COMISSÃO DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS

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Transcrição:

COMISSÃO DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO, INCLUINDO RISCOS DE CORRUPÇÃO E INFRAÇÕES CONEXAS Relatório de execução Ano 2015

Índice 1. INTRODUÇÃO 2 2. CONTROLO DA ATIVIDADE DA CMVM 3 3. BALANÇO DA EXECUÇÃO DO PLANO 7 4. CONCLUSÃO 9 1 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

1. Introdução O Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), criado pela Lei n.º 54/2008, de 4 de Setembro, é uma entidade administrativa independente, que funciona junto do Tribunal de Contas, e desenvolve uma atividade de âmbito nacional no domínio da prevenção da corrupção e infrações conexas. No âmbito da sua atividade, o CPC aprovou uma Recomendação, em 1 de Julho de 2009, sobre Planos de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações, nos termos do qual «Os órgãos máximos das entidades gestoras de dinheiros, valores ou patrimónios públicos, seja qual for a sua natureza, devem elaborar planos de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas.» Com efeito, em Julho de 2010 a CMVM elaborou, na sequência das recomendações do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), o seu Plano de Prevenção de Riscos de Gestão, Incluindo Riscos de Corrupção e Infrações Conexas. Constitui responsabilidade da CMVM a revisão anual deste plano e a elaboração do relatório de execução do mesmo. Apresenta-se, neste documento, o relatório anual de execução do referido plano em 2015. O presente relatório, tal como estabelecido no Plano de Prevenção de Riscos, foi enviado ao CPC, bem como ao Ministro das Finanças. O presente documento está estruturado em quatro capítulos, sendo a presente Introdução o primeiro, no segundo capítulo é descrito o controlo da atividade da CMVM e no terceiro é feito um balanço da aplicação das medidas de controlo dos riscos, terminando com um capítulo de conclusões. A data de referência da informação aqui transmitida é 31 de dezembro de 2015. 2 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

2. Controlo da atividade da CMVM A atividade da CMVM é controlada por várias entidades e através de diversos meios, a saber: 1. Controlo Interno: Comissão de Fiscalização - constituída por um presidente e dois vogais designados por despacho do membro do Governo responsável pela área das Finanças, sendo um dos vogais revisor oficial de contas. Nos termos dos Estatutos da CMVM (aprovados pelo Decreto-Lei n.º 5/2015, de 8 de janeiro), compete à Comissão de Fiscalização: Acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis, a execução orçamental, a situação económica, financeira, patrimonial e contabilística; Dar parecer sobre o orçamento e suas revisões e alterações, bem como sobre o plano de atividades na perspetiva da sua cobertura orçamental; Dar parecer sobre o relatório e contas do exercício, incluindo documentos de certificação legal de contas; Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação e oneração de bens imóveis; Dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças ou legados; Dar parecer sobre a contratação de empréstimos a contrair pela CMVM nos termos do n.º 5 do artigo 32.º; Manter o Conselho de Administração informado sobre os resultados das verificações e exames a que proceda; Elaborar relatórios da sua ação fiscalizadora, incluindo um relatório anual global; Propor ao Conselho de Administração a realização de auditorias externas, quando isso se revelar necessário ou conveniente; Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo conselho de administração, pelo Tribunal de Contas ou outras entidades públicas encarregues da inspeção e auditoria dos serviços do Estado; Participar às entidades competentes as irregularidades que detete. É, assim, exigido parecer da Comissão de Fiscalização em caso de aquisição, arrendamento, alienação e oneração de bens imóveis ou de aceitação de doações, heranças ou legados, bem como no caso 3 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

