ANEXO 3 - TERMO DE REFERÊNCIA PROCESSO LICITATÓRIO Nº 010/2012



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Transcrição:

1 ANEXO 3 - TERMO DE REFERÊNCIA PROCESSO LICITATÓRIO Nº 010/2012 CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA PARA REALIZAR ESTUDO QUALITATIVO SOBRE A IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL. 1) OBJETO Contratação de pessoa jurídica para realizar estudo qualitativo sobre a implantação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) a partir da vigência da Lei 12.188/2010 (Lei de ATER) e seus instrumentos instituídos.. 2) JUSTIFICATIVA 2.1. Contextualização A Lei 12.188 de janeiro de 2010, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária (PNATER) promoveu a institucionalização da assistência técnica e extensão rural como política pública de Estado gratuita e continuada, com vistas a garantir a prestação de serviços qualificados para o público da agricultura familiar e da reforma agrária, atribuídos ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e com o objetivo maior de universalizar o atendimento no meio rural. A oferta da ATER pública e gratuita de caráter continuado se insere na estratégia que orienta a ação do MDA, pautada pela perspectiva do desenvolvimento territorial rural sustentável. Além disso, a Lei 12.188 está estruturada de forma a contemplar os interesses dos diferentes grupos que compõem a agricultura familiar, e prevê a constituição de programas setoriais de atendimento a essa diversidade. A fim de garantir o atendimento dos serviços de ATER de acordo com as diversas necessidades dos distintos grupos da agricultura familiar, o Estado passou a implementar políticas setoriais, como a ATER para mulheres, ATER Quilombola, ATER Indígena e ATER nos assentamentos de Reforma Agrária. Neste contexto, a partir de 2010, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) vêm realizando Chamamentos Púbicos de Projetos para execução dos serviços de ATER com vistas à implementação da Lei 12.188. No MDA, esta política está sob responsabilidade da Secretaria de Agricultura

Familiar (SAF) para contratação de serviços de ATER mista e da Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR) para contratação de serviços de ATER especializada para mulheres. As chamadas do INCRA são realizadas pelas Superintendências Regionais descentralizadas nos estados e beneficiam homens e mulheres. A Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais (DPMR/MDA) desenvolve a Ater Especializada para Mulheres desde 2006, com vistas a fortalecer a organização produtiva, promover a agroecologia e a produção de base ecológica, ampliar o acesso às políticas públicas, especialmente aquelas voltadas para a produção, comercialização e fortalecimento dos empreendimentos econômicos, e apoiar a articulação dos atores e atrizes envolvidos nesta política em redes. Esta política apóia-se numa pedagogia de promoção da igualdade entre homens e mulheres, por meio da: a) adoção de metodologias que reconheçam e estimulem a participação e o protagonismo das mulheres na elaboração de projetos de desenvolvimento e nos processos produtivos, através do fortalecimento da participação delas na gestão coletiva e da desconstrução da noção do trabalho das mulheres como ajuda; b) valorização e aprimoramento dos conhecimentos existentes que permita a diversificação dos serviços e das atividades produtivas de base familiar e coletiva, tendo em vista a realização de atividades agrícolas e não agrícolas sustentáveis econômica e ambientalmente e que promova inovações tecnológicas quando esta for uma necessidade identificada pelas próprias mulheres. A consolidação da transversalidade pretendida nas políticas públicas de ATER para Mulheres exige que todos os processos de decisões e formulações estejam orientados para a construção da igualdade, e que as mulheres estejam presentes de forma real e concreta em todos estes os espaços, sendo sujeitos de ação nessa construção. Considerando as premissas acima, as chamadas de ATER para mulheres prevêem que os serviços devem se basear em metodologias que promovam a igualdade entre homens e mulheres por meio de instrumentos que dialoguem com a valorização dos seus conhecimentos e com o estímulo a sua participação nos processos produtivos. A inclusão de conteúdos e instrumentos pedagógicos deve permear todo o processo de prestação de assistência técnica, abarcando os instrumentos de coleta de informações e diagnósticos; composição de horário das atividades coletivas; disponibilização de estrutura de recreação infantil para socializar o trabalho do cuidado dos/as filhos/as e garantir a participação ativa das mulheres nos espaços de discussão e decisão da extensão rural no âmbito da família, grupo produtivo, comunidade, território, entre outros. Para tanto, é necessário adotar métodos de formação que sejam capazes de demonstrar a desigualdade de gênero estabelecida pela divisão sexual do trabalho e destacar a contribuição das mulheres na economia rural. No que se refere às ações de inclusão produtiva, a assistência técnica deve considerar o passivo histórico da exclusão das mulheres na esfera econômica, que se materializa na invisibilidade, no menor conhecimento sobre as políticas de geração de renda e na pouca trajetória de organização produtiva. Estes elementos devem orientar a pedagogia a ser utilizada e a busca de mecanismos, políticas e serviços públicos que possam corrigir ou minimizar as distorções que impedem a construção da autonomia econômica das mulheres rurais. O maior envolvimento das mulheres nas atividades e ações propostas pela extensão rural está diretamente ligado ao grau de pertencimento e reconhecimento construído no âmbito da valorização dos seus conhecimentos, cultura local, saberes tradicionais, manejo ambiental, relações sociais, entre outros. Para tanto, a compreensão das mulheres rurais como 2

