ALOPECIA E OS TRATAMENTOS DE TRANSPLANTE E PRÓTESE CAPILAR

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Transcrição:

1 ALOPECIA E OS TRATAMENTOS DE TRANSPLANTE E PRÓTESE CAPILAR Ana Flávia Erbs¹ - Acadêmica do curso de Cosmetologia e Estética da Universidade Vale do Itajaí - UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Mariele Muniz Mocelin² - Acadêmica do curso de Cosmetologia e Estética da Universidade Vale do Itajaí - UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Marli Machado³ - Orientadora, Bibliotecária e Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Denise Kruger Moser 4 - Co-orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajapi UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos ¹ aninhazitxa@hotmail.com ² marizitah160@hotmail.com ³ marlimachado@univali.br 4 denise.moser@univali.br Resumo: Alopecia é a perda ou ausência de folículos pilosos na cabeça. Pode ser classificada em cicatriciais ou não cicatriciais, tendo tratamento diferenciado para cada uma. A alopecia androgenética carateriza-se como não cicatricial, seus sintomas aparecem após a puberdade em decorrência da produção dos andrógenos e quando há a existência de fatores pré-dispostos geneticamente, ou pelo próprio processo de envelhecimento, o qual ocorre geralmente após os cinquenta anos, principalmente no homem e na mulher após a menopausa. Este estudo tem como objetivo buscar na literatura os recursos estéticos disponíveis para a reposição dos cabelos, melhorando com isso a auto estima e consequentemente a qualidade de vida do indivíduo. A pesquisa se caracterizou como bibliográfica e descritiva, pois buscou-se na literatura informações sobre a alopecia androgenética, tendo como resultado a descrição de duas alternativas, o transplante e a prótese capilar. Este estudo poderá contribuir para pesquisas futuras por interessados da área, promovendo a interdisciplinaridade curricular. Palavras-chave: Alopecia. Alopecia androgenética. Implantes capilares. Próteses capilares. 1 INTRODUÇÃO O pelo serve para muitas finalidades, ele é envolvido na comunicação sexual e social pela construção de adornos como a juba do leão ou a barba do macho humano, ou pela ajuda na dispersão de odores secretados por complexos de glândulas sebáceas ou

2 apócrinas, ou ainda pela bela exibição dos cabelos por muitas mulheres, com auxilio cosmético. Não é de hoje a constante preocupação que o homem tem com seus cabelos. Em algumas culturas, o aspecto dos cabelos pode ser questão de diferenças sociais ou profissionais, religiosas ou políticas. O cabelo tem um grande peso na aparência pessoal, para muitos perdê-lo é um desfiguramento grave, afetando sua auto estima. Muitas pessoas são acometidas por disfunções quantitativas com relação aos cabelos, ou seja, a perda dos mesmos. São várias patologias que podem estar associadas à perda definitiva ou temporária dos cabelos. Classificam-se em dois grandes grupos a chamada perda de cabelo ou alopecia, que do grego (alopekia) significa sarna de raposa. As alopecias cicatriciais e as não cicatriciais. A alimentação, medicação, hormônios, gravidez, cuidados inadequados com o cabelo, stress, doenças, herança genética e outros fatores podem levar ao desencadeamento da alopecia não cicatricial. Por isso muitas pessoas, em grande parte o público masculino, tem buscado tratamentos para a alopecia tentando recuperar sua aparência estética, a auto-estima e até mesmo o antienvelhecimento. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi escolhido um tipo de alopecia específica que está correlacionada à predisposição genética existente e ao androgênio masculino: a testosterona, denominada de Alopecia Androgenética Masculina/Feminina. Diante do exposto, este trabalho pretende apresentar conhecimentos sobre a anatomia do folículo piloso, a etiopatogenia da alopecia androgenética e a descrição dos recursos utilizados para recuperação dos fios do couro cabeludo: o transplante capilar e quando não existir a possibilidade da recuperação dos mesmos a utilização das próteses capilares. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Anatomia do folículo piloso O cabelo é uma estrutura epidermal, que consiste de raiz, dentro da derme e uma haste que projeta acima da superfície. É uma estrutura morta, composta de células queratinizadas e unidas, crescendo em tubo que atravessa a epiderme por meio do folículo piloso. Existem dois tipos de pelo: o velus, que é fino e claro que substitui o lanugo, após o nascimento, e o terminal que é mais espesso e pigmentado, como o encontrado nos cabelos (KUREBAYASHI; LEONARDI; BEDIN, 2008).

