Emissão da IFRS 17 pelo IASB

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Transcrição:

Alerta sobre Contabilidade de Seguros Outubro de 2017 Emissão da IFRS 17 pelo IASB A nova norma para contratos de seguros

O que você precisa saber O IASB emitiu a IFRS 17, uma nova norma contábil abrangente para contratos de seguros contemplando o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação. O modelo IFRS 17 combina uma mensuração atual do balanço patrimonial dos passivos de contratos de seguro com o reconhecimento do lucro durante o período em que os serviços são prestados. Determinadas mudanças nas estimativas dos fluxos de caixa futuros e do risco de ajuste também são reconhecidas durante o período em que os serviços são prestados. As entidades terão a opção de apresentar o efeito das mudanças nas taxas de desconto seja no resultado ou em outros resultados abrangentes (ORA). A norma inclui orientação específica sobre mensuração e apresentação para contratos de seguro com características de participação. A IFRS 17 entra em vigor para os períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2021, sendo permitida a aplicação antecipada. 2

Contexto Após uma jornada bem longa, o International Accounting Standards Board (IASB) emitiu a IFRS 17 - Contratos de Seguro (IFRS 17). A IFRS 17 entra em vigor obrigatoriamente para os períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2021. Uma vez em vigor, a IFRS 17 substitui a IFRS 4 Contratos de Seguro, emitida em 2005. O objetivo geral da IFRS 17 é fornecer um modelo de contabilidade mais útil e consistente para contratos de seguro entre entidades que emitem contratos de seguros globalmente. Em resposta aos comentários recebidos no Exposure Draft (projetos de normas propostos para discussão) revisado de 2013 (ED de 2013), o IASB revisou vários aspectos do modelo proposto. As reconsiderações resultaram em mudanças em várias áreas do modelo mas o objetivo geral de mensurar os contratos de seguro em uma base atual foram mantidos. O IASB concluiu que as mudanças feitas em resposta ao feedback recebido sobre o ED de 2013 não incluiu quaisquer mudanças fundamentais que os participantes da discussão não tivessem tido a oportunidade de comentar durante o desenvolvimento da norma. O IASB também observou que consultas aprofundadas foram realizadas ao longo do projeto. Portanto, o IASB concluiu que poderia emitir a norma final sem a necessidade de re-emissão. Esta publicação fornece um resumo das principais características da norma final e destaca as principais mudanças em relação ao ED de 2013. Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 3

Visão Geral do Modelo Em contraste com os requisitos da IFRS 4, os quais são amplamente baseados em políticas contábeis locais vigentes em períodos anteriores, a IFRS 17 fornece um modelo abrangente para contratos de seguro, contemplando todos os aspectos contábeis relevantes. O núcleo da IFRS 17 é o Modelo Geral (de fundamentos), complementado por: Uma adaptação específica para contratos com características de participação direta (Abordagem de Taxa Variável - ATV) Uma abordagem simplificada (Abordagem de Alocação de Prêmio) principalmente para contratos de curta duração Esses itens encontram-se ilustrados no Anexo 1. As principais características do novo modelo contábil para contratos de seguro são: Mensuração do valor presente dos fluxos de caixa futuros, incorporando um ajuste de risco explícito, reavaliado em cada data base (os fluxos de caixa de realização) Uma Margem de Serviço Contratual (MSC) que é igual e oposta a qualquer ganho de primeiro dia nos fluxos de caixa de realização de um grupo de contratos, representando a rentabilidade não auferida do contrato de seguro a ser reconhecida no resultado do período em que o serviço é prestado (isto é, o período de cobertura) Certas mudanças no valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros são ajustadas contra a MSC e, assim, reconhecidas no resultado do período remanescente do contrato de serviço O efeito das mudanças nas taxas de desconto será reportado no resultado ou em outros resultados abrangentes (ORA) determinado por uma escolha de política contábil Uma apresentação de receita de seguro e despesas de serviços de seguros na demonstração de resultado abrangente com base no conceito de serviços prestados durante o período Valores que o segurado sempre receberá, independente de um evento segurado ocorrer (componentes de investimento não distintos) não são apresentados na demonstração do resultado, mas sim reconhecidos diretamente no balanço patrimonial Os resultados dos serviços de seguro (receita auferida menos sinistros ocorridos) são apresentados separadamente das receitas ou despesas financeiras de seguro Divulgações abrangentes para fornecer informações sobre os montantes reconhecidos de contratos de seguro e a natureza e a extensão dos riscos decorrentes desses contratos Os principais aspectos do modelo estão detalhados a seguir: Anexo 1: Visão geral do modelo IFRS 17 Definição e escopo Modelo Geral (abordagem de elementos fundamentais) MSC Risco de ajuste Taxa de desconto Valor esperado de fluxo de caixas futuros Abordagem de taxa variável Apresentação/ Segregação Resseguro detido Divulgação Segregação de componentes Abordagem de Alocação de Prêmio Passivo de cobertura remanescente Risco de ajuste Desconto Fluxo de caixa e passivos de sinistros Transição 4

