Professor Sandro Caldeira Inquérito Policial

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Sumário CAPÍTULO I CAPÍTULO II

Transcrição:

Professor Sandro Caldeira Inquérito Policial

Inquérito Policial Histórico Origem: Surgiu em Roma

Inquérito Policial Histórico O nome que é utilizado hoje veio com o Decreto 4.824, de 28 de novembro de 1871, que por seu turno, regulamentou a Lei nº 2.033 de 1871. Determinava o artigo 42 do aludido Decreto que o inquérito policial consistia em todas as diligências necessárias para o descobrimento dos fatos criminosos, suas circunstâncias, seus autores e cúmplices, devendo ser reduzido à instrumentos escrito.

PERSECUÇÃO PENAL Fases: Investigativa; Ação Penal;

PRIMEIRA FASE DA PERSECUÇÃO PENAL INQUÉRITO POLICIAL

INQUÉRITO POLICIAL Conceito Natureza Jurídica

Finalidade INQUÉRITO POLICIAL

INQUÉRITO POLICIAL Quem investiga através do Inquérito Policial? Polícia Judiciária Âmbito Estadual: Polícia Civil; Âmbito Federal: Polícia Federal

INQUÉRITO POLICIAL Atribuição para Presidência do Inquérito Policial Art. 4º CPP: A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. Art. 144, 4º CRFB/88 Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

INQUÉRITO POLICIAL Atribuição para Presidência do Inquérito Policial Lei 12.830/2013 Contexto social de sua criação Discussões entre Polícia e Ministério Público Nesse contexto foi aprovada a lei 12.830/2013 que não retira a possibilidade de investigação por parte do Ministério Público, mas tinha como objetivo firmar a tese de que a decisão final das diligências a serem realizadas no inquérito policial seria do Delegado de Polícia.

Finalidades da Lei 12.830/2013 1) Obter reconhecimento de que as funções exercidas pelo Delegado de Polícia São de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado, devendo portanto, a classe ser equiparada, para todos os efeitos, com as demais carreira de Estado ( Magistratura, Ministério Público, Defensoria Pública, etc); 2) Fazer constar, no texto legal, a tese institucional de muitos membros da classe de que a decisão final sobre a realização ou não de diligências no Inquérito Policial pertence ao Delegado de Polícia.

Lei 12.830/2013 Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia. Esse artigo diz que a investigação criminal é exclusiva do Delegado de Polícia?

Lei 12.830/2013 Não. A investigação criminal pode ser realizada por meio de outros órgãos, como por exemplo: Comissões Parlamentares de Inquérito, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), Banco Central, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), IBAMA, Ministério Público.

Lei 12.830/2013 Investigação realizada pelo Ministério Público. STF fixa requisitos para atuação do Ministério Público em investigações penais Em sessão realizada nesta quinta-feira (14), o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a legitimidade do Ministério Público (MP) para promover, por autoridade própria, investigações de natureza penal e fixou os parâmetros da atuação do MP. Por maioria, o Plenário negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 593727, com repercussão geral reconhecida. Com isso, a decisão tomada pela Corte será aplicada nos processos sobrestados nas demais instâncias, sobre o mesmo tema. Entre os requisitos, os ministros frisaram que devem ser respeitados, em todos os casos, os direitos e garantias fundamentais dos investigados e que os atos investigatórios necessariamente documentados e praticados por membros do MP devem observar as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição, bem como as prerrogativas profissionais garantidas aos advogados, como o acesso aos elementos de prova que digam respeito ao direito de defesa. Destacaram ainda a possibilidade do permanente controle jurisdicional de tais atos.

Lei 12.830/2013 Mas a CF/88 expressamente menciona que o MP tem poder para investigar crimes? NÃO. A CRFB/88 não fala isso de forma expressa. Adota-se aqui a teoria dos poderes implícitos. Segundo essa doutrina, nascida nos EUA (Mc CulloCh vs. Maryland 1819), se a Constituição outorga determinada atividade-fim a um órgão, significa dizer que também concede todos os meios necessários para a realização dessa atribuição. A CRFB/88 confere ao MP as funções de promover a ação penal pública (art. 129, I). Logo, ela atribui ao Parquet também todos os meios necessários para o exercício da denúncia, dentre eles a possibilidade de reunir provas para que fundamentem a acusação. Ademais, a CF/88 não conferiu à Polícia o monopólio da atribuição de investigar crimes. Em outras palavras, a colheita de provas não é atividade exclusiva da Polícia. Desse modo, não é inconstitucional a investigação realizada diretamente pelo MP. Esse é o entendimento do STF e do STJ.

