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BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: RIO, RIOPR LATIBEX: XVALO, XVALP CRESCENDO EM RITMO ACELERADO O desempenho da CVRD em 2005 Rio de Janeiro, 06 de março de 2006 A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) completou em 2005 o terceiro ano consecutivo de obtenção de recordes operacionais e financeiros. A despeito das fortes pressões de custos, originadas pela alta cíclica de preços de insumos e pela apreciação do real relativamente ao dólar norte-americano, o desempenho da Companhia prosseguiu na trajetória de crescimento prevista em sua estratégia de longo prazo. A maximização da produção, viabilizada pela conclusão de projetos, operação a plena capacidade na maior parte das unidades e pelos ganhos de produtividade, juntamente com os preços mais elevados decorrentes do excesso de demanda global por minérios e metais tornaram possível a excelência da performance. Os recordes de 2005 Embarques de minério de ferro e pelotas, 255,171 milhões de toneladas. Embarques de alumínio primário, 447 mil toneladas. Embarques de caulim, 1,218 milhão de toneladas. Transporte ferroviário de carga geral para clientes, 26,9 bilhões de toneladas quilômetro útil (tku). Movimentação de carga nos portos para clientes, 30,7 milhões de toneladas. Receita bruta de US$ 13,4 bilhões. Lucro operacional, medido pelo EBIT a (lucro antes de juros e impostos) ajustado, de US$ 5,4 bilhões. Margem EBIT ajustado de 42,5%. Geração de caixa, medida pelo EBITDA b (lucro antes de despesas financeiras, impostos e depreciação) ajustado, de US$ 6,5 bilhões. Lucro líquido de US$ 4,8 bilhões, correspondente a US$ 4,20 por ação. Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 40,4%. Capex de US$ 4,2 bilhões, sendo US$ 2,6 bilhões em crescimento orgânico, US$ 757 milhões na sustentação das operações existentes e US$ 800 milhões em aquisições. As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da CVRD consolidadas são: Caemi, Alunorte, Albras, RDM, RDME, RDMN, Urucum Mineração, Docenave, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Itaco, CVRD Overseas e Rio Doce International Finance.

www.cvrd.com.br rio@cvrd.com.br Departamento de Relações com Investidores Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha Barbara Geluda Daniela Tinoco Fábio Lima Pedro Gibbon Tel: (5521) 3814-4540 A Companhia tem executado com sucesso sua estratégia de longo prazo, aproveitando as oportunidades oferecidas pelo ciclo econômico para investir com a disciplina requerida para crescer de maneira rentável e gerar considerável valor para seus acionistas. Nos últimos cinco anos, a CVRD investiu US$ 10,5 bilhões 1 tendo comissionado 14 grandes projetos, compreendendo minério de ferro, pelotas, ligas de manganês, bauxita, alumina, cobre, potássio, energia elétrica e logística. Em 2006, a Companhia programa investir US$ 4,626 bilhões, sendo 77% na promoção do crescimento orgânico. No momento, estão sendo implementados 24 projetos, existindo diversos outros em fase de estudos. O retorno sobre o capital investido (ROIC) foi de 41,5% em 2005, superior à média obtida nos últimos cinco anos, de 33,0%, bem acima das estimativas para o custo médio ponderado do capital da CVRD. Como reflexo do processo de investimento com alta rentabilidade, o retorno total para o acionista da Companhia no período 2001-2005 alcançou a média anual de 41,7%. Um dos mais sérios desafios para uma empresa em crescimento é a conciliação entre o financiamento de seus investimentos, a satisfação das aspirações de dividendos dos acionistas e a preservação de um balanço saudável. A CVRD tem conseguido atender de forma simultânea a esses objetivos. Ao lado de significativos investimentos, a Companhia distribuiu US$ 4,4 bilhões de dividendos a seus acionistas no período 2001-2005. O valor distribuído em 2005, de US$ 1,3 bilhão, equivalente a US$ 1,13 por ação, foi outro recorde batido nesse ano. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida total/ebitda c ajustado, atingiu ao final de 2005 o mais baixo nível dos últimos anos, chegando a 0,77. A solidez financeira da CVRD foi reconhecida com a conquista do grau de investimento concedido por três das maiores agências de rating do mundo. INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS milhões de US$ 4T04 3T05 2004 2005 Receita bruta 2.428 3.610 3.746 8.479 13.405 EBIT ajustado 822 1.405 1.461 3.123 5.432 Margem EBIT ajustado (%) 35,5 40,8 40,6 38,7 42,5 EBITDA ajustado 1.001 1.734 1.780 3.722 6.540 Lucro líquido 721 1.317 1.196 2.573 4.841 Lucro por Ação (US$) 0,63 1,14 1,04 2,23 4,20 ROE anualizado (%) 34,8 35,8 40,4 34,8 40,4 Dívida bruta/ltm EBITDA ajustado (x) 1,10 0,68 0,77 1,10 0,77 Investimentos * 685,7 917,0 1.851,8 1.956,0 4.160,5 * inclui aquisições 1 Os valores reportados para investimentos referem-se a desembolsos financeiros efetivamente realizados e incluem dispêndios com aquisições. 2

PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS Com sólidas perspectivas, a economia global se expande a ritmo ligeiramente superior a 4% ao ano, com os países desenvolvidos EUA, Europa dos 15 e Japão crescendo a 3% e as economias emergentes da Ásia, América Latina e Leste Europeu a 6%. A expansão está se tornando mais equilibrada entre as diferentes regiões do mundo, o que até recentemente só se acreditava ser possível mediante considerável desvalorização do dólar norte-americano. Contudo, isto está sendo viabilizado pela reestruturação de algumas importantes economias sem requerer ampliação da volatilidade de taxas de câmbio. A principal implicação desse re-equilíbrio se constitui na redução dos riscos de que uma desaceleração mais significativa da economia global venha a ocorrer como conseqüência de uma eventual recessão da economia norte-americana. A economia japonesa retorna à normalidade com o fim da deflação e do excesso generalizado de capacidade e a queda sensível de créditos bancários de má qualidade. Pela primeira vez desde 1996 os empréstimos bancários voltam a apresentar taxas positivas de crescimento, os preços de imóveis comerciais começam a subir depois de quatorze anos de declínio e a produção industrial está em franca expansão. O comportamento do PIB está se tornando menos dependente das exportações e a forte alta do Nikkei-225, de 40% em 2005, traduz o otimismo dos investidores sobre o futuro da economia do Japão. O longo processo de reestruturação permitiu que as empresas se capitalizassem e voltassem a investir e a contratar mão-de-obra, concedendo nova dinâmica à demanda doméstica. Na Alemanha, maior economia da Europa, a reestruturação corporativa tem contribuído para o aumento da produtividade, lucros e investimentos. No curto prazo isso gera impacto negativo sobre os gastos de consumo, o que tende a se reverter com a continuidade da ampliação dos investimentos. O indicador Ifo, que procura medir o grau de confiança nos negócios, ascendeu ao nível mais elevado desde 1994, com expectativas positivas tanto da indústria quanto do comércio varejista, este já antecipando a futura melhoria das despesas de consumo. Tal como no Japão, a economia alemã começa a demonstrar menor dependência da demanda externa, e pela primeira vez em muitos anos em 2006 a demanda doméstica deverá ser a principal fonte de crescimento do produto real. Nos EUA, o baixo crescimento da economia no quarto trimestre de 2005, o mais fraco desde o quarto trimestre de 2002, deveu-se ao efeito dos diversos choques sofridos entre julho e setembro do ano passado e que já foram absorvidos, tratandose, assim, de volatilidade temporária. A China cresceu 9,9% em 2005 e deve manter o mesmo ritmo de expansão neste ano. A demanda doméstica está se fortalecendo com a expansão dos investimentos públicos em infra-estrutura, os quais estão sendo acelerados no primeiro ano da execução do novo plano qüinqüenal, e da retomada de dispêndios mais significativos na construção imobiliária em cidades médias, caracterizando um novo ciclo de investimentos. No Brasil, a obtenção de sucessivos superávits fiscais primários e a austeridade na política monetária contribuíram para a criação de um ambiente de maior estabilidade, favorável ao crescimento da economia. Além disso, a expansão das exportações e a boa liquidez dos mercados financeiros internacionais concorreram 3

para significativa melhoria do balanço de pagamentos, reduzindo sua vulnerabilidade. Desse modo, espera-se melhor desempenho da economia para 2006. Os indicadores de produção industrial no mundo apontam para expansão sólida e mais equilibrada nos próximos trimestres. Em particular, o desempenho das encomendas e a relação entre esta variável e os estoques se comportam de forma bastante favorável. O cenário global fundamenta, portanto, a continuidade da forte demanda por minérios e metais. Persistem razoáveis desequilíbrios entre demanda e oferta global de minério de ferro e alumina, que, não obstante a capacidade adicional sendo colocada em operação nos próximos meses e os projetos ora em curso, não deverão ser eliminados no curto prazo. Estima-se que o mercado transoceânico do minério de ferro tenha atingido 675 milhões em 2005, com a China importando 275 milhões de toneladas, o que representou incremento de 32% relativamente a 2004. Em janeiro de 2006, as importações da China, ajustadas pelo efeito da sazonalidade, bateram recorde histórico, o que demonstra a continuidade da pressão de demanda no mercado de minério de ferro. Em mais um recorde de produção, a CVRD produziu no ano passado 233,9 milhões de toneladas de minério de ferro, 100 milhões a mais do que em 2001. Para 2006, a Companhia espera ampliar a quantidade produzida para 264 milhões de toneladas, procurando atender à expansão da demanda de seus clientes. O mercado spot de minério de ferro continua bastante ativo e com preços superiores aos referentes aos contratos de longo prazo, espelhando o excesso de demanda global. Vale a pena salientar que os compradores nesse mercado se defrontam com minérios de qualidade inferior, volatilidade de preços e freqüência de embarques sujeita a incertezas, o que compromete a competitividade e provoca instabilidade em seu fluxo de caixa. O crescimento da frota global de navios capesize e a ampliação de capacidade dos portos em países como o Brasil, Austrália e China têm causado declínio dos preços dos fretes no mercado spot, oferecendo maior espaço para arbitragem. Tal redução, que - se comparando o pico de abril de 2005 com as cotações atuais - chega a aproximadamente US$ 15 por tonelada para o percurso Brasil/China, resulta em importante queda do custo com o minério de ferro para as siderúrgicas que contratam fretes marítimos nesse mercado. No mercado spot de alumina, os preços ultrapassam a faixa dos US$ 600 por tonelada, cerca de 25% das cotações do alumínio na London Metal Exchange, refletindo o aumento da escassez global. O módulo 4 da refinaria de alumina da CVRD entrou em operação em fins de janeiro deste ano e o módulo 5 começará a operar em março, adicionando assim 1,9 milhão de toneladas anuais à sua atual capacidade. Em 2005, a Alunorte produziu 2,6 milhões de toneladas. Paralelamente à expansão da demanda, existem limitações de diversos tipos custos bem mais elevados e restrições quantitativas na oferta de equipamentos e serviços de engenharia, maior escassez relativa de reservas minerais de boa qualidade e magnitude considerável, necessidade de construção de infra-estrutura de logística e a demora na obtenção de licenças ambientais que dificultam e retardam a resposta da oferta aos aumentos de preços de minérios e metais. 4

A operação sistemática a plena capacidade eleva a probabilidade de interrupções na produção. Diante das restrições na oferta de peças de reposição e de estoques em níveis historicamente baixos, o impacto dos problemas de produção sobre os preços tende a ser magnificado. Isto, por exemplo, tem sido importante no mercado do cobre, impondo um viés de alta para os preços. No caso específico dos metais, o crescente fluxo de recursos para os fundos de investimento em commodities, resultante da alocação de parte das carteiras de fundos de pensão para essa classe de ativos, passou a se constituir em nova fonte de demanda a pressionar os preços. Influenciados pelos profundos cortes na produção global no segundo semestre de 2005, os preços das ligas de manganês estão apresentando ligeira recuperação, especialmente o das ligas de ferro manganês de alto carbono (FeHcMn), onde a redução das quantidades produzidas relativamente aos níveis do ano passado foi mais substancial. A CVRD tem mantido ociosa cerca de um terço de sua capacidade de produção de ligas. As previsões para a safra agrícola brasileira indicam aumento de 9,3% em relação ao ano passado, quando seu desempenho foi negativamente afetado pela seca no sul do País. Tal reversão terá impacto positivo sobre a performance das vendas de potássio e serviços de logística da CVRD. EVENTOS RELEVANTES Incorporação de ações da Caemi Em 26 de janeiro de 2006, o Conselho de Administração da CVRD aprovou a incorporação de todas as ações preferenciais da Caemi Mineração e Metalurgia S.A. (Caemi) em circulação. Os acionistas não controladores da Caemi receberão 0,04115 ações PNA de emissão da CVRD por ação preferencial de emissão da Caemi. A relação de troca reflete a evolução dos preços das ações preferenciais de CVRD e Caemi na Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa durante o período de 90 dias findo em 23 de janeiro de 2006. Os passos necessários à efetivação da incorporação estão sendo realizados, esperando-se sua conclusão para o final do mês de março. A CVRD é proprietária de 100% das ações ordinárias e 40,06% das ações preferenciais da Caemi, correspondendo a 60,23% de seu capital total. Após a incorporação, a CVRD passará a deter a totalidade das ações da Caemi. Com a incorporação, os atuais acionistas da CVRD se beneficiarão da exposição integral aos ativos da Caemi e do aproveitamento das sinergias entre as duas empresas. Os atuais acionistas da Caemi passarão a desfrutar destas sinergias e dos benefícios do elevado potencial de crescimento rentável da CVRD, de um portfólio mais diversificado de ativos de classe mundial, de uma política de dividendos muito bem estruturada, de ações com direito a voto e que contam com liquidez abundante na Bovespa e NYSE. Mantendo o foco em crescimento orgânico No dia 26 de janeiro de 2006, o Conselho de Administração da CVRD aprovou o orçamento de investimento no valor de US$ 4,626 bilhões, o mais elevado de sua história. Em 2006, serão investidos US$ 3,558 bilhões em crescimento orgânico, sendo US$ 3,067 bilhões em projetos greenfield e brownfield e US$ 491 milhões 5

