Motores Alternativos (ENG03342) Material de apoio (parte prática)

Documentos relacionados
Motores Alternativos (ENG03342) Material de apoio (parte prática)

Motores Alternativos (ENG03342) Material de apoio (parte prática)

Motores Alternativos (ENG03342) Material de apoio (parte prática)

Motores Alternativos (ENG03342) Material de apoio (parte prática)

MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA II

LINTEC VEÍCULOS E MOTORES ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

LINTEC VEÍCULOS E MOTORES ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

LINTEC VEÍCULOS E MOTORES ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Motores Alternativos (ENG03342) Material de apoio (parte prática)

Departamento de Agronomia. Introdução ao estudo dos motores alternativos UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

LINTEC VEÍCULOS E MOTORES ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Figura 1. Combustão externa: calor é produzido fora do motor em caldeiras.

Motores Alternativos ENG03342 (Turma C) Porto Alegre, 27 de abril de 2018

Motores Térmicos. 9º Semestre 5º ano. Prof. Jorge Nhambiu

MOTORES 4LDG3900Y 1 - BLOCO DO MOTOR 2 - CABEÇOTE 3 - CONJUNTO PISTÃO 4 - VIRABREQUIM 5 - COMANDO DE VÁLVULAS 6 - EIXO BALANCIM 7 - ENGRENAGENS

Mecanização Agrícola e Máquinas Motorização e partes do sistema

Disciplina: Motores a Combustão Interna. Principais Componentes Móveis Parte 2

MANUAL DE PEÇAS MOTOR QUANCHAI QC385D

MOTOR 4 LD 2500 / 4 LDG 2500

ZÍZIMO MOREIRA FILHO VINÍCIUS RODRIGUES BORBA

MOTORES 3LD1500Y/3LDG1500Y

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

CATÁLOGO DE PEÇAS DIESEL AG180 NS18 COM FOTOS

4LD LDG Motor e Gerador

EXPLODIDO PARA OS GERADORES DAS SÉRIES ND72000ES3 1. CABEÇA DO CILINDRO & CONJUNTO DA TAMPA

CATÁLOGO DE PEÇAS DIESEL AG180 NS18 COM FOTOS

TF a. EDIÇÃO - OUT/1997 LISTA DE PEÇAS VISTA EXPLODIDA MOTORES DIESEL TF60 / TF60H

Esta lista compõe-se de 2 partes, sendo a primeira com os códigos das peças e a vista explodida da seção da máquia em disposição e arranjo normal.

MOTOR DIESEL BANDAI - DE418 / DE418E - 10HP

Pos Codigo Descrição Q/M*

MOTOR G BLOCO DO MOTOR 2 - TAMPA DO CÁRTER 3 - CONJUNTO PISTÃO E VIRABREQUIM 4 - CABEÇOTE 5 - COMANDO DE VÁLVULAS 6 - CARENAGEM DO MOTOR

4 LDG LDG 3900 T

4LD LDG Motor e Gerador

MOTOR DIESEL BANDAI - DE296 / DE296E - 7HP 01 - CILINDRO POSIÇÃO CÓDIGO DESCRIÇÃO 1 DE PARAFUSO DO DRENO 2 DE ARRUELA 3 DE

4 LDG LDG 3900 T

Aula 6 - Motores de combustão interna Parte II

Esta lista compõe-se de 2 partes, sendo a primeira com os códigos das peças e a vista explodida da seção da máquia em disposição e arranjo normal.

MOTOR 2 CILINDROS BFDE 292

Motor Isuzu. Manual de peças

MOTOR 3 LD 1500 / 3 LDG 1500

3LD LDG Motor e Gerador

Departamento de Agronomia. O sistema de injeção UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

CATÁLOGO DE PEÇAS GASOLINA COM FOTOS

3LD LDG Motor e Gerador

BLOCO DO MOTOR ITEM QTDE CÓDIGO MODÊLO DO MOTOR DENOMINAÇÃO OBS.

4LD LDG Motor e Gerador

Identificar os componentes fixos e móveis que compõem os motores e suas funções.

