos, devidamente comprovados, contra a moralidade ou segurança publicas ou que forneça o seu vehiculo para pratica de actos criminosos, será cassada a carteira, independentemente das penas a que ficar sujeito pelo Codigo Penal. Artigo 45 São obrigações communs de cada um dos conductores de vehiculos: a) trazer comsigo a sua carta de hjabilitação, e licença do vehiculo. b) estar vestido descentemente. c) não carregar o vehiculo com peso ou lotação maior ao estabelecido. d) diminuir a marcha nos cruzamentos de rua e) não descer ladeira sem que o vehiculo esteja sufficientemente travado, não sendo permittido fazel-o por meio de cordas, correntes, etc. f) conservar o vehiculo no máximo asseio possível. g) ter sempre accesas, a noite, quando em movimento, as lanternas de que trata o artigo 22. h) guardar a ordem estabelecida para a direcção do transito; i) caminhar quando possível, conservando a sua direita, não rodando sobre as guias dos passeios lateraes. j) entregar dentro de 24 horas, à Prefeitura ou policia, qualquer objecto ou volume por ventura esquecidos em seus vehiculos. k) tratar o público com toda pollidez e respeitar e acatar as ordens das autoridades municipaes e policiaes. l) não confiar a outrem a direcção do vehiculo em que estiver matriculado e nem ceder os seus documentos. m) não fazer correrias nas vias publicas para angariar passageiros ou freguezes n) não fazer estacionar o vehiculo nas ruas e praças, de encontro aos passeios, salvo nos casos de carga e descarga de volumes muito pesados.

o) Não abandonar o vehiculo, sem que esteja travado em suas rodas e guardado por pessoas que delle tomem conta. Artigo 46 São obrigações especiaes dos conductores de vehiculos destinados ao transporte de passageiros: a) guardar a maior ordem nos pontos de estacionamento, não promovendo algazarras ou ajuntamentos; b) tratar com pollidez e attenciosa deferência os passageiros e as autoridades, evitando toda e qualquer alteração com os mesmos c) conduzir os passageiros ao lugar do seu destino, sem atrazar propositalmente a marcha, ou fazer caminho mais longo que o necessário; d) não exigir do passageiro preço maior que os da tabella; e) exigir a tabella sempre que o passageiro exigir; f) não permittir passageiros viajando nos estribos. Artigo 47 Todo conductor de automóvel que se achar em qualquer logradouro publico, ou nos pontos de estacionamento, quando o vehiculo estiver livre, sobre pretexto algum poderá recusar passageiros, salvo maltrapilhos, ébrios e portadores de moléstias contagiosas, ou quando o serviço a executar exceder de duas horas. Tão pouco poderá interromper o serviço começado, salvo desarranjo irremediavel no motor, não podendo, então, cobrar pelo serviço até então prestado, mais do que a metade do que marcar a tabella. 1º - todo conductor de automóvel, que tenha sido ajustado para determinado serviço é obrigado a comparecer a hora estipulada e logar designado. 2º - por sua vez, a pessoa que haja contractado um vehiculo e prescindir, sem prévio aviso, do seu serviço, ou não fôr encontrada no logar e hora marcada, é obrigada a pagar a importância do serviço ajustado. 3º - antes de tomar um automóvel, o passageiro deverá declarar se o serviço a executar será por hora ou por corrida. CAPÍTULO VI DO EMPLACAMENTO E NUMERAÇÃO DOS VEHICULOS Artigo 48 todo vehiculo terá uma placa de numeração, que será affixada com parafusos ou rebites e do modo seguinte: a) nos vehiculos de carga de tracção animal, no lado direito e logar mais alto possível; b) nos vehiculos de passageiros e tracção animal, na parte posterior, sendo o numero repetido nas lanternas c) nos vehiculos a motor, o numero é mostrado em duas placas, colocadas uma na parte posterior, sob a laterna, e outra na frente, deixando livre toda a parte do irradiador. único é prohibido terminantemente alterar a placa de numeração, quer na sua cor, quer no seu formato ou tamanho. Artigo 49 nos casos de extravio de uma placa, outra poderá ser dada em substituição, uma vez justificada a perda, a juízo da Prefeitura. único a nova placa será sempre com numero novo, ficando os números das placas perdidas cancellados para todos os effeitos, durante o exercício. Artigo 50 em caso algum a placa de um vehiculo pode ser mudada para outro, mesmo que o vehiculo para o qual ella for fornecida desappareça da circulação, salvo caso de inutilisação do mesmo. único para esse effeito, as placas são selladas com sello de chumbo. CAPÍTULO VII DO ESTACIONAMENTO DE VEHICULOS Artigo 51 Os vehiculos de aluguel poderão estacionar livremente nos pontos estabelecidos e lotados pelo Prefeito.

