Refrescar a cuca na Matemática

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Transcrição:

Refrescar a cuca na Matemática Início de conversa Trabalhar com jogos na sala de aula tem se revelado um importante recurso, que, aliado ao processo de ensinoaprendizagem, permite desencadear habilidades como: reconhecer diferentes estratégias, antecipar resultados, construir esquemas, adequar táticas anteriores, analisar, refutar e validar ações, entre outras. Essas habilidades são essenciais para desenvolver conceitos em qualquer área do conhecimento. Aluno e professor: parceiros no jogo de ensinar e aprender Quando nos referimos à sala de aula, não poderíamos deixar de citar os dois sujeitos da relação: aluno e professor. Os objetivos podem ser diferentes para cada protagonista, porém o ponto de chegada será o mesmo, a aprendizagem. Ao docente, a situação de jogo permite verificar quais estratégias são aplicadas quando surgem situaçõesproblema que obrigam os estudantes a encontrar uma solução. Verificar o raciocínio utilizado, a interação entre os jogadores, o recurso aos conceitos já trabalhados, os registros produzidos são importantes observações sobre a aprendizagem dos alunos. Analisar essas observações pode auxiliar o docente a planejar intervenções que vão ao encontro das necessidades dos discentes, tendo em vista o objeto que busca ensinar. Ao aluno, jogar dá a oportunidade de resolver problemas da sua maneira, investigar e descobrir as melhores jogadas, refletir e analisar as regras, estabelecer relações entre os elementos do jogo e os conceitos abordados. O jogo em ação: habilidades, estratégias e avaliação das aprendizagens Então, o que isso significa? Significa que os alunos se deparam com situações que os levam a tomar decisões rápidas, mas que precisam de planejamento para garantir que continuem jogando. Após escolher e executar a estratégia, os estudantes são provocados a analisar suas decisões e seu percurso, decidir se permanecem ou, dependendo do resultado, se retomam e escolhem um novo caminho. A dinâmica pela qual professores e alunos passam é rápida e exige de quem joga capacidades de análise, tomada de decisão, escolha de estratégias e avaliação permanente de todo o processo demandado pelo jogo. E a Matemática nisso tudo? As habilidades desencadeadas por esse recurso didático são importantes para o ensino-aprendizagem da Matemática. Trabalhar com jogos nas aulas propicia a apresentação de conceitos e conteúdos específicos de maneira informal, aproximando-a dos conhecimentos de senso comum de cada aluno. A situação de jogo, o desenrolar das etapas, as observações das jogadas feitas pelos demais colegas, os enfrentamentos, a leitura das regras, as previsões e conjecturas dos resultados poderão justificar algumas propriedades da Matemática formal. Ao professor cabe atentar para esses momentos e sistematizar os conhecimentos que são expostos no momento do jogo.

Não é o ato de jogar que faz os alunos aprenderem Matemática. São as intenções, os objetivos e as intervenções dos docentes que auxiliam na apropriação e na ampliação de conceitos matemáticos. Sendo assim, cabe ao professor refletir sobre sua escolha de incluir ao ensino-aprendizagem o recurso de jogos, a dimensão didático-metodológica, ou seja, a importância de um planejamento claro, em que é possível identificar a presença de o que, como, para quê e a quem, com base na reflexão e no levantamento dos objetivos, conteúdos e estratégias de ensino. Público-alvo: alunos do 3º ao 5º anos do Ensino Fundamental; turmas de aceleração da aprendizagem. Materiais: computador ou tablet; papel, lápis, borracha; materiais manipulativos (tampinhas, palitos, fichas) para ajudar a realizar contagem (soma), caso seja necessário. Organização da turma: duplas ou trios Conhecimentos mobilizados: leitura; cálculo mental; adição; subtração (especificamente para esse jogo). Sugestão de encaminhamento Professor, no item Início de conversa, apresentamos uma sucinta abordagem sobre o trabalho com jogos em sala de aula, sem nos preocupar com os tipos de jogos ou com um conhecimento específico. Nosso objetivo foi levá-lo a refletir sobre os aspectos didático-metodológicos, ou seja, concepção, metodologia e objetivos da utilização de jogos nas aulas. Os aspectos abordados na introdução também servem de apoio quando for disponibilizar aos estudantes jogos desenvolvidos em ambientes virtuais. O jogo que propomos levar à sala de aula ou a um lugar próprio, com computadores ou tablets, é o Refresca cuca, da Plataforma do Letramento. Seu objetivo é explorar questões matemáticas relacionadas às habilidades de contagem (operações de adição e subtração) por meio da resolução de problemas. Antes de planejar e propô-lo aos estudantes, convidamos você a experimentar, e porque não dizer, a fuçar esse jogo! O que isso significa? Vários são os jogos disponibilizados em aplicativos de celular, redes sociais, entre outros, e em muitas situações conversamos com pessoas próximas (filhos, amigos, pais, etc.) sobre esses jogos. O tempo parece voar quando estamos jogando. A proposta de fuçar é justamente para convidá-lo a conhecer, descobrir como se joga, quais são as personagens, os diálogos, as regras, os comandos, fazer uma jogada e ver o que não deu certo, tentar de outra maneira, identificar e perceber como os conhecimentos matemáticos compõem os cenários e os problemas apresentados.

