Evolução da Legislação de Barragens no Brasil

Documentos relacionados
Barragens de Rejeitos de Mineração: Cenário Atual e Proposições

Rio de Janeiro, 01/04/2019. Agenda. Contextualização da Política Nacional de Segurança de Barragens - PNSB: Lei /2010.

INSTRUMENTOS REGULATÓRIOS APLICÁVEIS À BARRAGENS DE REJEITOS DA CONCEPÇÃO AO FECHAMENTO. Débora do Vale/ Giani Aragão/ Aline Queiroz / Luciano Santos

ESTRUTURAS GEOTÉCNIAS NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

BARRAGENS DE REJEITO. CADASTRO E FISCALIZAÇÃO.

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS: TERRA, ENROCAMENTO E REJEITOS. Lei /2010: Política Nacional de Segurança em Barragens

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD/ FEAM nº 2.784, de 21 de março 2019.

RESOLUÇÃO nº, DE DE DE 2019

Segurança de Barragens de Mineração Reflexão sobre acidentes com barragens

Comentários à Portaria DNPM /2017: regulamenta a Política Nacional de Segurança de Barragens de Mineração

SEMINARIO GESTÃO DA SEGURANÇA DE BARRAGENS DE MINERAÇÃO (24/11 a 25/11/2014) WALTER LINS ARCOVERDE Diretor de Fiscalização Minerária

AS NOVAS NORMAS NBR ABNT E E SEUS EFEITOS NO SETOR MINERAL PAULO FRANCA

REPUBLICA-SE POR ERROS MERAMENTE FORMAIS NA ESTRUTURA DO TEXTO NORMATIVO. (Publicada no Diário Oficial de MG no dia 27/09/2016, págs.18 e 19).

PORTARIA Nº 526, DE 09 DEZEMBRO DE 2013

RESOLUÇÃO N o 55, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2005

DELIBERAÇÃO NORMATIVA COPAM Nº 210DE 21 DE SETEMBRO DE 2016

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

A VISÃO DO DNPM SOBRE A LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITO. Alexandre Trajano de Arruda Engº de Minas e de Segurança do Trabalho

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

A Nova Lei Federal de Segurança de Barragens e o Papel do Minerador na Segurança de Barragens de Rejeitos

REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMAT

RESOLUÇÃO N o 143, DE 10 DE JULHO DE (Publicada no D.O.U em 04/09/2012)

SEGURANÇA DE BARRAGENS

STATUS DA GESTÃO DA SEGURANÇA DAS BARRAGENS DE REJEITOS DO ESTADO DA BAHIA. David de Barros Galo/ Eriberto do Nascimento Leite

Classificação: Público

Segurança de Barragens: Regulação e Pontos de Atenção

Novas regras do DNPM para a gestão de barragens de mineração Portaria DNPM nº /2017. por Luiz Paniago Neves

PORTARIA Nº , DE 17 DE MAIO DE Publicada no DOU de 19/05/2017

O DESASTRE DA SAMARCO: Balanço de seis meses de impactos e ações

REGULAMENTAÇÃO DA LEI DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

Considerando o disposto pelo Art. 2º do Decreto nº , de 02 de maio de 2016.

LEGISLAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO AO FECHAMENTO MARTA SAWAYA - MPMG COLABORADOR: BRUNO MIRANDA CAMELO - TJMG

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Estudo de Caso. Disposição de rejeitos em cavas exauridas utilizando o método de empilhamento drenado

Programa Gestão de Barragens

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

PUA Plano de Uso da Água na Mineração. Votorantim Metais Holding Unidade Vazante - MG

considerando o disposto na Resolução nº 143 e na Resolução nº 144, de 10 de julho de 2012, ambas do Conselho Nacional de Recursos Hídricos; e

Deliberação Normativa COPAM nº 62, de 17 de dezembro de (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 21/12/2002)

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS

RELATÓRIO SEGURANÇA DE BARRAGENS

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS FORÇA TAREFA RIO DOCE

Estratégia de Operacionalização dos Planos de Atendimento a Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) na Vale Área de Ferrosos

BARRAGENS DE REJEITO E COMUNIDADE. ADIMB - IIV Encontro de Executivos de Exploração Mineral / Mineração 2017

PLANO DE CONTINGÊNCIA DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL PLANCON

Fechamento de Mina Aspectos Ambientais e Sócio-econômicos

ANO 123 Nº PÁG. - BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2015 RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD-IGAM Nº 2257 DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Organização da Aula. Recuperação de Áreas Degradadas. Aula 4. Recuperação de Áreas Degradadas pela Mineração. Contextualização

Segurança de Barragens no Estado do Rio de Janeiro Período: Novembro 2015 a Março 2016

Patrícia Boson -

SUSTENTABILIDADE DO USO DA ÁGUA NA MINERAÇÃO. Eng. Mário Cicareli Pinheiro POTAMOS Engenharia e Hidrologia Ltda.