excecional de recurso ao crédito, previsto no n.º 5 do artigo 32.º dos novos Estatutos. Avulta também a possibilidade de proceder a verificações e exames ou de propor ao Conselho de Administração a realização de auditorias externas. Para além dessas funções, cabe ainda à Comissão de Fiscalização a elaboração de relatórios da sua ação fiscalizadora, incluindo um relatório anual global, competindo-lhe também assegurar a articulação com os órgãos de controlo interno (auditoria interna). A Comissão de Deontologia - Presidida por uma pessoa designada pelo membro do Governo responsável pela área das Finanças, pelo Presidente do Conselho Consultivo e ainda por um membro do Conselho de Administração indicado por este. A Comissão de Deontologia é o órgão que emite declaração fundamentada em matéria de conflito de interesses, designadamente quanto: À suspensão, por período limitado, de vínculos constituídos previamente ao início da atividade na CMVM; Ao exercício da atividade de docência do ensino superior e de investigação em cumulação com a atividade desenvolvida na CMVM; À realização de quaisquer operações sobre instrumentos financeiros ou à celebração, modificação ou extinção de qualquer contrato de intermediação financeira; Ao estabelecimento por prestadores de serviços de qualquer vínculo ou relação contratual com outras entidades, designadamente quando se trate da prestação de serviços na área jurídica ou económico-financeira; Ao estabelecimento de qualquer vínculo ou relação contratual, remunerado ou não, com outras entidades cuja atividade possa colidir com as atribuições e competências após cessação de mandato ou de funções. A Comissão de Deontologia não foi ainda constituída, estando pendente a designação dos seus membros. Até à designação dos membros, o Gabinete de Auditoria (GAUDI) assume esta função. O Conselho Consultivo - presidido por pessoa designada pelo membro do Governo responsável pela área das finanças sob proposta do presidente do Conselho de Administração da CMVM e composto por representantes das entidades intervenientes nos mercados de valores mobiliários. O Conselho Consultivo é um órgão de consulta do Conselho de Administração nas matérias abrangidas pelas atribuições da CMVM. Compete-lhe, nomeadamente, pronunciar-se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo Conselho de Administração e apresentar, por sua iniciativa, ao Conselho de 4 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

Administração recomendações e sugestões no âmbito das atribuições da CMVM. O Conselho Consultivo não foi ainda constituído, estando pendente a designação dos seus membros. Gabinete de Auditoria Interna: Realiza atividades de auditoria, de garantia e avaliação objetiva e posteriormente controlo da execução das respetivas recomendações; Vela pela existência de adequados sistemas de gestão de riscos, de planeamento, controlo e reporte interno e pelo efetivo cumprimento dos seus objetivos; Assegura a conformidade do funcionamento da organização com os dispositivos legais e outros normativos, nacionais e internacionais, bem como com os regulamentos, normas internas e políticas gerais da CMVM; Faz recomendações que visam melhorar o funcionamento da CMVM; Recebe, analisa e propõe ações adequadas relativamente a reclamações e queixas suscitadas a propósito do funcionamento da CMVM ou da atuação dos respetivos colaboradores; Apoiar a seleção de auditores externos, assegurando o seu adequado relacionamento com a organização, com salvaguarda da respetiva independência. II. Controlos externos: a) De natureza especial, de controlo de legalidade e essencialmente financeira: Ministro das Finanças: Aprova o plano anual de atividades e o orçamento da CMVM. Aprova o relatório da atividade desenvolvida, o balanço e as contas anuais de gerência da CMVM (que são publicados em Diário da República, conjuntamente com o parecer da Comissão de Fiscalização da CMVM, até 30 dias após a sua aprovação). É-lhe apresentado anualmente o relatório sobre a situação dos mercados de valores mobiliários, elaborado pela CMVM. Nomeia os membros dos órgãos da CMVM. Propõe ao Conselho de Ministros a nomeação dos membros do Conselho de Administração da CMVM. Autoriza a contratação de novos trabalhadores. Autoriza a aquisição, alienação e locação financeira de bens imóveis destinados à instalação, equipamento e funcionamento da CMVM. 5 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