para pesquisa e desenvolvimento. Os restantes US$ 1,068 bilhão serão alocados ao financiamento de investimentos na sustentação das operações existentes. Os negócios com minerais ferrosos receberão investimentos representando 46% do total. Para os negócios de alumínio serão alocados 17% dos dispêndios totais, o mesmo percentual destinado à área de serviços de logística, enquanto que os minerais não ferrosos terão 9%. Para maiores detalhes acesse www.cvrd.com.br, seção de relações com investidores, press releases. Remuneração mínima ao acionista de US$ 1,3 bilhão A Diretoria Executiva da CVRD enviará ao Conselho de Administração proposta de pagamento de remuneração mínima ao acionista para 2006 no valor de US$ 1,3 bilhão. Considerando a emissão de novas ações preferenciais (PNA) da CVRD a ser realizada para a concretização da incorporação de ações da Caemi, caso esta seja aprovada pelos acionistas da Companhia, a remuneração por ação em circulação, ordinária ou preferencial, será de US$ 1,069367781. Emissão e recompra de títulos de dívida Em janeiro de 2006, a Companhia emitiu US$ 1 bilhão em títulos com prazo de dez anos, cupom de 6,25% ao ano e retorno para o investidor de 6,254% ao ano (CVRD 2016). O spread em relação aos títulos do Tesouro dos EUA de igual duração foi de 190 pontos base (pb), contrastando com o spread de 288 pb na emissão do CVRD 2013, com dez anos de prazo e cupom de 9,0% ao ano, em agosto de 2003. O bônus CVRD 2016 recebeu classificação de risco BBB pela Standard & Poor s e Baa3 pela Moody s. Paralelamente à essa emissão, a CVRD recomprou aproximadamente US$ 176 milhões de principal do CVRD 2013. Estas transações tiveram como fundamento o foco da política financeira da CVRD na minimização do custo de capital. Concluída a aquisição da Canico No último trimestre de 2005, a CVRD adquiriu 99,2% da Canico Resources Corp., por aproximadamente US$ 800 milhões. Em fevereiro de 2006, foi completada a aquisição de todas as ações da Canico, as quais foram retiradas de negociação da Toronto Stock Exchange. A Canico era proprietária do projeto de níquel laterítico Onça Puma, localizado no estado do Pará, o qual será desenvolvido pela Companhia, simultaneamente ao Vermelho. Projeto siderúrgico no Ceará Em dezembro de 2005, a CVRD anunciou que terá participação acionária na Ceará Steel, projeto siderúrgico no estado do Ceará, cuja capacidade nominal deverá ser de 1,5 milhão de toneladas anuais de placas de aço. O investimento da Companhia será de US$ 25 milhões e a entrada em operação do projeto é prevista para 2009. A CVRD fornecerá 2,5 milhões de toneladas anuais 6

de pelotas que serão utilizadas como matéria-prima na Ceará Steel, atendendo a 100% das necessidades da usina. O investimento no projeto Ceará Steel faz parte da estratégia da Companhia de fomentar o consumo de minério de ferro por meio de participações minoritárias em projetos siderúrgicos localizados no Brasil. Primeiro embarque de carvão Em janeiro, chegou ao Brasil a primeira carga de carvão antracito Yongcheng, de 40.000 toneladas, proveniente da operação da Henan Longyu Energy Resources Co. Ltd., joint venture entre a CVRD e empresas chinesas localizada na China. Tal evento é um marco importante na estratégia da CVRD em tornar-se um player no mercado global de carvão. Venda da participação na Nova Era Silicon No mês de fevereiro, a CVRD vendeu por US$ 14 milhões a totalidade de sua participação na Nova Era Silicon (NES), representando 49% do capital, para a JFE Steel Corporation. O desinvestimento da NES é consistente com a diretriz estratégica da CVRD para o negócio de manganês, concentrando seus esforços na produção do minério e de ligas de manganês em operações que detenha participação majoritária. Venda da participação na usina hidrelétrica Foz do Chapecó Também em fevereiro, a CVRD vendeu por R$ 9 milhões sua participação de 40% no consórcio formado para construção e operação da usina hidrelétrica Foz do Chapecó. O COMPORTAMENTO DAS RECEITAS Um novo patamar A receita operacional bruta da CVRD em 2005 foi de US$ 13,405 bilhões, registrando aumento de 58,1% frente a 2004, de US$ 8,479 bilhões, e de 141,7% em relação a 2003, de US$ 5,545 bilhões. O número de 2005 não só constitui novo recorde, como indica mudança nas dimensões da Companhia, com sua receita ultrapassando pela primeira vez a marca de US$ 10 bilhões. O aumento de US$ 4,926 bilhões em 2005 em relação ao ano anterior foi determinado principalmente pela evolução do ciclo de mineração e metais, com as variações de preços sendo responsáveis por 81% desse total. A receita bruta do, que se caracterizou também como recorde trimestral, chegou a US$ 3,746 bilhões, tendo crescido 54,3% em relação ao 4T04. Em 2005, os minerais ferrosos representaram 75,0% da receita bruta, os produtos da cadeia do alumínio bauxita, alumina e alumínio primário - concorreram com 10,5%, os serviços de logística com 9,1% e os minerais não-ferrosos com 5,3%. 7

