UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO ÉLISTON COMPARIN

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Transcrição:

UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO ÉLISTON COMPARIN EPIDEMIOLOGIA E DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS PARA O DIAGNÓSTICO DOS INDIVÍDUOS PORTADORES DE PADRÃO FACE CURTA, EM ESCOLARES MATRICULADOS NO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE PALMITOS/SC BAURU 2009

1 ÉLISTON COMPARIN EPIDEMIOLOGIA E DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS PARA O DIAGNÓSTICO DOS INDIVÍDUOS PORTADORES DE PADRÃO FACE CURTA, EM ESCOLARES MATRICULADOS NO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE PALMITOS/SC Dissertação apresentada à Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Odontologia, área de concentração: Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, sob orientação do Prof. Dr. Hugo Nary Filho. BAURU 2009

C73727e Comparin, Éliston Epidemiologia e definição de critérios morfológicos para o diagnóstico dos indivíduos portadores de padrão face curta, em escolares matriculados no ensino fundamental do município de Palmitos/SC / Éliston Comparin 2009. 33f. Orientador: Prof. Dr. Hugo Nary Filho. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Universidade do Sagrado Coração - Bauru - SP. 1. Padrão face curta 2. Deformidades 3. Diagnóstico ortodôntico 4. Análise facial I. Nary Filho, Hugo II. Título

3 AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer a Deus a oportunidade da vida, o fato de estar vivo e de poder lutar diariamente pela busca de meus sonhos. Ao jovem Professor Dr. Mauricio Cardoso, pela dedicação e colaboração com o estudo, muito obrigado por tudo, tenho a certeza que serás um grande nome da ortodontia do futuro. Ao Professor Dr. Hugo Nary Filho, pela confiança em ser meu orientador. A minha noiva e agora esposa Ellen, pela compreensão dos momentos ausentes, pelo seu grande amor e dedicação, por sua coragem em mudar toda sua vida para que juntos possamos ter um futuro feliz. Meu amor, amo muito você. Ao meu irmão e futuro ortodontista Rodrigo, pela grande ajuda com os termos ortodônticos, por toda a dedicação para comigo, pelo grande irmão que é. Por acreditar que todos nós somos um time e venceremos juntos. Ao meu pai, Darnes, e minha mãe, Nélsi (im memoriam), pela minha educação, pelo enorme sacrifício de vida em prol da minha formação, vocês serão sempre meus melhores exemplos. Aos meus sempre amigos e colegas de mestrado Hernando (Gordo), Francisco (Chico), Wilson, Diogo, José Augusto (Zé) pelas horas de vida maravilhosas e inesquecíveis que passamos juntos e que nunca mais esquecerei.

4 RESUMO Objetivo: o presente estudo teve como objetivo realizar uma avaliação epidemiológica e definir critérios morfológicos para o diagnóstico dos indivíduos portadores de padrão face curta, em escolares matriculados no ensino fundamental do município de Palmitos/SC. Metodologia: foram utilizadas fotografias faciais (frontal, perfil lateral e frontal sorrindo) de 7 indivíduos padrão face curta (2 do gênero feminino e 5 do gênero masculino), selecionados apenas considerando-se a morfologia facial, com idade entre 12-15 anos, de uma amostra composta por 1.093 alunos matriculados no ensino fundamental do município de Palmitos/SC. Resultados: após análise das fotografias, foram encontrados 7 indivíduos classificados como padrão face curta, representando uma incidência de 0,64%. Destes, 2 eram do gênero feminino (29%) e 5 do gênero masculino (71%). A faixa etária dos 13 anos foi a que apresentou maior frequência, com 4 indivíduos, seguida pela de 12 anos, com 2 indivíduos e somente 1 indivíduo apresentando 14 anos. Conclusões: com base nestes resultados, conclui-se que: a incidência de indivíduos apresentando o padrão face curta em escolares de 12-15 anos no município de Palmitos/SC é extremamente pequena 0,64%, apresentando uma predileção pelo gênero masculino, tendo como faixa etária mais frequente a dos 13 anos. Palavras-chave: Padrão face curta. Deformidades. Diagnóstico ortodôntico. Análise facial.