Hoje é possível encontrar youtubers que se dedicam a mostrar suas reações ao ter contato pela primeira vez com um jogo, ou seja, experimentam, retomam, analisam melhor suas escolhas, enfim, contam às outras pessoas como podem jogar e quais são os desafios envolvidos. Agora, que tal brincar como se fosse um youtuber jogando o Refresca cuca (para falar sobre ele) pela primeira vez? Para ajudá-lo nesse fuçar, sugerimos este passo a passo: acesse a página inicial do jogo atentando para informações, imagens, personagens, sons, música, botões de acesso às regras e às instruções etc.; repare como o jogo funciona (botões que precisou apertar para dar início ao jogo, leituras das instruções, sinais de alerta, informações sobre o jogo, regras etc.); observe como os jogadores são marcados (como me reconheço no jogo, quem sou eu e quem é meu adversário etc.); ao iniciar o jogo, procure aplicar as regras e os comandos, identificar a presença do conhecimento matemático e as habilidades mobilizadas; durante o jogo; observe os comandos e os objetivos em cada ilha; como os desafios se apresentam em cada ilha. Enfim, dedique-se a descobrir macetes, táticas que ajudem o jogador a ultrapassar os desafios propostos em cada ilha e navegar de um porto ao outro. Conversa inicial com os estudantes Antes de iniciar o jogo com os alunos, sugerimos que converse com eles sobre os jogos que eles já acessaram ou acessam em computadores, tablets ou celulares. Pergunte a eles quais são os jogos preferidos; os motivos por que gostam desses jogos; como eles funcionam; como são feitas as pontuações; quando passam de fase; se há perda de pontos e como e quando isso acontece; como sabem que o jogo acabou ou se existe um ganhador; o que e como fazem para jogar um jogo ou ir a uma fase nova. O objetivo é possibilitar o diálogo entre você e sua turma, que lhe permita aproximar-se da cultura digital vivida pelos estudantes fora do ambiente escolar. Além disso, você poderá perceber habilidades, conhecimentos e competências dos educandos, que muitas vezes passam despercebidas. Desenvolvimento do jogo em sala de aula É hora de levá-los ao ambiente onde terão acesso ao jogo. Organize sua turma em duplas ou trios. Ao formar os grupos, leve em conta a produtividade, ou seja, a colaboração, o diálogo, a troca de conhecimentos entre os estudantes.