3 Os pelos crescem de folículos que são invaginações semelhantes a uma meia do epitélio superficial, cada um dos quais envolve na sua base uma pequena área de derme conhecida como a papila dérmica. Ela consiste em um grupo altamente ativo de células, que possuem a capacidade de induzir o desenvolvimento do folículo a partir da epiderme e a produção da haste ou fibra do pelo. (DAWBER; NESTE, 1996). O folículo piloso é invisível aos olhos, pois fica interno à pele. Nessa estrutura existe a raiz do cabelo, sua única parte viva, formada pela papila dérmica, pelo bulbo capilar e também por glândulas sebáceas que são as responsáveis pela produção da oleosidade natural do cabelo (GOMES, 1999). A haste do cabelo (parte visível), de acordo com o raciocínio de Kurebayashi; Leonardi; Bedin (2008) é formada de fora para dentro por três partes principais: medula, córtex e cutícula. Medula - a parte mais interna, que situa-se na parte central do fio. Cortex camada em volta da medula, que ocupa a maior parte da área do cabelo e é formada por células mortas alongadas, responsáveis pela elasticidade e pela resistência do fio de cabelo, ricas em melanina, pigmento responsável pela cor que os cabelos apresentam. Cutícula - situa-se na parte mais externa do fio capilar e é formada por células ricas em queratina anucleadas e achatadas, que se encaixam umas nas outras, podendo formar de cinco a dez camadas de placas oferecendo maior proteção. Em circunstâncias normais, a produção do cabelo em cada folículo ocorre de maneira cíclica, passando por três fases que serão descritas no próximo item. 2.2 Fases ou ciclos de crescimento do pelo O fio de cabelo passa por três fases ao longo de seu ciclo vital, o qual é constituído das fases anágena, catágena e telógena (KUREBAYASHI; LEONARDI; BEDIN, 2008). A fase anágena é aquela em que o cabelo está realmente crescendo, ela dura de três a seis anos no couro cabeludo e cresce de 12 a 15 cm por ano. Cerca de 80% a 90 % de cabelo estão nessa fase (GOMES, 1999). A fase catágena ou fase de regressão a atividade das células-matrizes cessa, assim como a melanogênese. O bulbo se afina, sua parte baixa se destrói progressivamente, a bainha epitelial externa desaparece, a base do pêlo toma

4 forma de bastão, o pêlo se separa da matriz e sobe para o folículo piloso, a papila só é unida ao folículo piloso por um fino cordão de células epiteliais. Esta fase dura de duas a três semanas. (HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, c1999) A fase telógena é a fase de repouso do pêlo. Nesta fase a matriz para de proliferar gradualmente, fica muito mais lenta, cessando completamente e descola-se em sentido da superfície da pele. A bainha interna do pelo, que normalmente se desintegra no folículo anágeno no nível do ducto sebáceo, está totalmente ausente no folículo telógeno e a parte externa se afina e passa a envolver totalmente o pelo. O folículo torna-se uma estrutura de âncora para o desenvolvimento de um novo folículo, o bulbo continua a sua ascensão até a superfície, pressionado por outro, logo abaixo, em fase anágena. Com uma duração de 100 dias, cerca de 20% dos cabelos devem estar nesta fase (MANSUR; GAMONAL, 2004) De acordo com o pensamento de Pereira (2001) a queda normal diária de cabelos tem uma relação direta com o número total de cabelos, e também com a duração da fase anágena. Ele supõe que uma pessoa com 100 mil fios de cabelo, com uma fase anágena de três anos, terá uma queda média de cem fios por dia. Se ela tiver 200 mil fios com fase anágena de três anos, terá uma queda de 200 fios por dia. Uma pessoa com 100 mil fios com fase anágena de oito anos terá uma queda de 34 fios diários. Ressalta que a perda diária é variável entre os indivíduos. Normalmente um fio de cabelo cresce em média 0,33mm por dia, ainda segundo concepção de Pereira (2001). Se uma pessoa tiver 150.000 fios de cabelos no couro cabeludo, 80% deles estarão na fase anágena, ou seja, 120.000 fios estarão crescendo. De acordo com a literatura são várias as doenças inflamatórias, infecciosas, hereditárias, neoplásicas, metabólicas, entre outras, que podem afetar o folículo piloso, seja em sua estrutura anatômica, ou em sua atividade fisiológica. Tendo diversas conseqüências sobre os cabelos, como: mudança de cor, estrutura, consistência, aspecto, queda e até destruição total do folículo piloso. Sendo a queda dos cabelos, objeto de estudo desta pesquisa, será vista de forma mais detalhada. 2.3 Alterações quantitativas ou alopecias