Resolução Conjunta SEMAD/IGAM nº 2257, de 31 de dezembro de 2014.

Por que falar em Segurança de Barragens?

BARRAGENS. Informe. Debate sobre Barragens 23/04-8h30

MINERAÇÃO E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Transformar Recursos Minerais em Riquezas e Desenvolvimento Sustentável SEMIM CEULP/ULBRA

CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Controle do risco, controle social, o Comitê Interfederativo do Rio Doce e a governança da água

SEGURANÇA DE BARRAGENS

PLANO DE AÇÃO EMERGENCIAL-PAE SEGURANÇA OPERACIONAL

RESOLUÇÃO N o 143, DE 10 DE JULHO DE (Publicada no D.O.U em 04/09/2012)

NRM - Normas Regulamentadoras da Mineração - Especificidade na Indústria de Areia e Brita NRM 02. Lavra a Céu Aberto

O QUE É PRECISO PARA A SAMARCO VOLTAR A OPERAR?

UEDA Unidade Estratégica de Desenvolvimento Associativo da FIEMT Assessoria Legislativa

Acidentes e incidentes em depósitos de rejeitos: como prevenir e/ou atenua-los?

Seminário de Barragens do CBH Grande

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

INSTRUMENTOS REGULATÓRIOS APLICÁVEIS A BARRAGENS DE REJEITOS DA CONCEPÇÃO AO FECHAMENTO

RESOLUÇÃO CONJUNTA SEMAD/IGAM Nº2257, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Dissertação de Mestrado

Portaria IGAM N 02, de 26 de fevereiro de 2019

Grupo Técnico de Segurança de Barragens CEIVAP

LEI Nº 7192 DE 06 DE JANEIRO 2016.

SEGURANÇA DE BARRAGENS AÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

RISCOS EM BARRAGENS DE REJEITOS DE MINERAÇÃO

OUTORGA. Obtenção da Outorga De Direito de Uso de Recursos, Órgão Responsável pela emissão D.A.E.E. Decreto Nº de 31/10/96

13º.. Congresso Brasileiro de Mineração

Avaliação da efetividade da aplicação da DN COPAM nº 127/ Planos de Fechamento de Mina.

Seminário de Licenciamento e Gestão Sócio Ambiental

QUADRO PARA CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS PARA DISPOSIÇÃO DE RESIDUOS E REJEITOS. I.1 - CATEGORIA DE RISCO Pontos PONTUAÇÃO TOTAL (CRI) = CT + EC + PS 0

Considerando que o Plano de Segurança da Barragem - PSB é um instrumento da PNSB, e que cabe ao empreendedor elaborá-lo;

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 4ª CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO - Meio Ambiente e Patrimônio Cultural -

A Política Nacional de Segurança de Barragens: Lei /2010 e Resoluções CNRH Nº143 e Nº144/2012

Mesa - Tratamento térmico: alternativa a ser discutida. A visão do órgão ambiental sobre o processo de licenciamento ambiental

MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS EM MINAS GERAIS. Marília Carvalho de Melo

RECUPERAÇÃO E MANEJO DE ÁREAS DEGRADADAS POR RETIRADA DE MÁRMORE

Interlocução entre empreendedores de barragens e Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil

ANEXO B Exemplo de Protocolo de Auditoria do SGA

CONTINUAM A APRESENTAR RUPTURAS EM TODO O MUNDO

FORMULÁRIO TÉCNICO DA BARRAGEM DE ACUMULAÇÃO DE ÁGUA

Título da palestra SEGURANÇA DE BARRAGENS: Política Nacional e Contexto Atual. Camila de Goes Silva. Nome do palestrante, cargo.

Realização de auditorias ambientais de conformidade legal, atuando como auditora especializada e como auditora líder;

ATUAÇÃO DO DNPM NA IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS - PNSB NO SETOR MINERAL BRASILEIRO

LEI Nº DE 25 DE FEVEREIRO DE 2019.