Lei 12.830/2013 Parâmetros que devem ser respeitados para que a investigação conduzida diretamente pelo MP seja legítima: 1) Devem ser respeitados os direitos e garantias fundamentais dos investigados; 2) Os atos investigatórios devem ser necessariamente documentados e praticados por membros do MP; 3) Devem ser observadas as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição, ou seja, determinadas diligências somente podem ser autorizadas pelo Poder Judiciário nos casos em que a CF/88 assim exigir (ex: interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário etc); 4) Devem ser respeitadas as prerrogativas profissionais asseguradas por lei aos advogados; 5) Deve ser assegurada a garantia prevista na Súmula vinculante 14 do STF ( É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa ); 6) A investigação deve ser realizada dentro de prazo razoável; 7) Os atos de investigação conduzidos pelo MP estão sujeitos ao permanente controle do Poder Judiciário.

Lei 12.830/2013 Natureza Jurídica das funções do Delegado de Polícia: Função classificada como de Natureza Jurídica Fundamentos: Cargo privativo de Bacharel em Direito; Desempenham atividade concreta de aplicação das normas jurídicas aos fatos apresentados, como é o caso da lavratura de A.P.F, orientação para confecção de Registro de Ocorrência; do indiciamento, representação por medidas cautelas, da elaboração de Relatório.

Funções Essenciais e exclusivas de Estado Lei 12.830/2013 OBS:O art. 2º da Lei veda a investigação de crimes por parte de particulares, como no caso da investigação criminal defensiva? OBS: O projeto do novo Código de Processo Penal (Projeto de Lei n. 156/2009) prevê, expressamente, o instituto da investigação criminal defensiva.

Qual é a abrangência da expressão polícia judiciária? As Polícias Civil e Federal exercem duas funções principais: a) Investigar infrações penais; b) Auxiliar o Poder Judiciário, cumprindo ordens judiciais, como o mandado de prisão, a busca e apreensão, a condução coercitiva, entre outros. Art. 4º CPP A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

O fato do Delegado de Polícia possuir a prerrogativa da condução do inquérito policial significa dizer que ele pode se negar a cumprir as diligências requisitadas pelo Ministério Público? Não. Código de Processo Penal Art. 13 CPP. Incumbirá ainda à autoridade policial: II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; Constituição Federal Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

Lei 12.830/2013 Art.2º 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.

Diligências Investigatórias prevista no artigo 6ª CPP Art. 6º CPP Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) (Vide Lei nº 5.970, de 1973) II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o ofendido;

Diligências Investigatórias prevista no artigo 6ª CPP Art. 6º CPP Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

Diligências Investigatórias prevista no artigo 6ª CPP Art. 6º CPP Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 7º CPP Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

INQUÉRITO POLICIAL DILIGÊNCIAS DO ARTIGO 6º CPP Existe obrigatoriedade do Delegado de Polícia de seguir tudo que está previsto no artigo 6º do CPP?

INQUÉRITO POLICIAL DESTINAÇÃO Art. 12 do CPP: "O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

INQUÉRITO POLICIAL Valor probatório do Inquérito Policial Art. 155 CPP O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

INQUÉRITO POLICIAL INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL Notícia do crime (Notitia criminis) Espécies: 1) De cognição imediata; 2) De cognição mediata; 3) De cognição coercitiva

INQUÉRITO POLICIAL INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL Formas de Instauração 1) Crimes de ação penal pública incondicionada: a) De ofício-( Portaria) art. 5º, I do CPP; b) Requisição do MP ou Juiz- art. 5º, II CPP c) Requerimento da parte- art.5º, II, do CPP d) Comunicação de qualquer pessoa do povo: art. 5º, 3º do CPP.

INQUÉRITO POLICIAL 2) CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO. Art. 5º, CPP: 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

INQUÉRITO POLICIAL 3) CRIMES DE AÇÃO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA Art. 5º, CPP 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

INQUÉRITO POLICIAL CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL a) Inquisitivo- art. 14 CPP Art. 14. CPP O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. b) Escrito - art.9 ª CPP Art. 9 o CPP Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.