POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO REALIZADAS EM CIDADES DO VALE DO AÇO



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Transcrição:

POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO REALIZADAS EM CIDADES DO VALE DO AÇO PUBLIC POLICYOF INCENTIVETHEBREASTFEEDINGHELDINCITIESOF THE VALLEYOFSTEEL TAIS MADURO SCHIMIDT Graduanda em nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais- Unileste-MG E-mail: taisschmidt1@hotmail.com NILMA MARIA VARGAS LESSA Docente do curso de nutrição pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais- Unileste- MG E-mail: nilmanut@yahoo.com.br RESUMO O aleitamento materno confere efeitos protetores à criança sendo essencial para redução da morbimortalidade. Em razão da importância da amamentação, órgãos governamentais e não governamentais tem criado estratégias para fortalecer o aleitamento materno. A presente pesquisa teve como objetivo conhecer as políticas de incentivo ao aleitamento materno realizadas em três cidades da região do Vale do Aço.Os dados foram coletados através de entrevista realizada com as referências técnicas em saúde da mulher dos municípios. Os resultados mostraram que os municípios apresentam estratégias de promoção ao aleitamento materno, ações que se resumem em palestras educativas, incentivo durante o pré-natal e grupos de gestantes. As políticas públicas de incentivo ao aleitamento materno realizadas no município são desconhecidas pelas entrevistadas.em nenhuma das cidades foi realizado acompanhamento e registro das atividades de aleitamento materno. Com o presente estudo observou-se a limitação dos trabalhos realizados referentes ao tema pesquisado. O principal problema encontrado foi à falta de monitoramento. Evidencia-se a necessidade desses municípios aumentarem a atenção às ações e programas que possam estimular o aleitamento materno. Palavras-chave: aleitamento materno, políticas públicas, amamentação. ABSTRACT Breastfeedingconfersprotective effectsto the child, it is essentialtoreduce morbidity and mortality. Because of theimportance of breastfeeding, governmental andnongovernmentalhascreatedstrategies to strengthenbreastfeeding. This researchaimed toknowledge ofpolicies to encouragebreastfeedingconducted inthree citiesof the Valley ofsteelthe research held is a qualitative, exploratoryandcross. Data werecollected through 1044

interviewsheldwith technical references on women's health of municipalitiesthe results showedthat the municipalities havestrategies to promotebreastfeeding, theseactionsare summarizedineducational lectures, incentive duringtheprenatalandpregnancy groups. Public policies of encourage breastfeeding in the city are made by representatives unknown. In none of the cities has made the monitoring and recording of activities implemented. Conclude that there is a major limitation in the work of breastfeeding support in the cities surveyed, the main problem being the lack of monitoring. This study highlights the need for these municipalities to increase attention on the actions and programs which encourage breastfeeding. Keywords: breastfeeding, public policies, incentive. INTRODUÇÃO O aleitamento materno é a maneira mais saudável de alimentação no princípio da vida. Ele deve ser iniciado assim que a criança nasce e continuado até os dois anos ou mais (BRASIL, 2009). Essa forma de alimentação confere efeitos protetores à criança, proporciona benefícios nutricionais, cognitivos, sociais, econômicos (CHAVES; LAMOUNIER; CÉSAR, 2007) e estimula o vínculo afetivo (LANA, 2001). A amamentação é essencial para a diminuição da morbi-mortalidade, pois além de ser um alimento completo do ponto de vista nutricional, o leite materno é rico em proteções imunológicas. A mulher, a criança, a família e a sociedade são beneficiadas pela prática da amamentação (MARQUES; LOPEZ; BRAGA, 2004). Essa prática é realizada por várias gerações ao longo da história, no entanto, dependendo do contexto socioeconômico o estímulo à mesma pode ou não acontecer (ÁRIES, 1981). Devido a grande importância do aleitamento materno para a criança e sociedade, e do frequente desmame precoce relacionado a taxas mais altas de mortalidade infantil, órgãos governamentais e não governamentais tem criado estratégias e campanhas no intuito de promover e fortalecer o aleitamento materno nos últimos trinta anos. O governo brasileiro elaborou diversos programas, leis e resoluções que direta e indiretamente incentivam a amamentação exclusiva a recém-nascidos e lactentes até os seis meses de vida (SOUZA, 2006). No ano de 1979, foi criado o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno, visando à regularização da venda desses produtos. Em 1980 foi dado início 1045

