AS POSSIBILIDADES DE UTILIZAÇÃO E NEGÓCIOS COM O LIXO Prof. Ms. Luciano Rodrigues Legaspe
EQUIPE TÉCNICA CETESB CETESB DIONE ZANGELMI ABRAHÃO PRADELLA JOÃO WAGNER DA SILVA ALVES LADY VIRGINIA TRALDI MENESES CEAGESP/ESCOLA DE RECICLAGEM LUCIANO RODRIGUES LEGASPE ORDEM ALFABÉTICA
LIXO X PROBLEMAS E SOLUÇÕES SENSO COMUM CEAGESP Reciclar é caro Reciclar é muito mais barato que Reciclar só papel, Aterrar plástico, vidro e 80% do nosso descarte é orgânico metal O Brasil consome mais de 17.000.000 Compostagem não ton./ano de fertilizantes tem mercado Na CEAGESP os Programas de O poder público não Reciclagem são econômicos. Somos tem projetos fiscalizados pelo CGU. Nossos Projetos ambientais já venceram dois prêmios ambientais econômicos. auditados pela Pricewaterhouse Focar em uma única Desenvolver projetos simples e de baixo estratégia custo. Ir melhorando a performance no decorrer. Tentar utilizar diferentes estratégias para cada grupo de resíduo
PANORAMA BRASILEIRO DO DESCARTE DO LIXO Descartamos 240.000 ton./dia de lixo (fonte IBGE). A matéria orgânica representa 60% (144.000 ton./dia) Essa massa poderia ser transformada em 50.400 ton./fertilizante orgânico dia após compostar. Teríamos algo em torno de 18.396.000 ton./ano de fertilizantes orgânicos. O pior de tudo + de 50% de todo os resíduos domiciliares são depositado em lixões. Reciclamos somente 1% da massa orgânica.
PANORAMA BRASILEIRO DO USO POTENCIAL DO LIXO A agricultura consome anualmente mais de 17.000.000 ton./fertilizantes minerais (químico) Importamos 60% (10.000.000 ton./ano) ao custo médio de U$120 a ton. (U$1.200.000.000) Estamos nos transformando em exportador de bio-combustíveis teremos que aumentar a fertilidade de nossos solos agrícolas. Só a adubação mineral não irá garantir a fertilidade dos solos e manutenção da produção.
PANORAMA BRASILEIRO DO USO POTENCIAL DO LIXO Teríamos algo em torno de 18.396.000 ton./ano de fertilizantes orgânicos. Comparativo: 5 ton./adubo orgânico equivale a 1 ton./adubo mineral na relação NPK (macro nutrientes) formula 10.10.10. As 18.396.000 ton/adubo orgânico equivale a 3.679.200 ton./adub. mineral, em comparação as concentrações de NPK. 3.679.200 ton./adub. orgânico=u$441.504.000
4. Insumos Agrícolas / Agricultural inputs 4.2 Fertilizantes, Nutrientes e Matéria Prima / Fertilizers, Nutrients and Raw Material 4.2.3 Consumo Aparente de Fertilizantes, Nutrientes e Matérias Primas - Brasil - 1991 a 2000 Fertilizers, Nutrients and Raw Material Apparent Consumtion - Brazil - 1991 to 2000 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Consumo A 8.573 8.921 10.967 11.214 10.395 12.368 14.383 13.552 14.083 17.545 Fertilizers Apparent Total Consumtion (1.000 t) Sulfato de 921 843 960 918 1.077 1.239 1.347 1.195 1.365 1.864 Ammonium Sulphate Uréia 868 942 1.298 1.278 1.284 1.407 1.672 1.570 2.155 2.250 Urea Nitrato de 199 213 216 270 327 374 423 396 346 711 Ammonium Nitrate Superfosf 2.145 2.267 2.812 2.954 2.707 2.949 3.529 3.701 3.650 4.297 Single Superphosphate Superfosf 776 755 701 844 653 774 945 844 760 937 Triple