BLOCO DO MOTOR A850

CATÁLOGO DE PEÇAS GASOLINA COM FOTOS

BLOCO DO MOTOR A950

MOTOR EA 111. Kombi

CATÁLOGO DE PEÇAS CATÁLOGO DE PEÇAS

MOTORES TÉRMICOS AULA MCI: NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO PROF.: KAIO DUTRA

Motor de combustão de quatro tempos

FUNDAMENTOS DO FUNCIONAMENTO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

TR 450 E CATÁLOGO DE PEÇAS

Manual análise de Garantia

Desenho Explodido - MG-2600D

O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DOS MOTORES A QUATRO TEMPOS UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

MOTOR 2.5 HP - LIFAN CSM

Disciplina: Motores a Combustão Interna. Principais Componentes Móveis Parte 3

Edição Abril/2005 RANGER 98/ - R MOTOR COMPLETO - (2.5L/2.8L DIESEL)

BLOCO DO MOTOR BT190

EDITAL SEI DIRFEMEC Nº 4/2018

BLOCO DO MOTOR BT210

MOTOR 6.5 HP LIFAN CSM

MOTOR GASOLINA - BFG 7.0 Plus a a 26

MOTOR DIESEL. Monocilindro REFRIGERADO A ÁGUA

N Ref. Código Descrição Qtd.

MOTOR ESTACIONÁRIO CHANGCHAI DIESEL. Modelo S1100A2 com sistema HOOPER de refrigeração EXPLODIDO

MOTOR GASOLINA - BFG 2.8 cv.

QTD. NA MÁQUINA x MOTOR COMPLETO 1 DESCRIÇÃO REF. CÓGIGO INTERNO

CATÁLOGO DE PEÇAS. Linha Motores diesel TRD 13

1 CONJUNTO VIRABREQUIM NMG Conjunto Virabrequim

MOTOR DIESEL. Monocilindro REFRIGERADO A ÁGUA

MOTOR 5.5 LIFAN CSM 1 - CARCAÇA

MOTORES GASOLINA G160 - G200 - G270 - G390 - G420

CATÁLOGO DE PEÇAS DIESEL AG60 NS50 COM FOTOS

VISTA EXPLODIDA LAVADORA DE ALTA PRESSÃO A DIESEL - NLD250E MOTOR

CATÁLOGO DE PEÇAS DIESEL AG60 NS50 COM FOTOS

MULTICILINDROS BFDE 380 BFDE 385 BFDE 480 BFDE 485

CABEÇOTE No. Código NTS Descrição QTD CABEÇOTE PARAFUSO PRISIONEIRO PINO 10X JUNTA DO

Transversal anterior. 4 no cabeçote. 127 a rpm. 32,6 a 1800 rpm. 88 mm x 94 mm. turboalimentado com intercooler.

VISTA EXPLODIDA GERADORES À DIESEL SILENCIADO - SÉRIE ND8000ES

Vista Explodida Motor Gerador a Diesel - ND3200. Sistema de Combustível

Motores de Combustão Interna Parte III - SISTEMAS COMPLEMENTARES

Nº Código Descrição Nº Código Descrição

N Código Descrição Qt. 01

CATÁLOGO DE PEÇAS. Linha Motores diesel TRD 5.2

Desenvolvimento da Rede - Treinamento

MOTOR 11.0 HP CSM LIFAN

Desenho Explodido - GSR RG MOTOR LIFAN

Pos Código Descrição Q/M*

Desenho Explodido GC-5000L

transversal anterior 4 no cabeçote 127 a rpm 32,6 a rpm 88 mm x 94 mm turboalimentado com intercooler ferro fundido com pino flutuante

Pos Código Descrição Q/M*

COMO CONSULTAR O CATÁLOGO. Indica o produto. Indica o grupo de peças. Indicam os modelos. Indica a quantidade de peças no grupo

Transcrição:

Porto Alegre - RS, Slide 1/33 /motores Material de apoio (parte prática) Turma C Porto Alegre - RS Prof. Dr. Alexandre Vagtinski de Paula depaula@ufrgs.br AULA PRÁTICA 2 Tópicos a serem abordados nesta aula Porto Alegre - RS, Slide 2/33 1. Componentes fixos dos motores alternativos 1.1. Tampa de cilindros (cabeçote) 1.2. Bloco 1.3. Cárter 2. Componentes móveis dos motores alternativos 2.1. Eixo do motor (árvore de manivelas) 2.2. Eixo de cames (eixo do comando de válvulas) 2.3. Órgãos auxiliares (bomba de combustível, bomba do sistema de arrefecimento e bomba do sistema de lubrificação) 2.4. Cilindros (camisa integral, seca e úmida) 2.5. Êmbolo (porta anel, plugue, pinos de segurança, fendas transversais, chapas auto-térmicas) 3. Fixação êmbolo-pino-biela 3.1. Pino flutuante 3.2. Pino oscilante 3.3. Pino preso 1