a uma campanha a favor do aleitamento materno, direcionada aos políticos, autoridades de saúde, meios de comunicação e responsáveis nas comunidades, para que eles fossem engajados a incentivar o aleitamento materno. No ano de 1981 em consequência a essa iniciativa foi criado o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM) (REA, 2003). Outras políticas foram implementadas em todo país, destacando-se a Portaria sobre Alojamento Conjunto no ano de 1981, aprovação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, ampliação da licença maternidade para 120 dias e o benefício para o pai poder acompanhar a chegada do filho, tendo licença de cinco dias (MAIA, 2006 apud MONTEIRO; NAKANO; GOMES, 2011). No ano de 1992 foi implantada a Iniciativa Hospital Amigo da Criança no Brasil, visando apoiar, proteger e promover o aleitamento materno (LAMOUNIER, 1996). No mês de setembro de 2008, foi sancionada a Lei 11.770, que estabelece a licença maternidade de seis meses para as funcionárias públicas federais, sem alteração de salário ou qualquer outra desvantagem. Tornando-se facultativo a estados, empresas privadas e municípios a adoção da Lei (VENANCIO; REA; SALDIVA, 2010). Também em 2008, o Ministério da Saúde lançou o projeto Rede Amamenta Brasil, voltada para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno na rede de atenção básica, cujo objetivo é o aperfeiçoamento profissional e monitoramento dos índices de aleitamento (BRASIL, 2008). A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, realizada em 2006, publicada em 2009, evidenciou um progresso na prática do aleitamento materno quando comparadas com a pesquisa realizada no ano de 1996. Tais pesquisas comprovam a importância das políticas e intervenções realizadas no esforço de apoiar o aleitamento materno (BRASIL, 2009). Apesar de todo esforço empenhado, essa mesma pesquisa descreve o quanto o aleitamento exclusivo ainda é uma prática pouco realizada, e quando realizada é por muito pouco tempo. Dessa forma, confirma-se a obrigação de tornar efetivas as ações de estímulo realizadas e justifica-se a necessidade da priorização por partes dos gestores e profissionais da saúde das ações de apoio e promoção do aleitamento materno (BRASIL, 2009). 1046

Embasado nessas informações o objetivo desse estudo é conhecer as políticas de incentivo ao aleitamento materno realizadas em três cidades do Vale do Aço, de forma a refletir sobre a prática e efetividade das ações desenvolvidas na região e produzir informações para aperfeiçoá-los. MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa realizada é de natureza qualitativa, exploratória e transversal. Este tipo de pesquisa tem como características a compreensão de fenômenos complexos específicos de natureza social e cultural, mediante descrições, interpretações e comparações sem, considerar os seus aspectos numéricos em termos de regras matemáticas e estatísticas (FONTELLES, et al., 2010). A coleta de dados ocorreu no mês de maio de 2012. A amostra foi composta por um grupo de três pessoas escolhidas de forma intencional em função do conhecimento em relação ao assunto em pauta, políticas e programas de incentivo ao aleitamento materno, realizadas no ano de 2011. Neste caso o princípio da intencionalidade foi adequado, pois enfatizou os aspectos qualitativos (MAXWELL, 2005 apud NICOLACI-da-COSTA, 2007). Para obtenção das informações foi indicado por cada município um funcionário da área da saúde responsável pelas informações dos programas e políticas públicas de aleitamento materno. Os critérios de exclusão da pesquisa seriam a não assinatura da carta de autorização para realização da pesquisa por parte da secretaria de saúde dos municípios e a recusa em responder perguntas da entrevista por parte dos funcionários indicados. Estabelecido contato com os responsáveis pela saúde de cada município e após assinatura da carta de autorização, realizou-se a entrevista com os funcionários indicados por cada cidade, tendo como roteiro um questionário previamente elaborado pelas pesquisadoras, baseado nas normas técnicas do manual de promoção do aleitamento materno (BRASIL, 1997). Antes da realização das entrevistas houve uma simulação, entre a aluna pesquisadora que coletou os dados e a professora orientadora, para verificação de possíveis problemas no questionário que serviria de roteiro para a entrevista. Duas das entrevistas foram realizadas em unidades básicas de saúde e uma delas foi realizada na prefeitura da cidade, levando em 1047