Escopo A IFRS 17 é aplicável a todos os tipos de contratos de seguro (por exemplo, vida, ramos elementares, seguro direto e resseguros), independente da natureza das entidades que os emitem, bem como de certas garantias e instrumentos financeiros com características de participação discricionária. Serão aplicadas algumas exceções de escopo. Segregação de componentes O termo desagregação não é mais utilizado. Em vez disso, a nova norma refere-se a segregar componentes de um contrato de seguro. Ela exige que as entidades separem os seguintes componentes de contratos de seguro: (I) derivativos embutidos, caso atendam a determinados critérios especificados; (II) componentes de investimento distintos; e (III) obrigações de desempenho distintas para fornecer bens e serviços não vinculados a seguros. Nível de agregação A norma define o nível de agregação a ser utilizado para mensurar os passivos do contrato de seguro e a rentabilidade relacionada. Ao decidir como os contratos devem ser agrupados para determinar a MSC no início, o nível de agregação deve ser determinado da seguinte forma: O ponto de partida seria uma carteira de contratos. Uma carteira compreende contratos que estão sujeitos a riscos similares e são administrados em conjunto. Anexo 2: Exemplo de agrupamento do contrato Portfólio A Portfólio B... Os contratos dentro de uma linha de produto deveriam ter riscos semelhantes e, portanto, estariam na mesma carteira se forem administrados conjuntamente. Contratos em diferentes linhas de produto (por exemplo, produtos de renda fixa com pagamento de prêmio único em oposição ao seguro de vida de prazo regular) não deveriam ter riscos semelhantes e estariam em carteiras diferentes. A entidade deve dividir uma carteira em, no mínimo, nos três seguintes recipientes referidos como grupos: Contrato que é oneroso no início (isto é, no reconhecimento inicial) Contratos que não têm possibilidade significativa de se tornarem onerosos posteriormente Todos os demais contratos na carteira. Uma entidade não pode agrupar contratos emitidos com mais de um ano de diferença. Se uma entidade tiver informações razoáveis e sustentáveis para concluir que todos os contratos em conjunto estarão no mesmo grupo, ela poderá realizar a classificação com base em uma mensuração desse conjunto de contratos ( do maior ao menor ). Caso a empresa não possua informações razoáveis e sustentáveis, ela deve determinar o grupo ao qual os contratos pertencem ao avaliar os contratos de forma individual ( do menor ao maior ). Uma entidade pode subdividir os grupos acima em outros grupos com base em informações de seus relatórios internos, se essas informações atenderem a determinados critérios. Esses requisitos de agregação para a MSC representam uma mudança significativa na nova norma em comparação com a proposta no ED de 2013. O ED de 2013 incluiu apenas uma definição de carteira que se referia a riscos similares com preços similares e não forneceu outros requisitos específicos sobre o nível de agregação para a MSC. 2021 2022 Portfólio A Portfólio B... 2023 Portfólio A Portfólio B... Nenhuma possibilidade significativa de se tornar oneroso Outro início lucrativo Nenhuma possibilidade significativa de se tornar oneroso Outro início lucrativo Nenhuma possibilidade significativa de se tornar oneroso Outro início lucrativo As entidades devem considerar se os fluxos de caixa de contratos de seguro em um grupo afetam os fluxos de caixa para os segurados de contratos em outro grupo. Na prática, esse efeito é denominado mutualização. Os contratos são mutualizados se resultarem em segurados subordinando seus sinistros ou fluxos de caixa aos de outros segurados, reduzindo assim a exposição direta da entidade a um risco coletivo. A norma inclui orientação sobre como levar em conta os efeitos correspondentes ao determinar os fluxos de caixa futuros para os grupos afetados. Em contrapartida, o ED de 2013 não incluiu nenhuma orientação específica sobre a mutualização. Oneroso no início Oneroso no início Oneroso no início Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 5