protagonistas do processo de assistência técnica em detrimento da tradicional concepção de beneficiárias passivas consiste em grande potencial para promover a sua inclusão produtiva. Buscando atender a diversidade de mulheres da agricultura familiar, as chamadas públicas da DPMR/MDA beneficiam exclusivamente mulheres agricultoras familiares, extrativistas, quilombolas, pescadoras artesanais e/ou indígenas. Recomendam que a equipe técnica seja composta por homens e mulheres, e como critério de maior pontuação está a existência de composição majoritária de mulheres no corpo técnico das entidades proponentes. Cabe destacar também a criação do Sistema Brasileiro Descentralizado de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sibrater) e das Redes Temáticas de Ater. O Sibrater tem como objetivo organizar a prestação de serviços públicos de Ater sob a orientação da PNATER. A gestão social do Sibrater é realizada por meio do Comitê Nacional de Ater, Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) e suas Câmaras de Ater, e das Redes de Ater, formadas por organizações governamentais e não governamentais que prestam serviços aos agricultores familiares no país. As Redes Temáticas de Ater promovem a articulação entre os/as agentes, organizações de assistência técnica e extensão rural e a pesquisa agropecuária. Também buscam realizar intercâmbios e troca de experiências, facilitar o conhecimento das políticas públicas e a formação dos/as agentes, organizar e disponibilizar conteúdos e propostas tecnológicas para agentes e agricultores/as familiares. Em 2008, foi constituída a Rede Temática de Ater para Mulheres, que é um espaço para aprimorar a reflexão sobre as diretrizes e orientações da PNATER, além de servir como um suporte metodológico para qualificação das práticas de assistência técnica e extensão rural voltadas para as mulheres rurais. A Rede conta com a participação de 35 mulheres, representantes de 20 órgãos oficiais de ATER e 15 organizações da sociedade civil. No chamamento público realizado em 2010, a DPMR/MDA contratou 26 projetos com abrangência em 25 Territórios da Cidadania em 11 unidades federativas, beneficiando 4.300 agricultoras. A Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) publicou 4 tipos de chamamentos públicos, sendo: 122 para Territórios da Cidadania, 9 do Programa Nacional de Crédito Fundiário, 6 do Arco Verde e 8 do Semi-árido, gerando 142 contratos em 2010 e 58 em 2011. As Chamadas Públicas da SAF orientam que a metodologia utilizada pelas entidades executoras de ATER contratadas deverá procurar identificar, refletir e agir sobre as relações de desigualdade entre os atores sociais no meio rural, oportunizando e potencializando o desenvolvimento sócio-ambiental e econômico na promoção da igualdade de gênero, geração, raça e etnia na sua totalidade. Há também a recomendação de que as especificidades sociais, de gênero e geração deverão ser consideradas nas atividades de diagnóstico, planejamento e visita técnica. Além disso, nos critérios objetivos para seleção das entidades executoras dos serviços de ATER, consta o de demonstrar capacidade de atendimento aos princípios instituídos na PNATER, entre os quais a promoção da igualdade de gênero, geração, raça e etnia. As Superintendências Regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (SRs/INCRA) também lançaram chamadas públicas para contratação de serviços de ATER para a reforma agrária a partir da Lei 12.188. As chamadas do INCRA estabelecem o alcance de metas específicas no cumprimento do objeto que envolve atividades de caráter individual, coletivas e complementares. Entre estas, destaca-se a meta específica de realização de 3