Artigo 52 A collocação a observarem os vehiculos nos pontos designados para estacionamento, obedecerá ao que for estabelecido pelas autoridades municipaes e policiaes, que terão em vista a commodidade publica. Artigo 53 Os automóveis de aluguel que estacionarem nos pontos permitidos, deverão ser munidos de um deposito destinado a receber óleos e graxas usados nesse vehiculos, devendo não só esse recpetor, como os demais apparelhos, funccionar perfeitamente, de modo a impedir o derramamento de graxa ou óleo nas vias publicas. CAPITULO VIII DAS MULTAS E SUAS APLICAÇÕES Artigo 54 Para os casos de infracção das disposições da presente lei, ficam estabelecidas as seguintes penas: a) falta de licença e matricula do vehiculo multa de 20$000 a 50$000 e apprehensão do vehiculo até que seja cumprida a disposição legal; b) excesso de velocidade pela primeira infracção, multa de 20$000 a 50$000 e, nos casos de infracções reiteradas, além do máximo da multa, cassação temporária da licença ou carta por 10 a 30 dias; c) falta de carta pela primeira infracção, multa de 20$000 a 50$000 e prisão por 3 a 8 dias nas reincidências; d) inobservância da tabella de preços pela primeira infracção, multa de 10$000 a 30$000 e 50$000 na reincidências; e) pela recusa de serviços, para o fim a que estiver destinado o vehiculo, multas de 10$000 a 50$000; f) falta de freios de pé ou de mão, ou mau funccionamento dos mesmos, multa de 10$000 a 30$000 e 50$000, nas reincidências; g) transitar contra mão multa de 20$000 Artigo 55 Para os casos de outras infracções da presente lei, será imposta a pena de multa de 10$000 a 20$000 e o dobro nas reincidências. Artigo 56 Todas as multas provenientes de infracções da presente lei, serão consignadas em autos, nos quaes se mencionará a infracção, não sendo licito, sem o seu processo, tornar-se effectiva a pena. 1º - as importâncias das multas arrecadadas, serão recolhidas por meio de guias à Thesouraria Municipal. 2º - em tudo quanto se refere à applicação das penas estabelecidas na presente lei, a decisão final competirá, privativamente, ao Prefeito Municipal. Artigo 57 Poderão ainda ser applicadas as seguintes penas disciplinares aos conductores de vehiculos que, no exercício de sua profissão, occasionarem desastres pessoaes. 1º - em casos de ferimentos leves, ficará immediatamente suspenso pelo prazo de 30 dias. Essa pena será relevada desde que, do relatório da autoridade policial, fique apurada a não responsabilidade do conductor e demonstrado que o mesmo não pretendeu evadir-se depois do desastre e que facilitou socorro ao ferido. 2º - em casos de ferimentos graves, a suspensão será pelo prazo de 60 dias. Essa pena relevada no fim de 30 dias, desde que fique apurada a não responsabilidade do conductor e demonstrado que o mesmo não pretendeu evadir-se depois do desastre e que facilitou socorro ao ferido. 3º - em casos de morte, ficara suspenso por 90 dias e por mais tempo, se a sentença não sentença não for proferida dentro desse prazo pelo Juiz de Direito da Comarca. 4º - em caso de reincidência, não prevalecerá a vantagem do relevamento da pena e, si o conductor do vehiculo fugir ou deixar de prestar auxilio ao ferido, as penas serão impostas em dobro. 5º - quando se verificar a reincidência em desastres que occasionarem morte, a carta do conductor será definitivamente cassada. 6º - todo conductor de vehiculo que, estando suspenso, for encontrado no exercício de sua profissão terá a sua carta cassada definitivamente.

CAPITULO IX DO IMPOSTO DE VEHICULOS Artigo 58 O imposto de vehiculos é devido pelos seus proprietários embora sejam estes dirigidos por terceiros, e será cobrada na razão de uma taxa para cada vehiculo. Artigo 59 A arrecadação geral deste imposto é feita, na Prefeitura Municipal de primeiro a 31 de Janeiro de cada anno, em uma só prestação. Artigo 60 Quanto aos novos vehiculos não registrados no anno anterior, o pagamento será feito antes de serem utilisados. Artigo 61 Os proprietários de vehiculos que não satisfizerem o pagamento de imposto nos prazos regulamentares, ficarão sujeitos a multa de 20%, além da aprehensão do vehiculo, para effectividade da cobrança dos impostos, multas e despesas de depósito. Artigo 62 O pagamento de imposto só prevalece dentro do exercício para que tenha sido effectuado, qualquer que seja a data em que se realise. CAPÍTULO X DISPOSIÇÕES GERAES Artigo 63 A fiscalisação do serviço de vehiculos no Município de Apparecida, será exercida tanto pela Prefeitura e seus agentes como pelas autoridades policiaes. Artigo 64 É permittido a qualquer pessoa notória idoneidade authenticar as infracções occorrentes e levalas ao conhecimento de quem de direito. Artigo 65 Além das penas impostas aos conductores de vehiculos, a Prefeitura poderá cassar-lhes a carta, temporária ou difinitivamente, sempre que ficar provado a sua incompetência para continuar a exercer a profissão. Artigo 66 Em todos os casos de infracções da presente lei, será ligitima para garantia das cobranças das multas e impostos devidos, a aprehensão dos vehiculos ligados à respectivas contravenções. 1º - os vehiculos serão conduzidos ao depósito municipal ou garage, de onde só serão retirados depois de pagas as multas e impostos devidos, bem como as despesas do depósito. 2º - passados oito (8) dias de deposito, serão levados a praça, na forma da lei. Artigo 67 Os serviços referentes a exame de conductores de vehiculos em geral, lotação e designação de pontos de estacionamento para vehiculos, expedição de cartas, numero de vehiculos, fiscalisação da cobrança dos impostos respectivos são de cargo exclusivo da Prefeitura Municipal. Artigo 68 Em qualquer tempo a Prefeitura, por meio de editaes publicados pela imprensa local, poderá alterar ou supprimir qualquer disposição da presente lei, bem assim, accrescentar outras que julgar convenientes. Artigo 69 A presente lei entrara em vigor immediatamente após à sua publicação. Artigo 70 Revogam-se as disposições em contrario. Registre-se e publique-se. Prefeitura Municipal de Apparecida, 6 de Maio de 1929. Américo Alves Pereira Filho Prefeito Municipal Pedro Natalício de Castro Secretário da Câmara