5 Segundo Raffa; Rawls; Beyzarov (2006) a alopecia é a perda ou ausência de pelos ou cabelos, tendo uma perda maior na cabeça devido à decorrência de certas doenças, medicamentos e distúrbios endócrinos. A queda de cabelo pode ocorrer a qualquer momento em que o ciclo do crescimento é perturbado. No couro cabeludo uma perda importante de folículos pilosos ocorre comumente em ambos os sexos e progride após os 20 anos, mas tendo um diagnóstico diferenciado para cada indivíduo (AVRAM et al., 2008). As calvícies podem ser definitivas (também chamadas de cicatriciais) ou transitórias (também chamadas de não cicatriciais). Dependendo do tipo de calvície, o tratamento é totalmente diferente. A alopecia cicatricial seria um grupo com as mais diversas etiologias e patogêneses que tem como característica a irreversibilidade no crescimento dos cabelos, devido à destruição das células tronco, ou seja, uma destruição do folículo piloso durante a vida, como por exemplo, uma queimadura, lesões graves ou radioterapia (PEREIRA, 2001). As Alopecias temporárias ou não cicatriciais são aquelas em que a perda de cabelo não é definitiva. Com ou sem tratamento o cabelo irá voltar. Este fenômeno também pode ser chamado de eflúvio telogênico. Qualquer processo que acometa a saúde pode levar a este fenômeno, entre eles desnutrição, febre, anemia, doenças da tireóide, pós-operatórios de qualquer cirurgia, stress, quimioterapia, medicações, emagrecimento, entre outros. O tratamento é o controle da doença ou estabilização da alteração orgânica que levou à queda dos cabelos (por exemplo, tratar a anemia ou a doença da tireóide fará o cabelo voltar a crescer normalmente). Nestes casos, é totalmente contra indicado qualquer procedimento cirúrgico. Tratamentos com medicações locais como o minoxidil ou o laser de baixa freqüência podem acelerar o crescimento do cabelo, mas somente devem ser prescritos por um médico. Tratamentos estéticos como próteses de cabelo também podem ser utilizados nestes casos (CLINICA SANDRO SALANITRI, 2010). Qualquer área afetada pela alopecia, independente de sua origem, pode apresentar as seguintes possibilidades tricológicas, de acordo com os estudos de Pereira (2001) 1. Ausência total de qualquer tipo de pelo; 2. Apresentar vários pelos tipo velo; 3. Presença de velos com alguns pelos terminais;

6 4. Ausência de velos, porém com raros pelos terminais, e 5. Em qualquer das possibilidades, exceto a primeira, pode-se também observar a presença de pequenos pelos anágenos, que seriam pelos refazendo a área alopecia. Para um melhor entendimento, a alopecia androgênica, objeto deste estudo será abordada de forma mais profunda nos próximos itens. 2.3.1 Alopecia Androgenética A calvície, conhecida na medicina como alopecia androgenética, andro por causa dos andrógenos, que são hormônios masculinos e genética obviamente pela condição genética, também pode ser chamada de calvície comum, alopecia em padrão masculino, alopecia em padrão feminino e alopecia dependente de androgênio. Representam entre 3% e 8% das primeiras consultas dermatológicas, em que o paciente mais comum é um homem jovem que consulta por alopecia androgenética (ZEVALLOS, 2009). A alopecia é uma das patologias mais freqüentes em homens de diversas faixas etárias. De acordo com Sampaio e Rivitti (2007), 50% dos homens e 40% das mulheres na faixa dos cinqüenta anos sofrem dessa doença. O desenvolvimento da calvície pode ser associado ao encurtamento da fase anágena do ciclo do folículo e como conseqüência um aumento da proporção de cabelos telógenos, podendo ser detectado em tricogramas da região frontovertical, antes da aparição da calvície (DAWBER; NESTE, 1996). É uma doença extremamente comum, afetando tanto homens como mulheres. A incidência geralmente é maior no sexo masculino do que no feminino (FEINSTEIN, 2009). Ela pode ser classificada de duas formas de acordo com Rutowitsch (2004): Alopecia androgenética (AA) no homem ou calvície masculina; Alopecia androgenética (AA) na mulher Em ambos os sexos na alopecia androgenética a região da nuca não é afetada. Esta calvície é a mais comum no ser humano. A calvície androgenética, tanto no homem como na mulher somente ocorre após a puberdade, período de grandes alterações hormonais. Após este período, pode ocorrer em qualquer fase da vida. Na mulher, porém geralmente inicia em idades mais avançadas que o homem, piorando no período da menopausa. Tem caráter evolutivo, porém pode variar de intensidade. A história