5 ABSTRACT The aim of the study was to perform an epidemiologic evaluation and to define the morphologic criteria to the diagnostic of individuals with Short Face Patterns, in students registered in the elementary school in the county of Palmitos/SC. Method: facial photographs ( frontal, lateral profile and frontal smiling) of 7 individuals (2 females and 5 males) with ages ranging between 12 and 15 years and with short face pattern were selected from a sample of 1.093 students registered in the elementary school in the county of Palmitos/SC, considering only the facial morphology. Results: After the analysis of the photographs, 07 individuals were classified as short face pattern, representing an incidence of 0.64%. Out of these, 2 were females (29%) and 5 males (71%). The highest frequency was found in the age of 13, with 4 individuals, followed by the age of 12 with 2 individuals and only 1 individual with 14 years old. Conclusions: the results led to the conclusion that the incidence of individuals presenting Short Face Pattern in students with ages between 12 and 15 years in the county of Palmitos/SC is extremely small (only 0,64%) with males showing the highest incidence ate the age of 13. Keywords: Short face pattern. Deformities. Orthodontic diagnosis. Facial analysis.

6 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Frequência de alunos em relação ao padrão facial...18 Tabela 2. Frequência de alunos de acordo com o gênero...19 Tabela 3. Frequência de alunos por faixa etária...19

7 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1. Frequência de alunos em relação ao padrão facial...18 Gráfico 2. Frequência de alunos de acordo com o gênero...19 Gráfico 3. Frequência de alunos por faixa etária...20

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA...9 1. PROPOSIÇÃO...12 2. MATERIAL E MÉTODO...13 2.1 MATERIAL... 13 2.2 MÉTODO... 14 3. RESULTADOS...18 4. DISCUSSÃO...21 CONSIDERAÇÕES FINAIS...25 REFERÊNCIAS...26 ANEXOS...28 Anexo A Figuras 1-6 mostrando indivíduos classificados como padrão facial face curta moderado... 28 Anexo B Figura 7 mostrando indivíduo classificado como padrão facial face curta médio... 30 Anexo C Termo de consentimento livre esclarecido... 31 Anexo D Aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa... 33

9 INTRODUÇÃO E REVISÃO DE LITERATURA O padrão face curta é uma deformidade com envolvimento esquelético de prognóstico estético desfavorável. Manifesta-se precocemente, mantendo-se característica do indivíduo (NANDA, 1988), sendo magnificada ou não na adolescência (FIELDS et al., 1984). Nos casos graves, um procedimento ortodôntico-cirúrgico é indicado para normalização das relações faciais (CAPELOZZA FILHO, 2004). Apresenta como característica principal a redução da altura facial anterior total provocada pela diminuição da altura facial anterior inferior. Isto torna o selamento labial compressivo, com acentuação dos sulcos peribucais quando o indivíduo encontra-se em oclusão (CAPELOZZA FILHO, 2004). As crianças e os adultos que manifestam essa deficiência de crescimento vertical da face apresentam uma aparência característica, descrita na literatura como face hipodivergente (SASSOUNI; NANDA, 1964; OPDEBECK; BELL, 1978; WESSBERG et al., 1982). A doença tende a agravar com o crescimento e a maturação, sendo o envelhecimento facial precoce comum nesses indivíduos (CAPELOZZA FILHO, 2004). A queixa estética mais frequente desses indivíduos é a ausência de exposição dos dentes anteriores em repouso e a inexpressão no sorriso (BELL; CREEKMORE; ALEXANDER, 1977; TURLEY, 1996; WESSBERG et al., 1982). Pode estar presente nas três relações dentárias sagitais, contudo, associase predominantemente às discrepâncias sagitais Classe II (KARLSEN, 1994; WESSBERG et al., 1982). Restrições no comprimento do arco em ambos os maxilares são normalmente encontradas nesses indivíduos, com frequentes