Porto Alegre - RS, Slide 3/33 1. Componentes fixos dos motores alternativos Tampa de cilindros (cabeçote) Bloco Cárter (depósito do lubrificante) www.fazerfacil.com.br/imagens/ conjunto_motor.jpg www.motorconsult.pt/images/artigos/2013/janeiro/ Grandes_Componentes_Motor/Foto3.jpg Porto Alegre - RS, Slide 4/33 1.1. Tampa de cilindros (cabeçote) - Geralmente é confeccionado em ferro fundido (FoFo) ou em liga de alumínio. Cabeçote de um GM Monza 1.8 Álcool (1982-1986). www.noveloautopecas.com.br/cabecote-monza-cvalvula-1.8-alcool-82gt86-gm-94625924 Cabeçote de uma motocicleta Honda CRF 230. https://americasports.com.br/7654- thickbox_default/cabecote-honda-crf-230-0714.jpg 2

Porto Alegre - RS, Slide 5/33 Cabeçote de um motor HEMI. https://i.pinimg.com/736x/c0/84/d1/c084d19 3623f48757140e935660ea781.jpg Cabeçote de um motor flat head. http://1.bp.blogspot.com/-4srnuplizpo/tjnaxvqooei/ AAAAAAAAAFg/HhkmbMf9RF8/s1600/Ford%2BFlathead%2BHead.jpg Cabeçote de um motor com 4 válvulas por cilindro. Cabeçote de um motor com 5 válvulas por cilindro. www.westportparts.com/volksdiesel/images/ Complete18TCylinderHeadPic3.jpg Porto Alegre - RS, Slide 6/33 1.2. Bloco - Também é geralmente confeccionado em FoFo ou em liga de alumínio. Bloco do motor com 6 cilindros em linha (Chevrolet Silverado - Diesel). www.mrautomotivo.com.br/blog/wpcontent/uploads/2015/08/bloco-do-motor-4.jpg www.casadatransmissao.com.br/236- large_default/bloco-de-motor-6-cilindros-silverado-.jpg Bloco do motor com 4 cilindros em linha. http://carrosinfoco.com.br/wpcontent/uploads/2015/09/head2-1024x404.jpg Bloco do motor com 4 cilindros em linha (Perkins - Diesel). https://images.ua.prom.st/562796843_w800_h640_zz50294.jpg 3

Porto Alegre - RS, Slide 7/33 Bloco em V de um motor de 8 cilindros (V8). Bloco com cilindros opostos ou contrapostos (boxer). O termo VR vem da combinação de motor em V e Reihenmotor, que em alemão significa motor em linha. A combinação dos dois pode ser traduzida como "o motor V em linha". O ângulo geralmente é de apenas 10,6 ou 15 Bloco VR de um motor de 6 cilindros (VR6). http://gearheadbanger.com/wpcontent/uploads/2011/07/x06pt_8c035.jpg https://fiebruzmotorsports.com/wpcontent/uploads/2015/12/ej25block.jpg https://cdn.shopify.com/s/files/1/1150/2546/products/image_aac43705- e1e0-42b4-8bdb-f0ce72a984c5_large.jpg?v=1469224539 Bloco com cilindros radiais. https://a.1stdibscdn.com/archivese/1stdibs/ 062513/KirkAlbertCC_DM2/26/X.jpg Porto Alegre - RS, Slide 8/33 Bloco em W de um motor de 16 cilindros (W16). http://2.bp.blogspot.com/-8eedkwn-c8e/ube0o39nevi/ AAAAAAAAALE/9j36Wy7EY3A/s1600/DSC01936.jpg Cabeçote de um motor W16. www.enginelabs.com/news/video-the-bugatti-veyronsw16-engine-on-the-assembly-line/ 4