consideração o local de trabalho dos funcionários indicados. As entrevistas previamente agendadas tiveram duração média de uma hora. Os dados encontrados foram organizados para facilitar interpretação com o auxílio do programa Microsoft Excel 2010. O nome das cidades pesquisadas e os responsáveis que forneceram os dados foram mantidos em sigilo. RESULTADOS E DISCUSSÃO As três entrevistadas eram do sexo feminino, enfermeiras, referência técnica em saúde da mulher dos municípios. Tinham entre 21 e 35 anos de idade. O tempo de serviço na área de saúde da mulher variou entre nove meses a oito anos. Os municípios pesquisados apresentam estratégias de promoção ao aleitamento materno. Basicamente essas ações se resumem em palestras educativas, incentivo durante o pré-natal e grupos de gestantes. Sabe-se que a realização do pré-natal nos municípios é parte das prioridades no atendimento à mulher. Este é o principal momento em que o assunto amamentação é abordado, já que o incentivo durante a gestação é ponto crucial para promoção desta prática. É neste período que as mulheres estão receptivas a receber informações para definir os padrões de alimentação que vão praticar com os filhos (OLIVEIRA; CAMACHO; SOUZA 2005). É preocupante a falta de padronização nesta abordagem, pois segundo constatado nas entrevistas das três cidades, o profissional de saúde que acompanha estas gestantes realiza esta abordagem no momento que achar oportuno e da maneira que julgar melhor. Não havendo uma rotina para realização de tal aconselhamento. O trabalho quando é realizado não é acompanhado. Não existe um roteiro com os assuntos que devem ser abordados, melhor período para realizar o aconselhamento, nem qual profissional é responsável por cobrar que este trabalho seja realizado. O incentivo depende da sensibilidade, do conhecimento e da disponibilidade do profissional de saúde que se dispõe a fazê-lo. As palestras citadas como estratégias para promover o aleitamento, não se encontram registradas. Muitas vezes essas atividades são realizadas antes das consultas, principalmente durante o pré-natal. Pela falta de registros não é possível saber como são realizadas, quantas 1048

pessoas participaram, em que momento foi abordado o assunto aleitamento materno e como foi esta abordagem. As entrevistadas mencionaram grupos de gestantes como estratégia de incentivo ao aleitamento. Pereira et al. (2010) encontraram associação positiva entre a prevalência do aleitamento materno exclusivo e orientações sobre o manejo da amamentação e grupos de apoio a amamentação conduzidos nas Unidades Básicas de Saúde. Confirmando que essas ações precisam ser praticadas no conjunto das Unidades Básicas de Saúde, e iniciativas que valorizem o aleitamento na atenção básica como a Unidade Básica Amiga da Amamentação deve ser fortalecida (PEREIRA et al., 2010). Porém da mesma maneira que as palestras, esses grupos não possuem registros dos encontros. Sabe-se que para trabalhar com grupos é necessário todo um planejamento, análise de demanda, definição dos temas e capacitação do profissional responsável por este trabalho (AFONSO, 2006). Fica a dúvida de como este trabalho foi realizado sem que existam registros do planejamento e execução dessas atividades. Não é possível saber se em algum momento durante estes encontros, o assunto aleitamento materno foi abordado. Das cidades pesquisadas, apenas uma realizou evento de incentivo ao aleitamento materno no período pesquisado. Este evento foi realizado durante a semana mundial de aleitamento materno, entre os dias 1 a 7 de agosto do ano de 2011. Nesta semana aconteceram diversas atividades, entre elas a exposição de fotografias de mulheres amamentando e uma roda de bate papo sobre amamentação. Também foram distribuídos folhetos explicativos em unidades básicas de saúde e hospital. Foi constatado que as entrevistadas não tinham conhecimento a respeito de leis e decretos municipais relativos ao aleitamento materno, pois, disseram não existir. Da mesma maneira que desconhecem produções científicas realizadas no município sobre o assunto. As políticas públicas de incentivo ao aleitamento materno realizadas no município são desconhecidas nas três cidades pesquisadas, pois estas não tinham conhecimento a respeito de algum programa específico de incentivo à amamentação, realizado em seu município nesse período. As políticas públicas de incentivo ao aleitamento materno existem e alguns programas são lançados pelo governo federal, outros pelo governo estadual (MONTEIRO, 2011). A grande questão é se elas estão sendo anunciadas e propagadas de forma adequada, uma vez 1049