7 familiar da calvície de um indivíduo pode dar um prognóstico de como ela poderá evoluir. Com o processo da alopecia androgenética, há um aumento dos cabelos que estão na fase telogênica ou de morte e diminuição da fase dos cabelos no ciclo de crescimento, portanto geralmente este tipo de calvície é progressiva. A alopecia androgenética pode ser tratada com tratamento clínico, cirúrgico ou cosmético (CLINICA SANDRO SALINITRI, 2010). Historicamente, a calvície sempre foi um atributo predominante masculino, mas que também, pode atingir o sexo feminino. Aparições e causas podem diferenciar uma da outra. 2.3.1.1 AA masculina A alopecia androgenética envolve vários fatores de ordem genética e hormonal, mas é caracterizada por ocorrer uma alteração nos folículos geneticamente propensos após a exposição aos androgênios na puberdade. Conseqüentemente o folículo sofre ciclos de extensão decrescente, produzindo gradativamente pelos cada vez mais finos, curtos e despigmentados até que ocorra mudança completa para o velus (DAWBER; NESTE, 1996). No homem a alopecia se manifesta com a presença do hormônio masculino, a testosterona (T) (WILKINSON; MOORE, 1990). É o andrógeno de maior concentração, dentre suas várias transformações, a sua conversão para diidrotestosterona é importante para entender o processo da AAG (RUTOWITSCH, 2004). A enzima citoplasmática chamada 5-alfa-redutase converte a testosterona em diidrotestosterona, a DHT que provoca a redução progressiva dos folículos pilosos geneticamente suscetíveis encurtando sua fase de crescimento (BAUMANN, 2004). Após a administração da testosterona, a calvície desenvolve-se naqueles que são geneticamente predispostos (DAWBER; NESTE, 1996). A AA masculina de pode necessitar apenas tratamento clínico, cirúrgico ou ambos, dependendo do grau da calvície. Geralmente a calvície se inicia pelas entradas, com um afinamento dos fios de cabelo e por fim com a queda progressiva destes e a substituição por fios cada vez mais finos até chegar a uma fina penugem. No homem, o couro cabeludo acometido é o da frente e o de cima da cabeça como mostra a classificação de Hamilton Norwwood (CLINICA SANDRO SALINITRI, 2010).

8 Figura 1: Classificação de Hamilton Norwwood Fonte: Clinica Sandro Salitri (2010) A calvície, que já incomoda bastante os homens, quando acomete as mulheres pode ser causa de grande ansiedade e sofrimento emocional. Normalmente é acompanhada de um quadro depressivo associado. Os cabelos têm grande importância na estética feminina e são muito valorizados como característica deste sexo. A perda deles traz enorme significado em relação à auto-estima sendo motivo frequente de busca de tratamento. 2.3.1.2 AA feminina Para a mulher, esse problema deve ser enfrentado como uma patologia que pode ser tratada, e ser encarada com bastante atenção pelo médico. Pois, além de ser um problema médico e estético, pode gerar um problema de ordem psicológica. Para Filippo (2004) as pessoas observam as mulheres com poucos cabelos, como mais velhas do que elas são e menos atrativas tanto física quanto socialmente. O autor comenta ainda que, a grande maioria das pessoas com mais de 30 anos sofre dessa doença. Já o padrão feminino é enumerado por diversas causas. A AA feminina pode surgir em qualquer época da vida, é uma condição genética comum,

9 causada por um gene único, autossômico dominante com penetrância reduzida no sexo feminino. Pode estar associada ou não às endocrinopatias androgênicas. Em mulheres adultas é apresentada uma alteração em relação ao padrão de cabelos pré-puberal. A alteração máxima ocorre após a menopausa, quando as concentrações de estrogênios declinam e existe um ambiente mais androgênico (DAWBER; NESTE, 1996). Segundo Avram et al (2008), a alopecia androgenética, no caso de um padrão feminino de perda de cabelo, os primeiros sinais são notados a partir de um afinamento difuso dos cabelos na parte média do couro cabeludo mantendo a linha do cabelo na região frontal ou também pode se apresentar através da queda dos cabelos bilateralmente nas regiões temporais. Filippo (2004) em seus estudos ressalta que um indivíduo com fator genético para calvície apresenta no folículo piloso a 5-alfa-redutase tipo II, uma enzima que transforma a testosterona em diidrotestosterona (DHT) e este, através de receptores específicos androgênicos situados na membrana nuclear, penetra no interior do núcleo e altera o DNA. O RNA mensageiro, dessa forma, modifica a síntese de proteínas nas células da matriz, levando às alterações no metabolismo do folículo piloso, podendo levar tanto ao hirsutismo, como a alopecia androgenética feminina. A alopecia é um dos temas mais discutidos e pesquisados no mundo da dermatologia. Cada vez mais, produtos cosméticos e farmacêuticos são lançados em busca da resolução desta disfunção (LEONARDI, 2008) A classificação da AA feminina realizada por Ludwig, possui três graus: Grau I para casos de rarefação leve, mais visível "na risca" do cabelo. Depois há o grau II, onde é possível observar uma certa transparência do cabelo que permite visualizar o couro cabeludo. Já o grau III são casos avançados nos quais uma calvície de fato já está instalada, embora muito raramente as mulheres chegam a um ponto em que ficam completamente sem cabelos. Figura 2: Classificação de Ludwig Fonte: Pereira (2010)