- Algumas animações: Porto Alegre - RS, Slide 9/33 Animação do movimento de um motor com 4 cilindros em linha. https://i.imgur.com/dce3kxu.gif Animação do movimento de um motor boxer com 4 cilindros. https://d2t1xqejof9utc.cloudfront.net/screenshots/pic s/ad6e4bfc5ad98367482d3c0db76029a1/large.gif Animação do movimento de um motor com 8 cilindros em V. https://media.giphy.com/media/ hjywkevwczep2/giphy.gif Animação do movimento de um motor VR com 6 cilindros. www.kfz-tech.de/bilder/kfz- Technik/Hubkolbenmotor/VR6A2.gif Animação do movimento de um motor com 16 cilindros em W. https://i.imgur.com/sha5utb.gif Animação do movimento de um motor radial com 9 cilindros. https://i.imgur.com/79qo0.gif 1.3. Cárter (depósito do lubrificante) - Geralmente confeccionado em chapa de aço. Porto Alegre - RS, Slide 10/33 Cárter de um Fiat Spazio (1977 / 1986). https://umec.vteximg.com.br/arquivos/ids/184824-1000- 1000/422517_A.jpg?v=636396056061000000 http://wrautopecas.com.br/site/wpcontent/uploads/2016/06/carter.jpg Cárter seco de um Corvette Z06. https://f1visaotecnica.files.wordpress.com/2011/03/carter2.jpg Cárter de um Chevrolet Cobalt (2012). https://lojachevroletnova.vteximg.com.br/arquivos/ids/158181-799- 799/24579728.jpg?v=636131736649730000 5

Porto Alegre - RS, Slide 11/33 - Vale ressaltar que nos motores de dois tempos os cárteres são mais robustos, a fim de resistir às diferenças de pressão. - O movimento alternativo do êmbolo do motor dará origem a pressões acima e abaixo (vácuo) da atmosférica no cárter. - Estes motores não utilizam o cárter como depósito de óleo. www.autoentusiastas.com.br/ae/wp-content/uploads/2014/07/fig- 03-Lateral-direita-do-motor-375x500.jpg Motor de dois tempos de um DKW (1966). www.autoentusiastas.com.br/ae/wp-content/uploads/2014/07/fig-06- Janelas-de-escape-na-lateral-esquerda-do-motor-500x375.jpg Porto Alegre - RS, Slide 12/33 www.dkwcandango.com.br/09%20artigos%20tecnicos/comparativo-manual.jpg 6

2. Componentes móveis dos motores alternativos Came Porto Alegre - RS, Slide 13/33 Eixo de cames (eixo do comando de válvulas) Válvula Volante Eixo do motor (árvore de manivelas) www.claytex.com/wp-content/uploads/2017/05/ezgif.com-gif-maker.gif Porto Alegre - RS, Slide 14/33 Came Eixo de cames (eixo do comando de válvulas) Pino Êmbolo Válvula Biela Volante Eixo do motor (árvore de manivelas) www.claytex.com/wp-content/uploads/2017/05/ezgif.com-gif-maker.gif 7

Porto Alegre - RS, Slide 15/33 2.1. Eixo do motor (árvore de manivelas) - Acoplado a ele está a biela êmbolo. - Componentes: - êmbolo - pino - biela - casquilho - árvore de manivelas Pino Biela Êmbolo Casquilho http://s3.amazonaws.com/magoo/ ABAAABCFoAK-41.jpg Eixo do motor (árvore de manivelas) https://static.av-gk.ru/komatsu/ 0000018C/060002a.png Porto Alegre - RS, Slide 16/33 Pino Êmbolo Biela Eixo do motor (árvore de manivelas) http://carrosinfoco.com.br/wp-content/uploads/2013/05/mci4.jpg 8

2.2. Eixo de cames (eixo do comando de válvulas) Porto Alegre - RS, Slide 17/33 - Controla a entrada de combustível (gases) e saída de gases (válvulas) através de peças excêntricas. - Componentes: - tucho - haste - balancim - eixo do balancim - válvula - mola - O tucho serve para aumentar a área de contato da haste com o came. 2.2. Eixo de cames (eixo do comando de válvulas) Porto Alegre - RS, Slide 18/33 Eixo do balancim Haste Tucho Came Eixo de cames Balancim Mola Válvula Êmbolo Biela Eixo do motor (árvore de manivelas) www.claytex.com/wp-content/uploads/2017/05/ezgif.com-gif-maker.gif 9

Porto Alegre - RS, Slide 19/33 Nesta animação (esquemática) os tuchos foram omitidos! https://media.giphy.com/media/y 51KtHjgjXvgc/giphy.gif Animação esquemática de um motor com 4 cilindros em linha de 16 válvulas e duplo comando de válvulas. www.claytex.com/wp-content/uploads/2017/05/ezgif.com-gif-maker.gif 2.3. Órgãos auxiliares Porto Alegre - RS, Slide 20/33 - São componentes móveis necessários para o funcionamento adequado do motor. Podem ser bombas ou ventiladores. a) Bomba de combustível: - Membrana ou diafragma: utilizada em motores antigos. - Êmbolo: pistão ao invés de membrana. - Engrenagens ou lóbulos: motor a Diesel. - Eletrobomba: de rotor excêntrico. Para motores a gasolina com injeção eletrônica. São de baixa pressão. Tinha um came que pressionava o conjunto mola/diafragma. - Trabalha com tensão da bateria. Fica geralmente no cofre do tanque, sendo refrigerada pelo próprio combustível (p = 5 bar. Para flex, p = 3,5 bar). *Na injeção direta de gasolina ainda é necessária uma bomba de prépressão (eletrobomba, com p mín de 2 bar) para não haver cavitação na bomba de média pressão. 10