4 reunião com grupo de mulheres, em que devem estar previstas ações de fomento a implantação e/ou criação de associações, e ações de fomento produtivo por meio do acesso ao crédito (Apoio Mulher e Pronaf Mulher) e de espaços de comercialização (feiras e compras públicas). Outras metas prevêem a participação de pelo menos 20% de mulheres nas atividades de planejamento, avaliação, mutirões, reuniões e troca de experiências. Como critérios para contratação das entidades executoras de ATER, há a recomendação de que a equipe técnica tenha composição mista, com a participação de homens e mulheres, bem como de que a entidade deverá ter experiência em elaboração de projetos como o Pronaf Mulher e Apoio Mulher, e ter desenvolvido curso de organização econômica de grupos coletivos de mulheres. No contexto de mudanças na execução da assistência técnica e a partir da instituição da Lei 12.188/2010, a análise da execução dos serviços de ATER constitui uma importante ferramenta para qualificar as políticas públicas e avaliar a sua eficiência. Nesse sentido, a partir da realização de uma análise qualitativa e complementar aos estudos já realizados anteriormente sobre a implementação da PNATER, a pesquisa deverá analisar a execução da PNATER para as mulheres rurais nos chamamentos públicos da Ater Especializada para Mulheres (DPMR/MDA) e da Ater mista no âmbito da SAF/MDA e do INCRA. 2.2. Enquadramento da consultoria O Projeto FAO UTF BRA/083/BRA Nova Organização Produtiva e Social da Agricultura Familiar Brasileira Uma Necessidade, acolhe tal iniciativa no Objetivo 1: Fortalecer o papel estratégico da agricultura familiar no desenvolvimento rural e nacional, atuando em suas quatro funções básicas segurança alimentar; meio ambiente; viabilidade econômica e função social. Resultado 1.1. Variáveis relevantes que impedem o desenvolvimento da agricultura familiar identificadas. Atividade 1.1.2. 3) OBJETIVO GERAL Realizar estudo qualitativo sobre a implantação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) a partir da vigência da Lei 12.188/2010 (Lei de ATER) e seus instrumentos instituídos, com vistas a analisar a prestação de serviços de ATER para mulheres rurais no âmbito dos contratos e convênios gerados a partir das Chamadas Públicas da Diretoria de Política para Mulheres Rurais (DPMR/MDA), da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF/MDA) e das Superintendências Regionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (SR/INCRA) no período de 2010 a 2011. 4) OBJETIVOS ESPECÍFICOS Para consecução do objetivo geral, alinham-se os seguintes objetivos específicos: Analisar os projetos contratados pelas Chamadas Públicas de ATER; Analisar a percepção dos/as coordenadores/as, gestores/as e técnicos/as envolvidos na elaboração e implementação da PNATER no âmbito do MDA e do INCRA no que se refere à gestão da PNATER e da ATER setorial para mulheres a partir da Lei 12.188/2010;

