ANTIBIOGRAMA. Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes

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NÚMERO: 004/2013 DATA: 21/02/2013 ATUALIZAÇÃO 08/08/2013 ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS:

Código: PLANO PLANO. Ano 2009 Pg : 2/10. TÍTULO: Plano de Qualidade: MICROBIOLOGIA

Transcrição:

ANTIBIOGRAMA www.profbio.com.br Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes

Antibiograma Prova de sensibilidade aos antibióticos Utilizado para microrganismos cuja sensibilidade às drogas normalmente não seja previsível Realizado em um isolado bacteriano de cultura recente

Teste de sensibilidade - Métodos Kirby-Bauer: Difusão com disco (disco-difusão) Diluição em caldo (macro ou micro) Etest Automação

Métodos de sensibilidade: Difusão Utilização de discos de papel filtro impregnados com concentração padrão de antibiótico Os discos são colocados na superfície do ágar Mueller-Hinton semeado com uma suspensão padronizada da bactéria a ser testada. O método informa se a bactéria é resistente, sensível ou se possui sensibilidade intermediária à determinado antibiótico pela medição do halo de inibição

Métodos de sensibilidade: Difusão

Técnica Teste indireto: realizado com cultura pura de 24 horas de crescimento de bactérias devendo ser feito Gram antes do antibiograma. Teste direto: utilização do material pesquisado (urina, sangue, pus, etc). A desvantagem da utilização direta destes materiais dá-se pela dificuldade de controle da quantidade de inócuo e o isolamento da bactéria.

Técnica Com a alça de semeadura, transferir 3 a 4 colônias (teste indireto) com a mesma morfologia e inocular em 2,0 a 3,0 ml de solução fisiológica estéril, caldo MH ou caldo TSB. Esperar 15 minutos observando a turbidez da solução. Utilizar como referência de turbidez o tubo 0,5 da escala de McFarland

Escala de McFarland Padrão de turvação utilizado para determinar a intensidade de multiplicação bacteriana em meios de culturas líquidos O grau de turvação indica a [ ] das bactérias. O método consiste em uma escala de onze tubos 0,5 a 10 com diferentes quantidades de cloreto de bário e ácido sulfúrico para se obter diferentes concentrações de sulfato de bário.

Tubo 0,5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 n.bact x 10 8 1,5 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

Técnica Com um swab estéril, semear a solução no Agar Mueller-Hinton. Aguardar 5 minutos à temperatura ambiente para que o inócuo seja completamente absorvido pelo ágar. Colocar o disco com o auxílio de uma pinça previamente flambada. Os discos devem ter uma distância de 2,5cm Máximo de 12 discos em placas de 15 cm e 5 discos em placas de 9 cm

Técnica Após 15 minutos da colocação dos discos, as placas são invertidas e incubadas Incubar de 18 a 24 horas à 35 +/- 1º C Medir o diâmetro dos halos. Classificá-los quanto a resistência, sensibilidade intermediária e sensibilidade.

Resultado

Leitura e interpretação Leitura realizada no fundo da placa com auxílio de uma régua

Fatores que influenciam o halo de inibição Composição do meio de cultura: algumas substâncias presente no meio de cultura podem atuar na diminuição do halo de inibição. Timidina ou purinas antagonizam alguns fármacos Por este motivo, utiliza-se a padronização do meio de cultura, utilizando-se para o antibiograma o meio Mueller Hinton.

Fatores que influenciam o halo de inibição Inócuo com mais de um microrganismo Alteração de ph Espessura do meio menos do que 4 mm Ágar com menor profundidade aumenta a difusão e o diâmetro do halo Tempo e temperatura de incubação Armazenamento inadequado dos discos Discos não pressionados no ágar Erro na medição do halo

Fatores que influenciam o halo de inibição Densidade do inócuo: quanto maior o inócuo, menor a sensibilidade e por este motivo é necessária a utilização de uma padronização.