Modelo Geral O Modelo Geral se aplica a todos os contratos que não tenham características de participação direta e que não sejam contabilizados de acordo com a Abordagem de Alocação de Prêmio (AAP). O Modelo Geral é baseado nos seguintes elementos fundamentais : Estimativas de fluxos de caixa futuros Ajuste ao valor temporal do dinheiro (ou seja, aplicação de desconto) e os riscos financeiros relacionados aos fluxos de caixa futuros Ajuste de risco para riscos não financeiros CSM Os fluxos de caixa futuros esperados incluídos na mensuração do passivo de seguro devem ser explícitos e refletir de forma neutra o alcance dos possíveis resultados, com base nas condições na data da mensuração. A taxa de desconto será atualizada no final de cada data base, com base no princípio de que a taxa deve refletir as características do passivo. Como a taxa de desconto terá que incorporar o valor temporal do dinheiro para os fluxos de caixa futuros de prazos mais longos, normalmente se espera que ela seja uma curva de taxa em vez de uma taxa. O ajuste de risco incorpora um ajuste de mensuração aos fluxos de caixa esperados com base na remuneração que a entidade exigiria para arcar com a incerteza sobre o montante e a época dos fluxos de caixa decorrentes de riscos não financeiros, conforme ela cumpre o contrato de seguro. Esses três primeiros elementos fundamentais são denominados coletivamente como os fluxos de caixa de realização do passivo de seguro. Além dos fluxos de caixa de realização, o passivo de seguro inclui a MSC; Ela representa o lucro não realizado para um grupo de contratos de seguro. A entidade reconhecerá a MSC, pois ela presta serviços sob o grupo de contratos ao longo do tempo. No início, a MSC será igual e oposta aos fluxos de caixa de realização, mais quaisquer fluxos de caixa antes da cobertura (por exemplo, custos de aquisição), desde que um grupo de contratos não seja oneroso. A MSC não pode ser negativa no início; qualquer valor negativo líquido dos fluxos de caixa de realização no início será registrado imediatamente no resultado. Os juros serão acumulados sobre a MSC ao longo do tempo, com base na taxa de desconto utilizada no início para determinar o valor presente dos fluxos de caixa estimados. A MSC será lançada no resultado com base em unidades de cobertura, refletindo a quantidade dos benefícios fornecidos e a duração esperada da cobertura dos demais contratos no grupo. A MSC é ajustada posteriormente para determinadas mudanças nas estimativas de fluxos de caixa futuros e ajuste de risco. O ajuste é denominado como desbloqueio (veja abaixo). Todas as premissas de fluxo de caixa de realização serão atualizadas sem toda data base. As mudanças nos fluxos de caixa de realização que se relacionam com serviços futuros serão adicionadas ou deduzidas da MSC restante (ou seja, desbloqueio da MSC). Exemplos desses efeitos são mudanças nas premissas que causam uma alteração na estimativa dos fluxos de caixa futuros do passivo da cobertura restante. As alterações relativas aos serviços passados e atuais (por exemplo, as diferenças entre os sinistros reais e esperados ocorridos no período atual e as mudanças nas estimativas dos fluxos de caixa de realização do passivo de sinistros ocorridos em períodos anteriores) devem ser reconhecidas no resultado como parte das despesas do serviço de seguro para o período. A MSC não 6