10 Diferente dos homens, que perdem seus cabelos na totalidade, a perda das mulheres é parcial. A área mais crítica das mulheres é a região superior frontal da cabeça. Outra diferença é que, nas mulheres, os cabelos das regiões laterais e posterior da cabeça também podem estar afetadas, fato incomum nos homens. A maioria das mulheres com calvície tende a preservar os cabelos da linha frontal, enquanto os homens desenvolvem as entradas. Este quadro pode se tornar mais intenso se a mulher apresentar alterações hormonais, como a síndrome do ovário policístico ou na menopausa. Em algumas mulheres, a AA só começa a se manifestar após a menopausa quando ocorre uma diminuição da produção dos hormônios femininos. Em outros, já pode ser detectada após a puberdade. O afinamento dos fios, dificuldade de crescimento e a rarefação frontal são características na fase inicial da alopecia androgenética feminina (PEREIRA, 2010). Como visto, a alopecia acomete tanto homens como mulheres, afetando sua autoestima e em alguns casos provocando crises de depressão, ansiedade e sofrimento emocional, pois os cabelos têm grande importância na estética de ambos os sexos. Para resolver tais problemas, homens e mulheres procuram por procedimentos cirúrgicos, como técnicas de transplante e próteses capilares, os quais serão detalhados a seguir. 2.4 Técnicas de transplante e prótese capilar Como complemento estético do homem e da mulher, o cabelo desempenha importante papel na proteção contra o frio, calor e raios solares. Sinônimo de juventude plena e vitalidade são importantes para autoafirmação do individuo. Atualmente o mercado oferece várias técnicas de tratamentos capilares, dentre elas cita-se nesse trabalho os transplantes de folículos pilosos e as próteses capilares, que possibilitam ao individuo um aspecto de cabelo natural e sem cicatriz. 24.1 Transplante O Transplante capilar é a transferência das unidades foliculares (raízes) colhidas nas regiões não afetadas pela genética da alopecia (área doadora), para as regiões afetadas. Esse cabelo nasce, cresce normalmente e dura a vida toda. (PEREIRA, 2010). Em relação à técnica de transplante, Sobral (2008) observa que ela pode ser realizada fio a fio ou por meio da enxertia, e as conceitua:

11 Fio a fio os cabelos são implantados um a um nas primeiras linhas da cabeça, e agrupadas em 3 ou 4 na parte posterior da cabeça; Enxertia transplantes de unidades foliculares, na qual enxertos retirados do couro capilar do paciente são reimplantados em regiões onde não há folículos. A técnica do transplante de cabelo com fio a fio, corresponde à separação folicular de cada fio por meio de lentes de aumento, empregando tecnologia em materiais de microcirurgia, aliada à competência do profissional. Em relação ao transplante capilar pela técnica fio a fio o Grupo Médico Massino Cesana (2010) indica: Homens Calvície androgenética de qualquer tipo ou grau, desde as pequenas entradas até calvícies extensas. Falha ou falta de pêlos na região axilar, genital, peitoral (por exemplo, para esconder marcas de cicatrizes de ginecomastia) e labial (por exemplo, na reconstrução do bigode nos portadores de lábio leporino). Cicatrizes no couro cabeludo devido a acidentes, queimaduras ou cirurgias. Pacientes insatisfeitos com cirurgias anteriores, por ficarem com aspecto tipo "cabelo de boneca" ou implantação baixa da linha do cabelo. Mulheres Pequena quantidade de cabelo na região frontal com característica de queda do tipo padrão masculino. Falta de sobrancelhas (perdas por depilação contínua, acidente, queimadura, foliculites e outras patologias dermatológicas, ausência congênita, esconder tatuagem definitiva, após cirurgias de tumores ou radiações) e cílios. Falha ou falta de pêlos na região genital feminina (por exemplo para esconder cicatrizes de cesárea). Falhas ou falta de cabelo devido à cirurgia plástica de face (Ritidoplastia), cicatrizes por acidentes, infecções, tumores ou queimaduras. Nos anos 30 e 40, médicos japoneses já utilizavam pequenos enxertos de cabelos para preencher a área calva. Nos anos 90 as unidades foliculares já eram utilizadas em larga escala, combinadas com os enxertos tradicionais. Hoje, de acordo com a Clinica

