Estado de Mato Grosso do Sul A Pequena Cativante LEIN 1.195/2001

Transcrição

1 LEIN 1.195/2001 Institui o Serviço de Transporte Individual de Passageiros em Motocicletas de aluguel (Mototáxi) O Prefeito Municipal de Rio Brilhante, Estado de Mato Grosso do Sul, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sancionou a seguinte lei: CAPÍTULO I - DA DEFINIÇÃO E COMPETÊNCIA Art. 1 o. Fica instituído, no âmbito do município de Rio Brilhante - MS, a exploração dos serviços de transporte individual de passageiros em motocicletas de aluguel, denominado moto-táxi, Art. 2 o. Considera-se transporte individual de passageiros ou de mercadoria dentro dos limites determinados pelo fabricante, efetuado por motorista habilitado nos termos da legislação em vigor, na condição de condutor registrado, com veículos tipo motocicleta, devidamente licenciado pelo órgão oficial de trânsito (DETRAN MS), em categoria de aluguel, e que seja autorizado pela Coordenadoria de Transporte e Trânsito - CTT - dentro do município de Rio Brilhante. Art. 3 o. O serviço de transporte a que se refere esta lei constitui serviço de interesse público e somente poderá ser deferido a terceiros, pelo órgão competente de trânsito Coordenadoria de Transporte e Trânsito - CTT. CAPÍTULO II - DA AUTORIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Art. 4 o. O serviço somente será autorizado de forma individual e intransferível, à pessoa física que detenha Alvará de Autorização. Parágrafo único: O Alvará de Autorização que trata o caput deste artigo será fornecido através do registro do condutor e do veículo, após a comprovação dos requisitos estabelecidos nesta lei. Art. 5.º A autorização não poderá ser concedida por período superior a 01 (um) ano, mediante comprovação do pagamento dos tributos municipais incidentes sobre a atividade, renovável a todo dia 30 (trinta) de junho. CAPÍTULO III DO REGISTRO DO CONDUTOR

2 Art. 6.º Para obtenção do registro, o condutor deverá apresentar requerimento com a comprovação dos seguintes requisitos: I ser maior de 21 (vinte e um) anos e absolutamente capaz; II ser habilitado como condutor de veículos pelo DETRAN, na categoria A; III possuir curso de direção defensiva por órgão credenciado no DETRAN, ou curso específico para condução de passageiros em motocicleta a ser oferecido pela Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT- IV apresentar declaração de idoneidade moral por autoridade constituída ; V ser proprietário da motocicleta; VI residir no município, a, no mínimo, três anos; VII apresentar certidão negativa de débito fiscal municipal; VIII- comprovante de seguro, tendo como beneficiário o condutor e o usuário do serviço, além do seguro obrigatório, nas garantias e valores estabelecido nesta lei; IX apresentar declaração do condutor ou documento equivalente, isentando o município de qualquer responsabilidade referente ao veículo utilizado para a exploração do serviço; X certidão que comprove não ter cometido infrações de trânsito de natureza grave ou gravíssima nos últimos 02 (dois) anos. XI apresentar os documentos necessários á sua identificação e de tipo e fator sangüíneo. CAPÍTULO IV DO VEÍCULO PARA O SERVIÇO Art. 7.º Para o serviço de moto-táxi será utilizado automotor do tipo motocicleta, devendo atender, obrigatoriamente, às seguintes exigências: I ter ano de fabricação não inferior a 5 (cinco) anos, e estar em perfeitas condições de uso e funcionamento, devendo atender, obrigatoriamente, à vistoria da Coordenadoria Municipal de Trânsito ou do DETRAN MS; II estar emplacada em Rio Brilhante MS; III ter capacidade máxima de até 200 (duzentos) cilindradas, e mínima de 125 (cento e vinte e cinco) cilindradas; IV- estar com o licenciamento rigorosamente atualizado;

3 V- estar equipada com os seguintes equipamentos de segurança: a- retrovisores nos dois lados do veículo; b- protetor de escapamento; c- protetor do tipo mata cachorro dianteiro; d- alça de segurança para o passageiro; Art. 8.º Os veículos passarão por vistorias periódicas, para verificação das condições de manutenção e para a prestação do serviço de moto-táxi, e por vistoria anual, por ocasião da renovação do alvará de autorização e serão realizadas pela Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT. 1.º Nas vistorias será verificado se o veículo atende às exigências desta Lei e do Código de Trânsito, especialmente quanto a segurança, conforto e à identificação. 2.º Em caso de acidente, após os trâmites legais, o veículo só poderá circular novamente após nova vistoria realizada pela Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT -. CAPÍTULO V DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO Art.9.º O número de passageiros transportados será de apenas 01 (um) a cada vez, sendo o mesmo maior de 07 (sete) anos e que tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança e respeita o limite de peso estabelecido pelo estabelecido pelo fabricante ao veículo. Parágrafo único. Fica proibido o transporte de pessoas em visível estado de embriaguez ou sob efeito de qualquer substância tóxica. Art. 10. O Condutor, na prestação do serviço, deverá obrigatoriamente: I - usar capacete aprovado pelo INMETRO com identificação do número do alvará de autorização e do cadastro; II- usar colete na cor azul com identificação do número do alvará de autorização e do cadastro do condutor, e com faixa reflexiva de cor laranja na parte da frente como também de trás; III- portar carteira, em forma de crachá, que contenha as seguintes informações: nome completo do condutor, número da Carteira de Identidade(RG), número da Carteira Nacional de Habilitação, número e validade do Alvará de Autorização, tipo e fator sanguíneo, número e validade da Apólice do Seguro, placa do veículo cadastrado e foto do condutor; III - trafegar somente com o farol aceso; IV- Obedecer as normas e regulamentos do Código de Trânsito Brasileiro - CTB e as estabelecidas por esta lei.