As receitas de vendas para a China mais do que dobraram em 2005, passando de US$ 996 milhões em 2004 para US$ 2,016 bilhões. Contudo, a CVRD continua a dispor de boa diversificação geográfica de suas vendas. As Américas se constituíram no principal destino das vendas, com 36,5%, tendo em vista o mercado brasileiro, com 26,6% de participação no total da receita, e os EUA, com 3,1%. A Ásia, que em 2005 produziu pela primeira vez mais aço do que todas as demais regiões do mundo,vem em seguida com 29,2%, tendo ultrapassado a Europa, cuja fatia na receita total com 28,4%. Caso se incluam as vendas das joint ventures de pelotização de Tubarão, que não são consolidadas no conceito US GAAP, a participação das Américas na receita total da CVRD se reduziria para 31,4%, com a redução da fatia relativa ao Brasil para 21,1%. RECEITA BRUTA POR DESTINO milhões de US$ 4T04 3T05 2004 % 2005 % Américas 997 1.294 1.252 3.352 39,5 4.898 36,5 Brasil 678 1.006 894 2.367 27,9 3.565 26,6 EUA 134 85 115 389 4,6 417 3,1 Outros 185 203 243 596 7,0 916 6,8 Ásia 699 1.093 1.282 2.189 25,8 3.917 29,2 China 345 568 738 996 11,7 2.016 15,0 Japão 220 342 349 788 9,3 1.231 9,2 Outros 134 183 195 405 4,8 670 5,0 Europa 625 1.015 996 2.552 30,1 3.813 28,4 Resto do mundo 107 208 216 386 4,6 777 5,8 Total 2.428 3.610 3.746 8.479 100,0 13.405 100,0 AS PRESSÕES DE CUSTOS E OS ESFORÇOS PARA SUPERÁ-LAS O custo de produtos vendidos (CPV) somou US$ 6,229 bilhões em 2005, com elevação de 52,6% frente a 2004. O montante referente ao, de US$ 1,829 bilhão, foi US$ 621 milhões, superior ao do 4T04 em 51,4%. A CVRD, assim como as demais empresas de mineração e metais, está sofrendo pressões generalizadas de custos derivadas do ciclo econômico, e manifestadas pelas altas de preços de equipamentos, peças de reposição, aço, energia, matérias primas e serviços. A forte apreciação do real em relação ao dólar norte-americano, dado que parcela correspondente a cerca de 70% dos custos da Companhia é denominada em moeda brasileira, tem ampliado a magnitude dessas pressões. O aumento de preços de produtos e serviços foi responsável em 2005 por 55,7% do aumento do CPV, tendo sido de 29,6% a contribuição da volatilidade do câmbio, enquanto que o crescimento da produção concorreu com 14,7%. Os serviços contratados, principal item do CPV e responsáveis por 23,8% de seu total, aumentaram em US$ 670 milhões em 2005, tendo contribuído com 31,2 % da expansão dos custos. Variação cambial e expansão no volume de vendas contribuíram com US$ 195 milhões e US$ 124 milhões, respectivamente, para incremento deste item de custo. Além disso, aumentos de US$ 72 milhões nos dispêndios com remoção de estéril, US$ 57 milhões nas despesas com fretes 8

ferroviários e US$ 43 milhões com serviços de manutenção refletem maiores preços dos serviços contratados. Na comparação entre o e o 4T04, os serviços contratados adicionaram US$ 257 milhões à expansão do CPV. Em 2005, os custos com material aumentaram em US$ 462 milhões, concorrendo com 21,5% do crescimento do CPV. Tal incremento foi influenciado pelos preços mais altos de peças de reposição, como correias transportadoras e pneus. No, este item somou US$ 305 milhões, 50,2% superior ao 4T04. As despesas com energia foram de US$ 1,086 bilhão em 2005, representando 17,4% do CPV. Este componente experimentou aumento de US$ 325 milhões, contribuindo com 15,1% do incremento do CPV em 2005. O crescimento desses dispêndios foi determinado pela intensificação das atividades da Companhia e pelos reajustes verificados nos preços de combustíveis e energia elétrica. Em 2005, o consumo de energia elétrica da CVRD cresceu 5,3%, atingindo 17.619 GWh, dos quais 38% foram gastos na produção de alumínio e 8,9% com as operações de ferro ligas. Os dispêndios com energia elétrica na Albras, smelter de alumínio que, por razões tecnológicas consiste na unidade operacional da CVRD mais intensiva no consumo de energia elétrica, elevaram-se em 41% relativamente a 2004. Os reajustes do preço da energia elétrica foram responsáveis por 91% do aumento de custo enquanto que o crescimento do consumo determinado pela expansão da produção - de 435 mil toneladas em 2004 para 446 mil - contribuiu com os restantes 9%. O preço médio do óleo combustível para a CVRD teve alta de 21,2%, concorrendo assim para o incremento de US$ 184 milhões nos gastos com combustíveis e gases. No, o custo de energia foi de US$ 321 milhões, 31,6% superior ao 4T04. O reajuste dos preços de minério de ferro e pelotas teve importante impacto no CPV, pois as despesas com a aquisição destes produtos cresceram US$ 287 milhões, 60,5%, no ano. Tal variação representou 13,4% do aumento do CPV em 2005. O volume comprado pela CVRD de minério de ferro de outras empresas de mineração foi de 16,430 milhões de toneladas, 3,1% acima do ano anterior. A Companhia comprou também para revenda a seus clientes 9,655 milhões de toneladas de pelotas das joint ventures de Tubarão (Nibrasco, Itabrasco, Kobrasco e Hispanobras) contra 9,347 milhões em 2004. No, o valor das compras de minério de ferro e pelotas chegou a US$ 215 milhões, 72,0% acima do 4T04. Em função do aumento do valor da base de ativos da Companhia e da valorização do real frente ao dólar norte-americano, o custo de depreciação e amortização cresceu US$ 199 milhões, 53,1%, frente a 2004, concorrendo com 9,3% da elevação do CPV. Entre 2002 e 2005, simultaneamente à realização de investimentos de US$ 8,9 bilhões, o real se valorizou em 50,9% vis-à-vis o dólar norte-americano, determinando com que o ativo imobilizado da CVRD passasse de US$ 3,3 bilhões para US$ 14,1 bilhões no final do ano passado. Assim, a depreciação evoluiu de US$ 205 milhões em 2002 para US$ 375 milhões em 2004 e US$ 574 milhões em 2005. As despesas com pessoal, de US$ 514 milhões no ano, correspondendo a 8,3% do CPV, apresentaram aumento de US$ 128 milhões em relação ao ano anterior, tendo 9

