Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez

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Transcrição:

Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez

Sumário 1. Introdução 2. Contexto Atual 3. Estrutura Organizacional 3.1 Composição do Comitê de Risco e Compliance 3.2 Periodicidade do Comitê de Risco e Compliance 3.3 Atribuições e Responsabilidades do Comitê de Risco e Compliance 4. Políticas de Gerenciamento do Risco de Liquidez 4.1 Metodologia do GRL 4.1.1 GRL dos ativos do fundo 4.1.2 GRL dos passivos do fundo 2

1. Introdução A Prumo Capital apresenta o Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez dos fundos de investimento ( GRL ), que foi elaborado de acordo com a legislação vigente, alinhado às Diretrizes do Código ANBIMA de Regulação e Melhores práticas para fundos de investimento, bem como com a deliberação Nº 56 de Agosto de 2014. Para efeito deste Manual de GRL, vamos nos referir no texto como fundo, sempre no singular, para simplificação, uma vez que a gestora Prumo Capital, tem uma única estratégia de gestão e, portanto, as práticas e controles de GRL seguirão este mesmo princípio, mesmo que a gestora tenha futuramente mais de um fundo sob gestão, sob a mesma estratégia. Se e quando, em algum momento futuro, for aberto um novo fundo de investimento com uma estratégia distinta da atual, o Manual de GRL será devidamente revisado e atualizado. Importante ressaltar que paralelamente a este Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez, a Prumo Capital, tem a Política de Gestão de Risco, que trata de outros riscos (exceto liquidez) e que são políticas complementares. Para fins deste Manual e de acordo com as diretrizes, Risco de liquidez é a possibilidade de o Fundo não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas, bem como é a possibilidade de o fundo não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade do mercado, resultando em dificuldade do Fundo em efetuar os pagamentos dentro do prazo estabelecido em seu regulamento ( Regulamento ) e na regulamentação em vigor. Podemos classificar o risco de liquidez dividindo em: (i) (ii) Risco de liquidez de Fluxo de Caixa: esta definição se refere ao perfil de descasamento do passivo e ativo de um fundo; e Risco de liquidez de Mercado: é o risco de incorrer em perdas ao liquidar uma ou mais posições devido a variações dos preços dos ativos. Quanto maior o prazo necessário para liquidar uma posição, maior seu risco. Este Manual de GRL tem como objetivo disciplinar os procedimentos de controle e gerenciamento de liquidez das carteiras do Fundo a fim de mitigar tais riscos. 3

2. Contexto atual A Prumo Capital é focada em renda variável, com predileção por empresas de qualidade e com visão de longoprazo. A equipe da Gestora é, portanto, totalmente dedicada e focada nesta estratégia. Paralelamente, na sua estrutura organizacional, a Prumo Capital visa a devida independência da área de Risco e Compliance em relação à gestão, de forma a cumprir com o dever fiduciário com os seus investidores, sempre respeitando a política de investimento e regulamento dos fundos, assim como as melhores práticas de gestão de riscos. Conforme mencionado no item anterior ( Introdução ), cabe ressaltar que paralelamente a este Manual de Gerenciamento de Risco de Liquidez, a Prumo Capital, tem a sua Política de Gestão de Risco que trata de outros riscos (exceto liquidez) e que são políticas complementares. De acordo com a Instrução CVM Nº 558, a Prumo Capital, elegeu um responsável pela área de Risco, Compliance e PLD. Adicionalmente, acreditamos que a estrutura organizacional mais eficiente no sentido de proteger os interesses dos cotistas, cumprir com as nossas obrigações fiduciárias, visando um controle de riscos eficiente e proporcionando a independência da área em relação à decisão de gestão, se dá através de Comitês. 3. Estrutura Organizacional 3.1 Composição do Comitê de Risco e Compliance A composição mínima do Comitê de Risco e Compliance é obrigatoriamente formada pelo Diretor de Risco e Compliance e o Diretor de Research, na ausência de um deles será complementado por um analista, mantendo assim, a independência e autonomia das decisões do Comitê de Risco e Compliance em relação as decisões de investimento. Futuramente este comitê poderá ser composto por um analista também. O Comitê de Risco e Compliance da Prumo Capital supervisiona todas as políticas e enquadramentos aos limites de risco pré-estabelecidos. O comitê de Risco e Compliance é responsável pela avaliação de possíveis riscos de liquidez e se reporta ao Comitê Executivo. 4