10 problemas irruptivos associados. Além disso, um aumento do trespasse vertical é normalmente encontrado (CAPELOZZA FILHO, 2004). O diagnóstico do padrão face curta baseia-se nas avaliações morfológicas da face, oclusão e telerradiografia (CARDOSO et al., 2002; CAPELOZZA FILHO, 2004; CARDOSO et al., 2005). As primeiras descrições acerca das características morfológicas desses indivíduos foram relatadas por cirurgiões bucomaxilofaciais (BELL; CREEKMORE; ALEXANDER, 1977; WESSBERG et al., 1982). A etiologia determinante da face curta é, provavelmente, mais fácil de ser definida na sua essência em relação às outras discrepâncias sagitais e verticais, embora haja influências funcionais e seu caráter genético (CAPELOZZA FILHO, 2004). Na face curta, a determinante genética é aceita com mais passividade pelos terapeutas, provavelmente porque o seu portador é normal para respiração (LINDER-ARONSON et al., 1986; JANSON et al., 1994), o que o torna potencialmente funcional (CAPELOZZA FILHO, 2004). Os indivíduos portadores dessa deformidade vertical mantêm um crescimento equivocado, perpetuando suas características, absolutamente diferentes do normal no terço inferior da face (NANDA, 1988; 1990; BLANCHETTE et al., 1996; BECKMANN et al., 1998a, b; KARLSEN, 1997; CAPELOZZA FILHO, 2004). Para Linden (2003), a dominância da influência genética foi demonstrada claramente em estudos sobre o esqueleto e seus componentes. A hipótese dominante sobre o padrão de crescimento que determinaria a face curta baseia-se na tese do crescimento anterior do côndilo (BJÖRK; SKIELLER 1972, 1983).

11 Em estudos de Janson et al. (1994), cita-se que os pesquisadores (McDOWELL; BAKER, 1991; SASSOUNI; NANDA, 1964; ISAACSON et al., 1971) demonstraram em seus estudos, com achados clínicos, que a altura dento-alveolar é menor na região posterior e anterior da maxila, e anterior da mandíbula para os indivíduos face curta. A estrutura facial dos indivíduos do padrão face curta é forte e o esqueleto encontra-se marcado na imagem radiográfica. Isso é especialmente contemplado na mandíbula, que apresenta um ramo largo (OPDEBEECK et al., 1978), um ângulo goníaco fechado (OPDEBEECK et al., 1978; McDOWELL, 1991; TSAI, 2000), um corpo de tamanho geralmente normal posicionado horizontalmente, com uma sínfise larga e curta (ZAHER, et al., 1994; BECKMANN et al., 1998). Esta característica de sínfise larga e curta está fortemente correlacionada com o padrão face curta, a ponto de ser considerado fator de predição (BECKMANN et al., 1998), tendo em vista que, até o presente momento, não encontramos trabalho científico desenvolvido sobre epidemiologia e descrições de características morfológicas de indivíduos portadores de padrão face curta na população brasileira. Acreditamos que um trabalho abrangendo este tema irá contribuir para os pesquisadores e profissionais que estudam e trabalham com este tema.

12 1. PROPOSIÇÃO Este trabalho tem por objetivo realizar uma avaliação epidemiológica e definição de critérios morfológicos para o diagnóstico dos indivíduos portadores de padrão face curta em escolares matriculados no ensino fundamental do município de Palmitos/SC, de acordo com o gênero.

13 2. MATERIAL E MÉTODO 2.1 MATERIAL O presente estudo foi realizado em escolares de 12 a 15 anos, matriculados no ensino fundamental do município de Palmitos/SC, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sagrado Coração, n.º 62/2007 (Anexo D). O município de Palmitos situa no extremo-oeste do Estado de Santa Catarina, teve sua colonização originada exclusivamente por descendentes de origem alemã e italiana. Segundo fontes do IBGE 2007, a população atual é de 16.061 habitantes. Um levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Educação do Município de Palmitos, no ano de 2007, apontou os seguintes números para alunos matriculados com idades entre 12 e 15 anos: Rede Municipal: 338 alunos; Rede Particular, 33 alunos; Rede Estadual, 722 alunos; totalizando 1.093 alunos. No presente estudo, foram avaliados 100% dos alunos que pertenciam à faixa etária estabelecida 12 a 15 anos. Todos os indivíduos foram avaliados nas escolas, por dois examinadores previamente calibrados e considerou-se unicamente a morfologia facial. O critério para a seleção dos portadores de padrão face curta foi a compressão labial provocada pela desproporção entre os terços faciais, com redução da altura facial anterior inferior. As relações sagitais dos primeiros molares permanentes, bem como a relação vertical dos incisivos superiores e inferiores, não foram consideradas, de acordo com a proposta diagnóstica de Capelozza Filho (2004).