pode se tornar negativa posteriormente. Se a MSC se tornou nula, quaisquer outras mudanças desfavoráveis nas estimativas do valor presente dos fluxos de caixa futuros são reconhecidas no resultado. O ED de 2013 não incluiu orientações específicas sobre o tratamento de ajustes de experiência. No entanto, a norma final é mais específica sobre como uma entidade deve determinar e contabilizar os efeitos de experiência. As premissas da taxa de desconto para os fluxos de caixa de realização também devem ser atualizadas a cada data base. As entidades poderão escolher se o efeito das alterações nas taxas de desconto (e quaisquer outras alterações nas premissas relacionadas ao risco financeiro) são reconhecidos no resultado ou em ORA, com base em uma escolha de política contábil aplicada às carteiras dos contratos, considerando para cada carteira os ativos detidos e como ela contabiliza esses ativos. Se uma entidade optar por reportar as alterações nas taxas de desconto em ORA, a despesa de juros acumulada sobre o passivo de seguro no resultado será à taxa de desconto inicial durante todo o período do contrato. O ED de 2013 não possui qualquer opção e exigiu que o efeito da alteração na taxa de desconto seja reportado em ORA. De acordo com o Modelo Geral, os requisitos específicos para a apresentação de receitas ou despesas financeiras de seguro são aplicáveis aos contratos de participação direta (ou seja, contratos de participação que não estão no âmbito da Abordagem de Taxa Variável descrita abaixo). O Anexo 3 a seguir resume como tratar alterações subsequentes nas estimativas: Anexo 3: Visão geral das mudanças subsequentes nas estimativas Mudanças nas estimativas relacionadas aos serviços futuros Margem de Serviço Contratual (MSC) Liberação da MSC Mudanças nos fluxos de caixa relacionadas aos serviços passados e atuais Resultado: Resultado de serviço de seguro Fluxos de caixa futuros Liberação de ajuste de risco (RA) relacionada a serviço passado e atuais Resultado: Despesa financeira de seguro Liberação da MSC Desconto Despesa financeira de seguro à taxa de desconto de bloqueia Efeito das mudanças nas taxas de desconto Outros resultados abrangentes Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 7

Abordagem de Taxa Variável (ATV) A ATV é uma adaptação da abordagem dos elementos fundamentais aplicada no Modelo Geral, especificamente projetada para contabilizar contratos com características de participação direta (também denominados contratos de participação direta ). Um contrato tem característica de participação direta se ele atende aos três seguintes requisitos: Os termos contratuais especificam que o segurado participa de uma parcela de um conjunto claramente identificado de itens subjacentes (por exemplo, ativos financeiros ou um conjunto de contratos) A entidade espera pagar ao segurado um valor igual a uma parcela substancial do retorno do valor justo dos itens subjacentes E A entidade espera que uma parte substancial de qualquer alteração nos valores a serem pagos ao segurado varie de acordo com a mudança no valor justo dos itens subjacentes Essa avaliação, com relação ao contrato cumprir ou não esses critérios, é feita apenas uma vez no início do contrato início do contrato. A justificativa do IASB para incluir essa abordagem é que a MSC, segundo a abordagem geral, não refletiu adequadamente a economia que cria um contrato de participação direta. Especificamente a diferença entre o valor justo dos itens subjacentes e o valor que a entidade é obrigada a pagar ao segurado é vista como a contraprestação pela administração dos itens subjacentes. A contraprestação é denominada como taxa variável. No início, essa taxa compreende a parcela esperada da entidade do valor justo dos itens subjacentes, aos quais os contratos de participação têm direito, menos os fluxos de caixa esperados que não variam com base nos itens subjacentes (por exemplo, benefícios fixos por morte e garantias de rendimento mínimo). Sendo assim, essa taxa variável representa a MSC segundo a ATV. A MSC no âmbito da ATV será atualizada posteriormente para: Alterações na parcela da entidade no valor justo dos itens subjacentes Mudanças nos fluxos de caixa de realização que não variam com base nos itens subjacentes relativos a serviços futuros, decorrentes de: Anexo 4: Aplicação de modelos de mensuração e diferenças Continuum de contratos de seguro Tipo de contrato Sem participação Participação indireta Participação indireta Participação direta Mensuração Modelo Geral Modelo de taxa variável Mensuração subsequente - Variáveis Fin. Resultado ou ORA de acordo com o Modelo Geral MSC, no caso de resultado de risco mitigado Acréscimo de juros sobre a MSC Taxa de bloqueio Taxa incluída na mensuração do balanço patrimonial 8