sido responsáveis por 6,0% do incremento total dos custos. O reajuste anual de 6,5% dos salários dos empregados, válido para o período julho de 2005/junho de 2006, combinado à apreciação do real determinaram grande parte desse incremento. No, os custos com pessoal somaram 160 milhões, com variação de 48,1% relativamente ao 4T04. As despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A), de US$ 583 milhões em 2005, subiram US$ 131 milhões, 29,0%, ante 2004. Aumentos nos custos com pessoal administrativo (US$ 48 milhões), despesas com manutenção (US$ 35 milhões) e depreciação (US$ 20 milhões) determinaram o aumento do SG&A. No, o SG&A foi de US$ 175 milhões, 31,6% acima do 4T04. As despesas com pesquisas e desenvolvimento (P&D) atingiram a marca recorde de US$ 277 milhões em 2005 2, contra US$ 153 milhões em 2004 e US$ 82 milhões em 2003. Este aumento é derivado da execução da estratégia de foco em crescimento orgânico, o que implica necessariamente na ampliação dos investimentos em exploração mineral e em estudos de viabilidade do desenvolvimento de depósitos minerais em diversos países. Os investimentos em P&D são essenciais para a sustentação do crescimento rentável da Companhia no longo prazo. No contexto de um programa global e multicommodity, os investimentos têm sido realizados em onze países, abrangendo todos os continentes e um portfólio diversificado de minerais, envolvendo carvão, cobre, níquel, manganês, potássio, fosfato, bauxita e minério de ferro. A CVRD tem desenvolvido uma série de iniciativas dedicadas à economia de custos operacionais e de investimento combinada à obtenção de ganhos de eficiência. No caso da energia, a Companhia já detém participação em cinco usinas hidrelétricas em operação, cujo take, de 1.278 GWh em 2005, possibilita redução de seus custos. Em 2005, a economia representada pela autoprodução de energia elétrica relativamente à alternativa de compra mediante contratos de longo prazo é estimada em US$ 45 milhões. Têm sido efetuadas compras de energia elétrica em leilões, com a obtenção em 2005 de preços por MWh em média US$ 12 mais baixos do que os contratos de longo prazo vigentes. Tal alternativa evidentemente possui limitações, porém contribui para a diminuição do custo médio desse insumo. No refino de bauxita em alumina, uma planta de co-geração de vapor e energia entrará em operação em meados deste ano, o que terá impacto favorável direto sobre o consumo de energia, prevendo-se redução de custo de aproximadamente US$ 27 milhões por ano a partir de 2007. Além disso, vários estudos encontram-se em progresso, buscando a reestruturação da matriz energética e a adoção de medidas para conservação de energia, com o objetivo final de minimizar custos. As despesas com demurrage - as multas pagas pelo atraso de carregamento de navios nos terminais marítimos da Companhia - alcançaram US$ 21 milhões no e US$ 76 milhões no ano de 2005, valores inferiores em 51,2% ao 4T04 e 8,4% a 2004, respectivamente, apesar do crescimento do volume de embarques. 2 O valor dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento de 2005 informado no press release de 26 de janeiro de 2006 sobre o programa de investimentos da CVRD foi de US$ 290 milhões. Esse valor refere-se ao fluxo financeiro realizado em 2005. 10

Os procedimentos postos em prática para a otimização da logística de embarque de minério de ferro já começam a apresentar os primeiros resultados positivos. Por exemplo, no mês de dezembro a CVRD obteve dispatch, prêmio pelo carregamento de navios antes do prazo estipulado, no terminal marítimo de Ponta da Madeira. Os custos com demurrage tendem a convergir para um nível consideravelmente menor do que os registrados nos dois últimos anos. Para 2006, espera-se que o custo com demurrage por tonelada embarcada nos terminais marítimos da Companhia seja de US$ 0,22, o que representará menos da metade das multas pagas em 2004, de US$ 0,45 por tonelada. Os programas de excelência, que compreendem a manutenção, operação de minas e execução de projetos de investimentos, terão como conseqüência a diminuição de custos e a realização de ganhos de produtividade ao longo dos próximos anos. COMPOSIÇÃO DO CPV US$ milhões 4T04 3T05 2004 % 2005 % Pessoal 108 139 160 386 9,5 514 8,3 Material 203 310 305 664 16,3 1.126 18,1 Óleo combustível e gases 128 164 188 446 10,9 630 10,1 Energia elétrica 116 109 133 315 7,7 456 7,3 Serviços contratados 217 377 474 813 19,9 1.483 23,8 Aquisição de minério de ferro e pelotas 125 216 215 474 11,6 761 12,2 Aquisição de outros produtos 98 83 82 355 8,7 332 5,3 Depreciação e exaustão 100 161 164 375 9,2 574 9,2 Outros 113 86 108 253 6,2 353 5,7 Total 1.208 1.645 1.829 4.081 100,0 6.229 100,0 DESEMPENHO OPERACIONAL É RECORDE O lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado, foi de US$ 5,432 bilhões em 2005, o mais elevado da história da Companhia. O EBIT ajustado cresceu 73,9% em relação a 2004, o que foi influenciado principalmente pelo aumento de US$ 4,726 bilhões na receita líquida, parcialmente compensado pelo acréscimo de US$ 2,148 bilhões no CPV. No, o EBIT ajustado, de US$ 1,461 bilhão, quase dobrou em relação ao do 4T04, de US$ 822 milhões. A margem EBIT ajustado foi de 42,5%, caracterizando-se também como outra marca recorde, tendo sido 380 pb maior do que a obtida no ano anterior. No, a margem EBIT ajustado foi igual a 40,6%, 510 pb acima da verificada no 4T04, sendo mais elevada em 400 pb do que a média dos últimos dezesseis trimestres. NOVO RECORDE DE GERAÇÃO DE CAIXA: US$ 6,5 BILHÕES Em 2005, a geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, atingiu US$ 6,540 bilhões, um novo recorde, tendo apresentado crescimento de 75,7% em relação aos US$ 3,722 bilhões de 2004. O EBITDA ajustado de 2005 é 3,7 vezes o valor 11