Supherphosfate Fosfato M 553 583 975 1.060 1.058 1.210 1.496 1.519 1.616 2.045 Mono-Ammonium Phosphate (MAP) Fosfato Di 123 110 128 157 91 76 80 63 35 175 Di-Ammonium Phosfate (DAP) Fosfato Pa 93 119 131 144 171 89 49 37-8 Nat. Phosphate partially Acidulated Cloreto de 2.071 2.175 2.851 2.802 2.369 3.384 3.955 3.619 3.733 4.784 Muriate of Potash 60-62% K 2 0 Outros 824 914 895 787 658 866 887 608 423 474 Others Consumo A 3.346 3.509 4.429 4.548 4.407 5.076 5.908 5.600 5.845 7.307 Nutrients Total Apparent Consumption (1.000 t) Nitrogenio 828 847 1.082 1.097 1.139 1.245 1.446 1.417 1.662 1.997 Nitrogen Fósforo (P 1.246 1.319 1.610 1.750 1.523 1.785 2.068 1.951 1.924 2.423 Phosphorus (P 2 O 5 ) Potássio ( 1.272 1.343 1.737 1.701 1.745 2.046 2.394 2.231 2.258 2.887 Potassium (K 2 O) Cons.Apare 5.062 4.367 4.588 5.399 5.584 5.215 6.042 5.892 6.145 6.684 Raw Material Apparent Consumptiom (1,000 t) Amônia 940 938 821 1.016 1.011 1.000 1.147 876 1.099 989 Ammonium Ácido Fos 649 520 659 619 630 646 640 647 627 817 Phosphoric Acid (P 2 O 5 ) Ácido Sulf 2.452 2.066 2.221 2.631 2.776 2.397 3.026 3.161 3.070 3.543 Sulphuric Acid Enxofre 1.021 843 887 1.133 1.167 1.172 1.229 1.208 1.349 1.335 Sulphur Fontes/Sources :IBGE; SECEX/MDIC; ANDA; SIACESP
4. Insumos Agrícolas / Agricultural inputs 4.2 Fertilizantes, Nutrientes e Matéria Prima / Fertilizers, Nutrients and Raw Material 4.2.2 Importação de Fertilizantes, Nutrientes e Matérias Primas - Brasil - 1991 a 2000 Fertilizers, Nutrients and Raw Material Imports - Brazil - 1991 to 2000 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Importação Total de Fertilizantes (1.000 t) 3.294 3.688 4.967 4.859 4.672 5.786 7.250 6.670 6.852 9.973 Fertilizers Total Imports (1.000 t) Sulfato de Amônia 735 735 826 753 913 1.044 1.126 1.051 1.177 1.661 Ammonium Sulphate Uréia 81 171 471 418 313 386 636 795 1.024 1.304 Urea Nitrato de Amônia - 16 15 13 41 68 102 102 57 352 Ammonium Nitrate Superfosfato Simples 27 49 153 105 68 73 150 136 125 334 Single Superphosphate Superfosfato Triplo 187 187 194 305 170 272 377 356 279 461 Triple Supherphosfate Fosfato Mono-Amônico (MAP) 134 284 479 527 427 567 904 853 854 1.219 Mono-Ammonium Phosphate (MAP) Fosfato Di-Amônia (DAP) 40 40 103 131 58 37 57 50 26 184 Di-Ammonium Phosfate (DAP) Fosfato Parcialmente Acidulado - - - - - - 15 - - Nat. Phosphate partially Acidulated Cloreto de Potássio 1.903 2.047 2.564 2.463 2.497 2.983 3.482 3.076 3.154 4.196 Muriate of Potash 60-62% K 2 0 Outros 187 159 162 144 185 356 416 251 156 262 Others Importação Total de Nutrientes (1.000 t) 1.590 1.822 2.470 2.453 2.302 2.853 3.582 3.337 3.388 4.835 Nutrients Total Imports (1.000t) Nitrogenio 232 287 475 445 421 503 686 739 844 1.254 Nitrogen Fósforo (P2O5) 180 262 418 496 341 522 762 675 614 1.016 Phosphorus (P 2 O 5 ) Potássio (K2O) 1.178 1.273 1.578 1.512 1.540 1.829 2.133 1.923 1.929 2.566 Potassium (K 2 O) Importação Total de Matérias Primas (1.000 t) 1.532 1.425 1.837 2.173 1.980 2.095 2.335 2.153 2.065 2.491 Raw Material Total Imports (1.000 t) Amônia 111 35 63 174 160 227 234 125 119 215 Ammonium Rocha Fosfática 228 302 378 512 450 471 577 560 431 533 Ground Rock Phosphate Ácido Fosfórico (P2O5) 113 170 286 165 131 128 139 104 40 52 Phosphoric Acid (P 2 O 5 ) Ácido Sulfúrico 59 75 223 189 132 96 156 156 126 356 Sulphuric Acid Enxofre 1.021 843 887 1.133 1.107 1.173 1.229 1.208 1.349 1.335 Sulphur Fontes/Sources :IBGE; SECEX/MDIC; ANDA; SIACESP