Desconto e riscos financeiros (por exemplo, garantias de juros mínimos), a menos que a entidade atenda determinados critérios de mitigação de risco e decida, a fim de refletir a compensação econômica dessa mitigação de risco, reportar os efeitos das mudanças devido aos riscos financeiros relacionados no resultado Riscos não financeiros Se a entidade realmente detém os itens subjacentes, ela terá que fazer uma escolha de política contábil entre: Desagregar a receita ou despesa financeira de seguro (ou seja, acréscimo de retornos de investimento tanto para os fluxos de caixa de realização como para a MSC), incluindo no resultado do período um valor que elimine descasamentos contábeis com receitas ou despesas incluídas no resultado sobre os itens subjacente mantidos. Às vezes esse processo é denominado abordagem de rendimento contábil do período atual OU Incluir todas as receitas ou despesas financeiras de seguro no resultado do período Se a entidade não detém os itens subjacentes, ela determina as receitas e despesas financeiras de seguro da mesma forma que os contratos que estão dentro do escopo do Modelo Geral. O Anexo 4 a seguir ilustra a aplicação de modelos dentro do continuum de contratos de seguro e resume as diferenças de mensuração entre o Modelo Geral e a ATV. A contabilização de contratos de participação no ED de 2013 incluiu uma proposta que exigiria que as entidades separassem os fluxos de caixa para fins de mensuração. Portanto, a ATV representa uma mudança importante em relação ao ED de 2013, pois reflete um modelo que é projetado especificamente para lidar com os contratos de participação direta em sua totalidade em vez de dividi-los em componentes. Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 9

Abordagem de Alocação de Prêmio (AAP) Uma abordagem simplificada com base em alocação de prêmio pode ser aplicada ao passivo ou à cobertura restante se um grupo de contratos cumprir os seguintes critérios de elegibilidade: O período de cobertura, conforme determinado pela definição do limite do contrato na IFRS17, é de um ano ou menos OU O uso da AAP ocasionaria uma mensuração do passivo da cobertura remanescente que não seria substancialmente diferente (ou seja, seria uma aproximação razoável) do resultado que decorreria da aplicação da mensuração dos elementos fundamentais no Modelo Geral. A norma descreve exemplos de circunstâncias nas quais a AAP não seria uma aproximação razoável do Modelo Geral. Para os contratos contabilizados de acordo com a AAP, os critérios para determinar o nível de agregação foram adaptados para refletir sua natureza simplificada: uma entidade deve presumir que nenhum contrato em uma carteira é oneroso no início, a menos que haja fatos e circunstâncias que indiquem o contrário. A entidade deve identificar contratos com possibilidade significativa de se tornar oneroso após o início, com base na probabilidade de mudanças subsequentes nos fatos e circunstâncias. Além do passivo da cobertura remanescente, uma entidade precisa estabelecer um passivo de sinistros ocorridos. O passivo dos sinistros ocorridos se baseia nos fluxos de caixa de realização (valor do desconto esperado dos pagamentos de sinistros, inclusive ajuste de risco). O conceito geral de contabilidade, segundo a AAP mais o passivo de sinistros ocorridos, seria bastante semelhante aos modelos contábeis atuais para contratos de ramos elementares (frequentemente com base em prêmios não ganhos e sinistros ocorridos), embora alguns aspectos, como o desconto de sinistros e ajuste explícito de risco, resultarão em mudanças em relação à contabilização dos contratos atuais de ramos elementares. O Anexo 5 resume os principais elementos da AAP. Anexo 5: Visão geral da AAP Passivo da cobertura restante Passivo de sinistros ocorridos Prêmios recebidos (mais qualquer passivo contratual oneroso adicional) Custos de aquisição diretamente atribuíveis Passivo de cobertura restante Ajuste de risco Valor presente de fluxos de caixa futuros 10