12 Muricy (2010) técnicas muito mais modernas e precisas são utilizadas, tais como: megatransplante, supermega sessão e giga sessão. Para Avram et al (2008), os folículos pilosos mantêm seu destino genético onde quer que eles cresçam no couro cabeludo. O cabelo transplantado do couro cabeludo posterior crescerá por tanto tempo quanto foi geneticamente programado para crescer. Para a grande maioria dos homens, o cabelo transplantado crescerá durante décadas. O autor ainda comenta que o transplante de cabelos para homens e mulheres utiliza as mesmas técnicas de coleta na região doadora e de criação de enxertos, os mesmos instrumentos, anestesia, e tratamento pré-operatório e pós-operatório. O cabelo cresce naturalmente em feixes de 1 a 4 folículos pilosos. O implante de cabelos contemporâneo utiliza um grande número de enxertos de 1 a 4 fios, resultando numa aparência natural do cabelo implantado. A região preferida como área doadora é a occipital, local onde os folículos apresentam dominância com relação à área receptora, e cuja camada germinativa apresenta grande durabilidade (LATTANAND & JOHNSON, 1975 apud LE VOCI, 2004). O cabelo é retirado da área doadora (região posterior da cabeça, occipital) de forma simples e rápida, no formato de uma fina faixa do couro cabeludo. As bordas são aproximadas lado a lado e suturadas em dois planos, sendo um profundo e outro superficial, bem delicado, de forma a deixar apenas um traço imperceptível. A grande importância da sutura profunda é reter a tensão, impedindo que a sutura alargue após serem retirados os pontos. Estes pontos internos serão reabsorvidos após 6 semanas. O resultado é uma linha cicatricial de 1 mm de largura, imperceptível, pois fica encoberta pelo cabelo, mesmo curto, ainda com os pontos o cabelo cobre o local, deixando geralmente inaparente (TYKOCINSKI MEDICAL GROUP, 2010). Segundo os estudos de Le Voci (2004), uma série de fatias de, aproximadamente, 2 a 3 mm são seccionadas de maneira perpendicular, tomando-se o cuidado de manter a mesma dos folículos e não seccionados o bulbo, o que inutiliza o enxerto. É removido o tecido adiposo do subcutâneo, deixando quantidade suficiente de gordura importante para sua proteção, embebição e nutrição do bulbo piloso. Após é preparado os micro e minienxertos e as unidades foliculares, utilizando lupas especiais e microscópios próprios para esta finalidade. Na área receptora é feita inicialmente o desenho da linha de implantação de forma a se evitar um aspecto muito regular, que é esteticamente indesejado. Após a

13 anestesia, múltiplas incisões puntiformes são realizadas com lâminas de bisturi ou com microbisturi ou ainda agulhas com pontas cortantes e procede-se à colocação dos enxertos (LE VOCI, 2004). Os minienxertos (MICs) são colhidos na região occipital, transplantados para a região calva e sofrem o mesmo processo de involução, latência e germinação. Há um crescimento aparente de mais ou menos meio centímetro nas primeiras três semanas, continuando a ocorrer a queratinização e o alongamento do folículo capilar e posteriormente passando por todas as fases do crescimento do folículo (UEBEL, 2006). Figura 3: Área doadora Fonte: Pereira (2010) Figura 4: Divisão e separação dos folículos para visão estereoscópia Fonte: Pereira (2010) Figura 5: Implante dos folículoss Fonte: Pereira (2010)

