Palavras-chave: Projeto Jovens e a História, Ensino de História, Cultura Política, Cultura Histórica, Consciência Histórica.

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4 Análise dos resultados da pesquisa

Transcrição:

O PROJETO JOVENS E A HISTÓRIA - ASPECTOS DE HISTÓRIA E CONSTRUÇÃO POLÍTICA Jadd Ferreira Madureira Prof. Dr. Luis Fernando Cerri (Universidade Estadual de Ponta Grossa) Resumo: O projeto Jovens e a História busca traçar o entendimento de alunos de 15 anos e seus professores sobre o que é a História e demais temas, utilizando questionários baseados na escala Likert. No presente trabalho, cabe analisar os dados coletados nas questões 9 (qual seu interesse pela política), 10 (sobre a trajetória da participação política do respondente - grêmio estudantil, campanhas políticas, etc.) e 37 (o que você pensa da democracia), colhidos em escolas públicas e particulares brasileiras. Essas informações são relacionadas com as demais respostas contidas nas bases de dados. O projeto esta sustentado nos conceitos de consciência histórica, cultura histórica e cultura política, sendo este o que interessa mais diretamente ao presente subprojeto. Portanto, esta pesquisa busca responder a algumas questões: quando os alunos respondem ao questionário, quais referências adquiridas com experiências passadas estariam utilizando? Suas tomadas de decisão refletem esse passado? São movidos por uma tradição? Através do questionário, é proporcionado a esses jovens um momento de reflexão, em que a consciência histórica, a cultura histórica e a cultura política são mobilizados, cabendo ao pesquisador analisar os dados gerados pelos questionários e buscar compreender a relação entre os alunos e a historia e a construção de sua identidade. Entre os resultados, é possível perceber na questão 9 maior interesse na política entre o sexto masculino, enquanto a questão 10 e 37 não variam significativamente por sexo. Palavras-chave: Projeto Jovens e a História, Ensino de História, Cultura Política, Cultura Histórica, Consciência Histórica. Financiamento: PIBIC/CNPq 2144

Introdução Tendo em vista a possibilidade de realização de pesquisas sobre a cultura política em diferentes localidades e culturas, além da possibilidade de comparações, o Projeto Jovens e a História busca compreender a formação política, a cultura histórica e a consciência histórica de alunos de 15 anos e seus professores, assim como a importância do ensino da história, inserido nesse quadro. A amostra é coletada nas redes públicas e privada de ensino, tendo como base de coleta escolas públicas rurais, de periferia, centrais e de excelência, escolas particulares confessionais e laicas. A base de dados utilizada é formada por 2.420 questionários respondidos por alunos brasileiros de 15 e 16 anos. Ao abordar temas como consciência histórica, cultura política e história recente, a pesquisa, cujos instrumentos são baseados na escala Likert, analisa o entendimento desses jovens e seus professores sobre esses assuntos e a predominância de valores formados pela sociedade, escola, convívio familiar e individualmente na compreensão dos temas, assim como a importância das políticas educacionais e sociais envolvidas no ambiente escolar. O projeto está sustentado nos conceitos de consciência histórica (o movimento do pensamento que utiliza o passado como referência no processo de interpretação do presente no momento de uma tomada de decisão - RÜSEN, 2001), cultura histórica (há a perspectiva de articulação entre os processos históricos e os processos de produção, transmissão e recepção do conhecimento histórico FLORES, 2007) e cultura política, sendo este o que interessa mais diretamente ao presente subprojeto. O conceito de cultura política, construído no auge da Guerra Fria, incorporou toda a ideologia de então e se tornou um fruto perfeito de seu tempo: os EUA, buscando orientar a ação política, constituiu um instrumento ideológico de compreensão e intervenção na realidade para justificar e reforçar a ideia de supremacia da nação enquanto modelo a ser seguido e promover e justificar a imposição da democracia como regime político em contraposição ao socialismo soviético. Aqui, entende-se por cultura política, as orientações especificamente políticas, as atitudes em relação ao sistema político, suas divisões e o papel do cidadão na vida pública (CASTRO, 2008). 2145

No presente artigo, cumpre analisar os dados referentes às questões 9 (qual seu interesse pela política), 10 (sobre a trajetória da participação política do respondente - grêmio estudantil, campanhas políticas, ambientais, partidos políticos, associação de moradores, movimentos sociais, etc.) e 37 (o que você pensa da democracia), cujas alternativas selecionadas (f, h e i) apontam, respectivamente, posicionamentos democrático-social, comunista e feminista, e pelo cruzamento de dados intitulado Índice de Adesão à Democracia (IAD). Em sua composição, o IAD apresenta alternativas diversas, colhidas no questionário por apresentarem algum posicionamento que ruma à democracia: 24a. Um ditador cínico e agressor culpado de matança em massa; 24h. O representante mais conhecido do poder totalitário e violento (referentes á imagem de Hitler), 25h. Democracia (Qual a importância na vida do respondente?) e 32d. Quando perguntados os habitantes de Terranova dizem que preferem viver sob nosso controle do que sob o controle de B (Terranova é um país imaginário possuído por A e que foi ocupado por B, para reaver sua posse apresenta alguns argumentos ao país ocupante); 37e. É governar em obediência da lei e da justiça, e em proteção das minorias (O que você pensa da democracia?). As respostas de cada participante a estas questões, somadas, constituem o IAD, que pode variar, portanto, de -10 a 10, caso o respondente tenha respondido, respectivamente, todas as questões com -2 ou 2. A partir desse dado bruto, foi redefinido o índice para um índice de adesão à democracia categórico, em que os resultados foram resumidos em intervalos de 1/5 da escala cada um, com o que chegamos a 5 posições, novamente traduzidas para os números -2 (rejeição à democracia), -1 (baixa adesão), 0 (indiferença), 1 (adesão) e 2 (alta adesão à democracia). Esta pesquisa, busca responder também ao seguinte: quando os alunos respondem ao questionário, estariam ou não utilizando o passado como referencia para suas escolhas? Suas tomadas de decisão refletem esse passado? São movidos por uma tradição? Através do questionário, é proporcionado a esses jovens um momento de reflexão, onde a consciência histórica, a cultura histórica e a cultura política serão ou não mobilizadas. Cabe ao pesquisador analisar os dados gerados pelos questionários e buscar compreender a relação entre os alunos e a historia e a construção de sua identidade. 2146