Resseguro detido A norma exige que o cedente mensure o contrato de resseguro detido de acordo com os fluxos de caixa de realização, ajustado pelo risco de não execução pelo ressegurador e uma MSC. O cedente deve estimar o valor presente dos fluxos de caixa futuros para o contrato de resseguro da mesma forma que a parte correspondente do valor presente dos fluxos de caixa futuros do contrato de seguro subjacente. O cedente determina o ajuste de risco para risco não financeiro de forma que represente o valor do risco que é transferido por meio dos contratos de resseguro detidos. Em contrapartida ao modelo de contratos diretos subjacentes, A MSC inicial também pode ser negativa. No entanto, se um contrato de resseguro reembolsa um cedente por passivos incorridos como resultado de eventos passados (ou seja, resseguro retroativo), uma margem de serviço contratual negativa (ou seja, o custo de compra de seguro ao qual o IASB se refere como perda) seria reconhecida imediatamente no resultado. Além disso, em uma alteração proveniente das propostas na ED de 2013, requisitos específicos são aplicáveis na mensuração subsequente de contratos de resseguro detidos: quaisquer alterações nas estimativas dos fluxos de caixa de realização relativas a serviços futuros (ou seja, cobertura recebida) devem ser reconhecidas imediatamente no resultado se essas alterações forem alocadas para alterações de mensuração do contrato de seguro direto subjacente que são reconhecidas no resultado. Apresentação e divulgação A demonstração do resultado abrangente será baseada na apresentação da receita de seguro (com base no conceito de prêmios ganhos) e despesas de serviço de seguro (com base no conceito de sinistros ocorridos) para todos os tipos de contratos. Essas receitas e despesas excluem qualquer componente de investimento não distinto. Um componente de investimento é definido como os montantes que um contrato de seguro exige que a entidade pague ao segurado, mesmo que não ocorra um evento segurado, por exemplo, valores a pagar no vencimento ou resgate de um contrato de seguro. A receita do contrato de seguro será reportada na demonstração do resultado abrangente como contraprestação da entidade pela prestação de serviços cobertos pelos contratos no período. As entidades deverão apresentar os resultados do serviço de seguro (ou seja, o valor líquido da receita de seguro e das despesas de serviços de seguro) separadamente das receitas ou despesas financeiras de seguro. A IFRS 17 contém requisitos abrangentes de divulgação para fornecer informações sobre os valores reconhecidos dos contratos de seguro e a natureza e extensão dos riscos decorrentes desses contratos. Esses requisitos incluem, por exemplo, reconciliações do saldo de abertura até o saldo de fechamento dos valores contábeis agregados dos contratos de seguro. As reconciliações procuram mostrar a ligação entre as mudanças no balanço patrimonial e os valores reconhecidos na demonstração do resultado abrangente e devem ser fornecidas de acordo com: Tipo de passivo: a cobertura restante do passivo (ou do ativo) líquido, quaisquer componentes de perda adicional e o passivo de sinistros ocorridos Elementos fundamentais: O valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros, o ajuste de risco e a MSC. Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 11