Principais Indicadores do Setor de Fertilizantes Relações de Trocas entre Fertilizantes e Alguns Produtos Agrícolas (Quantidade de Produto Agrícola Necessária para Adquirir 1 Tonelada de Fertilizantes) Unidade 1998 1999 2000 Jan.Jul/2001 Arroz saco 60 kg 14,4 19,9 23,3 25,2 Café saco 60 kg 1,4 1,8 2,2 3,3 Cana-de-Açúcar t 14,4 22,8 18,9 16,6 Feijão saco 60 kg 2,8 5,2 6,9 5,9 Milho saco 60 kg 26,8 31,2 27,7 43,2 Soja saco 60 kg 16,9 20,7 18,9 20,3 Fontes/Sources:IBGE; SECEX/MDIC; ANDA; SIACESP
DESENVOLVER PROJETOS EM ETAPAS DE CUSTO RESÍDUOS ORGÂNICOS DE FONTES LIMPAS PRIMEIRA FASE Fontes limpas: CEASAS; feiras-livres, supermercados; sacolões etc. Só a cidade de São Paulo gera dia de descartes orgânicos de feiras-livres 300 toneladas. SEGUNDA FASE Fontes a serem introduzidas a Coleta Seletiva em larga escala. Tecnologia mais cara para implantar e manter.
FEIRA LIMPA FONTE LIMPA DE DESCARTES
CUSTOS PARA RECICLAR OS RESÍDUOS ORGANICOS DE FONTES LIMPAS Equipamentos básicos: Trator com caixa de super redução (R$100.000,00) Vira leira (R$150.000,00) Peneira (R$30.000,00)
SEGUNDA FASE TECNOLOGIA INTERMEDIÁRIA COMPOSTAGEM DE FONTES SEM COLETA SELETIVA
SEGUNDA FASE TECNOLOGIA DE PONTA EXTRAÇÃO DE CH4 E COMPOSTO
VANTAGENS DO USO DO COMPOSTO Aumento da oferta de composto e conseqüentemente sua devolução ao solo. Utilização para cessar erosão Aumento na produção de alimentos orgânicos. Estabelecimento de parceria entre a cidade e o campo.
VANTAGENS PARA OS MUNICÍPIOS Revalorização da produção rural familiar. Possibilidade de instalação de hortas comunitárias públicas. Troca de composto por alimentos com os produtores rurais locais Possibilidade de comercialização dos excedentes desses alimentos nas CEASAS.
PARCERIA CEAGESP E CETESB OBJETIVOS ESPECÍFICOS Apresentar os potenciais ganhos e benefícios econômicos, ambientais e sociais a serem gerados pelo aproveitamento dos resíduos urbanos orgânicos alimentícios FLV (frutas, legumes e verduras). CETESB/Gerar Manual com as etapas para o licenciamento de operação de uma Unidade de Compostagem; demonstrar o possível ganho com os Créditos de Carbono; CEAGESP/Geral informações passo a passo para que o usuário possa entender dos fatores de ordem operacional tais como: necessidades de espaço; quantidade de material; composto a ser produzido; consumo de diesel e gasto mão de obra
CRÉDITO DE CARBONO Proposta: a aquisição dos equipamentos necessários (trator e vira leira) poderiam ser financiados pelo Governo Federal e/ou Estadual e o pagamento se daria pela venda dos Créditos de Carbono. O Governo trabalharia via Consórcio de Municípios, uma Unidade de Compostagem atenderia a vários dependendo do volume gerado pelos mesmos.
