NUTRIÇÃO MICROBIANA. Prof. Sharline Florentino de Melo Santos UFPB CT - DEQ



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Transcrição:

NUTRIÇÃO MICROBIANA Prof. Sharline Florentino de Melo Santos UFPB CT - DEQ

Para crescer, todos os organismos necessitam de uma variedade de elementos químicos como nutrientes. Estes elementos são necessários tanto para a síntese como para as funções normais dos componentes das células. Eles existem na natureza em uma grande variedade de compostos, que são inorgânicos e orgânicos.

CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL DOS MICRORGANISMOS Luz - fototróficos Energia Reações químicas - quimiotróficos De acordo com a fonte de energia e carbono os organismos se classificam em:

Fotoautotróficos utilizam luz como fonte de energia e dióxido de carbono como fonte principal de carbono. Ex: Algas, plantas e cianofíceas. Fotoheterotróficos utilizam luz como fonte de energia e compostos orgânicos como principal fonte de carbono. Ex: Bactérias púrpuras e verdes não enxofradas.

Quimioautotróficos utilizam substâncias químicas inorgânicas como fonte de energia e dióxido de carbono como principal fonte de carbono. Ex: bactérias nitrificantes. Quimioheterotróficos utilizam substâncias químicas orgânicas como fonte de energia e os compostos orgânicos como principal fonte de carbono. Ex: Animais, bactérias, fungos, protozoários.

ELEMENTOS QUÍMICOS ESSENCIAIS Os elementos químicos principais para o crescimento das células são: Carbono Nitrogênio Hidrogênio Oxigênio Enxofre Fósforo

CARBONO Para os microrganismos autotróficos a única fonte de carbono é o CO2 ou o íon bicarbonato, a partir dos quais consegue sintetizar todos os compostos orgânicos que necessita. Fungos e a maioria das bactérias são heterotróficos, exigindo fontes orgânicas de carbono, como proteínas, carboidratos e lipídeos. Metade do peso de uma célula bacteriana típica é composta de carbono. Os elementos químicos oxigênio e hidrogênio geralmente fazem parte dos compostos orgânicos.

CARBONO É o componente básico para a biossíntese, fazendo parte de todos os compostos sintetizados pela célula. Geralmente a mesma fonte de carbono serve como fonte de energia. As fontes de carbono mais comuns são os açucares e os glicídios (pentoses, hexoses, polissacarídeos). Outras fontes de carbono menos comuns abrangem uma ampla faixa de compostos, indo desde os mais simples como metano e metanol às mais complexas como celulose e hemicelulose.

CARBONO Fontes de carbono Carboidratos: Cana de açúcar Frutas - uva, laranja, jabuticaba, etc. Malte - cevada, trigo, milho, etc. Melaço - subproduto da fabricação do açúcar Licor sulfítico - subproduto da fabricação do papel Lígno-celulósicos - palha, bagaço cana, resíduos madeira

CARBONO Fontes de carbono Carboidratos puros - açúcares e amidos, mas tem preços elevados. Óleos vegetais - soja, algodão, palma cosubstratos. Alcoóis - etanol, metanol Alcanos - C12 C14

NITROGÊNIO Os microrganismos necessitam de nitrogênio para a síntese de proteínas, DNA, RNA e ATP. Algumas bactérias retiram o nitrogênio diretamente da atmosfera e o convertem a nitrogênio orgânico. Numerosos fungos, algas e a quase totalidade das bactérias utilizam compostos inorgânicos de nitrogênio, em especial sais de amônia e ocasionalmente nitratos. Fungos e algumas bactérias exigem fontes orgânicas de nitrogênio, de modo geral, a adição de aminoácidos e hidrolisados de proteínas favorece o crescimento da maioria dos organismos heterotróficos. O peso seco de uma célula bacteriana é composto de aproximadamente 14% de nitrogênio.

NITROGÊNIO É assimilado sob forma amoniacal. Muitas substâncias servem como fonte de nitrogênio Fontes de nitrogênio Inorgânico: NH4Cl, (NH4)2SO4, NH4NO3, etc. Orgânica: Líquido de maceração de milho subproduto do amido Farinha de soja - subproduto da fabricação de óleo Extrato de levedura - preço elevado Peptonas - preço elevado Uréia - adubo

ÍONS INORGÂNICOS ESSENCIAIS Macronutrientes Fósforo síntese de DNA, RNA e ATP. São utilizados na forma de fosfato. Enxofre síntese de aminoácidos e de vitaminas como biotina e tiamina. Potássio ativador de enzimas e regula a pressão osmótica. Magnésio ativador das enzimas extracelulares e fator importante na esporulação. Cálcio co-fator para as reações enzimáticas. Ferro síntese de citocromos e de certos pigmentos.

Micronutrientes Cobre Cobalto Zinco Manganês Sódio Boro Outros

FATORES DE CRESCIMENTO São os compostos orgânicos indispensáveis a um determinado microrganismo, mas que ele não consegue sintetizar. Muitos destes fatores são vitaminas, em especial do complexo B e aminoácidos. As necessidades dos microrganismos são variadas. Quando um microrganismo exige um certo fator, seu crescimento será limitado pela quantidade do fator presente no meio.

ÁGUA Não constitui um nutriente, mas é indispensável para o crescimento dos microrganismos. Fora das células, os nutrientes estão dissolvidos em água, facilitando a passagem através das membranas celulares. Dentro da célula, a água é o meio para maioria das reações químicas. Compõe pelo menos 5 a 95% de todas as células (67-75%). A atividade de água ótima para fungos é por volta de 0,7; para as leveduras de 0,8 e para bactérias 0,9.