3.2 Periodicidade do Comitê de Risco e Compliance No processo de GRL o Comitê de Risco e Compliance realiza semanalmente a rotina de controles do GRL de acordo com as diretrizes deste manual e, mensalmente, se reúne com o Comitê Executivo para apresentação e análise dos relatórios que compõem os controles. Caso identificado um evento provável de iliquidez dos ativos do fundo e/ou descasamento de Ativos e Passivos, o Comitê de Risco e Compliance tem autonomia para tomar as medidas cabíveis. Em momentos de stress do mercado, o Comitê de Risco e Compliance deverá se reunir em caráter excepcional para avaliação e monitoramento dos níveis e parâmetros de risco do fundo em prazos inferiores ao da rotina anteriormente descrita. 3.3 Atribuições e responsabilidades do Comitê de Risco e Compliance O Comitê de Risco e Compliance da Prumo Capital é responsável pela aplicação e controle das diretrizes contidas no Manual de GRL. O Comitê de Risco e Compliance tem independência e poder de veto sobre decisões de investimento que possam representar risco de liquidez ou que estejam em desacordo com as políticas do Manual de GRL e da Política de Investimento do Fundo, independentemente do tamanho da posição. O Comitê de Risco e Compliance é responsável também pela revisão periódica da qualidade do processo e da metodologia, bem como pela guarda dos relatórios de GRL. Em casos extremos de iliquidez das carteiras dos fundos o Comitê de Risco e Compliance irá ponderar na sua análise de tomada de decisão os seguintes aspectos: (i) nível de descasamento entre ativos e passivos (ii) nível de caixa do fundo no momento em questão, (iii) avaliação da liquidez de todos os ativos que compõem a carteira, (iv) prazos de cotização e liquidação dos resgates dos fundos. Cabe ressaltar que em qualquer cenário todos os cotistas receberão tratamento equitativo. 4. Políticas do Gerenciamento de Risco de Liquidez Inicialmente é importante esclarecer que a estratégia do fundo gerido pela Prumo Capital é baseada em uma estratégia preponderantemente long-only. A definição de liquidez de uma ação está relacionada ao tempo em que essa ação se transforma em disponibilidade financeira. 5

4.1 Metodologia do GRL 4.1.1 GRL dos Ativos do fundo Na análise do GRL dos Ativos dos fundos serão realizados estudos de cenários em condições adversas que objetivam testar se o nível de liquidez do fundo se encontra em condições adequadas para honrar os pagamentos de resgates e de quaisquer outras obrigações. A medida utilizada para mensurar o risco de liquidez dos ativos é o número de dias necessários para liquidar as posições da carteira. Para ativos de menor liquidez, o Comitê de Risco e Compliance avalia e estabelece previamente limites de alocação visando impedir a concentração de recursos nesses ativos, levando em consideração o portfólio como um todo também. Margem, ajustes e garantias A estratégia de gestão da Prumo Capital é negociar preponderantemente no mercado à vista de ações. Apesar de não ser frequente, caso haja alguma operação de derivativos, a mesma atenderá todas as exigências de margem através de ativos líquidos e/ou ativos subjacentes. Neste caso, todos os devidos controles serão feitos diariamente. Aluguel de ações O fundo tem permissão, mas não a obrigação, para realizar doações de ações reversíveis ao doador nos limites pré-determinados pelo Comitê de Investimento. Todas as análises e controles de GRL deverão considerar o prazo da disponibilidade dos ativos doados através de operações de aluguel de ações. Caixa do fundo Além do nível de liquidez dos ativos da carteira do fundo, será considerado nas análises de GRL a disponibilidade financeira do fundo. Através da análise diária do fluxo de caixa projetado é determinada a disponibilidade mínima de recursos compatíveis para cumprimento das obrigações do fundo. Nas aplicações em fundos de investimento de zeragem de caixa, deverá ser observado que no momento da contratação do investimento, as regras de resgate, mencionadas no regulamento do Fundo, sejam de pagamento no mesmo dia ( D+0 ) ou no dia seguinte ( D+1 ). Sempre que houver saldo disponível no fluxo de caixa diário do Fundo, esse valor será aplicado em Fundo de zeragem de caixa, garantindo a rentabilidade dos valores. 6

Provedores externos de dados Todos os dados utilizados para os controles de GRL terão como fonte provedores externos e independentes de reputação reconhecida pelo mercado de capitais. 4.1.2 GRL dos Passivos do fundo Importante contextualizar que no caso da Prumo Capital: (1) o fundo teve início em Set/2013, (2) o fundo é long-only, (3) o resgate é cotizado em D+30 dias corridos, (4) a liquidação financeira ocorre em D+3 dias úteis a partir da data de cotização, (4) a Prumo Capital tem como público-alvo investidores qualificados alinhados com a filosofia de investimento de longo prazo da Prumo Capital. Na análise do GRL dos Passivos dos fundos será considerado o comportamento histórico dos resgates, assim como, a realização de estudos de cenários em condições adversas que considerarão a evolução das circunstâncias de liquidez e volatilidade dos mercados, de acordo com as mudanças de conjuntura econômica. Os cenários avaliados considerarão o nível de concentração/dispersão dos cotistas. Através da análise diária do fluxo de caixa projetado é determinada a disponibilidade mínima de recursos compatíveis para o cumprimento das obrigações do fundo. 7