Paridade do Poder de Compra e a Taxa de Câmbio Brasileira PET-Economia UnB 10 de junho de 2013
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O que é a PPP e porque ela importa A PPP clama que os níveis de preço ao redor do globo devem ser equivalentes quando convertidos em uma moeda comum; Visão monetarista: o câmbio é um simples mecanismo de ajuste entre os preços internos e externos; Diversas teorias macroeconômicas partem do pressuposto de que a PPP é válida; Desalinhamentos da taxa de câmbio chamam a atenção de formuladores de política.
Objetivo do trabalho O objetivo deste trabalho é revisar as correntes da PPP e vericar empiricamente se ela é válida para o Brasil de 1944 a 2012.
Primeiras contribuições: Lei do Preço Único, Gustavo Cassel e a versão relativa da PPP; Primeira Geração: regressões por MQO (Frankel (1978) e Krugman (1979)); Segunda Geração: testes de raiz unitária; Terceira Geração: cointegração de Engle e Granger; Métodos não-lineares: STAR de Granger e Terasvirta (1993); Modelos monetaristas vs. modelos estruturais.
mensais do Brasil e dos EUA entre fevereiro de 1944 e outubro de 2012; Quatro intervalos e amostra completa: 1 04.1944 a 12.1984 (Ditadura Militar); 2 01.1985 a 07.1994 (Hiperinação); 3 08.1994 a 12.1998 (Câmbio controlado); 4 01.1999 a 10.2012 (Câmbio utuante). Variáveis:S t, τ P CPI, P PPI, P CPI, P PPI e suas primeiras diferenças; Os preços foram normalizados em agosto de 1994; A taxa de câmbio é computada pela equação q i = s i (p i p i ).
Identicação da série temporal e determinação da estrutura da defasagem: 1 Análise das funções de autocorrelação e autocorrelação parcial das séries com corroboração do da estatística Ljung-Box 2 Critérios SBC, AIC e HQ : testes Jarque-Bera (normalidade), Breusch-Godfrey (autocorrelação) e ARCH-LM (heterocedasticidade condicional) : ADF e DF-GLS : teste original de Engle e Granger e testes do traço e de máximo autovalor de Johansen (ML)
Geral Séries em nível tenderam a ser processos AR, divergindo entre 1 ou 2 defasagens; Séries em primeira diferença tenderam a ser processos ARMA com uma média movel, divergindo entre 1, 2 e 3 defasagens; Em primeira diferença o intervalo entre 1985.01 e 1994.07 não se comportou como uma série de tempo; A estatística Ljung-Box apontou na série em nível como majoritariamente ARMA; O erro não é, portanto, um white-noise, o que não signica que o erro seja não estacionário; Se o erro for não estacionário, os processos ARMA são na verdade ARIMA.
Nível
Primeira diferença
Geral O teste de Jarque-Bera rejeitou a hipótese de normalidade para todas as amostras e para a maioria das subamostras; Os testes de Breusch-Godfrey e ARCH-LM corroboraram a ausência de autocorrelação dos resíduos e de heterocedasticidade condicional, respectivamente. Falta, portanto, testar a estacionariedade dos erros.
Teste de Jarque-Bera
Geral Nenhuma taxa de câmbio real possui raiz unitária em primeira diferença; Em nível, o teste ADF rejeitou mais a hipótese de raiz unitária do que o teste DF-GLS; Pode-se dizer que nas amostras 1 e 3 a PPP é válida. Durante esses períodos o Banco Central seguiu a PPP. Não surpreende o resultado; A proxy τ apresenta fraqueza.
ADF em nível
ADF em primeira diferença
DF-GLS em nível
DF-GLS em primeira diferença
Geral O teste original de Engle e Granger rejeita a hipótese de cointegração para todas as amostras e praticamente para todas as subamostras; Os testes de Johansen apontam relações de cointegração para todas as amostras e subamostras a preços ao produtos. Para preços ao consumidor, os testes rejeitam para praticamente todas as subamostras, mas endosa para a séries completas. Haverá fatores estruturais não computados? Os resultados vão ao encontro de Rogo (1996) de que a PPP seria uma âncora de longo-prazo.
Especicação do VAR
Engle e Granger
Johansen
Johansen (PPI sem τ )
Johansen (PPI com τ )
Johansen (CPI sem τ )
Johansen (CPI com τ )
A taxa de câmbio brasileira aparenta estar covergindo para um nível de paridade, mais valorizado. O governo busca contornar essa situação com medidas paliativas e protecionistas.