5 Analisar a percepção dos/as coordenadores/as e dos/as agentes extensionistas das entidades prestadoras de ATER contratadas/conveniadas no que se refere à implementação e resultados da PNATER e à eficácia e eficiência dos serviços prestados para mulheres rurais a partir da Lei 12.188/2010; Analisar a percepção das mulheres beneficiárias no que se refere à implementação e resultados da PNATER e à eficácia e eficiência dos serviços recebidos; Analisar a percepção de representantes de órgãos governamentais e movimentos de mulheres que compõem a Rede de Ater para Mulheres, Comitê Nacional de Ater do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (CONDRAF), Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural e Comitês Territoriais de Mulheres,. 5) ASPECTOS TÉCNICOS E METODOLOGIA DE TRABALHO 5.1 - Análise documental A coleta, organização e sistematização das informações referentes às Chamadas Públicas de ATER deverão ser feitas a partir da análise das Chamadas publicadas pela DPMR, SAF e Superintendências Regionais do INCRA. Para tanto, os instrumentos que compuseram os chamamentos públicos serão disponibilizados pelo MDA/INCRA e suas áreas técnicas correlatas. Dessa forma, deverão ser analisados: Documentos, estudos e relatórios técnicos disponíveis sobre a PNATER e Ater para Mulheres; As Chamadas Públicas de ATER disponibilizadas pela SAF, DPMR e INCRA; O processo de análise e aprovação dos projetos; A documentação das entidades proponentes (estatutos, regimentos e outros); Os Projetos Técnicos elaborados pelas entidades; Os Contratos e Termos Aditivos; Os relatórios de Atividades apresentados pelas entidades; Os relatórios de Monitoramento do MDA. A análise dos projetos contratados pelas Chamadas de Ater deverá ser feita a partir da geração de relatórios do Sistema Informatizado de Ater (SIATER), utilizado para gerenciamento e fiscalização dos contratos firmados. Na análise dos contratos de ATER deve-se considerar os seguintes elementos: a) Observância dos princípios, diretrizes e recomendações da PNATER para a apresentação dos projetos de prestação de serviços de ATER, com enfoque na abordagem das relações sociais de gênero; b) Concepções, estratégias e metodologias presentes nas propostas de prestação de serviços da PNATER e a incorporação de metodologias participativas nos processos de formação, capacitação e assistência técnica; c) A incorporação de metas obrigatórias e/ou orientação de incorporação das mulheres em atividades específicas e o número de mulheres beneficiárias pelo projeto; d) A incorporação do enfoque de gênero, com ações afirmativas que tenham estratégias e metas, claramente definidas que facilitem a participação das mulheres em espaços públicos e que potencialize a sua contribuição no campo produtivo e econômico;

6 e) Adequações ou inovações propostas pelas entidades proponentes para incorporação da abordagem de gênero; f) Composição do corpo técnico das instituições para a execução dos projetos, observando o número de homens e mulheres, e a formação profissional de seus membros; g) A observância da existência de parceria com movimentos de mulheres, organizações feministas ou entidades de assessoria com especificidade em trabalho com mulheres; h) A abordagem de gênero na missão, objetivos e/ ou diretrizes das instituições proponentes; i) A observância da participação e o envolvimento das mulheres na matriz metodológica dos conteúdos das atividades de caráter formativo de forma continuada e sistemática. 5.2 - Entrevistas Para a realização das entrevistas com gestores/as, técnicos/as e coordenadores/as do MDA/ INCRA, representantes e agentes das entidades prestadoras de Ater e representantes das instâncias participativas (Conselhos, Comitês, etc), sugere-se que a elaboração de roteiros de entrevista abordem, entre outras questões que se fizerem necessárias, a efetividade dos projetos de ATER no acesso das mulheres às tecnologias e ao conhecimento no campo produtivo, e sua contribuição para a superação das desigualdades sociais de gênero; as formas pelas quais as atividades formativas contribuem para aumentar o nível de participação das mulheres nos processos coletivos e seu poder de decisão; a participação das mulheres no processo de gestão e controle social da PNATER; a garantia de uma compreensão sobre as relações sociais de gênero e estratégias de formação e capacitação de extensionistas e assessores/as técnicos/as que possam promover o fortalecimento da organização produtiva, a agroecologia e a produção de base ecológica, o acesso às políticas públicas e a articulação de atores e atrizes envolvidos na PNATER em rede. No que se refere ao roteiro para realização das entrevistas com as beneficiárias, propõese a abordagem de questões como as formas pelas quais as mulheres percebem e avaliam os serviços de ATER recebidos no que se refere aos tipos de atividades das quais participaram, as dificuldades e os impactos favorecidos pelos projetos no que se refere à construção de sua autonomia econômica e às possíveis transformações na divisão sexual do trabalho no âmbito das unidades de produção familiar, comunidades e territórios. 5.3 Análise Sugere-se que a análise dos documentos e das entrevistas com gestores/as, técnicos/as, coordenadores/as do MDA, INCRA, as entidades prestadoras de Ater e representantes das instâncias participativas (Conselhos, Comitês, etc) tenham como eixos condutores: a promoção da autonomia e participação econômica das mulheres nos espaços produtivos; a reflexão sobre a divisão sexual do trabalho como referência para uma transformação nas relações de gênero nas atividades de ATER e nas ações governamentais; os processos de transição agroecológica e as metodologias participativas para a superação das desigualdades de gênero. Na análise das entrevistas realizadas com as mulheres beneficiárias, apontamos algumas questões que poderão ser apreciadas: as formas de abordagem com as mulheres,