Autoriza o exercício da atividade docente no ensino superior, na delegação de competência dada aos membros do Conselho de Administração da CMVM durante o seu mandato (desde que tal não cause prejuízo ao exercício das suas funções). Autoriza a alienação, durante o mandato dos membros do Conselho de Administração da CMVM, de instrumentos financeiros de que fossem titulares à data da tomada de posse. Assembleia da República: Aprecia e aprova o orçamento da CMVM, integrado na Proposta de Lei do Orçamento do Estado; Aprecia e aprova as contas da CMVM, integradas na Conta Geral do Estado. Pode determinar a comparência dos membros do Conselho de Administração da CMVM e de qualquer seu colaborador, para prestar informações ou discutir assuntos (nomeadamente através das suas comissões ou no âmbito de inquéritos parlamentares). Direção-Geral do Orçamento, à qual a CMVM presta contas mensal, trimestral e anualmente. Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, à qual a CMVM presta informação trimestralmente (via SIOE) sobre a definição das políticas de organização e da gestão dos respetivos recursos humanos. Auditor externo: Aprecia e emite parecer sobre as contas anuais da CMVM. Tribunal de Contas: Fiscaliza a legalidade e regularidade das receitas e despesas da CMVM. Aprecia a boa gestão financeira da CMVM. Tribunais Tributários, por iniciativa dos particulares: Os particulares têm o direito de suscitar a apreciação jurisdicional dos atos de liquidação de taxas praticados pela CMVM. b) De natureza geral: Conselho de Ministros: Nomeia, sob proposta do Ministro de Estado e das Finanças e após audição pela comissão parlamentar competente e avaliação curricular pela CRESAP, os membros do Conselho de Administração da CMVM. Compete-lhe a destituição dos membros do Conselho de Administração da CMVM, nos termos legais. 6 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

Tribunais Administrativos, por iniciativa dos particulares: Os particulares têm o direito de suscitar a apreciação jurisdicional da atividade administrativa da CMVM. Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, por iniciativa dos particulares: Os particulares têm o direito de suscitar a apreciação jurisdicional das decisões de aplicação de coima, despachos e demais medidas tomadas pela CMVM no âmbito dos processos de contra-ordenação da sua competência. Os particulares, diretamente: Conhecem a atividade da CMVM através da divulgação pública de que aquela é objeto. Podem aceder aos processos e documentos da CMVM (sem prejuízo das restrições legais a esse direito). 3. Balanço da execução do plano A CMVM tem por missão a regulação e supervisão dos mercados de instrumentos financeiros, bem como das entidades que neles atuam. A CMVM exerce as suas funções de forma particularmente atenta ao risco, independentemente da sua proveniência ou caracterização. Com efeito, o risco legal, operacional, reputacional ou qualquer outro que possa impactar na atividade da CMVM é gerido de forma transversal, a todos os níveis da organização e de forma continuada. Na sequência do Plano elaborado em 2010, a CMVM tem vindo a introduzir novos riscos e melhorias de modo a manter atualizados os riscos existentes e as respetivas medidas de prevenção e controlo. A par das melhorias referentes às medidas relativas à gestão de conflitos de interesse no setor público que resultam da recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção, outras decorrem do esforço contínuo de identificação de mecanismos de prevenção e controlo dos riscos associados à atividade da CMVM. Esta reflexão tem vindo a ser acompanhada por auditorias anuais que constatam o grau de execução do plano de prevenção. Nesse sentido, foram realizadas auditorias às situações consideradas de risco elevado em 2012, risco moderado/elevado em 2013, e risco moderado em 2014. Em 2015 foram realizados follows ups aos três níveis de risco auditados nos anos anteriores. As recomendações foram genericamente incorporadas e revistos os procedimentos de controlo e mitigação dos riscos. No segundo semestre de 2015, o Gabinete de Auditoria Interna realizou uma análise ao grau de implementação das recomendações efetuadas nas auditorias anteriormente realizadas ao Plano de Prevenção de Riscos de Gestão, incluindo Riscos de Corrupção e Infrações Conexas e que abrangem os riscos elevados, moderado/elevado e moderado. Com base nos resultados dessa auditoria, foi produzido 7 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