Porto Alegre - RS, Slide 21/33 *Na injeção de Diesel a bomba de pré-pressão é geralmente de engrenagens ou lóbulos, com pressão variando de 2 a 50 bar). A bomba de média pressão geralmente é de 3 êmbolos, para pressões maiores. - Também, nos veículos a GNV, deve haver um sistema que desligue a bomba, pois não há gasolina/etanol sendo injetado. b) Bomba do sistema de arrefecimento (bomba d água) - Centrífuga: acoplada ao eixo do comando de válvulas por correia dentada. - Não se usa água da torneira como fluido de trabalho nestes componentes, por ela conter vários elementos químicos que agridem as partes internas das bombas. Porto Alegre - RS, Slide 22/33 c) Bomba do sistema de lubrificação (bomba de óleo) - Bomba de engrenagens: é mais simples, robusta, barata e a mais utilizada. Praticamente não dá manutenção. - Pode ir dentro ou fora (acoplada ao comando de válvulas por uma engrenagem helicoidal) do reservatório de óleo. - Bomba de lóbulos - Bomba de palhetas: mais raro de ser utilizada. 11

2.4. Cilindros Porto Alegre - RS, Slide 23/33 - A camisa pode ser fundida do próprio material do bloco do motor. Geralmente é feita de FoFo. - Nesta configuração ela é chamada de Camisa integral. Camisa integral - Ela sofre desgaste (cônico e elíptico) com o tempo. - A camisa pode ser usinada (retificada) até 3 vezes. - Contudo, na 1ª camada há um tratamento térmico superficial. Camisa seca - É projetada para durar cerca de 2.000 h (aprox. 200.000 km). - Para motores Diesel, pode durar de 10.000 h a 15.000 h. Camisa úmida ou molhada Tipos de camisas para cilindros (Giacosa, 1988). Porto Alegre - RS, Slide 24/33 - Mas também pode ser inserido outro cilindro dentro do bloco, existindo mais duas configurações: - Camisa seca: onde não há contato direto do líquido de arrefecimento com a camisa. Camisa integral - Ex.: pode ser uma camisa de aço carbono. - A sua espessura é bem fina. - É colocada com interferência. - Não é aconselhável trocar (pode entrar ar entre o bloco e a camisa, o que dificulta a Transferência de Calor). Camisa seca - A camisa pode ser usinada (retificada). Camisa úmida ou molhada Tipos de camisas para cilindros (Giacosa, 1988). 12

Porto Alegre - RS, Slide 25/33 - Camisa úmida ou molhada: há contato direto do líquido de arrefecimento com as paredes da camisa, trocando calor. - É mais espessa que no caso anterior (para suportar a pressão de dentro para fora da camisa). Camisa integral - Fornece excelente transferência de calor. - Pode ser trocada. - É mais cara que o caso anterior. Camisa seca Desenho da montagem de uma camisa úmida. Camisa úmida ou molhada Tipos de camisas para cilindros (Giacosa, 1988). 2.5. Êmbolo Porto Alegre - RS, Slide 26/33 - A maioria é feita de alumínio fundido ou forjado. Os mais antigos eram de FoFo. Cabeça Canaletas que recebem anéis para vedação Zona do fogo Anel de fogo No mínimo 2 anéis de compressão 1 ou mais anéis de óleo ou raspadores* (só em motores 4T) Saia Conecta com a biela - Faz com que a névoa de óleo entre no pistão e limpe a camisa do cilindro. *Retira o excesso de óleo, homogeneizando a superfície. *Entre o anel e a canaleta há uma pequena mola, facilitando a separação. 13