7 considerando as necessidades e opiniões dos diferentes membros da família; a adequação das atividades aos horários das mulheres, o acesso a serviços e equipamentos sociais (creches, escolas de educação infantil, transporte escolar regular, lavanderias e cozinhas comunitárias, etc.); a participação das mulheres na produção familiar e a informação sobre o volume e o valor da sua produção, bem como sobre os principais meios de comercialização e acesso ao crédito; as possíveis mudanças no poder de decisão das mulheres no interior das famílias, comunidades e espaço participativos a partir do acesso das mulheres aos serviços de ATER. É igualmente importante considerar as especificidades das mulheres, uma vez que o universo do estudo será composto pelo público beneficiário definido pela PNATER, como as mulheres assentadas, agricultoras familiares, extrativistas, pescadoras artesanais, quilombolas e indígenas. Nesse sentido, sugere-se que os roteiros para as entrevistas estejam estruturados de acordo com as particularidades de cada grupo de mulheres que serão entrevistadas. 5.4 Contribuições para a qualificação dos serviços de ATER Após o processo de análise documental e das entrevistas, espera-se que a pesquisa seja capaz de apontar contribuições para a qualificação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural no que se refere à implementação desta política por meio dos serviços de ATER direcionados para mulheres rurais, bem como da ATER especializada para Mulheres. Propõe-se que a pesquisa possibilite identificar, além das dificuldades e desafios propostos, elementos inovadores na metodologia e abordagem das ações de ATER para mulheres. 5.5 Reuniões de Acompanhamento Serão realizadas 3 (três) reuniões técnicas entre a/o pesquisadora/o e a DPMR para nivelamento de informações e construção de recomendações junto às diferentes áreas do MDA/INCRA, sendo a previsão de 1 (uma) reunião por quadrimestre. 6) PRODUTOS Os resultados do estudo deverão ser viabilizados de acordo com as etapas descritas nos seguintes Produtos: Produto 1 - Documento técnico contendo plano de trabalho, cronograma de execução e revisão bibliográfica sobre os temas gênero e assistência técnica e extensão rural. O produto será aprovado após reunião com a coordenação da pesquisa, equipe de campo e Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais para nivelamento metodológicos. Produto 2 - Documento técnico contendo sistematização da análise dos contratos efetivados pelas chamadas Públicas de ATER 2010 e 2011 no âmbito da DPMR/MDA, SAF/MDA e INCRA. O produto deve abranger informações sobre metodologias e práticas utilizadas pelas entidades contratadas para atender as demandas das mulheres observando a dimensão das relações de gênero.

8 Produto 3 - Documento Técnico contendo avaliação dos projetos contratados pelas Chamadas Públicas de ATER 2010 e 2011, observando se: contribui para participação das mulheres; valoriza seus conhecimentos de práticas de produção; se as atividades realizadas qualificam a produção; se os resultados e metas são compatíveis; se as demandas das mulheres de acesso às políticas de crédito e comercialização. Produto 4 - Documento técnico de síntese da percepção dos atores e atrizes envolvidos/as na PNATER. Será considerada nesta análise a percepção de coordenadores/as, técnicos/as e gestores/as do MDA/INCRA, coordenadores/as e extensionistas das entidades prestadoras de ATER, movimentos de mulheres e representantes do CONDRAF, Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural e Comitês Territoriais de Mulheres de Comitês Territoriais de Mulheres e das beneficiárias. Produto 5 Documento técnico contendo contribuições para a qualificação dos instrumentos de implementação da PNATER e dos serviços de ATER prestados às mulheres beneficiárias, bem como para qualificação da ATER Setorial para Mulheres. 7) PRAZO DE EXECUÇÃO O prazo para realização e conclusão da pesquisa é de até 12 (doze) meses. Um cronograma detalhado de todas as fases da pesquisa deverá ser apresentado na proposta técnica. 8) ABRANGÊNCIA DA PESQUISA A Pesquisa terá abrangência em 68 (sessenta e oito) Territórios da Cidadania, conforme tabela abaixo. Regiões, Ufs e Territórios da Cidadania das Chamadas de Ater - DPMR/INCRA/SAF com participação obrigatória de mulheres nas atividades coletivas Região UF Territórios BA Do Sisal Irecê Sertão do São Francisco Velho Chico Vale do Curu e Aracatiaçu Nordeste Sertão Central CE Sertões de Canindé Inhamuns Crateús Cariri Campo e Lagos MA Vale do Itapecuru Cocais

