PROJETO EM ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO I PROF. ME. HÉLIO ESPERIDIÃO.
TEMAS PROPOSTOS. Câmera que segue um ponto luminoso de laser. (processamento simples de imagem). Movimentar alavanca mecânica com a mão. (processamento simples de imagem). Equipamento separador de frutas. Sistema de reconhecimento de posição por ultrassom. Carro que estaciona sozinho.
O que é um projeto Esta é uma palavra oriunda do termo em latim projectum que significa algo lançado à frente. Por esse motivo, projeto também pode ser uma redação provisória de uma medida qualquer que vai ser realizada no futuro.
O que é um projeto? Projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. O projeto é temporário; por ter uma data prevista para iniciar e uma data prevista para terminar. O projeto gera entregas exclusivas que podem ser serviços ou produtos ou resultados específicos.
Projeto de pesquisa Projeto de pesquisa é um documento elaborado pelo pesquisador, no qual este apresenta as ideias centrais da pesquisa. No projeto de pesquisa devem ser abordadas áreas como o tema, formulação do problema, objetivos, metodologia adotada na pesquisa, etc.
Ciclo de vida de um projeto Um projeto deve ter uma duração determinada um ínicio e um fim. Portanto, ele normalmente segue algumas etapas que o guiam nesse processo e o levam até o momento da conclusão. Essas etapas são: iniciação, planejamento, execução, controle e finalização.
Cuidado Nenhuma etapa é mais importante do que a outra, porém é preciso ter um cuidado especial com a iniciação e planejamento, pois é aí que você terá um guia para o restante do projeto e suas outras etapas. Nas etapas de execução e controle você deve implementar e analisar os primeiros resultados do seu projeto para então conseguir compreender o que foi um sucesso e o que pode ser melhorado. Não fique aguardando ter o produto perfeito para começar a fazer seus testes, afinal, é o mercado que vai ser capaz de dizer o quanto você ainda precisa melhorar e aprimorar o que já tem.
Artigos Científicos Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um livro. Permitem ao leitor repetir a experiência mediante a descrição da metodologia empregada, do processamento utilizado e resultados obtidos. São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles.
O planejamento da pesquisa Pesquisa é a construção de conhecimento original de acordo com certas exigências científicas. Para que seu estudo seja considerado científico você deve obedecer aos critérios de coerência, consistência, originalidade e objetivação. É desejável que uma pesquisa científica preencha os seguintes requisitos: a) a existência de uma pergunta que se deseja responder; b) a elaboração de um conjunto de passos que permitam chegar à resposta; c) a indicação do grau de confiabilidade na resposta obtida (GOLDEMBERG, 1999, p.106).
Fases de uma pesquisa ou projeto. O planejamento de uma pesquisa dependerá basicamente de três fases: - fase decisória: referente à escolha do tema, à definição e à delimitação do problema de pesquisa; - fase construtiva: referente à construção de um plano de pesquisa e à execução da pesquisa propriamente dita; - fase redacional: referente à análise dos dados e informações obtidas na fase construtiva. É a organização das idéias de forma sistematizada visando à elaboração do relatório final.
Artigos científicos Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não se constituem em matéria de um livro. Permitem ao leitor repetir a experiência mediante a descrição da metodologia empregada, do processamento utilizado e resultados obtidos. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles.
Estrutura do Artigo O artigo científico apresenta a mesma estrutura exigida para trabalhos científicos. Apresenta as seguintes partes:
PRELIMINARES a) Cabeçalho título (e subtítulo) do trabalho b) Autor(es) c) Credenciais do(s) autor(es) d) Local de atividades (MARCONI; LAKATOS, 2001)
SINOPSE Resumo do trabalho redigido pelo próprio autor. Pode ser colocado entre o título e o texto ou ao final da publicação. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
Resumo A redação da sinopse (resumo) deve: Conter os fatos encontrados no trabalho e suas conclusões, sem emitir juízo de valor; Dar o leitor uma visão global do conteúdo; Indicar a maneira como o tema foi abordado; Apontar os fatos novos e as conclusões tiradas; Ser o mais concisa possível. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
PALAVRAS-CHAVE Objetivo: auxiliar indexadores na indexação. Atribuir de 3 a 10 palavras-chave (conforme a norma da revista escolhida para publicação do artigo). (VOLPATO; BETINI, 2006)
CORPO DO ARTIGO a) Introdução: apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e proposição. b) Texto: exposição, explicação e demonstração do material; avaliação dos resultados e comparação com obras anteriores. a) Comentários e conclusões: dedução lógica, fundamentada no texto, de forma resumida. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
PARTE REFERENCIAL a) Bibliografia b) Apêndices ou anexos (mediante necessidade). c) Agradecimentos. d) Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um artigo científico, devido a rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora de certas editoras na publicação de trabalhos). (MARCONI; LAKATOS, 2001)
Divisão A divisão do corpo do artigo também pode ser dividido em mais itens. Por exemplo: a) Introdução b) Material e Método c) Resultados d) Discussão e) Conclusões Todavia não convém que os artigos sejam muito subdivididos, para que o leitor não perca a sequência. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