A metodologia aplicada na pesquisa consiste na coleta de amostras nas redes pública e privada de ensino, tendo como base de coleta escolas públicas rurais, de periferia, centrais e de excelência e escolas particulares confessionais e laicas. A base de dados utilizada é formada por 2.420 questionários respondidos por alunos brasileiros entre 15 e 16 anos. Resultados Analisando as respostas às perguntas apresentadas, observa-se que quando questionados sobre seus interesses pela política, os alunos da escola particular são os que se mostram mais interessados, seguidos pelos da escola pública de excelência, publica de periferia e rural, sendo os alunos da última os mais interessados pelo tema. Com relação à participação política dos entrevistados, os alunos de escolas privadas apresentam a maior média de envolvimento, embora não haja um distanciamento tão grande em relação aos da escola pública, caracterizando uma média relativamente homogênea entre os grupos identificados. Observa-se que entre as escolas publicas, os alunos das rurais declaram se envolver mais que os de periferia na questão política, porém sem grande distanciamento. Quando perguntados sobre seu posicionamento com relação à democracia, observa-se que as respostas apresentadas com relação à inclusão da proteção aos mais pobres e à garantia emprego (concepção democrático-social), as respostas são homogêneas. Entretanto, ao questionar se a democracia é uma falsa aparência que encobre o fato de sempre serem os ricos que vencem na história (concepção inspirada no ideal comunista) os alunos de escolas publicas de excelência e rural tendem a responder com maior concordância com a afirmação que os das escolas privada laica comunitária e da confessional, nos quais revela-se a maior discordância. Já com relação a considerar a democracia como algo não autentico enquanto homens e mulheres não tiverem direitos iguais em todas as situações, os estudantes das escolas publica central e da de periferia são os que relativamente menos concordam com a ideia, embora os dados colhidos pela pesquisa sejam homogêneos. 2147

Gráfico 1 Fonte: dados do projeto Jovens e a História no MERCOSUL, 2013. Gráfico 2 - Fonte: dados do projeto Jovens e a História no MERCOSUL, 2013. Gráfico 3a - resposta à questão 37f X tipo de escola Fonte: dados do projeto Jovens e a História no MERCOSUL, 2013. 2148

Gráfico 3b - resposta à questão 37h X tipo de escola Fonte: dados do projeto Jovens e a História no MERCOSUL, 2013. Gráfico 3c - resposta à questão 37i X tipo de escola Fonte: dados do projeto Jovens e a História no MERCOSUL, 2013. Gráfico 4 (Índice de Adesão à Democracia conforme o índice de Participação política categórico) - Fonte: dados do projeto Jovens e a História no MERCOSUL, 2013. 2149

Considerações finais A partir da análise dos gráficos, é possível concluir que a maior participação vem dos alunos de escolas particulares, embora não apontem um distanciamento tão grande em relação às escolas publicas, mantendo resultados homogêneos, que se matem também na variável IAD. Também é possível observar certa homogeneidade na participação política dos jovens respondentes, ao mesmo tempo em que coexiste uma grande parcela de alunos que nunca participaram de eventos políticos dentro ou fora da escola. Podem-se encarar os dados como um índice de grande adesão dos jovens à democracia, tendo, no geral, uma maior participação em relação a não participação. Referências Bibliográficas CASTRO, H. C. de O. Cultura Política: a Tentativa de Construção de um Conceito Adequado à América Latina. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Vol. 2, N 1, Janeiro-Junho (2008). CERRI, L. F. e AGUIRRE, M. C. Jovens e sujeitos da História. Estudos Ibero- Americanos, PUCRS, v. 37, n. 1, p. 125-140. jan/jun 2011. DUARTE, G. R. e CERRI, L. F. Politização e consciência histórica em jovens brasileiros, argentinos e uruguaios. Diálogos (Maringá Online), v. 16, supl. Espec., p. 229-256, dez/2012. FERREIRA, A. R., PACIEVITCH, C. e CERRI, L. F. Identidade e decisões políticas de jovens brasileiros, argentinos e uruguaios. Cultura Histórica e Patrimônio, v. 1, n. 1, 2012. BAROM, W. C. B., CERRI, L. F. Contribuições de Rüsen em Ensino de História nas pesquisas de pós-graduação. In: Cristiani Bereta da Silva; Ernesta Zamboni. (Org). Ensino de História, Memória e Culturas. 1ed. Curitiba: CRV, 2013, v. 1, p. 245-274. RÜSEN, J. Razão Histórica: Teoria da História fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001. FLORES, É. C. Dos feitos e dos ditos: história e cultura histórica. Saeculum Revista de História, João Pessoa, n. 16, p. 83-102, jan./jun. 2007. 2150