14 No final de todo o procedimento, é feito um curativo que é retirado no pósoperatório de 24 horas, quando o paciente terá seus cabelos lavados. O tempo da cirurgia é de 4 e 5 horas em média. O número de sessões varia. Normalmente duas sessões são o suficiente. Há casos extremos, em que uma terceira sessão é necessária. Os fios transplantados caem nas duas primeiras semanas, mas a raiz permanece. No período de dez a doze semanas, após todo o procedimento cirúrgico, os novos cabelos voltam a crescer e, como são cabelos naturais, eles podem ser penteados sem a necessidade de qualquer cuidado adicional (CLINICA MURICY, 2010). O pós-cirúrgico depois da remoção das saturas, é possível retornar as atividades esportivas após 1 semana depois da cirurgia, 2 semanas depois é possível passar tintura de cabelo. É feita uma revisão inicial 6 meses depois da cirurgia, e revisões subseqüentes a cada 3 meses, até 15 meses. O resultado estético completo é de 9 a 15 meses depois da cirurgia (AVRAM et al., 2008). Além do transplante capilar existe a prótese capilar que será visto a seguir, onde não é necessário nenhum tipo de cirurgia. 2.4.2 Prótese Capilar As próteses são compostas por uma base de pele sintética hipoalérgica na qual é implantado o cabelo natural. Feita de um polímero desenvolvido com exclusividade, tem textura semelhante à pele humana e adapta-se perfeitamente ao formato e à temperatura do couro cabeludo. A prótese exige manutenção, mais ou menos de três a quatro semanas (CORREIO DO POVO, 2009). Podem ser colados com adesivos antialérgicos, clipes resistentes ou mesmo entrelaçadas ao próprio cabelo do cliente, permitindo uma fixação perfeitamente segura (CLINICA SANDRO SALINITRI, 2010). Figura 6: Prótese capilar Figura 7: Prótese capilar Fonte: Adeus Calvicie (2010) Fonte: Maluf (2010)

15 Para se colocar uma prótese é necessária a ajuda de um profissional, assim o paciente será auxiliado e poderá escolher o tom do cabelo que seja de seu agrado. É recomendado de três a quatro semanas voltar ao especialista para a manutenção, pois a prótese começa a descolar. O especialista retira a cola e outra camada é aplicada (MALUF, 2010). Cuidados com a prótese Lavar a cabeça com shampoo sem sal realizando movimentos verticais ou horizontais, nunca movimentos circulares. Usar produtos como: pomadas, mousse, gel e produtos do gênero sem álcool são recomendados. Quanto ao uso de secador usar sempre com uma certa distância da cabeça e para pentear, escovas de madeira com cerdas arredondadas. Caso haja coceira usar a ponta dos dedos e não as unhas (ADEUS CALVICIE, 2010). METODOLOGIA Este trabalho fez uso da pesquisa bibliográfica, que de acordo com o Cruz e Ribeiro (2004) é: visar um levantamento dos trabalhos realizados anteriormente sobre o mesmo assunto que está sendo estudado, pode identificar e selecionar os métodos e técnicas a serem utilizados, além de fornecer subsídios para a redação da introdução e revisão da literatura do trabalho, leva ao aprendizado sobre uma determinada área. Pesquisas realizadas em materiais já elaborados como em livros de autores citados durante o trabalho, textos de sites retirados da internet, artigos científicos, foram essenciais para a elaboração deste artigo. No trabalho também foi utilizado a pesquisa descritiva que tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis (GIL, 2002, p. 42). CONSIDERAÇOES FINAIS Na alopecia androgenética ocorre um encurtamento da fase anágena do ciclo do folículo e como conseqüência um aumento da proporção de cabelos telógenos, ou seja, são produzidos folículos cada vez mais finos, curtos e até despigmentados.

16 Uma das causas é a manifestação através dos hormônios masculinos androgênicos, a testosterona, tendo sinais a partir da puberdade nos homens e da menopausa nas mulheres além da pré-disposição genética da doença. Muitos dos casos existe a recuperação por meio da aplicação tópica de medicamentos ou o uso oral para a melhora e recuperação dos folículos, porém dependendo do grau a suspensão do uso dos medicamentos num período de 3 a 4 meses a queda do cabelo volta a se instalar. Um dos recursos utilizados pela medicina estética são os transplantes capilares, os quais tiveram uma evolução muito grande em suas técnicas, deixando o paciente com resultados extremamente naturais. Os transplantes capilares foram experiências utilizadas pelos japoneses nas décadas de 30 e 40 tendo um resultado muito artificial tipo cabelo de boneca, porém com o avanço da medicina os transplantes atuais utilizando as técnicas de microenxertia e o transplante fio a fio deixam uma aparência totalmente natural, recuperando totalmente a auto estima do indivíduo. Dentre os vários meios estéticos existentes para a alopecia, este trabalho estudou técnicas cirúrgicas de transplante e colocação de prótese capilar que auxiliam no tratamento da queda. Depois de estudado separadamente sobre cada uma, foi concluído que a técnica de transplante tem um resultado melhor, pois conforme o raciocínio de Pereira (2010) o cabelo transplantado nasce, cresce e dura a vida toda. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADEUS A CALIVICIE. Prótese capilar. Disponível em: <http://www.adeusacalvice.com.br/protese.php>. Acesso em: 22 abr. 2010. AVRAM, Marc R. et al. Atlas colorido de dermatologia estética. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008. BAUMANN, Leslie. Dermatologia cosmética: princípios e prática. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. CLINICA MURICY (Curitiba). Tratamento cirúrgico: a evolução da técnica. Disponível em: < http://www.clinicamuricy.com.br/>. Acesso em: 27 abr.2010. CLINICA SANDRO SALANITRI (São Paulo). Calvície ou alopecia: o que é calvície ou alopecia? Ela é definitiva ou temporária?. Disponível em: < http://www.sandro.com.br/calvicie.html>. Acesso em: 05 abr. 2010.