9 Norte Sudeste PE PB PI RN AL SE PA - Marabá PA - Belém AC RO Amapá AM PA - Santarém MG MG Baixo Parnaíba Mata Sul Sertão Do Pajeú Sertão do Araripe Borborema Curimataú Médio Sertão Cariri Ocidental Vale dos Guaribas Planície Litorânea Cocais Entre Rios Vale do Sambito Serra da Capivara Vale dos Rios Piauí e Itaueira Tabuleiro do Alto Parnaíba Chapada das Mangabeiras Carnaubais Potengi Mato Grande Seridó Sertão do Apodi Açu-Mossoro Alto Oeste Agreste Alto Sertão Sertão Ocidental Sul Sergipano Sudeste Paraense Nordeste Paraense Baixo Tocantins Alto Acre e Capixaba Vale do Juruá Central Madeira Mamoré Vale do Jamari Dos Lagos, Sul do Amapá Baixo Amazonas Baixo Amazonas Alto Rio Pardo Baixo Jequitinhonha

10 Centro Oeste Sul MG MG MG SP MS DF E ENTORNO SC PR Serra Geral Médio Jequitinhonha Serra Geral Pontal do Paranapanema, Andradina Cone Sul Grande Dourados Reforma Chapada dos Veadeiros Vale do Paranã Das Águas Emendadas Noroeste Mineiro Planalto Norte Paraná Centro Norte Pioneiro Cantuquiriguaçu 9) RESPONSABILIDADE PELO ACOMPANHAMENTO DA CONSULTORIA Caberá à entidade executora nacional) do Projeto de Cooperação Técnica PCT UTF/BRA/083/BRA Nova organização produtiva e social da agricultura familiar brasileira uma necessidade, o Ministério de Desenvolvimento Agrário MDA/NEAD a responsabilidade pelo acompanhamento de todas as etapas das atividades realizadas pela Consultoria contratada, bem como a obtenção de quaisquer esclarecimentos julgados necessários relativos à execução dos trabalhos. A FAO fará a supervisão geral dos trabalhos com base na informação da contratada e da Direção do Projeto. 10) PROPRIEDADE INTELECTUAL A FAO e o MDA acordarão quanto à reprodução, publicação e divulgação dos trabalhos e outros produtos de cooperação técnica originados do presente Programa Executivo, devendo ser observado o devido crédito conforme a participação de cada uma das Partes Contratantes. Todos os produtos derivados deste Programa Executivo que, eventualmente, venham apresentar elementos de propriedade intelectual pertencerão ao Governo brasileiro, habilitando-se o seu uso pela FAO livremente, a título gratuito. Fica terminantemente proibida a inclusão, ou de qualquer forma fazer constar, na reprodução, publicação e distribuição das ações e atividades realizadas ao amparo deste Programa Executivo e dos trabalhos e produtos derivados do mesmo, nomes, marcas, símbolos, logotipos, logomarcas, combinações de cores ou de sinais ou imagens que caracterizem ou possam caracterizar promoção de cunho individual ou de apropriação privada com fins lucrativos.

11 11) CRONOGRAMA DE ENTREGA DOS PRODUTOS Os serviços deverão estar consolidados, disponibilizados e aprovados, no prazo de até 12 meses: Produto 1. Produto 2 Produto 3 Produto 4 Produto 5 Até 45 dias após assinatura do contrato Até 90 dias após assinatura do contrato Até 120 dias após assinatura do contrato Até 240 dias após assinatura do contrato Até 360 dias após assinatura do contrato 12) ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS PRODUTOS Os produtos desenvolvidos (desde base de dados, mapas, relatórios, vídeos etc) deverão ser entregues em 3 (três) vias impressas em papel timbrando, encadernados adequadamente, e 3 (três) vias formato digital (CD ou DVD), formatos PDF e Word. Tabelas, quadros, gráficos e mapas deverão obedecer às normas de apresentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e normas de representação tabular do IBGE. Eles deverão estar enumerados, conter títulos completos e auto-explicativos (sempre fora da figura), bem como as respectivas fontes. Além de estarem no corpo do texto, os mesmos devem ser enviados separadamente em formato digital e compatíveis com a estrutura de tecnologia da informação do MDA. 12.1. Critérios de Avaliação dos Produtos A instituição contratada deverá apresentar em consonância com o cronograma de entrega dos produtos (item 11) e especificações técnicas definidas neste termo de referência. Os produtos entregues serão submetidos à avaliação do NEAD/MDA e da FAO quanto à tempestividade de sua remessa; à correção ortográfica e gramatical e ao cumprimento das diretrizes metodológicas e do detalhamento dos produtos estabelecidos neste termo de referência. No caso de solicitação de correção ou modificação de algum produto, o pagamento da parcela corresponde somente será efetuado após sua reavaliação e aprovação. Considerando que o pagamento está vinculado à entrega dos produtos, a instituição contratada deverá enviar juntamente com os produtos, as notas fiscais correspondentes. O pagamento das faturas pertinentes somente será efetuado após aprovação dos produtos pelo NEAD/MDA e pela FAO.