Vigência e Transição A IFRS 17 deve ser aplicada pela primeira vez para os períodos anuais iniciados em 1º de janeiro de 2021, sendo necessários valores comparativos, sendo permitida a aplicação antecipada desde que a entidade também aplique a IFRS 9 - Instrumentos Financeiros e a IFRS 15 - Receitas de Contratos com Clientes na mesma data ou antes de aplicar a IFRS 17. O IASB optou por uma abordagem retrospectiva para estimar a MSC na data de transição (ou seja, o início do data base imediatamente anterior à data da aplicação inicial). No entanto, se a aplicação retrospectiva completa, conforme definido pelas Políticas Contábeis da IAS 8 - Mudanças nas Estimativas Contábeis e Erros para um grupo de contratos de seguro for impraticável, a entidade deve escolher uma das duas alternativas a seguir: Abordagem retrospectiva modificada: com base em informações razoáveis e sustentáveis disponíveis sem custos e esforços indevidos para a entidade, certas modificações são aplicadas na medida em que não seja possível a aplicação retrospectiva completa, mas ainda com o objetivo de alcançar o resultado mais próximo possível da aplicação retrospectiva Abordagem de valor justo: a MSC é determinada como a diferença positiva entre o valor justo determinado de acordo com a IFRS 13 e os fluxos de caixa de realização (qualquer diferença negativa seria reconhecida nos lucros acumulados na data de transição) Tanto a abordagem retrospectiva modificada como a abordagem de valor justo apresentam modificações para determinar o agrupamento de contratos. Se a entidade não puder obter informações razoáveis e sustentáveis necessárias para aplicar a abordagem retrospectiva modificada, ela deve aplicar a abordagem de valor justo. O Anexo 6 resume o uso das abordagens de transição. O IASB pretende equilibrar a complexidade, a comparabilidade e a utilidade para estimar a MSC no momento da transição para a nova norma, quando houver limitações para uma aplicação retrospectiva completa. Sendo assim, a determinação da MSC na transição será fundamental para a rentabilidade dos contratos de seguros reportados nos anos após a transição. Os requisitos de transição no ED de 2013 já contemplavam certas simplificações, mas a alternativa de transição com base no valor justo na IFRS 17 é nova em comparação com o ED de 2013. Muitas entidades que atendem aos critérios de elegibilidade para a isenção temporária da IFRS 9 deverão optar por adiá-la até que a IFRS 17 entre em vigor. No entanto, se uma entidade já aplicou a IFRS 9 antes da data efetiva da IFRS 17, as disposições transitórias da IFRS 17 permitem que a entidade: Faça designações e retiradas de designações de ativos financeiros sob a opção de justo valor condicional e a opção de apresentação de ORA para investimentos em instrumentos patrimoniais de acordo com a IFRS 9 Reavalie o modelo de negócio para classificação e mensuração dos ativos financeiros não detidos em relação a uma atividade não relacionada com contratos no âmbito da IFRS 17 Uma entidade que adota a IFRS 9 ao mesmo tempo em que adota a IFRS 17 poderá aplicar as disposições transitórias da IFRS 9, que incluem certas designações e retiradas de designações de ativos financeiros. Anexo 6: Visão geral dos métodos de transição DECIDE O MÉTODO DE TRANSIÇÃO POR GRUPO DE CONTRATOS Abordagem retrospectiva completa (aplicar a IAS 8) Caso seja impraticável Abordagem retrospectiva modificada OU Abordagem de valor justo Modificações disponíveis se necessário tendo em conta informações razoáveis e sustentáveis Maximize o uso das informações necessárias para uma abordagem retrospectiva completa 12

Nossa Visão A IFRS 17 juntamente com a IFRS 9 resultarão em uma profunda alteração na contabilização das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS das empresas de seguro. Haverá um impacto significativo nos dados, sistemas e processos utilizados na preparação de relatórios financeiros, bem como sobre as pessoas que o preparam. O novo modelo exige que os passivos de contratos de seguro sejam reportados no balanço patrimonial, utilizando as premissas atuais em cada data base. No entanto, a conta de resultado refletirá o resultado da prestação de serviços de seguro na data base. Assim, o modelo combina uma mensuração atual do balanço patrimonial com a divulgação do desempenho da entidade no resultado ao longo do tempo. O novo modelo provavelmente terá um impacto significativo no lucro e no patrimônio total de algumas companhias e grupos de seguro. As mudanças nos principais indicadores de desempenho são prováveis e pode haver um aumento na volatilidade no patrimônio e rendimentos reportados em comparação com os modelos contábeis atuais. A data efetiva de 1º de janeiro de 2021 fornecerá às entidades um período de implementação de cerca de três anos e meio. Embora o IASB tenha observado em uma reunião anterior que esse período de implementação é bem longo em comparação com outras normas, a complexidade da IFRS 17 é tamanha que as empresas não podem esperar e precisarão começar a se preparar para a implementação agora. Estudos de avaliação de impacto serão necessários para planejar as etapas de implementação, identificar a extensão do esforço necessário para alcançar a conformidade, bem como para entender e explicar os impactos financeiros. Em particular, espera-se que a exigência de reapresentar o balanço de abertura como se a norma sempre tivesse sido aplicada aos negócios existentes na data de implementação exija um esforço significativo. E agora? O IASB reconhece a necessidade de suporte contínuo durante o período de implementação dessa nova norma. O objetivo desse suporte é incentivar a compreensão dos princípios da IFRS 17 e a interpretação apropriada desses princípios. O IASB planeja fornecer suporte de implementação por meio de materiais e interações com os constituintes. Como parte desse processo, o IASB pretende estabelecer um Grupo de Recursos de Transição (Transition Resource Group - TRG) para a IFRS 17 que será encarregado de analisar as questões relacionadas à implementação da IFRS 17. O TRG não emitirá orientações oficiais ou tomará decisões formais. De acordo com a emissão da norma, o IASB anunciou a intenção de estabelecer um TRG nos próximos meses e publicou mais informações sobre o papel do TRG. Atente-se às outras informações da EY sobre a IFRS 17 que serão publicadas nos próximos meses. Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 13