4 Parágrafo único. Será permitida a publicidade nos coletes dos condutores desde que a mesma não prejudique a identificação das inscrições exigidas nesta lei. CAPÍTULO VI - DA DISCIPLINA E CONDUTA DO CONDUTOR Art. 11. Além da observância do Código de Trânsito e seus regulamentos, são obrigações dos _moto-taxistas: I- manter os veículos em boas condições de tráfego e higiene; II- tratar com urbanidade os passageiros, o público e os colegas; III- não recusar passageiros, salvo nos casos expressamente previstos em lei; IV- não retardar, sem motivos justos, a marcha do veículo, ou seguir itinerário mais extenso ou desnecessário; V- não lavar o veículo na calçada; VI- não efetuar reparos no veículo no Ponto de Estacionamento, salvo em caso de emergência; VII- manter toda a documentação em ordem e dentro dos prazos de validade na bolsa de identificação; VIII não fazer uso de álcool ou substâncias tóxicas de qualquer natureza, quando em serviço; IX não portar armas de qualquer espécie, quando em serviço. CAPÍTULO VII DO NÚMERO DE VEÍCULOS E DA LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS Art. 12. (Vetado). Art. 13. (Vetado). 1.º (Vetado). 2.º A quantidade de veículos autorizados para cada ponto de estacionamento não poderá ser superior à 05 (cinco) motos e inferior à 03 (três) motos, e o espaço ocupado não deverá exceder a 10 (dez) metros. 3.º (Vetado). 4.º Será permitido o rodízio dos moto-taxistas nos pontos de estacionamento, respeitando a escala elaborada pela Coordenadoria de Transporte e Trânsito - CTT em conjunto como prestadores do serviço. 5.º O ponto de estacionamento será devidamente sinalizado, ficando a execução por conta dos moto-taxistas do ponto, sob orientação da Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT-.

5 6.º No ponto de estacionamento deverá haver ordem, disciplina e respeito, sob pena de suspensão ou cassação do Alvará de Autorização dos moto-taxistas cadastrados no ponto. 7.º Qualquer ponto de estacionamento poderá, por motivo de interesse público, ser extinto, transferido, ampliado ou diminuído, através de estudo fundamentado da Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT, em consonância com o Art. 24 e incisos do Código de Trânsito Brasileiro. CAPÍTULO VIII DO CONTRATO DE SEGURO Art. 14. O contrato de seguro a que se refere o artigo 6.º desta lei, deverá oferecer, para o moto taxista e para o passageiro, individualmente, no mínimo a cobertura dos seguintes benefícios: I ao moto-taxista: Garantias Capitais Segurados Morte natural R$ ,00 Morte acidental R$ ,00 Invalidez permanente/parcial por acidente R$ ,00 II ao passageiro: Garantias Capitais Segurados Morte acidental R$ ,00 Invalidez permanente/parcial por acidente R$ ,00 CAPÍTULO IX DA FISCALIZAÇÃO Art. 15. A fiscalização será exercida pela Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT, sobre o autorizado, o auxiliar, o veículo e a documentação expedida por aquele. Art. 16. O veículo que não estiver de acordo com as exigências desta lei e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estará sujeito às sanções da lei. 1.º O condutor que cometer uma infração gravíssima, no período de 12 (doze) meses, estará sujeito à suspensão de sua autorização para transporte de passageiros moto-táxi, por um período de 30 (trinta) dias. Em caso de reincidência no mesmo período, sofrerá suspensão por 90 (noventa ) dias. 2.º _O permissionário terá o prazo de 30 (trinta) dias improrrogável, conforme art. 231, inciso VIII, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para colocar seu veículo em conformidade com o que estabelece esta lei. 3.º Findo o prazo e não cumprido as exigências desta lei, aos demais atos expedidos neste sentido e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), será cassado o respectivo Alvará de Autorização do veículo para transporte de aluguel de passageiros.

6 CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 17. A Prefeitura Municipal de Rio Brilhante, através da Coordenadoria de Transporte e Trânsito CTT, regulamentará esta lei, no que couber, no prazo de 60 (sessenta) dias. Art. 18. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio Brilhante/MS, 4 de setembro de PAULO ÉZIO CUEL Prefeito Municipal