registrado em 2002, de US$ 1,780 bilhão, evidenciando a mudança nas dimensões das atividades da Companhia. O foi o décimo quinto trimestre consecutivo de crescimento do LTM EBITDA ajustado, com crescimento de 13,5% quando comparado ao do 3T05. Os principais fatores que explicam o aumento de US$ 2,818 bilhões no EBITDA ajustado de 2005 relativamente a 2004 são o crescimento de US$ 2,309 bilhões no EBIT ajustado, de US$ 220 milhões na depreciação e de US$ 289 milhões nos dividendos pagos por empresas não consolidadas. Os dividendos recebidos em 2005 somaram US$ 489 milhões ante US$ 200 milhões no ano anterior. O pagamento mais elevado foi efetuado pela Samarco, que distribuiu US$ 225 milhões para a CVRD contra US$ 100 milhões em 2004. A Companhia recebeu também dividendos da Usiminas, US$ 62 milhões, MRN, US$ 58 milhões, GIIC, US$ 51 milhões, CSI, US$ 28 milhões, Hispanobras, US$ 20 milhões, Nibrasco, US$ 16 milhões, Itabrasco, US$ 10 milhões, Valesul, US$ 8 milhões, e MRS, US$ 11 milhões. Em 2005, foi a seguinte a distribuição da geração de caixa por área de negócio: minerais ferrosos 84,1%, alumínio 8,4%, logística 6,3% e minerais não ferrosos 3,1%. Os gastos com P&D, não alocados às áreas de negócios, concorreram para diminuir o EBITDA ajustado em US$ 277 milhões. EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL US$ milhões 4T04 3T05 2004 2005 Receita operacional líquida 2.317 3.445 3.598 8.066 12.792 CPV (1.208) (1.645) (1.829) (4.081) (6.229) Desp com vendas, gerais e administrativas (133) (160) (175) (452) (583) Pesquisa e desenvolvimento (67) (104) (85) (153) (277) Outras desp operacionais (87) (131) (48) (257) (271) EBIT ajustado 822 1.405 1.461 3.123 5.432 Depreciaçao, amort e exaustão 119 171 183 399 619 Dividendos recebidos 60 158 136 200 489 EBITDA ajustado 1.001 1.734 1.780 3.722 6.540 RESULTADO FINANCEIRO O resultado financeiro líquido da Companhia em 2005 foi negativo em US$ 138 milhões. Dessa forma, houve melhoria no valor de US$ 386 milhões nesse item relativamente a 2004. Tal evolução decorre de movimentos favoráveis nos três componentes desta conta, receitas financeiras, despesas financeiras e variações monetárias. A receita financeira passou de US$ 82 milhões em 2004 para US$ 123 milhões em 2005, face às taxas de juros mais elevadas e ao aumento, em termos de média anual, das disponibilidades de caixa. As despesas financeiras se reduziram em US$ 111 milhões, passando de US$ 671 milhões em 2004 para US$ 560 milhões em 2005. Os principais motivos para esta 12

contração foram o declínio da dívida média, de US$ 4,372 bilhões em 2004 para US$ 4,095 bilhões em 2005, resultando em diminuição dos juros de US$ 57 milhões, e a redução nas perdas com derivativos para proteção contra a volatilidade de preços do alumínio, da ordem de US$ 23 milhões. O comportamento das variações monetárias foi favorável à melhoria do resultado financeiro, colaborando com US$ 234 milhões adicionais, dada a valorização de 20,2% do real contra o dólar norte-americano entre 2004 e 2005. Entre o 4T04 e houve redução de US$ 394 milhões no resultado financeiro, que passou de US$ 58 milhões positivos para US$ 336 milhões negativos. As variações monetárias tiveram efeito negativo de US$ 441 milhões sobre a variação do resultado, já que entre o final do 3T05 e do houve desvalorização do real frente ao dólar, ao passo que entre o final do 3T04 e do 4T04 havia sido verificado comportamento inverso. A redução de US$ 57 milhões nas despesas financeiras compensou a queda nas receitas financeiras, de US$ 10 milhões. RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS O resultado de equivalência patrimonial alcançou US$ 760 milhões, com crescimento de 40,2%, US$ 218 milhões, em relação a 2004. No, o resultado de equivalência patrimonial somou US$ 213 milhões, contra US$ 179 milhões no mesmo período de 2004. Os investimentos em empresas produtoras de minerais ferrosos foram responsáveis por 57,2% do resultado de equivalência patrimonial de 2005, siderurgia por 25,9%, alumínio por 8,5% e logística por 7,1%. Entre as joint ventures de pelotização, a Samarco aumentou consideravelmente sua contribuição, de US$ 117 milhões em 2004 para US$ 257 milhões em 2005. O total de equivalência patrimonial proveniente dos investimentos nessas empresas, - Nibrasco, Hispanobras, Kobrasco, Itabrasco, GIIC e Samarco - foi igual a US$ 438 milhões, 155% acima do valor computado em 2004. O resultado de equivalência patrimonial dos negócios com alumínio apresentou redução, passando de US$ 71 milhões em 2004 para US$ 65 milhões em 2005. Enquanto que a contribuição da MRN aumentou de US$ 57 milhões para US$ 64 milhões, a da Valesul diminuiu de US$ 14 milhões para US$ 1 milhão, refletindo o forte impacto negativo da alta do custo de energia elétrica. O investimento da CVRD na Henan Longyu Energy Resources Ltd., empresa chinesa produtora de carvão antracito, produziu equivalência patrimonial de US$ 9 milhões em 2005. Os investimentos em empresas de logística retornaram US$ 54 milhões em 2005 ante US$ 33 milhões no ano anterior. A equivalência patrimonial originada pelas participações na indústria do aço atingiu US$ 197 milhões em 2005 contra US$ 271 milhões em 2004. 13

RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS R$ milhões 4T04 3T05 2004 % 2005 % Minério de Ferro e Pelotas 55 127 128 170 31,4 435 57,2 Aluminio, Alumina e Bauxita 19 15 14 71 13,1 65 8,6 Logística 11 17 15 33 6,1 54 7,1 Siderurgia 95 35 47 271 50,0 197 25,9 Carvão - - 9-0,0 9 1,2 Outros (1) - - (3) (0,6) - 0,0 Total 179 194 213 542 100,0% 760 100,0 LUCRO LÍQUIDO RECORDE: US$ 4,8 BILHÕES O lucro líquido obtido em 2005, de US$ 4,841 bilhões, aumentou em 88,1% relativamente ao resultado de 2004, de US$ 2,573 bilhões. Paralelamente à sua magnitude substancial, constituindo-se no maior lucro da história da CVRD, vale a pena salientar o aspecto qualitativo altamente favorável. Isto decorre de ao mesmo tempo a Companhia estar investindo valores também recordes em seu crescimento lançando bases para a rentabilidade futura. Os fatores que tiveram maior influência direta para o desempenho do lucro líquido foram: (a) aumento de US$ 2,309 bilhões no lucro operacional; (b) melhoria de US$ 386 milhões no resultado financeiro; e (c) incremento de US$ 218 milhões no resultado de equivalência patrimonial. Houve redução de US$ 278 milhões nos ganhos com vendas de ativos. Em 2004, o desinvestimento da CST teve efeito positivo de US$ 404 milhões para o lucro, ao passo que em 2005 foi realizada a venda da QCM por US$ 126 milhões. O lucro líquido de US$ 1,196 bilhão registrado no sofreu o efeito de uma combinação perversa das oscilações da taxa de câmbio BRL/USD. De um lado, o real se desvalorizou em 5% na comparação entre o final do 3T05 e do, o que gerou impacto negativo sobre o lucro através da contabilização de variações monetárias negativas. Por outro, o real se apreciou em 4,1% relativamente ao dólar norte-americano na comparação das taxas médias de câmbio em cada trimestre, o que também afetou negativamente o lucro do, nesse caso via elevação de custos. CONCILIANDO INVESTIMENTOS, DIVIDENDOS E SOLIDEZ FINANCEIRA Um dos maiores desafios de uma empresa em crescimento é a conciliação do financiamento de investimentos, a distribuição de dividendos e a manutenção de saúde financeira que assegure boa percepção de risco por parte dos mercados de capitais. A forte geração de caixa da Companhia tem viabilizado o financiamento de suas iniciativas de crescimento, permitindo que os projetos sejam avaliados e aprovados de acordo com seu próprio mérito. Ao mesmo tempo, tem sido possível realizar boa distribuição de dividendos para os acionistas. Nos últimos cinco anos, o valor acumulado de investimentos e pagamento de dividendos somou aproximadamente 14