Experiência global A EY auxilia seguradoras com a implementação de IFRS, provendo um conjunto de soluções integradas de melhoria contábil e de reporte, de risco, atuariais, financeiros, regulatórios de tecnologia da informação. Os times são formados por profissionais com experiência sólida na indústria de seguros no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Como a EY pode ajudar? Análise da situação atual face aos requerimentos da IFRS 17 Plano detalhado de implementação e estimativa de investimento Análise de impactos e Desenvolvimento de modelagem atuarial e contábil e integração no processo de decisão da companhia Desenho das soluções funcionais e técnicas de apoio à implementação sistêmica Acompanhamento da estruturação da governança, procedimentos, controles, metodologias e pessoas Apoio à implementação sistêmica Gestão da mudança e Treinamento 14

Contatos Brasil Nuno Vieira Sócio líder de Seguros Eduardo Perdigão Sócio de Assessoria Contábil Eduardo Wellichen Sócio Auditoria de Seguros Patricia Paz Sócio Auditoria de Seguros Ricardo Pacheco Sócio de Assessoria Atuarial Marcos Santos Sócio de Tecnologia Rui Cabral Gerente Senior Paula Colodete Gerente Senior Stefano Santos Gerente Senior Fernando Gouveia Gerente +55 11 2573 3098 nuno.vieira@br.ey.com +55 11 2573 3560 eduardo.perdigao@br.ey.com +55 11 2573 3293 eduardo.wellichen@br.ey.com +55 11 2573 3120 patricia.paz@br.ey.com +55 11 2573 3579 ricardo.pacheco@br.ey.com +55 21 32637133 marcos.santos@br.ey.com +55 11 2573 4926 rui.cabral@br.ey.com +55 11 2573 6678 paula.colodete@br.ey.com +55 11 2573 5223 stefano.santos@br.ey.com +55 11 25736885 fernando.gouveia@br.ey.com Alerta sobre Contabilidade de Seguro Maio de 2017 15

EY Auditoria Consultoria Impostos Transações Corporativas Sobre a EY A EY é líder global em serviços de Auditoria, Consultoria, Impostos e Transações Corporativas. Nossos insights e os serviços de qualidade que prestamos ajudam a criar confiança nos mercados de capitais e nas economias ao redor do mundo. Desenvolvemos líderes excepcionais que trabalham em equipe para cumprir nossos compromissos perante todas as partes interessadas. Com isso, desempenhamos papel fundamental na construção de um mundo de negócios melhor para nossas pessoas, nossos clientes e nossas comunidades. No Brasil, a EY é a mais completa empresa de Auditoria, Consultoria, Impostos e Transações Corporativas, com 5.000 profissionais que dão suporte e atendimento a mais de 3.400 clientes de pequeno, médio e grande portes. EY refere-se à organização global e pode referir-se também a uma ou mais firmas-membro da Ernst & Young Global Limited (EYG), cada uma das quais é uma entidade legal independente. A Ernst & Young Global Limited, companhia privada constituída no Reino Unido e limitada por garantia, não presta serviços a clientes. 2017 EYGM Limited. Todos os direitos reservados. Esta é uma publicação do Departamento de Marca, Marketing e Comunicação. A reprodução deste conteúdo, na totalidade ou em parte, é permitida desde que citada a fonte. ey.com.br facebook EYBrasil twitter EY_Brasil linkedin ernstandyoung app ey.com.br/eyinsights