Porto Alegre - RS, Slide 27/33 - Nos motores Diesel pode haver mais de um anel de óleo. - Nos motores de competição pode haver apenas um anel de compressão, visando diminuir o atrito. Podem apresentar ranhuras adicionais para vedação por labirinto. Geralmente são confeccionados em liga de alumínio forjado. - Alguns motores Diesel antigos ainda possuem os seguintes elementos: - Porta anel: inserção metálica na 1ª canaleta (mais próximo da cabeça) para resistir ao trabalho. Aumenta a vida útil, pois é feito de material mais resistente. Porto Alegre - RS, Slide 28/33 - Plugue: inserção metálica na cabeça do êmbolo com a finalidade de proteger a zona de injeção para evitar a erosão por impactação líquida. - Nos motores Diesel com injeção mecânica (até 250 bar), é confeccionado geralmente de chapa de aço fundido. - Nos motores Diesel eletrônicos (jato de injeção com até 1350 bar), é confeccionado geralmente de aço ao cromo forjado. - Pinos de segurança: São para motores de 2 tempos. Vão na canaleta para evitar que o anel gire e suas fendas batam nas janelas, provocando fluxo de Blowby (passagem de gases de combustão da câmara para o cárter). 14

Porto Alegre - RS, Slide 29/33 - Fendas transversais: em veículos mais antigos, inseriam-se dois cortes na canaleta do raspador ou logo abaixo no êmbolo. - Serviam como barreira térmica e aumentavam a flexibilidade da saia. - Chapas auto-térmicas: em veículos mais antigos, eram realizadas duas inserções metálicas na região do perímetro do pino (internas ao êmbolo) para controlar a dilatação térmica. Porto Alegre - RS, Slide 30/33 3. Fixação êmbolo-pino-biela - Pode ser realizado de três maneiras: a) Pino flutuante: solto na biela e no êmbolo (é a melhor!). Tem que lubrificar. Pino flutuante - São livres (sem interferência) tanto no êmbolo quanto na biela. Para evitar seu deslocamento, utilizam-se travas ou anéis de segurança. b) Pino oscilante: preso na biela e solto no êmbolo. Pino oscilante - É de menor custo. - Entra por interferência. c) Pino preso: solto na biela e preso no êmbolo. - Geralmente utilizam roletes de agulha cônica. Pino preso Tipos de fixação para êmbolo. www.sweethaven02.com/ Automotive01/fig0330.gif 15

Porto Alegre - RS, Slide 31/33 a) Pino flutuante: b) Pino oscilante: c) Pino preso: Tipos de fixação para êmbolo (Giacosa, 1988). Porto Alegre - RS, Slide 32/33 - Referências: Heywood, J. B. Internal Combustion Engine - Fundamentals, Mcgraw- Hill, New York, 960 p., 1988 (ISBN: 978-0070286375). Taylor, C.F. Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol. 1, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 558 p., 1988. Taylor, C.F. Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol. 2, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 531 p., 1988. Giacosa, D. Motores Endotérmicos, Ediciones Omega, Barcelona, 876 p., 1988 (ISBN: 9788428208482). Bosch, Manual de Tecnologia Automotiva, Editora Blucher, São Paulo, 1232 p., 2006 (ISBN: 9788521203780). Bosch, Automotive Electric/Electronic Systems, SAE International, 347 p., 1988 (ISBN: 978-0898835090). William, B. R. e Mansour, N. P. Understanding Automotive Electronics, Newnes, Indiana, 470 p., 2003 (ISBN: 9780750675994). 16

Porto Alegre - RS, Slide 33/33 - Referências: Guibet J. C., Fuels and Engines, Vol. 1, Editions Technip, Paris, 456 p., 1999 (ISBN: 9782710807537). Guibet J. C., Fuels and Engines, Vol. 2, Editions Technip, Paris, 448 p., 1999 (ISBN: 9782710807544). Owen, K, Coley, T. e Weaver, C. S. Automotive Fuels Reference Book, SAE International, Warrendale, 976 p., 1995, (ISBN: 9781560915898). Lenz, H. P. Mixture Formation in Spark-Ignition Engines, Springer- Verlag, New York, 400 p., 1992 (ISBN: 9783709166925). Plint, M. J e Martyr, T. Engine Testing: Theory and Practice, 3 rd Edition, SAE International, Burlington, 464 p., 2007 (ISBN: 9780768018509). Brunetti, F. Motores de Combustão Interna, Vol. 1, Editora Blucher, São Paulo, 553 p., 2012 (ISBN: 9788521207085). Brunetti, F. Motores de Combustão Interna, Vol. 2, Editora Blucher, São Paulo, 486 p., 2012 (ISBN: 9788521207092). 17