que as responsáveis por programas relacionados à saúde da mulher nestes municípios não souberam informar sobre o assunto. Acredita-se que alguns destes programas não tenham sido citados, porque não foram incorporados pelos municípios pesquisados como é o caso da Rede Amamenta Brasil. Entre os objetivos da Rede Amamenta Brasil está o aperfeiçoamento dos profissionais da saúde, para que eles possam ser agentes de mudanças e incentivo ao aleitamento materno, além do monitoramento dos índices de aleitamento materno nessas unidades, promovendo e incentivando o aleitamento materno de acordo com a realidade dos locais assistidos pelo projeto (BRASIL, 2008). Existem outros programas que também não são do conhecimento das entrevistadas como, por exemplo, a Rede Cegonha que assegura às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério. Às crianças este programa propõe o direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudável. Tendo entre outros componentes a garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade, com a promoção do aleitamento materno e acompanhamento da criança na atenção básica (BRASIL, 2011). Outra política importante que não foi mencionada foi a Iniciativa Hospital Amigo da Criança que prioriza a realização da recomendação do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, e com outros alimentos até os dois anos. As medidas para atingir este objetivo, chamadas de Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno, direcionam o hospital credenciado no programa visando o sucesso na amamentação. Os resultados obtidos em hospitais participantes desta estratégia comprovaram a eficácia desses passos, aumentando significativamente a duração do aleitamento materno (LAMOUNIER, 1996). A implementação de Hospitais Amigos da Criança deve ser considerada meta prioritária dos programas locais de incentivo ao aleitamento. Uma vez que nascer em um município que tenha pelo menos um Hospital Amigo da Criança, mostrou associação positiva e significativa com o aleitamento materno exclusivo (VENANCIO, 2002). Notou-se que nem mesmo a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, que delineia em suas diretrizes a importância de uma rede de apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável, de maneira a incentivar e favorecer a prática do aleitamento materno 1050

(BRASIL, 2012), foi citada como política de incentivo ao aleitamento durante as entrevistas realizadas. Estes programas, políticas e estratégias, ao que tudo indica não fazem parte da realidade das práticas de atendimento na atenção básica nos municípios pesquisados, pois se fosse diferente eles seriam do conhecimento dos profissionais. Em duas das cidades pesquisadas as entrevistadas alegaram existir um planejamento para ações futuras no município com objetivo de fortalecer a prática da amamentação. Das cidades que disseram existir tal planejamento, apenas uma apresentou o projeto. Este projeto denominado Mãe Atenta Amamenta, objetiva a viabilização de um local específico dentro do município, para que as gestantes e puérperas possam encontrar um ponto de apoio para tirar dúvidas sobre a prática do aleitamento materno, sendo esse uma referência em aleitamento materno. Este projeto estava em fase de construção e não foi disponibilizado. O Mãe Atenta Amamenta é um bom exemplo de uma ação simples, onde mulheres encontrarão apoio em um lugar que direcione o atendimento especificamente ao aleitamento materno, com o auxílio de profissionais que sejam capacitados para trabalhar com o tema. Demonstra-se que a preocupação com o aleitamento existe e que são necessários bons projetos para realização de um trabalho eficiente dentro da cidade. Sobre a capacitação dos profissionais da saúde em aleitamento materno, apenas uma cidade relatou a ocorrência de um treinamento, sendo ele para enfermeiros integrantes das equipes de Estratégia Saúde da Família e das Unidades Básicas de Saúde. Questiona-se a não participação dos outros profissionais da saúde. Em estudo realizado por Oliveira; Camacho e Souza (2005) sobre a iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação gerou-se dados que sugeriram que a capacitação de profissionais de saúde somada a um envolvimento enquanto equipe e com a implantação de normas e rotinas podem gerar um bom desempenho na promoção, proteção e apoio à amamentação, bem como contribuir para o aumento da prevalência do aleitamento materno exclusivo, além da possibilidade de aperfeiçoar o uso de recursos já existentes. O estado do Rio de Janeiro foi o precursor na implantação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (IUBAAM). Esta iniciativa estabelece o desenvolvimento dos 10 passos para o sucesso da amamentação, onde todos os funcionários das unidades básicas de saúde recebem capacitação em aleitamento materno a fim de tornar a amamentação uma prática. 1051