14 Uma vez identificados, todos os indivíduos com fenótipo branco, portadores de padrão face curta, foram contatados para uma avaliação em ambiente clínico. Dos 1.093 indivíduos avaliados, 7 foram classificados como padrão face curta, sendo dois do gênero feminino e cinco do gênero masculino, todos os 7 dispuseram-se a participar do presente estudo, cujas fotografias (frontal, perfil e frontal sorrindo) foram realizadas, mediante prévio consentimento livre esclarecido fornecido pelos pais ou responsáveis. Determinou-se como critério de inclusão que o indivíduo não tivesse sido submetido a tratamento ortopédico e/ou ortodôntico prévio, bem como a ausência de síndromes e/ou assimetrias clinicamente observadas. 2.2 MÉTODO A primeira fase do projeto foi desenvolvida nas escolas onde os alunos estudavam. Os dois avaliadores foram até as respectivas escolas de cada aluno, e em um ambiente criado na própria escola realizaram as fotos inicias dos alunos. Para essa etapa foi utilizada uma câmera fotográfica câmera digital Cannon e uma caixa de luz (de acordo com o método descrito abaixo). As fotografias foram realizadas com os indivíduos em postura natural da cabeça, em oclusão, olhando para os próprios olhos refletidos em um espelho à sua frente, segundo o método proposto por Solw e Tallgren (1971), adaptado para a realização de fotografias faciais. Para tanto, foi utilizada uma câmera digital Cannon EOS Rebel XTi, com uma lente Macro EF 100mm 1:2.8 USM (CANNON), associada a um flash circular Macro Ring Lite MR 14EX Cannon em potência ¼.

15 A câmera fotográfica foi fixada a um tripé da marca Velbon DF 60 (Velbon, China, SN), que teve sua altura ajustada para que o centro da lente estivesse compatível com o ponto subnasal, a uma distancia de 90 centímetros do paciente. Como plano de fundo para as fotografias, foi utilizada uma caixa de luz feita com uma estrutura de madeira (com medidas de 100cm de altura, 68cm de largura e 10cm de profundidade, com oito lâmpadas incandescentes de 100 watts em seu interior), coberta por um tecido branco, a 40cm do paciente. Foi utilizada uma corrente metálica, fixada em um suporte que se localizava paralelo ao solo, distando 16cm do paciente, equilibrada por um peso em sua extremidade, para que pudesse permanecer perpendicular ao solo. Foi utilizado um espelho plano, de moldura oval, posicionado a 1,50m do paciente, com o objetivo de auxiliar sua postura, de modo que pudesse olhar fixamente em direção aos seus olhos durante as tomadas fotográficas. Nas tomadas fotográficas frontais e frontal sorrindo, após o posicionamento do individuo com o espelho, este era removido previamente à tomada fotográfica. Todas as imagens fotográficas foram armazenadas inalteradas para posterior apreciação dos examinadores. Nesta primeira etapa foram fotografados 1.093 alunos. Após a primeira etapa, os avaliadores classificaram somente 7 alunos como pertencentes ao padrão face curta. Estes 7 alunos foram então refotografados em ambiente clinico seguindo o mesmo método anterior. As imagens fotográficas frontal, de perfil e frontal sorrindo dos sete alunos pertencentes à amostra foram avaliadas então por três examinadores (A, B, C) com formação em Ortodontia e devidamente calibrados para avaliação da morfologia facial. A avaliação das imagens foi realizada em um ambiente escuro, por meio de

16 um notebook Sony Vayo VGN FE 890, modelo PCG 7V2L, produzido por Sony Corporation EUA. O critério para a classificação dos indivíduos da amostra considerou a penetrância da displasia nos seus portadores, expressa nas relações faciais. Assim, os indivíduos foram classificados em três subtipos, de acordo com a severidade: moderado, médio e severo (CARDOSO et al., 2007). De maneira geral, os sinais típicos da displasia não precisavam necessariamente estar todos presentes e o exame frontal predominava, uma vez que a displasia é vertical. Fixaram-se como critérios de classificação para o subtipo moderado: indivíduos também considerados como limítrofes para Padrão I braquifacial marcado, especialmente na avaliação frontal. No perfil, os indivíduos subtipo moderado podem ser confundidos com indivíduos portadores de Padrão II, deficiência mandibular, por apresentarem características semelhantes ao padrão face curta subtipo moderado como compressão labial, sulco mento-labial marcado e lábio inferior evertido, sendo a deficiência mandibular o fator predominante. Estes indivíduos podem não apresentar desproporção verdadeira entre os terços faciais, sendo tais indivíduos mais frequentemente diagnosticados em idade jovem, considerando a piora que ocorre nesse padrão com o evolver da idade. Dessa forma, eles permitiriam bom prognóstico para tratamento conservador (ortodôntico e/ou ortopédico) (Anexo A). No que concerne ao subtipo médio, o critério de classificação foi a presença de uma desproporção verdadeira entre os terços médio e inferior, somada às características já descritas no subtipo anterior, caracterizando, portanto, sem dúvida, um indivíduo padrão face curta. Nesses indivíduos, o prognóstico é regular para tratamento conservador (ortodôntico e/ou ortopédico) (Anexo B).