e foi submetido à consideração do Conselho de Administração a revisão da tabela anexa ao Plano de Prevenção de Riscos de Gestão, incluindo Riscos de Corrupção e Infrações Conexas e as recomendações propostas pelo Gabinete de Auditoria Interna. Como resultado da implementação das recomendações do Gabinete de Auditoria Interna, o Gabinete de Organização e Planeamento procedeu com o envolvimento direto das unidades orgânicas, a um conjunto de alterações ao Plano de Prevenção de Riscos de Gestão. O objetivo deste exercício consistiu em solicitar às unidades orgânicas que, relativamente a cada uma das atividades identificadas no plano, assim como em relação aos riscos correspondentes, procedessem à análise da eficácia das medidas de prevenção em vigor, à sua simplificação e à identificação de eventuais medidas cuja implementação futura venha a revelar-se necessária. Recebidos os contributos das várias UOs, o GOP efetuou uma análise crítica aos mesmos e posteriormente elaborou o plano e consolidou toda a informação recolhida junto dos responsáveis de cada UO. Com base nas respostas rececionadas, foram ainda solicitados esclarecimentos às unidades orgânicas, sempre que se entendeu necessário, tendo sido elaborada nova versão do Plano de Prevenção de Riscos de Gestão, Incluindo Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, tendo em atenção, nomeadamente, as alterações jurídico-institucionais resultantes da revisão dos estatutos da CMVM, o aprofundamento dos procedimentos de supervisão comportamental e prudencial a cargo da CMVM, bem como as novas competências atribuídas à CMVM (v.g. peritos avaliadores de imóveis). Foram igualmente reavaliados e alterados os níveis de risco que se entendeu não representarem adequadamente a situação em causa, refletindo-se essas alterações no Plano de Prevenção, bem como atividades ou subactividades e respetivas medidas de prevenção e controlo. Em função das alterações havidas nos Estatutos da CMVM, em 2015, e por forma a incorporar as medidas transversais sobre gestão de conflitos de interesse no setor público, a CMVM encontra-se empenhada na revisão da regulamentação interna da CMVM, designadamente o Código de Conduta e o Código de Boas Práticas Administrativas. 8 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015

4. Conclusão Com base nos sistemas de controlo interno estabelecidos, incluindo os processos de reporte interno e as avaliações independentes efetuadas pela auditoria interna, a CMVM gere os seus riscos de forma eficaz. Sem prejuízo das competências específicas cometidas aos órgãos de fiscalização interna da CMVM (Comissão de Fiscalização e Gabinete de Auditoria Interna), o plano de prevenção de riscos de gestão é da responsabilidade do órgão de decisão em matéria administrativa e financeira (Conselho de Administração), e aplica se de forma genérica aos responsáveis dos vários departamentos (unidades orgânicas) e gabinetes. Tal como demonstram as ações desenvolvidas em anos anteriores a CMVM tem mostrado uma permanente preocupação com esta matéria, destacando-se a elaboração do Código de Boas Práticas Administrativas e do Código de Conduta e Ética dos Trabalhadores. Dando continuidade às ações desenvolvidas, a CMVM irá procurar desenvolver os meios de controlo assentes nos seguintes pilares: a) A formalização de um manual consolidado de controlo interno, no âmbito da revisão regulamentar interna em curso; b) O aprofundamento da sensibilização e formação interna quanto à prossecução do sentido ético adequado e constantemente adaptado à missão específica da CMVM; c) A permanente monitorização dos processos, assegurando a segregação de funções e a integridade dos respetivos procedimentos e processo decisório; d) O reforço do âmbito das auditorias internas na CMVM. A CMVM continuará, deste modo, a exercer as respetivas funções com o nível de controlo adequado a cada situação, através da implementação de um conjunto articulado de políticas e procedimentos internos, de modo a assegurar a eficácia e a eficiência das operações relacionadas com a atividade da CMVM, a prestação de informação (financeira e não financeira) fiável e completa aos investidores e o cumprimento da legislação vigente. 9 CMVM Relatório de execução do Plano de prevenção de riscos de gestão Ano 2015