US$ 15 bilhões, o que ocorreu de maneira simultânea ao fortalecimento do balanço da Companhia. Quebrando paradigmas, a CVRD obteve em 2005 o grau de investimento concedido por três das mais conceituadas agências de rating do mundo: Standard & Poor s (BBB), Moody s (Baa3) e Dominion (BBB low). Os indicadores de alavancagem e cobertura de juros evoluíram de maneira bastante favorável em 2005, atestando a solidez financeira da CVRD. A relação dívida bruta/ EBITDA ajustado passou de 1,10x em 31 de dezembro de 2004 para 0,77x em 31 de dezembro de 2005. A relação entre dívida total e enterprise value d passou de 11,8% para 10,1%. A cobertura de juros, medida pela relação EBITDA ajustado/juros pagos e se elevou, de 12,41x no final de 2004 para 25,95x no final de 2005. A dívida total da Companhia em 31 de dezembro de 2005 era de US$ 5,010 bilhões, com incremento de US$ 922 milhões em relação à posição de 31 de dezembro de 2004, de US$ 4,088 bilhões. A dívida líquida f no fim de 2005 era de US$ 3,969 bilhões, com posição de caixa de US$ 1,041 bilhão. Além das disponibilidades de caixa, a CVRD conta com o potencial de liquidez adicional proporcionada por linhas compromissadas de crédito bancário no valor de US$ 750 milhões. O prazo médio da dívida em 31 de dezembro de 2005 era de 7,89 anos contra 6,83 anos ao final do ano anterior. A dívida era composta por 60% de obrigações atreladas a taxas de juros flutuantes e 40% a taxas de juros fixas. Na medida em que os preços de alumínio e cobre covariam na mesma direção da taxa Libor, há um hedge natural contra a oscilação dos juros flutuantes. A política de administração de dívida da Companhia tem como objetivos a redução de seus custos e dos riscos de refinanciamento. Nesse contexto, o desenvolvimento de mercados líquidos para seus bônus e a manutenção de uma postura dinâmica com respeito ao gerenciamento de passivos são bastante importantes. Em outubro de 2005, a Companhia voltou a emitir bônus com vencimento em 2034, cupom de 8,25% ao ano, no total de US$ 300 milhões. Desse modo, esse vencimento passou a ter US$ 800 milhões, o que dá boas condições de liquidez para os investidores, colaborando para aumentar sua atratividade. Em janeiro de 2006 foi emitido o bônus CVRD 2016, com dez anos de prazo, cupom de 6,250 % ao ano e retorno para o investidor de 6,254% ao ano, no valor de US$ 1,0 bilhão, com seu custo já refletindo a melhoria da percepção de risco expressada pela obtenção do investment grade-rating. Desde sua emissão, o CVRD 2016 tem se valorizado, com o retorno até o vencimento (yield to maturity) convergindo gradualmente para 6,0%. Entre o 4T04 e o início de 2006, a CVRD recomprou dívida no valor de US$ 600 milhões, com taxas de juros mais elevadas e menor duração. Por exemplo, mais recentemente e simultaneamente à emissão do CVRD 2016, a Companhia adquiriu US$ 176 milhões do bônus CVRD 2013, com cupom de 9,000% ao ano. 15

DESPESAS FINANCEIRAS US$ milhões Despesas financeiras relativas à dívida: 4T04 3T05 2004 2005 Dívida com terceiros (63) (69) (32) (259) (206) Dívida com partes relacionadas - 2 (2) (10) (6) Total das despesas financeiras relativas à dívida (63) (67) (34) (269) (212) Composição dos juros brutos: 4T04 3T05 2004 2005 Contingências fiscais e trabalhistas (11) (27) (12) (37) (62) Impostos sobre transações financeiras CPMF (11) (15) (19) (38) (59) Derivativos (67) (64) (113) (134) (116) Outros (106) (43) (23) (193) (111) Total dos juros brutos (195) (149) (167) (402) (348) Total (258) (216) (201) (671) (560) INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO US$ milhões 4T04 3T05 Dívida bruta 4.088 3.942 5.010 Dívida líquida 2.839 2.707 3.969 Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado(x) 1,10 0,68 0,77 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 12,41 21,03 25,95 Dívida bruta / EV (x) 0,12 0,08 0,10 Enterprise Value = capitalização de mercado + dívida líquida O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS Minerais Ferrosos O vigoroso crescimento da demanda global por minério de ferro e pelotas e a expansão da produção da CVRD, proporcionada pela conclusão de projetos e ganhos de produtividade, tem permitido a obtenção de sucessivos recordes dos volumes de vendas. Assim, a quantidade desses produtos embarcada em 2005, de 255,171 milhões de toneladas, foi a maior da história da Companhia, ultrapassando em 10,4% a verificada no ano anterior. As vendas do, de 67,729 milhões de toneladas, foram recorde trimestral. Em 2005, as vendas de minério de ferro somaram 226,679 milhões de toneladas, enquanto que as de pelotas totalizaram 28,492 milhões de toneladas, volumes superiores em 11,4% e 3,6%, respectivamente, aos alcançados em 2004. A Companhia aumentou em 3,2% relativamente a 2004 as compras de minério de ferro de pequenas mineradoras que operam no Quadrilátero Ferrífero, no estado de Minas Gerais, tendo adquirido 16,430 milhões de toneladas, para complementar sua produção própria e satisfazer à crescente demanda de seus clientes. A CVRD compra em bases regulares pelotas de suas joint ventures de Tubarão para revenda a seus clientes, o que em 2005 atingiu a quantidade de 9,655 milhões contra 9,347 milhões no ano anterior. A China comprou da CVRD, em 2005, 54,157 milhões de toneladas de minério de ferro, 21,2% do volume total de vendas, contra 17,8% em 2004. O Japão absorveu 16