17 Os indivíduos pertencentes ao subtipo severo deveriam apresentar uma desproporção extrema entre os terços médio e inferior, somada às características descritas no subtipo anterior e acrescidas de mais sinais típicos da face curta, em magnitude suficiente para tornar a face desagradável. Nesses indivíduos, o prognóstico para tratamento conservador é ruim e a cirurgia ortognática está indicada para normalização das relações faciais.

18 3. RESULTADOS Depois de realizada a triagem nos colégios (estaduais, municipais e no único colégio particular da cidade de Palmitos/SC), foram avaliados 1.093 alunos. Os dois primeiros avaliadores classificaram desta amostra um total de sete alunos, que apresentaram características faciais compatíveis com indivíduos padrão face curta. Estes sete alunos representam uma incidência de 0,64% da amostra, conforme demonstrado na Tabela 1. Tabela 1. Frequência de alunos em relação ao padrão facial PADRÃO FACIAL NÚMERO ALUNOS PORCENTAGEM % Padrão face curta 07 0,64% Demais Padrões 1.086 99,36% TOTAL 1.093 100% Gráfico 1. Frequência de alunos em relação ao padrão facial 1500 1000 1086 Número de alunos 500 0 Fa 0,64% 7 99,36% Face Curta Demais

19 Tabela 2. Frequência de alunos de acordo com o gênero GÊNERO QUANTIDADE Feminino 2 Masculino 5 TOTAL 7 Gráfico 2. Frequência de alunos de acordo com o gênero Distribuicão Por Gênero Feminino 29% Masculino 71% Tabela 3. Frequência de alunos por faixa etária IDADE QUANTIDADE 12 Anos 2 13 Anos 4 14 Anos 1 TOTAL 7

20 Gráfico 3. Frequência de alunos por faixa etária Da amostra total, seis alunos foram classificados como padrão face curta moderado (Anexo A), um aluno foi classificado como padrão face curta médio (Anexo B). Na amostra avaliada, nenhum aluno foi classificado como pertencente ao subtipo grave.

21 4. DISCUSSÃO A classificação dos indivíduos padrão face curta é provavelmente mais complexa em relação aos outros padrões faciais. Um argumento para esta afirmação seria a possibilidade da dimensão vertical de repouso influenciar no diagnóstico desses pacientes, onde o terço inferior da face encontra-se comprometido, mascarando o diagnóstico. Essa compensação pode neutralizar o impacto estético da face curta. Neste levantamento epidemiológico, esperava-se encontrar um número maior de pacientes padrão face curta, considerando a colonização do município de Palmitos/SC, ocorrida exclusivamente por imigrantes de origem alemã e italiana. Considerando que as características faciais apresentam herança predominantemente genética, uma incidência maior do padrão face curta era esperado, fato este que não foi verificado neste estudo. Devido à falta de levantamentos epidemiológicos acerca dessa deformidade vertical, não foi possível uma comparação direta com outros estudos. Os indivíduos pertencentes ao subtipo moderado encontrados neste estudo são aqueles cujo diagnóstico torna-se mais difícil, considerando o fato de que, quando estes encontram-se em posição de repouso, as características faciais aproximam-se muito dos pacientes Padrão I braquifaciais. O nariz tende ser normal ou largo e a expressão zigomática plena (CAPELOZZA FILHO, 2004), confundindo ainda mais uma definição de diagnóstico. Em outras palavras, estes indivíduos poderiam ser classificados como limítrofes para Padrão I braquifacial, especialmente na avaliação frontal.