OXIGÊNIO Não constitui um nutriente, funciona como receptor final de hidrogênio nos processos de respiração aeróbica. De acordo com a resposta ao oxigênio gasoso, os microrganismos são divididos em grupos fisiológicos:

OXIGÊNIO Aeróbios exigem a presença de oxigênio livre. Microaerófilos exigem pequena quantidade, não toleram as pressões normais de O2 atmosférico. Anaeróbios não toleram a presença de oxigênio livre. Facultativo crescem na presença ou ausência de oxigênio livre.

Classes de organismos, em relação à tensão de oxigênio Entre as bactérias, encontramos os três tipos de comportamentos. Os fungos são aeróbios ou facultativos, raramente anaeróbios.

MEIOS DE CULTURA

O material nutriente preparado em laboratório para o crescimento de microrganismos é denominado meio de cultura. O meio de cultura deve conter todos os nutrientes necessários para que o microrganismo de interesse possa crescer. Quando microrganismos são colocados em um meio de cultura para iniciar o crescimento, são chamados de inóculo. Os microrganismos que cresceram e se multiplicaram nos meios de cultura são denominados cultura.

Os meios de propagação e produção devem conter os nutrientes em concentrações tais que resultem em atividade máxima do agente biológico, não sendo as condições ótimas para o crescimento celular, necessariamente, as mesmas para o processo produtivo. A escolha da fonte de carbono é muito importante devido ao fato de a síntese de diversas biomoléculas estar sujeita à repressão catabólica. A glicose, por exemplo, apesar de ser, em geral, excelente fonte para o crescimento celular, tem sido reportada como repressora para a síntese de diversas substâncias, em particular na produção de enzimas e antibióticos.

Conhecendo-se a composição elementar da célula, pode-se determinar a sua fórmula mínima e estimar estequiometricamente suas necessidades nutricionais.

Para compor um meio adequado é necessário conhecer a fisiologia dos microrganismos de estudo. Não existe um meio de cultura universal!!! Basicamente existe dois grandes grupos de meios de cultura: Meios sintéticos Meios complexos

Meios sintéticos São os meios em que a composição química é qualitativa e quantitativamente conhecida. Tabela 1 Meio sintético para crescimento de Componente Glicose Escherichia coli Fosfato de amônia monobásico (NH4H2PO4) Cloreto de sódio (NaCl) Sulfato de magnésio (MgSO4.7H2O) Fosfato de potássio dibásico (KHPO4) Água Quantidade 5,0 g 1,0 g 5,0 g 0,2 g 1,0 g 1 litro

Meios complexo São meios compostos de nutrientes como extrato de levedura, de carne e peptona, que não tem composição química perfeitamente definida. Tabela 1 Meio complexo para produção de celulases por Trichoderma reesei Reagentes Lactose 30 (NH 4 ) 2 SO 4 5 KH 2 PO 4 5 (g/l) CaCl 2 0,8 MgSO 4. 7H 2 O 0,6 Peptona 0,75 Extrato de levedura 0,30 Tween 80 Solução estoque* 0,2mL/L 10 ml/l Solução estoque Reagentes (g/l) FeSO 4. 7H 2 O CoCl 2. 6H 2 O MnSO 4. 7H 2 O ZnSO 4. 7H 2 O 0,5 0,2 0,16 0,14

Estado físico dos meios de cultura Os meios de cultura podem ser sólidos ou líquidos. Geralmente os microrganismos tem maior facilidade de iniciar o crescimento em meio líquido. O meio sólido facilita a identificação do microrganismo e permite o cultivo de cultura pura. O agente solidificador mais utilizado é o ágar, polissacarídeo extraído das algas, que funde a 100 C e solidifica ao redor de 45 C, geralmente se adiciona de 1,5 a 2,0%.

Meios Seletivos e Diferenciais Os meios seletivos são elaborados com o objetivo de favorecer o crescimento do microrganismo de interesse e impedir o crescimento dos outros microrganismos. O ágar sulfeto de bismuto é utilizado para o isolamento da bactéria causadora do tifo, a Salmonella typhi.

Meios diferenciais são aqueles que conferem características especiais às colônias que, em condições normais, seriam idênticas. No meio ágar sangue, a bactéria Streptococcus pyogenes, causadoras de infecções da garganta, lisa as células sanguíneas apresentando um anel claro característicos em torno de sua colônia.

Em alguns casos, as características dos meios seletivos e diferenciais podem estar combinadas no mesmo meio de cultivo. O meio agar sal monitol 7,5% de cloreto de sódio, é seletivo para Staphylococcus aureus, porque nesta concentração de cloreto de sódio impede o crescimento de organismos competidores e contém um indicador de ph, que altera sua cor quando o monitol é fermentado produzindo ácido.

Conservação dos microrganismos Isolado um microrganismo em cultura pura, é de interesse conservá-lo no laboratório para uso futuro. Semear em meio sólido distribuído em tubos e, periodicamente transferi-lo para novo meio Conservar em geladeira Recobrir a cultura com uma camada de óleo mineral

Liofilização os microrganismos são suspenso em meio adequado, congela a - 30 C e secagem por sublimação da água. Conservação em temperatura de nitrogênio líquido (-179 C). Solo e areia somente para fungos.