24,814 milhões de toneladas, representando 9,7% das vendas, a Alemanha 24,164 milhões de toneladas, 9,5%, seguida da França com 4,4%, Coréia do Sul com 3,9% e Itália com 3,5%. As vendas para as siderúrgicas e produtores de ferro gusa do Brasil somaram 36,023 milhões de toneladas, 14,1% dos embarques totais. As vendas para as joint ventures de pelotização de Tubarão foram de 21,576 milhões de toneladas, 8,5% do total, as quais após a transformação em pelotas são direcionadas em sua maior parte para outros países. O preço médio realizado na venda de minério de ferro em 2005, de US$ 32,63 por tonelada, foi 66,2% superior ao de 2004. Para as pelotas, o preço médio foi igual a US$ 70,79 por tonelada representando acréscimo de 77,8% sobre 2004. Vale lembrar que, como regra geral, os aumentos de preços são válidos para o ano calendário somente para clientes ocidentais. Para o mercado asiático, a renovação de preços segue o ano fiscal japonês, que compreende o período de doze meses entre abril e março do ano seguinte. Os embarques efetuados no registraram recorde trimestral. Foram vendidas 67,729 milhões de toneladas, sendo 59,190 milhões de toneladas de minério de ferro e 8,579 milhões de pelotas. O volume vendido de pelotas no aumentou 34,4% em relação ao 3T05, quando por questões associadas ao furacão Katrina e a reprogramação de embarques havia sido de apenas 6,381 milhões de toneladas. No, o preço médio de venda de minério de ferro, de US$ 35,08 por tonelada, aumentou em 69,6% relativamente ao 4T04. Em relação a pelotas, o preço médio no atingiu US$ 72,62, 79,0% acima do 4T04. Contrastando com os demais produtos minerais, o mercado para as ligas de ferro manganês apresentou situação de excesso de oferta, tendo em vista a resposta exagerada dos produtores aos estímulos concedidos pelos aumentos de preços, que resultou em crescimento de 18,6% da produção em 2004. Desse modo, 2005 foi caracterizado por redução de preços de ligas, iniciada ainda no último trimestre, e por cortes de produção, implementados desde o 2T05. O minério de manganês, cuja principal utilização é na fabricação de ligas, sofreu com defasagem de cerca de um semestre o efeito negativo dos movimentos de preços. Os embarques de minério de manganês da CVRD somaram 907 mil toneladas em 2005, apresentando diminuição de 9,5% relativamente ao ano anterior. O preço médio de venda de US$ 84,90, foi ainda maior em 11,9% do que realizado em 2004. No último trimestre de 2005, foram vendidas 244 mil toneladas, volume 24,5% inferior ao do mesmo período de 2004, quando ocorreu recorde trimestral de vendas, 323 mil toneladas.no final de 2004, a demanda por manganês se beneficiava da forte expansão da produção de ligas. No, o preço médio de minério de manganês, de US$ 73,77 por tonelada, manteve-se em linha com o do 3T05, tendo, contudo, apresentado variação negativa de 33,8% relativamente ao verificado no 4T04, de US$ 111,46 por tonelada. As vendas de ferro ligas totalizaram 529 mil toneladas, representando redução de 14,1% na comparação com 2004. O preço médio em 2005, de US$ 846,88, foi 11,5% inferior ao de 2004, porém apresentando aumento de 54,6% relativamente ao de 2003. 17

As vendas do, de 119 mil toneladas, tiveram redução de 4,0% vis-à-vis o 4T04. Após três trimestres de preços declinantes, o preço médio de ferro ligas realizado pela CVRD no apresentou recuperação, fechando em US$ 731,09, com aumento de 18,2% em relação ao 3T05. Isto decorreu da melhoria dos preços do mercado, reflexo da redução da produção global - de 7% no 3T05 e 8,2% no e da mudança na composição dos produtos vendidos, com maior participação de ligas de FeMcMn e FeSiMn, cujas cotações são mais elevados do que a liga de FeHcMn. As receitas produzidas pelos minerais ferrosos - minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas em 2005 foram de US$ 10,050 bilhões, com incremento de 72,0% em relação a 2004, quando atingiram US$ 5,844 bilhões. Os aumentos de preços explicaram 81,0% da variação da receita, sendo o restante atribuído à expansão das quantidades embarcadas. A receita com vendas de minério de ferro foi igual a US$ 7,396 bilhões, pelotas US$ 2,017 bilhões, serviços de operação de usinas de pelotização de Tubarão US$ 66 milhões, minério de manganês US$ 77 milhões e ferro ligas US$ 448 milhões. A margem EBIT ajustado foi de 49,7%, apresentando elevação de 740 pb relativamente aos 42,3% de 2004. O EBITDA ajustado totalizou US$ 5,497 bilhões em 2005, sendo 107,9% superior ao de 2004. MINERAIS FERROSOS 4T04 3T05 2004 2005 Margem EBIT ajustado 40,5% 50,7% 48,0% 42,3% 49,7% EBITDA ajustado (US$ milhões) 738 1.541 1.595 2.644 5.497 Alumínio O forte crescimento do consumo chinês de alumina, resultando em importações de 7 milhões de toneladas em 2005, concorreu para ampliar o desequilíbrio entre demanda e oferta global fazendo com que os preços spot se mantivessem em alta. Os preços do alumínio primário, que não têm acompanhado com a mesma intensidade o ciclo de alta dos metais, flutuaram bastante durante o ano, chegando a cair até o nível de US$ 1.700 por tonelada em julho, mas finalmente atingindo o nível mais elevado nos últimos dezesseis anos em dezembro, em torno de US$ 2.300 por tonelada. As vendas de bauxita da CVRD foram de 1,904 milhão de toneladas em 2005, com redução de 8,3% frente a 2004. O preço médio de venda foi de US$ 28,36 por tonelada, com aumento de 11,1% relativamente a 2004. Os embarques do alcançaram 700 mil toneladas, com preço médio de US$ 30,00 por tonelada. O volume vendido de alumina em 2005 foi de 1,828 milhão de toneladas, com aumento de 2,2% ante o de 1,788 milhão de 2004. O preço médio realizado, de US$ 290,48 por tonelada, apresentou acréscimo de 13,4% frente aos US$ 256,15 por tonelada, verificados no ano anterior. Como a maior parte das vendas da CVRD são associadas a contratos de longo prazo, a elevação dos preços no mercado não se reflete integralmente sobre seus preços médios de realização. Todavia, na medida em que novos contratos são 18