22 Na avaliação do perfil facial lateral, os indivíduos do subtipo moderado são frequentemente confundidos com indivíduos portadores de Padrão II, deficiência mandibular. Características comuns para ambos os padrões podem ser elencadas: compressão labial; sulco mento-labial marcado; e lábio inferior evertido. Estes indivíduos podem não apresentar desproporção verdadeira entre os terços faciais, sendo mais frequentemente diagnosticados em idade jovem, considerando a piora que ocorre nesse padrão com o evoluir da idade. O avanço da mandíbula como diagnóstico diferencial é um fator imprescindível para facilitar o diagnóstico do padrão face curta moderado. Para os pacientes Padrão II, deficiência mandibular, o avanço mandibular predictivo elimina a discrepância. Para os indivíduos padrão face curta subtipo moderado, o avanço mandibular vai tender a dar à mandíbula um aspecto de Padrão III. Para que o diagnóstico possa ser fechado ao final da análise facial, exames complementares, como a radiografia lateral da face, são de extrema importância para a determinação da morfologia do esqueleto facial e da magnitude da compensação dentária (CAPELOZZA FILHO, 2004). Na avaliação morfológica da radiografia lateral da face, a visualização da região dos molares superiores deve ser priorizada. Nestes indivíduos, o ápice dos molares superiores encontra-se muito próximo ou em contato com o plano palatino, sendo esta distância maior nos indivíduos Padrão I braquifaciais. A diminuição do ângulo interincisivo deve sempre ser buscada no manejo terapêutico desses indivíduos, por meio da protrusão dos incisivos superiores e inferiores. O objetivo desse procedimento é diminuir o impacto do crescimento anterior do côndilo, diminuindo a sobremordida e trazendo reflexos positivos no aumento da Altura Facial Anterior Inferior (AFAI).

23 De qualquer forma, as metas terapêuticas para o tratamento dos indivíduos pertencentes ao subtipo moderado e Padrão I braquifacial são as mesmas: evitar extrações dentárias e esforços no sentido de aumentar o volume intrabucal e a altura facial anterior inferior são bem aceitos nesses indivíduos (TURLEY, 1996; CAPELOZZA FILHO, 2004). Quando tratados sob a perspectiva descrita anteriormente, recompensas significativas são alcançadas. As características faciais para o subtipo médio são mais intensas, facilitando sua identificação. Para esses indivíduos, a presença de uma desproporção verdadeira entre os terços médio e inferior pode ser observada. Sendo assim, não há dúvida quanto ao diagnóstico do padrão face curta. Nesses indivíduos, o prognóstico é regular para tratamento conservador, considerando as limitações da ortodontia e ortopedia facial em promover aumento da altura facial anterior. No que concerne ao subtipo médio, apenas um indivíduo foi classificado como pertencente a este subtipo. Considerando o número total de indivíduos avaliados neste estudo, pode-se concluir que a incidência para o padrão face curta em indivíduos jovens matriculados no ensino fundamental é muito baixa. Considerando que a doença padrão face curta se agrava com o evolver da idade, provavelmente alguns indivíduos classificados como subtipo moderado, na ausência de cuidados essenciais para preservação da dimensão vertical como evitar perdas dentárias, apertamento, manutenção do ângulo interincisivo podem migrar para o subtipo médio. Para esses indivíduos, os fatores ambientais não podem ser considerados primários na determinação desse subtipo. O terapeuta tem que ter a consciência da determinante genética primária em indivíduos que exibem este padrão de gravidade.

24 Nenhum indivíduo foi classificado como pertencente ao subtipo severo na amostra avaliada. Neles, o envolvimento na construção da desarmonia esquelética é puramente genético. As características são, indubitavelmente, mais marcantes no subtipo severo. Os sinais da doença nesse nível de severidade são mais evidentes em pacientes adultos do que em jovens, e talvez seja esse o motivo da ausência de indivíduos subtipo severo no presente estudo. O tratamento nos indivíduos pertencentes ao subtipo severo deve priorizar, em fase precoce, a irrupção dentária frequentemente prejudicada pela tendência de sobremordida e lingualização dos incisivos. Após o término do crescimento ativo, a cirurgia ortognática apresenta indicação plena para equilíbrio das relações faciais, considerando ainda um protocolo de contenção em longo prazo para que os resultados obtidos sejam mais estáveis. Não obstante, os riscos potenciais em termos de perda da qualidade do tratamento ocasionado por recidiva ou instabilidade devem ser informados ao paciente, assim como o compromisso relacionado ao protocolo de contenção.