PÚBLICO ALVO DO MANUAL DE BOAS PRÁTICAS ORGÂNICAS Prefeituras, secretarias estaduais e municipais de meio ambiente, agricultura, saúde, recursos hídricos, saneamento, empresas privadas etc. Administradores públicos e privados, pesquisadores, tomadores de decisão e formuladores de políticas públicas; Grandes geradores de resíduos urbanos orgânicos, oriundos do setor de abastecimento público e privado, supermercados, mercados municipais, feiras livres, varejões, sacolões, quitandas, entrepostos, CEASAS, entre outros.
BANCO CENTRAL DE ALIMENTOS DA CEAGESP Programa voltado para o aproveitamento de FLV Frutas, Legumes e Verduras, provenientes de apreensões, doações e coleta de produtos com características que inviabilizam sua comercialização (alto grau de maturação ou dano físico), mas não o consumo humano. Atualmente, com esse Programa, é possível alimentar milhares de pessoas, por meio das entidades sociais cadastradas na CEAGESP.
APÓS TERMINO DO MANUAL SEGUNDA FASE-PROPOSTAS Escolha de um município ou consórcio (CETESB) em um raio de até 30 km de São Paulo para desenvolver o sistema descrito. O município sede a área e funcionários, a CEAGESP adquire máquinas e transfere o conhecimento sobre a operação. A CETESB monitora e equaciona todas as questões de ordem ambiental. A Secretaria da Agricultura publica o valor do composto
APÓS TERMINO DO MANUAL SEGUNDA FASE-PROPOSTAS Independente do número de municípios envolvidos cada um receberá sua cota de composto (output) de acordo com a entrada de matéria prima orgânica (input). O composto tem um valor oficial e esse produto é ofertado aos produtores da região. O produto pode ser tanto comprado como adquirido via escambo. Escambo seria a troca do adubo por hortícolas e o valor dessa estaria atrelado a cotação da CEAGESP. O município parceiro utilizaria esse alimento para a merenda escolar, hospitais, doação a famílias cadastradas etc.
SEGUNDA FASE-PROPOSTAS REDE DE PARCERIAS Todos os parceiros podem realizar trocas e empréstimos entre si, um município pode ceder sua produção a outro via devolução futura Todos podem criar pontos de comercialização pública e ou no comércio local. Os comerciantes teriam um valor de venda máximo (valor oficial) e um percentual de lucro estabelecido. Os benefícios ambientais, sociais, econômicos poderiam ser divulgados por todos.
RAÇÃO ANIMAL ALTERNATIVA CEAGESP E IZ-NOVA ODESSA A CEAGESP já possui um programa de utilização e fornecimento de descartes dos alimentos para o uso de alimentação animal alternativa Temos em andamento um termo de parceria para pesquisar sobre as formulações possíveis para o preparo de rações com os descartes de fontes limpas. Já utilizamos mais de 2.500 ton. Para esse fim.
UMA NOVA OPÇÃO ECONÔMICA PARA O USO DO LIXO TIPO DE RESÍDUO CEAGESP TON./MÊS MATÉRIA ORGÂNICA PURA TOTAL TON./ANO QUANTIDAD E DE COMPOSTO PRODUZIDO MÊS/TON QUANTIDAD E DE COMPOSTO PRODUZIDO ANO/TON GANHO COM A VENDA DO COMPOSTO MÊS GANHO COM A VENDA DO COMPOSTO ANO CRÉDITO DE CARBONO GERADO MÊS**** CRÉDITO DE CARBONO GERADO ANO**** MATÉRIA ORGÂNICA 2.100 25200 700 8400 R$ 84.000,00 R$ 1.008.000,00 $66.150,00 $793.800,00
OUTROS PROGRAMAS EM ANDAMENTO ENERGIA TÉRMICA 100% da madeira proveniente do descarte de caixas e pallets é utilizada no abastecimento de fornos e caldeiras como fonte de energia. RECICLAGEM DO PEIXE Vísceras, escamas e cabeças são transformadas em Farinha de Peixe para ração animal e em Adubo Líquido. PALHA/CAPIM São utilizados como substrato no cultivo de cogumelos, na cobertura de solos e em cama para animais. PAPEL DE FRUTAS E FLORES - Já possuímos a técnica para a extração da celulose das frutas e flores para produzir papeis para diferentes usos.
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