Fatores que influenciam o halo de inibição Difusibilidade do antibiótico: alguns antibióticos tais como vancomicina e colistina não se difundem rapidamente a partir do disco no ágar, por esta razão o diâmetro do halo é extremamente pequeno

Métodos de sensibilidade: Diluição em caldo Verificação quantitativa da atividade do antibiótico para obtenção da concentração inibitória mínima capaz de inibir o crescimento bacteriano. Diluições do antibiótico são incorporadas ao meio de caldo ou ágar, o qual é inoculado com o organismo em teste. A menor concentração que inibe o crescimento na incubação de 12 horas é conhecida como CMI (concentração inibitória mínima)

Métodos de sensibilidade: Diluição em caldo Tubos de caldo ou placas de ágar são preparados com diluições sequenciais com valores expressos em µg/ml. Uma suspensão de bactérias padronizadas são inoculadas e incubadas A leitura é realizada pela turvação do meio que evidencia o crescimento bacteriano

Resultado CIM - dose mínima de antibiótico que, adicionada ao meio de cultura (líquido ou sólido), é capaz de inibir totalmente o crescimento de um inócuo padrão.

ETEST Método de quantificação para obtenção da concentração inibitória mínima (CIM) Realizado através de utilização de uma fita (5 cm) que apresenta concentrações diferentes do antibiótico ao longo da fita. Método que combina os princípios de difusão e diluição

ETEST

ETEST Elipse de diluição CIM

Evitar o uso de mais de 6 fitas em placas de 15 cm e mais de uma fita em placa de 9 cm. ETEST

Automação Walk Away Plus 96 Identifica bactérias Gram-Negativas fermentadoras e não-fermentadoras, Cocos Gram-Positivos e Listeria, Anaeróbicos, Leveduras e microrganismos fastidiosos como Neisseria e Haemophilus. Especifica a Concentração Inibitória Mínima com a utilização de uma ampla variedade de antibióticos

Automação Walk Away Plus 96

Automação Walk Away Plus 96 Utiliza microplacas (painéis) de 96 poços, impregnados com a série bioquímica (cerca de 30 substratos) para a identificação bacteriana Agentes antimicrobianos com suas respectivas diluições para a susceptibilidade antimicrobiana com concentração inibitória mínima. Contém cerca de 20 ou mais antibióticos por painel, dependendo do tipo de painel.

Automação Walk Away Plus 96

Antibióticos Inibição da síntese de parede celular Inibição da síntese de proteínas Inibição da transcrição e replicação Lesão de membrana plasmática

Antibióticos Inibicão da síntese da parede celular: Betalatâmicos: Ligam-se a PLPs (proteínas de ligação da penicilina) e enzimas responsáveis pela síntese de peptideoglicano Penicilina: oxacilina, amoxicilina, meticilina, etc Cabapenens: imiprenem, meropenem, etc Cefalosporina Antibiótico polipeptídico Bacitracina Antibióticos glicopeptídicos Vancomicina

Antibióticos Inibição da síntese protéica: Tetraciclina : Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossoma 30S Macrolídeo: Impede o alongamento do polipeptídeo no ribossoma 50S Eritromicina, azitromicina, claritromicina, etc. Aminoglicosídeo: Liga-se a proteínas ribossomais Estreptomicina

Antibióticos Inibição da síntese de ácidos nucléicos : Quinolona: Liga-se a subunidade alfa da DNAdependente Rifampina : Impede a transcrição da RNApolimerase DNA dependente Metronidazol: Impede a transcrição da RNApolimerase DNA dependente

Resistências bacterianas de importância clínica Klebsiella pneumoniae resistentes à cefoxitina e ceftazidima (cefalosporinas) Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium resistentes à vancomicina; Staphylococcus resistente a - lactâmicos e vancomicina; Streptococcus -hemolíticos resistente à penicilina; Streptococcus viridans - vancomicina; Neisseria gonorrhoeae - resistente à ceftriaxona; Neisseria meningitidis - resistente à penicilina; Enterobactérias - resistentes ao imipenem.