25 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após avaliação de 1.093 alunos da faixa etária de 12 a 15 anos, encontramos sete indivíduos apresentando características faciais de padrão face curta, concluímos que: Houve uma incidência de 0,64% de indivíduos apresentando características faciais do padrão face curta. Destes, dois eram do gênero feminino, representando 29%, e cinco eram do gênero masculino, representando 71% da amostra. Seis foram classificados como padrão face curta moderado e um foi classificado como padrão face curta médio. A faixa etária dos 13 anos foi a que apresentou maior frequência, com quatro indivíduos, seguida pela de 12 anos, com dois e somente um indivíduo apresentando 14 anos.

26 REFERÊNCIAS BECKMANN, S. H. et al. Alveolar and skeletal dimensions associated with lower face height. Am. J. Orthod. Dentofacial Orthop., St. Louis, v. 113, n. 5, p. 498-506, May 1998. BELL, W. H.; CREEKMORE, T. D.; ALEXANDER, R. G. Surgical correction of the long face syndrome. Am. J. Orthod., v. 71, p. 40-67, 1977. BLANCHETTE, M. E. et al. A longitudinal cephalometric study of the soft tissue profile of short-and long-face syndromes from 7 to 17 years. Am J. Orthod. Dentofac. Orthop., v. 109, p. 116-131, 1996. BJORK, A.; SKIELLER, V. Facial development and tooth erupcion: an implant study at the age of puberty Am. J. Orthod., St. Louis, v. 62, n. 4, p. 339-383, Oct. 1972.. Normal and abnormal growth of the mandible. A synthesis of longitudinal cephalometric implant studies over a period of 25 years. Eur. J. Orthod., London, v. 5, n. 1, p. 1-46, Feb. 1983. CAPELOZZA FILHO, L. Diagnóstico em Ortodontia. Maringá: Editora Dental Press, 2004. CARDOSO, M. A. et al. Estudo das Características Oclusais em Portadores de Padrão Face Longa com Indicação de Tratamento Ortodôntico-Cirúrgico. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Maxilar, v. 7, p. 63-70, 2002.. Características cefalométricas do Padrão Face Longa. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, v. 10, p. 29-42, 2005.. Proposta para classificação, segundo a severidade, dos indivíduos portadores de más oclusões do Padrão Face Curta. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop FacialMaxilar, v. 12, p. 124-158, 2007. FIELDS, H. W. et al. Facial pattern differences in long-faced children and adults. Am. J. Orthod., v. 85, p. 217-223, 1984 ISAACSON, J. R. et al. Extreme variations in vertical facial growth and associated variation in skeletal and dental relations. Angle Orthod., v. 41, p. 219-29, 1971. JANSON, G. R.; METAXAS, A.; WOODSIDE, D. G. Variation in maxillary and mandibular molar and icisor vertical dimension in 12 year old subjects with excess, normal, and short lower anterior face height. Am J. Orthod. Dentofac. Orthop., St. Louis, v. 106, n. 4, p. 409-418, Oct. 1994. KARLSEN, A. T. Craniofacial morphology in children with Angle Class II-1 malocclusion with and without deep bite. Angle Orthod., Appleton, v. 64, n. 6, p. 437-446, 1994.

27. Association between facial height development and mandibular growth rotation in low and high MP-SN angle faces: a longitudinal study. Angle Orthod., Appleton, v. 67, n. 2, p. 103-110, 1997. LINDEN, F. P. G. M. van der. Entrevista. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, Maringá, v. 8, n. 2, p. 7-15, mar./abr. 2003. LINDER-ARONSON, S.; WOODSIDE, D. G.; LUNDSTROM, A. Mandibular growth direction following adenoidectomy. Am J. Orthod. Dentofacial. Orthop., St. Louis, v. 89, n. 4, p. 273-284, Apr. 1986 McDOWELL, E. H.; BAKER, I. M. The skeletodental adaptations in deep bite correction. Am J. Orthod. Dentofacial. Orthop., St. Louis, v. 100, n. 4, p. 370-375, Oct. 1991. NANDA, S. K. Patterns of vertical growth in the face. Am J. Orthod. Dentofacial. Orthop., v. 93, p. 103-16, 1988.. Growth patterns in subjects with long and short faces Am J. Orthod. Dentofacial. Orthop., v. 98, p. 247-258, 1990. OPDEBEECK, H. et al. Comparative study between the SFS ans LFS rotation as a possible morphogenic mechanism. Am. J. Orthod., v. 74, p. 509-521, 1978. SASSOUNI, V.; NANDA, S. Analysis of dentofacial vertical proportions. Am. J. Orthod., v. 50, p. 801-823, 1964. SOLW, B.; TALLGREN, A. Natural head position stanging subjects. Acta Odontol. Sacand., Stockjolm, v. 29. n. 5, p. 591-607, 1971. TSAI, K. H. Cephalometric studies of children with long and short faces. J. Clin. Pediatr. Dent., Birmingham, v. 25, n. 1, p. 23-28, Fall 2000. TURLEY, P. K. Orthodontic management of the short face patient. Semen. Orthod., Orlando, v. 2, n. 2, p. 138-152, June 1996. VAN DER LINDEN, P. G. M. O desenvolvimento das faces longas e curtas e as limitações do tratamento. Rev. Dental Press Ortodon. Ortop. Facial, v. 4, p. 6-11, 1999. WESSBERG, G. A.; FISH, L. C.; EPKER, B. N. The short face patient: surgicalorthodontic treatment options. J. Clin. Orthod., Boulder, v. 16, n. 10, p. 668-685, Oct. 1982. ZAHER, A. R. et al. Post treatment changes in different facial types. Angle Orthod., Appleton, v. 64, n. 6, p. 425-436, 1994.