MOTIVAÇÃO Várias oportunidades podem ser motivo para a elaboração de um artigo científico. Podem ser: a) Uma questão antiga que pode ser exposta de uma nova maneira; b) Ao se realizar um trabalho, surgem questões secundárias que não serão aproveitadas no obra e que permitem a confecção de um novo artigo; c) Certos aspetos de um assunto não foram estudados ou o foram superficialmente. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
ESTILO O estilo dever ser claro, conciso, objetivo. A linguagem deve ser correta, precisa, coerente e simples. Adjetivos supérfluos e repetições devem ser evitadas, assim como a forma muito compacta, que pode prejudicar a compreensão do texto. O título também merece atenção: precisa corresponder, de maneira adequada, ao conteúdo. (MARCONI; LAKATOS, 2001)
ESTILO (DICAS) FORMA IMPESSOAL não use: pesei os ratos; eu concluo use: os ratos foram pesados; concluímos PALAVRAS SIMPLES evite: agentes quimioterápicos prefira: droga Use substantivos e verbos. Cuidado com adjetivos: Rápidas pinceladas; réplicas autênticas; crítica construtiva (VOLPATO; BETINI, 2006)
CUIDADO COM O GERÚNDIO Não use: Vamos estar fazendo uma reunião. Use: Faremos uma reunião. Não use: A proposta está sendo estudada pelo diretor. Use: O diretor está estudando a proposta. (VOLPATO; BETINI, 2006)
EXPRESSÕES CONDENÁVEIS a nível (de), ao nível em nível, no nível face a, frente a ante, diante de, em face de, em vista de, perante onde (quando não exprime lugar) em que, na qual (medidas) visando medidas destinadas a sob um ponto de vista de um ponto de vista sob um prisma por (ou através de) um prisma como sendo suprimir a expressão (VOLPATO; BETINI, 2006)
EXPRESSÕES CONDENÁVEIS em função de em virtude de, por causa de, em conseqüência de, por, em razão de a partir de (a não ser com valor temporal) com base em, tomando-se por base, valendo de... através de (para exprimir meio ou instrumento por, mediante, por meio de, por intermédio de devido a em razão de, em virtude de, graças a, por causa de dito citado, mencionado enquanto ao passo que (enquanto que é redundância) (VOLPATO; BETINI, 2006)
EXPRESSÕES CONDENÁVEIS fazer com que compelir, constranger, fazer que, levar a inclusive (a não ser quando significa incluindo-se até, ainda, igualmente, mesmo, também no sentido de, com vistas a a fim de, para, com o objetivo de, com o intuito de, com a finalidade de, tendo em vista pois (no início da oração) já que, porque, uma vez que, visto que principalmente especialmente, mormente, notadamente, sobretudo, em especial, em particular (VOLPATO; BETINI, 2006)
CUIDADO COM SENTIDO junto a usar somente quando equivaler a adido a ir de encontro a - chocar-se com ir ao encontro de concordar com à medida em que à proporção que, enquanto na medida em que uma vez que em termos de modismo (não use) (VOLPATO; BETINI, 2006)
TEMPOS VERBAIS Introdução: presente O objetivo deste trabalho é apresentar... Revisão da literatura: presente/passado A estreptomicina é um antibiótico produzido por... Ao atribuir a ideia à alguém Silva (1990) considerou... (VOLPATO; BETINI, 2006)
TEMPOS VERBAIS Material e método: passado A altura foi medida com... Resultado: passado Observou-se maior crescimento em... Discussão: presente e passado O crescimento é lento no primeiro período, mas, no grupo tratado, houve aumento nas medidas de... (VOLPATO; BETINI, 2006)
REFERÊNCIAS MARCONI, M.A.; LAKATOS, E.M. Metodologia do trabalho científico. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2001. p.84-89. PETROIANU, A. Autoria de um trabalho científico. Rev. Assoc. Med. Bras., v.48, n.1, p.60-65, 2002. VOLPATO, E.S.N.; BETTINI, M. Pesquisa bibliográfica e apresentação do trabalho científico. Botucatu, 2006. Slides.
PESQUISA INICIAL. Definir o problema. Entender o problema. Levantar o que é necessário para resolver o problema.
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. São Paulo: Atlas, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR10520: informação e documentação - apresentação de citações em documentos. Rio de Janeiro, 2001. AZEVEDO, Israel Belo de. O prazer da produção científica: diretrizes para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Piracicaba: Ed. da UNIMEP, 1998. BARROS, Aidil de Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. Petrópolis: Vozes, 1999. DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. São Paulo: Cortez, 1991. DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996. FEYERABEND, Paul. Contra o método. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. GEWANDSZNAJDER, Fernando. O que é o método científico. São Paulo: Pioneira, 1989. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Record, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1993. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1991. LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994. LE COADIC, Yves-François. A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1996. LEVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 1998. LUNA, Sergio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: EDUC, 1997. MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 1994. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec,1993. OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Pioneira, 1997. PESSOA, Walter. A coleta de dados na pesquisa empírica. Disponível em: <http:www.cgnet. com.br/~walter/artigo.html>. Acesso em: 20 jul. 1999. POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix, 1993. PRICE, Derick J. de S. O desenvolvimento da ciência. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979. RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2000. SALVADOR, Angelo Domingos. Métodos e técnicas de pesquisa bibliográfica. Porto Alegre: Sulina, 1978. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2000. TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1992.