José Cláudio Junqueira Ribeiro. Belo Horizonte, 23 de setembro de 2008

O QUE É A CFEM? COMPETÊNCIA SOBRE A CFEM

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

Transcrição:

Evolução da Legislação de Barragens no Brasil

PILARES DA ATUAÇÃO DO IBRAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE MINERAÇÃO 1 2 3 Defesa de Interesses do Setor Mineral Congresso Nacional [Senado e Câmara dos Deputados] Poder Executivo Federal Poder Judiciário [STF, MPF, STJ] Poderes dos principais Estados Mineradores (MG, PA, GO, BA, AP, SP] Atuação integrada com a CNI [COEMA, COAL & COINFRA] Congresso de Mineração Exposibram (45.000 visitantes) & Congresso Brasileiro de Mineração (1.000 congressistas) Exposibram Amazônia (8.000 visitantes) e Congresso de Mineração da Amazônia (700 congressistas) Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto & Mina Subterrânea (150 papers & 500 congressistas) Congresso Internacional de Direito Minerário (parceria IBRAM-DNPM-EAGU) (500 congressistas) Reputação do Setor Mineral Programas Técnicos Saúde & Segurança do Trabalho (Programa MinerAÇÃO) Comitê para a Normalização Internacional em Mineração (CONIM) Programa de Recursos Hídricos Boas Práticas para o setor mineral Gestão de Barragens de Rejeitos, Planejamento Fechamento Mina, Inventário Emissões GEE, Boas Práticas Socioambientais, Gestão de Rejeitos Comitês Comunicação, Sustentabilidade, Planejamento Estratégico e Jurídico 2

A Mineração A mineração é a atividade destinada a pesquisar, descobrir, extrair e transformar os recursos minerais em benefícios econômicos e sociais. O regime de aproveitamento dos recursos minerais, inclusive os do subsolo, por sua relevância, sempre mereceu tratamento diferenciado pela legislação brasileira O Brasil produz cerca de 80 substâncias minerais não energéticas, destacando-se, dentre outras, as produções de nióbio, minério de ferro, bauxita e manganês

Domínio do Empreendimento Crédito: Prof. Romero Gomes -UFOP

Principais etapas da atividade minerária e a geração de resíduos Abertura da cava necessitando de rebaixamento de água subterrânea minério estéril sedimentos Barragem de contenção de sedimentos rejeito efluente produtos Recirculação de água industrial Barragem de rejeito efluente

Os rejeitos na Mineração A geração de resíduos é parte inerente de qualquer processo produtivo A indústria mineral se diferencia de outros setores: dimensionamento de sua geração diferenciação dos resíduos sólidos gerados nos outros segmentos pela existência dos resíduos sólidos de extração (estéril) e do beneficiamento (rejeitos) também na disposição final adequada destes resíduos

PNRS e PNSB Existem sinergias entre: Lei nº12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Plano Nacional de Mineração 2030 Lei nº 12.334/2010 - Política Nacional de Segurança de Barragens Porém existe uma dissonância conceitual no entendimento do setor mineral sobre o que seja o rejeito na mineração: o resíduos urbanos rejeitos mineração

Barragens de Rejeitos A disposição de rejeitos em reservatórios criados por diques ou barragens é o método mais comumente usado como sistemas de disposição de rejeitos. Barragens de rejeitos de mineração podem ser de solo natural ou podem ser construídas com os próprios rejeitos, sendo classificadas, neste caso, como barragens de contenção alteadas com rejeitos e as de solo natural como barragens convencionais.

Principais tipos de barragens de rejeitos

Disposição de estéreis Depósitos de estéreis Pilhas de estéreis Preenchimento de cavas exauridas Recuperação de voçorocas

Regulatório Barragens de Rejeitos Federal: Lei Federal nº12.334/2010 - Política Nacional de Segurança de Barragens Lei Federal nº12.305/2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos [apresenta o rejeito da mineração como uma categoria de resíduo (art.13, inciso I, k ] Resolução CNRH nº143/2012 - Estabelece critérios gerais de classificação de barragens por categoria de risco e dano potencial associado Resolução CNRH nº144/2012 - Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens Portaria DNPM nº 416/2012 - Cadastro das Barragens de Mineração Portaria DNPM nº 526/2013- Plano de Ação de Emergência das Barragens de Mineração (PAEBM) Portaria DNPM nº 70.389 (17/5/2017) Classificação de Barragens, Plano de Segurança, Inspeção de Segurança [Regular/Especial], Revisão Periódica de Segurança, Plano de Ações de Emergência