Oriente os grupos no acesso ao jogo e dê um tempo para que observem, analisem, se familiarizem e decidam por iniciar o jogo. Acompanhamento dos estudantes na exploração do Refresca cuca Depois que os grupos tiverem desvendado o jogo, é o momento deixá-los agir sozinhos. Acompanhar, observar será a sua tarefa. Dê a eles o direito de fuçar. Diga que deverão descobrir como se joga. Procure observar se e de que modo eles vivenciam situações importantes, como: localizar o botão de iniciar; ler as instruções antes de iniciar ou descobrir à medida que jogam; ter curiosidade em saber o porquê das imagens e quem são as personagens antes ou durante o jogo; ler os comandos e compreender o que devem fazer para atingir a meta; reagir, calcular, resolver somas e subtrações que surgem como desafios nas ilhas. Acompanhamento dos estudantes no desenvolvimento do Refresca cuca Depois da exploração, é hora de dialogar sobre o ato de jogar. Questione os estudantes a respeito das impressões sobre o jogo. Esse momento é importante para alinhar o que você observou com o que os alunos sentiram e descobriram ao vivenciar o jogo. A seguir, apresentamos algumas sugestões de questionamento. O que acharam do jogo? Por quê? Quem ganhou? A meta estabelecida, ou seja, o porto primeiramente desejado foi alcançado ou foi preciso mudar a meta? Como resolveram os cálculos (somas/subtrações)? Descobriram algum truque, por exemplo, quando não podiam alcançar 45 pontos em 5 jogadas? (Fazer escolhas entre derrubar o balde correspondente ao total ou os baldes relacionados aos valores dos baldes. Isso porque deixar os baldes marcados com os números 7, 8 ou 9 poderia prejudicá-los, por correrem o risco de alcançar esse total mais rapidamente e consequentemente perder pontos ou jogadas.) Fechamento Professor, este Experimente pode ser realizado como uma atividade isolada ou incorporado à sua metodologia aplicada em sala de aula ao desenvolver jogos on-line com os estudantes. O encaminhamento apresentado aqui buscou proporcionar a você e aos estudantes um movimento mais fluido, ou seja, uma ação de autonomia, procurando trazer aprendizagens individuais e coletivas quando o objeto envolvido é o jogo em ambiente digital. Como dissemos anteriormente, o acesso a esses jogos, em computadores, tablets ou celulares, provoca os usuários a investigar, ir e voltar, acertar e errar, retomar, recuperar caminhos e estratégias, antecipar, projetar, ler, interpretar, compreender, enfim, uma grande atividade mental e física. Por isso, trouxemos uma proposta menos diretiva, sem encaminhamentos passo a passo.

A finalização da atividade será dada pela definição do tempo/período em que o jogo ocorrer. Se estiverem em um local próprio, por exemplo, no laboratório de informática, é muito comum que os estudantes estejam empolgados e agitados na hora de voltar à sala de aula. Se isso ocorrer, deixe-os conversar entre si, pois é o momento de fomentar as ideias discutidas e vivenciadas no jogo. Aos poucos eles vão se acalmando. Participe da conversa, não somente como professor, mas também como jogador. Lembre-se de que fuçou, jogou e descobriu coisas sobre o jogo, assim você também tem o que dizer, não é mesmo? Observe que não se trata de um jogo que se esgota em uma atividade. Sempre que for possível e pertinente, convide-os a jogar. Você perceberá que, a cada oportunidade, eles farão mais descobertas, estarão mais habilidosos nos cálculos e mais entusiasmados a aprender. Nesse momento, você poderá observar avanços e entraves relacionados aos conteúdos, às estratégias e aos conceitos. Além de observar, registre o que julgar mais importante. Tais anotações serão úteis na elaboração de intervenções e estratégias que realmente levem os educandos à apropriação de conhecimentos. Avaliação Professor, a avaliação estará presente em todo o processo, já que observar, acompanhar, participar e se envolver com os estudantes na ação do jogo sempre lhe permite aproximar-se de seus saberes e de suas aprendizagens. Além disso, é possível realizar intervenções que os provoquem a pensar sobre novos caminhos ou reafirmar os escolhidos. Assim, com base nas finalidades estabelecidas no momento do planejamento e nas intencionalidades da presença do Refresca cuca (ou qualquer outro jogo) na sala de aula, você poderá utilizar situações do jogo como contexto de referência, elaborando uma atividade que simule alguma situação vivenciada durante o desenvolvimento dele. Para aprofundar

Livros: SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CANDIDO, Patrícia. Jogos de matemática de 1º a 5º ano. Porto Alegre: Artmed, 2007. (Série Cadernos do Mathema.) MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia; PASSOS, Norimar Christe. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005. KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 12. ed. São Paulo: Cortez, 2009.. O jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Cengage Learning, 2008. Sites: Revista Nova Escola Jogo Feche a caixa. Educar para crescer Tecnologia presente na sala de aula. Canais sobre games no YouTube: Coisa de Nerd VenomExtreme Acessos em: set. 2016. Autoras da oficina: Sandra Amorim e Silvia Longato, educadoras especializadas em Educação Matemática.