17 CORREIO do Povo. Perda de cabelos tem solução. Porto Alegre, n.469, p.2, 22 ago. 2009. Disponível em: <http://www.cpovo.net/jornal/vitrine/n469/pdf/vit02.pdf>. Acesso em 05 abr. 2010. CRUZ, Carla; RIBEIRO, Uirá. Metodologia científica: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Axcel Books do Brasil, 2004. DAWBER, Rodney; NESTE, Dominique Van. Doenças dos cabelos e do couro cabeludo. São Paulo: Manole, 1996. FILIPPO, Alexandre de Almeida. Alopecia Androgenética Feminina. In: KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. p 181-184. FEINSTEIN, Robert. Alopecia androgenética. 2009. Disponível em: < http://emedicine.medscape.com/article/1070167-overview>. Acesso em 18 mar. 2010. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. GOMES, Álvaro Luiz. O uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional cabeleireiro. São Paulo: SENAC, 1999. GRUPO MÉDICO MASSINO CESANO (São Paulo). Técnica. Disponível em: <http://www.folicular.com.br/tecnica.htm>. Acesso em 19 abr. 2010. HERNANDEZ, Micheline; MERCIEL-FRESNEL, Marie-Madeleine. Manual de cosmetologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Revinter, c1999. KUREBAYASHI, Alberto Keidi ; LEONARDI, Gislaine Ricci ; BEDIN, Valcenir. Cabelos. In: LEONARDI, Gislaine Ricci. Cosmetologia aplicada. 2. Ed. São Paulo: Santa Isabel, 2008. Cap.3, p.34-46. LE VOCI, Francisco. Transplante de cabelos. In: KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. p. 193-203. MALUF, Vladimir. Prótese capilar: sem peruca, sem cirurgia, 2010. Disponível em: <http://estilo.ig.com.br/noticia/2009/04/14/protese+capilar+sem+peruca+sem+cirurgia+ 5377929.html>. Acesso em 20 abr, 2010. MANSUR, Cristina; GAMONAL, Aloísio. Cabelo normal. In: KEDE, Maria Paulino Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. Cap. 7.1, p.151-163. PEREIRA, José Marcos. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. São Paulo: Atheneu, 2001. PEREIRA, João Carlos. Classificação da calvíce feminina. Disponível em:< http://jcpereira.elogik.com.br/calvicie-feminina/index/pt-br/57/calvicie-femininatipos/>. Acesso em 05 abr. 2010.

18 PEREIRA, João Carlos. Técnicas atuais. Disponível em: <http://www.jcpereira.com.br/transplante-capilar/index/pt-br/52/transplante-capilartecnicas-atuais/>. Acesso em: 13 abr. 2010. RAFFA, R. B. ; RAWLS, SCOTT, M. ; BEYZAROV, E. P. Atlas de farmacologia de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2006. RUTOWITSCH, Marcio. Alopecia Androgenética Masculina. In: KEDE, Maria Paulino Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia estética. São Paulo: Atheneu, 2004. Cap. 7.4, p.173-179. SAMPAIO, Sebastião; RIVITTI, Evandro. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2007. SOBRAL, Marcella. O fio da meada, 2008. Disponível em: <http://www.cabelo.med.br/banco_img/clipping/2008/globo.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2010. TYKOCINSKI MEDICAL GROUP (São Paulo). Transplante folicular coronal: a restauração capilar hoje. Disponível em: <http://www.cabelo.med.br/restauracaocapilar/evolucao-do-transplante-capilar>. Acesso em: 22 abr. 2010. UEBEL, Carlos Oscar. Ação do plasma rico em plaquetas e seus fatores de crescimento na cirurgia de microimplantes capilares. 2006. 88f. Tese (Doutorado em Medicina) Sul. Porto Alegre, 2006. WILKINSON, J, B; MOORE, R.J. Cosmetologia de Harry. Madrid: Ediciones Diaz, c1990. ZEVALLOS, Pablo. Alopecia: queda de cabelo nos bebés e crianças. 2009. Disponível em: < http://br.guiainfantil.com/alopecia.html>. Acesso em 02 mar. 2010.