Conceitos na Lei 12.334/2010 Importantes definições: 1.Órgão fiscalizador: autoridade do poder público responsável pelas ações de fiscalização da segurança da barragem de sua competência (Art. 2º, inciso V); 2.O empreendedor é o responsável legal pela segurança da barragem, cabendo-lhe o desenvolvimento de ações para garanti-la (Art. 4º, inciso III); 3.A fiscalização da segurança de barragens caberá, sem prejuízo das ações fiscalizatórias dos órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) (Art. 5º): (...) III - à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição final ou temporária de rejeitos;

Âmbito estadual: Estado de Minas Gerais: Decreto nº 46.933/2016: Institui a Auditoria Técnica Extraordinária de Segurança COPAM nº 62/2002, nº 87/2005 e nº 124/2008: que dispõem sobre critérios de classificação de barragens de contenção de rejeitos, de resíduos e de reservatório de água em empreendimentos industriais e de mineração Outros requisitos ABNT: NBR 13028/2017 Mineração Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação de água Requisitos. NBR 13029/2017 - Mineração - Elaboração e apresentação de projeto de disposição de estéril em pilha.

Portaria DNPM nº 70.389: principais pontos Histórico de 5 anos de implementação das Portarias 416/2012 e 526/2013 Necessidade latente de se criar sistema robusto para a gestão de mais de 800 barragens de mineração brasileiras. Definição ampliada e mais clara de barragens de rejeitos Novo conceito de Zona de Alto Salvamento Novos conceitos incorporados Criado o Sistema Integrado de Gestão para Barragens de Mineração (SIGBM) Dam break obrigatório para todas as barragens de mineração por modelo simplificado e PAEBM com mais critérios Sistema de monitoramento obrigatório para todas as barragens

Principais pontos: Plano de Segurança de Barragens obrigatório. DPA alto ou DPA médio quando o item existência de população a jusante atingir 10 pontos OU o item impacto ambiental atingir 10 pontos, também deve incluir Plano de Ação de Emergência. As is [após Lei 12.334] & As built [construídas antes] As Inspeções de Segurança Regulares (antes anuais), agora passam a ser semestrais, sendo que uma delas deve ser elaborada, obrigatoriamente, por empresa externa contratada para este fim. Revisão Periódica de Segurança de Barragens [3,5,7 anos]. Alteadas continuamente: 2 anos ou 10 metros PAEBM Plano de Ações de Emergência para Barragens de Mineração Documento técnico e de fácil entendimento elaborado pelo empreendedor, no qual estão identificadas as situações de emergência em potencial da barragem, estabelecidas as ações a serem executadas nesses casos e definidos os agentes a serem notificados, com o objetivo de minimizar danos e perdas de vida

NBR 13028/2017 e NBR 13029/2017 Primeiras normas datam de 1993, esforços do DNPM e especialistas. Apresentam pontos questionáveis e terminologia inadequada; Normas de 2006, esforços do setor mineral e especialistas; PNSB 2010, necessidade de adequação das normas; Fevereiro/2015 início do processo de revisão das normas, sob liderança do IBRAM, envolvendo múltiplos atores; Principais pontos tratados: Revisão/adequação da terminologia e definições Explicitar critérios mínimos de projeto (p.ex. TR, FS). Recomendar como fazer em vez de recomendar não fazer Novembro/2015 ruptura da barragem de Fundão Hiato de 6 meses visando compreender as causas da falha

Histórico Reuniões retomadas no início de 2017; Norma submetida à consulta pública duas vezes; Principais pontos de destaque na atual revisão da norma: o Revisão da terminologia específica; o Adoção de critérios de análise mais abrangentes (por exemplo: liquefação, condição de ruptura não drenada, análises sísmicas, rejeitos perigosos, etc.); o Utilização de critérios hidrológicos para dimensionamento do sistema extravasor em função das consequências de ruptura ou dano potencial associado.