Década de 60 resistência à penicilina produção de beta-lactamases Década de 70 surgiram cepas resistente à meticilina (MRSA) ou à oxacilina (ORSA) S. aureus resistente à todos s beta-lactâmicos; Ocorre uma alteração do sítio de ação dos betalactâmicos Alteração das proteínas ligadoras de penicilinas denominadas PBPs- (importantes na síntese da parede bacteriana) A presença de enzima alterada, denominada PBP2a ou PBP2, leva a baixa afinidade da oxacilina pelo local de ligação na parede celular da bactéria com consequente inatividade. Gene meca

Detecção de beta-lactamase (ESBL)

Detecção de ESBL ESBL: betalactamases de espectro ampliado Podem ser produzidas durante a terapêutica antimicrobiana hidrolisam todos os β-lactâmicos, à exceção dos carbapenems e cefamicina Triagem para E.coli. K. pneumoniae, K.oxytoca e P.mirabilis Os inóculos devem ser padronizados para escala 0,5 de McFarland Discos utilizados: cefotaxima, ceftazidima, ceftriaxona, etc.

Detecção de ESBL Na rotina diária, faz-se necessária a realização das duas etapas: Teste de triagem por disco-difusão, cujo resultado é alcançado através da leitura do diâmetro dos halos de inibição Teste confirmatório baseia-se na inibição da atividade da enzima na presença do ácido clavulânico. Realização de comparação do halo de inibição do β- lactâmico àquele do mesmo antimicrobiano associado ao ácido clavulânico.

Detecção de beta-lactamase (ESBL) Detecção fenotípica de uma amostra de K. pneumoniae produtora de ESBL O resultado positivo com aumento do halo de inibição 5 mm em comparação àquele do β-lactâmico sozinho

Detecção de beta-lactamase (ESBL) Teste de aproximação dos discos:

ceftazidima, cefotaxima ou cefepima associado ao ácido clavulânico ceftazidima, cefotaxima e cefepima Observar que houve uma redução da CIM > 3 diluições para associação de ceftazidima/ácido clavulânico, CIM 0,125 µg/ml.

Detecção de Resistência Resistência de S.aureus a oxacilina/meticilina - MRSA Amostras de Staphylococcus spp. resistentes à oxacilina, são resistentes a todos os β-lactâmicos Realizada com disco de cefoxitina 30µg Amostras de S. aureus e S. lugdunensis com halo de inibição 21 mm para cefoxitina devem ser reportadas como resistentes à oxacilina

Resistência de S.aureus a oxacilina/meticilina Sensibilidade a cefoxitina : 22 mm Resistência a cefoxitina: 21 mm

Meio cromogênico destinado ao isolamento e diferenciação de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA).

KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) As enzimas KPC são inibidas por ácido clavulânico e tazobactam e, possuem a habilidade de hidrolisar uma grande variedade de ß-lactâmicos como cefalosporinas, penicilinas, aztreonam e inclusive, os carbapenêmicos.

KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) Encontrada pela primeira vez em K. pneumoniae Atualmente já foram descritos casos de resistência pela presença de KPC em Salmonella enterica, K. oxytoca e Enterobacter spp, entre outros. Apresenta alto potencial de disseminação devido à sua localização em plasmídio

Teste de sensibilidade a carbapenêmicos em Enterobacteriaceae

Teste de sensibilidade a carbapenêmicos em Enterobacteriaceae

Para as amostras nas quais o teste de triagem for positivo para produção de KPC, pode ser realizado o Teste de Hodge. Modificado como teste confirmatório fenotípico imipenem ou ertapenem de 10 µg Presença de distorção do halo de inibição, indicativa da produção de carbapenemase pela amostra de K. pneumoniae testada, pelo método de discodifusão.

Halo de inibição de E.coli Alteração do halo de inibição por K. Pneumoniae

FIM