12 13) FORMA DE PAGAMENTO O prazo de execução, incluindo a entrega de todos os produtos especificados é de 12 (doze) meses, a contar da assinatura do contrato e o pagamento será efetuado em 5 (cinco) parcelas, de acordo com o cronograma abaixo. Os pagamentos serão realizados em até 15 (quinze) dias corridos contados a partir da entrega do produto e da Nota Fiscal correspondente, devidamente atestado pelo Coordenador Nacional do Projeto ou pelo Diretor Nacional do Projeto (MDA/NEAD) e após a aprovação da FAO, desde que não haja exigência de complementação e ou correção dos produtos. Parcela Primeira Segunda Terceira Quarta Quinta Produto e condições Produto 1 - Documento técnico contendo plano de trabalho, cronograma de execução e revisão bibliográfica sobre os temas gênero e assistência técnica e extensão rural. O produto será aprovado após reunião com a coordenação da pesquisa, equipe de campo e Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais para nivelamento metodológicos. Produto 2 - Documento técnico contendo sistematização da análise dos contratos efetivados pelas Chamadas Públicas de ATER de 2010 e 2011 no âmbito da DPMR/MDA, SAF/MDA e INCRA. O produto deve abranger informações sobre metodologias e práticas utilizadas pelas entidades contratadas para atender as demandas das mulheres observando a dimensão das relações de gênero. Produto 3 - Documento Técnico contendo avaliação dos projetos contratados pelas Chamadas Públicas de ATER 2010 e 2011, observando se: contribui para participação das mulheres; valoriza seus conhecimentos de práticas de produção; se as atividades realizadas qualificam a produção; se os resultados e metas são compatíveis; se as demandas das mulheres de acesso às políticas de crédito e comercialização. Produto 4 - Documento técnico de síntese da percepção dos atores e atrizes envolvidos/as na PNATER. Será considerada nesta análise a percepção de coordenadores/as, técnicos/as e gestores/as do MDA/INCRA, coordenadores/as e extensionistas das entidades prestadoras de ATER, movimentos de mulheres e representantes do CONDRAF, Conselhos Estaduais de Desenvolvimento Rural e Comitês Territoriais de Mulheres de Comitês Territoriais de Mulheres e das beneficiárias. Produto 5 - Documento técnico contendo contribuições para a qualificação dos instrumentos de implementação da PNATER e dos serviços de ATER prestados às mulheres beneficiárias, bem como para qualificação da ATER Setorial para Mulheres. % do Valor do Contrato 15% 20% 20% 20% 25%

13 14) INFORMAÇÕES SOBRE O COORDENADOR GERAL DO PROJETO. i) O Projeto deverá ter um/a Coordenador/a-Geral, que será responsável pela organização e desenvolvimento dos trabalhos e a quem caberá liderar as discussões e entendimentos junto ao NEAD/MDA. ii) O/a Coordenador/a-Geral deverá ser um/a técnico/a indicado/a pela instituição vencedora, que possua compromisso com esta, firmado por meio de documento legalmente reconhecido, carteira de trabalho, por contrato de trabalho independente da forma ou sob qualquer outra forma legal de compromisso. iii) O(a) Coordenador(a) Geral será responsável pela organização e desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa, tal como agendamentos de reuniões com equipes de pesquisadores e distribuição de responsabilidades, organização da pesquisa de campo, coordenação da elaboração dos produtos para envio a Contratante, observação do cumprimento dos prazos assumidos pela equipe de pesquisadores, bem como dos demais compromissos perante a Contratante.