Santiago e cols. (2003) defendem a importância do treinamento específico em aleitamento materno para pediatras, como sendo uma diretriz de política de saúde de baixo custo e com alta eficácia. Essa formação deve ser ampla e continuada nas escolas médicas, e na rede pública os treinamentos devem ser realizados por equipes multiprofissionais. Sobre dados de acompanhamento da prevalência do aleitamento materno, apenas um município apresentou informações incompletas, os outros dois municípios desconhecem estes registros. Em nenhuma das cidades foi realizado acompanhamento e registro das atividades de aleitamento materno realizadas. Não houve, por exemplo, um monitoramento de prevalência do aleitamento materno através do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Sabe-seque este sistema permite a coleta, o processamento e a análise contínua dos dados referentes à alimentação e nutrição de uma população. Quando esses dados são mantidos de forma adequada, sem interrupção, possibilita o diagnóstico atualizado da situação nutricional. Dentre os critérios avaliados na alimentação das crianças menores de dois anos, incluem-se dados referentes ao aleitamento materno e introdução de alimentação complementar (BRASIL, 2004). O SISVAN, se bem utilizado, é muito importante no conhecimento e na avaliação dos problemas de nutrição, incluindo o desmame precoce. Além disso, dados cadastrados fornecem informações para criação de políticas e programas de intervenções (BRASIL, 2004). Este programa já está disponível e seria de importante contribuição para traçar o perfil de alimentação das crianças menores de dois anos, mas ele não é utilizado de forma adequada. Uma justificativa dada pelo representante de um município para o não preenchimento das fichas foi o número reduzido de pessoal para atender a demanda. Venancio et al. (2002) alega que a realização de diagnósticos locais da situação da amamentação poderia auxiliar no planejamento de intervenções apropriadas, uma vez que encontrou uma grande desigualdade quanto a prática do aleitamento materno em seu estudo realizado em municípios de São Paulo. A respeito de recursos financeiros destinados especificamente para ações de incentivo ao aleitamento materno, as respostas foram desconheço e não existem recursos específicos. 1052

CONCLUSÃO Com o presente estudo observamos a limitação dos trabalhos de incentivo ao aleitamento materno nas cidades pesquisadas. No ano de 2011 não existiu uma estratégia organizada que tenha sido desenvolvida dentro do município de uma maneira unificada e sistematizada. O principal problema encontrado foi à falta de monitoramento tanto da prevalência do aleitamento materno, quanto dos trabalhos que por ventura foram realizados. Evidencia-se a necessidade desses municípios aumentarem a atenção voltada às ações e programas que possam estimular o aleitamento materno, priorizando o planejamento das ações a serem desenvolvidas e a capacitação dos profissionais que trabalham com a saúde. É fundamental que exista a coleta dos dados sobre aleitamento para que este planejamento seja realizado. Para tal, os profissionais devem estar cientes da necessidade de alimentar o sistema com as informações necessárias. LIMITAÇÕES DO ESTUDO Não se tem certeza se os profissionais indicados para representar o município nesta pesquisa tinham conhecimento suficiente sobre o assunto, uma das entrevistadas tinha apenas 9 (nove) meses na função. Aparentemente pouco tempo para responder sobre as práticas de incentivo realizadas em todo o município REFERÊNCIAS AFONSO, M. L. M. Oficinas em dinâmicas de grupo: um método de intervenção psicossocial. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2006. Texto 4, p. 133 a 155. ÁRIES, P. A Família. In:.História social da criança e da família. 2ª ed.rio de janeiro:ltc, 1981. cap. 3, p. 131-153. 1053

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