28 ANEXOS Anexo A Figuras 1-6 mostrando indivíduos classificados como padrão facial face curta moderado Figura 1 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo. Figura 2 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo. Figura 3 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo.

29 Figura 4 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo. Figura 5 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo. Figura 6 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo.

30 Anexo B Figura 7 mostrando indivíduo classificado como padrão facial face curta médio Figura 7 Foto lateral, frontal e frontal sorrindo.

31 Anexo C Termo de consentimento livre esclarecido TERMO DE CONSENTIMENTO Título do Projeto: Epidemiologia e definição de critérios morfológicos para o diagnóstico dos indivíduos portadores de Padrão Face Curta, em escolares de doze a quinze anos do município de Palmitos/SC. Citar endereço completo e telefone: AV BRASIL N 1129 B, CENTRO, PALMITOS /SC Pesquisador responsável: ÉLISTON COMPARIN Local em que será desenvolvida a pesquisa: ESCOLAS DO MUNICIPIO DE PALMITOS/SC O aluno será avaliado considerando-se apenas a sua morfologia facial, por um único profissional (pesquisador responsável). Onde o pesquisador irá observar na face do aluno a presença ou não de compressão labial provocada pela desproporção entre os terços faciais, com redução da altura facial anterior inferior. Os indivíduos diagnosticados como portadores de Padrão Face Curta, serão avaliados clinicamente. Será realizada uma anamnese (questionário), além de fotografias faciais (frente, perfil e 45 graus sorrindo) e intra-bucal (frontal, lateral direito, lateral esquerdo, oclusal superior e oclusal inferior). As fotográficas faciais e intra-bucais serão necessárias para a realização do estudo das características faciais dos indivíduos portadores de Padrão Face Curta. Os exames a serem realizados nos indivíduos selecionados (anamnese, exame clínico e fotografias faciais e intra-bucais) não provocam injúrias ou desconfortos maiores nos sujeitos da pesquisa. Estes procedimentos não geram custo às escolas, professores ou alunos pesquisados. Eu entendo que, qualquer informação obtida sobre mim, será confidencial. Eu também entendo que meus registros de pesquisa estão disponíveis para revisão dos pesquisadores. Esclareceram-me que minha identidade não será revelada em nenhuma publicação desta pesquisa; por conseguinte, consinto na publicação para propósitos científicos. Eu entendo que estou livre para recusar minha participação neste estudo ou para desistir a qualquer momento e que a minha decisão não afetará adversamente meu tratamento na clínica ou causar perda de benefícios para os quais eu poderei ser indicado. Eu certifico que li ou foi-me lido o texto de consentimento e entendi seu conteúdo. Uma cópia deste formulário ser-me-á fornecida. Minha assinatura demonstra que concordei livremente em participar deste estudo. Assinatura do participante da pesquisa, ou seu responsável legal: PALMITOS: / /

32 Eu ÉLISTON COMPARIN, responsável pela pesquisa, certifico que expliquei a (o) Sr.(a)..., acima, a natureza, propósito, benefícios e possíveis riscos associados à sua participação nesta pesquisa, que respondi todas as questões que me foram feitas e testemunhei assinatura acima. Assinatura do Pesquisador Responsável:... Data:...

Anexo D Aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa 33