Tendências No regulatório: Endurecimento no licenciamento ambiental de projetos com barragens Limitação do uso de barragens com alteamento à montante e de cota máxima Nova sistemática de auditoria de segurança de barragens Novas exigências para o monitoramento da operação das barragens Limitação da construção de barragens em sequenciamento em vales em V agudos Intensificação da participação do MP em licenciamentos Profusão de iniciativas dos Legislativos de novas Leis, inclusive para NMRM, PNSB, Lei de Crimes Ambientais

Tendência s Nas empresas: Busca por novas tecnologias de disposição de rejeitos Reengenharia de minas e processos visando reduzir a geração de rejeitos Priorização dos temas barragens & rejeitos no nível corporativo estratégico Mais transparência e maior interação com as comunidades em relação à barragens e aos Plano de Ação de Emergência das Barragens de Mineração (PAEBM) Pequenas e médias empresas vão enfrentar mais dificuldades para operar Caminhos de auto-regulação do setor [guias, melhores práticas, etc.]

Publicações Recentes do IBRAM

21

22

Conheça mais sobre a Mineração em http://portaldamineracao.com.br/ 23

Conceituações Portaria nº 416/2012 Portaria nº 70.389/2017 Barragens de Mineração: barragens, barramentos, diques, reservatórios, cavas exauridas com barramentos construídos, associados às atividades desenvolvidas com base em direito minerário, utilizados para fins de contenção, acumulação ou decantação de rejeito de mineração ou descarga de sedimentos provenientes de atividades em mineração, com ou sem captação de água associada, compreendendo a estrutura do barramento e suas estruturas associadas. Barragens de Mineração: barragens, barramentos, diques, cavas com barramentos construídos, associados às atividades desenvolvidas com base em direito minerário, construídos em cota superior à da topografia original do terreno, utilizados em caráter temporário ou definitivo para fins de contenção, acumulação, decantação ou descarga de rejeitos de mineração ou de sedimentos provenientes de atividades de mineração com ou sem captação de água associada, compreendendo a estrutura do barramento e suas estruturas associadas, excluindo-se deste conceito as barragens de contenção de resíduos industriais;

Portaria nº 416/2012 Zona de autossalvamento: região a jusante da barragem que se considera não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em caso de acidente. Minuta Final Zona de autossalvamento: região do vale a jusante da barragem em que se considera que os avisos de alerta à população são da responsabilidade do empreendedor, por não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades competentes em situações de emergência, devendo-se adotar a maior das seguintes distâncias para a sua delimitação: a distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação igual a trinta minutos ou 10 km. Zona de Segurança Secundária: Região constante do Mapa de Inundação, não definida como ZAS.

Conceituação: Novos conceitos incorporados para melhor compreensão do texto proposto. I. Barragem de mineração ativa: estrutura em operação que esteja recebendo rejeitos e/ou sedimentos oriundos de atividade de mineração; II. Barragens de mineração em construção: estruturas que estejam em processo de construção de acordo com o projeto técnico; III. Barragens de mineração existentes: estrutura cujo início do primeiro enchimento ocorrer em data anterior à publicação desta Portaria; IV. Barragens de mineração novas: estruturas cujo início do primeiro enchimento ocorrer após a publicação desta Portaria; V. Barragem de mineração em processo de fechamento: estrutura que não opera mais com a finalidade de contenção de sedimentos e/ou rejeitos mas ainda mantém VI. características de barragem de mineração; Barragem de mineração descaracterizada: aquela que não opera como estrutura de contenção de sedimentos e/ou rejeitos, não possuindo mais características de barragem de mineração sendo destinada à outra finalidade; VII. Barragem de mineração inativa ou desativada: estrutura que não está recebendo aporte de rejeitos e/ou sedimentos oriundos de sua atividade fim mantendo-se com características de uma barragem de mineração; VIII. Níveis de controle da instrumentação; SIGBM; CNBM...

Mapa de inundação 1. Obrigatório para todas as barragens de mineração por modelo simplificado; 2. Necessitando de PAEBM, executar mapa de inundação com mais critérios (em gráficos e mapas georreferenciados as áreas a serem inundadas, explicitando a ZAS e a ZSS, os tempos de viagem para os picos da frente de onda e inundações em locais críticos abrangendo os corpos hídricos e possíveis impactos ambientais); 3. Deve ser elaborado por responsável técnico com ART, 4. Barragens a jusante: analisar em conjunto; 5. Deve refletir o cenário atual da barragem de mineração e estar em conformidade com sua cota licenciada; 6. Deve ser executado com base topográfica atualizada em escala apropriada, de acordo com as Instruções Reguladoras das Normas Técnicas da Cartografia Brasileira constantes do Decreto nº 89.817/1984 ou norma que a suceda, para a representação da tipologia do vale a jusante; 7. Devem considerar o cenário de maior dano.