Contas Nacionais. Contribuição das Exportações de Bens e. Serviços para o Crescimento do PIB. em 2011 (1º Trimestre)

Documentos relacionados
28 de fevereiro de 2019

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de fevereiro de 2013

Produto Interno Bruto aumentou 2,1% em volume

Produto Interno Bruto aumentou 0,9% em volume no 1º trimestre de 2016

Produto Interno Bruto diminuiu 3,3% em volume

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011

Produto Interno Bruto diminuiu 3,5% em volume

Produto Interno Bruto aumentou 2,9% em termos homólogos

Produto Interno Bruto aumentou 2,1% em volume

Produto Interno Bruto aumentou 2,3% em volume

Contas Nacionais Trimestrais (Base 2000) 2º Trimestre de 2008 Produto Interno Bruto cresceu em volume 0,7% no 2º trimestre de 2008

Produto Interno Bruto aumentou 2,8% em termos homólogos

Necessidade de financiamento da economia diminui. Poupança das famílias aumenta.

Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional

Nota Breve 31/05/2019 Portugal: Economia acelera no 1T Dados. Comentário. Nota breve Portugal PIB - detalhe. Research

A necessidade de financiamento da economia fixou-se em 5,1% do PIB em 2011

Comércio Internacional Português

Mercados. informação estatística. Mercado Brasil Setor Agroalimentar

diminuiu 2,7% em volume no conjunto do ano 2009 e 1,0% no 4º Trimestre

Nota Breve 28/02/2019 Portugal: Economia confirma abrandamento. Dados. Comentário. Nota breve Portugal PIB - detalhe. Research

PROVA-MODELO DE EXAME 2

Análise de Conjuntura do Setor da Construção 4º trimestre 2013

Produto interno bruto cresceu em volume 1,6% NO 2º trimestre de 2007

CURSO LIVRE DE ECONOMIA

Em 2005, o PIB aumentou 0,9 em volume e 3,5% em valor

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 2.º trimestre de 2016

Fluxos de Investimento Direto de Portugal com o Exterior

Economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento de 0,4% em 2012

Comércio Internacional Português

Projeções para a economia portuguesa em 2016

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Produto Interno Bruto aumentou 1,5% em volume no ano de 2015 e 1,3% no 4º trimestre de 2015

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 3º trimestre 2013

PRODUTO INTERNO BRUTO CRESCEU EM VOLUME 1,9% NO CONJUNTO DE 2007 E 2,0% NO 4º TRIMESTRE

Capacidade de financiamento da economia atingiu 1,0% do PIB

Relatório do Orçamento do Estado para 2014 Errata

II Projeções para a economia portuguesa em 2018

A necessidade de financiamento externo da economia reduz-se

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 1º trimestre 2014

PORTUGAL - COMÉRCIO INTERNACIONAL DE BENS

Capacidade de financiamento da economia manteve-se em 1,1% do PIB

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

BANCO CENTRAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Capacidade de financiamento da Economia portuguesa manteve-se em crescimento

Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Vítor Gaspar

Análise de Conjuntura

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 1º trimestre 2012

Capacidade de financiamento da economia atingiu de 2,0% do PIB no 1º trimestre de 2015

G PE AR I. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.º 03 março 2011

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010

Sistema Bancário Português Desenvolvimentos Recentes 3.º trimestre de 2016

Documento de Estratégia Orçamental Errata

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Taxas de Juro implícitas no Crédito à Habitação Abril de Taxa de juro e prestação média no crédito à habitação 1 mantêm tendência crescente

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

GPEARI Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa.

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Março Unid. Fonte Notas

SÍNTESE DE CONJUNTURA

NOTA TÉCNICA N.º 1/2009

Capacidade de financiamento da economia situou-se em 0,9% do PIB

Mercados. informação estatística. Mercado Alemanha. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

ANÁLISE DE CONJUNTURA DO SETOR DA CONSTRUÇÂO QUARTO TRIMESTRE DE 2011

Análise de Conjuntura

PRODUTO INTERNO BRUTO CRESCEU EM VOLUME 0,9% NO 1º TRIMESTRE DE 2008

Produto Interno Bruto aumentou 0,9% em volume no 2º trimestre de 2014

SÍNTESE DE CONJUNTURA

BOLETIM MENSAL FEVEREIRO DE 2017 Situação Monetária e Cambial

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 2º trimestre 2013

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 2.º trimestre de 2017

Portugal - BALANÇA CORRENTE

RELATÓRIO DA BALANÇA DE PAGAMENTOS E DA POSIÇÃO DO INVESTIMETO INTERNATIONAL DE 2012

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Portugal - Balança de Bens e Serviços

Portucel Empresa Produtora de Pasta e Papel, S.A. Informação Intercalar 1º Trimestre de 2007 (não auditada)

Portugal mostra resiliência face a um contexto global exigente

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Taxas de Juro implícitas no Crédito à Habitação Julho de Taxa de juro e prestação média no crédito à habitação 1 mantêm tendência crescente

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 2º trimestre de 2013

Em Junho, o indicador de sentimento económico aumentou +1.8 pontos na União Europeia e na Área Euro.

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

CONTAS NACIONAIS DEFINITIVAS 2003

Contas Nacionais Anuais: Resultados Finais Para 2014

MACROECONOMIA I 1E201 Licenciatura em Economia 2010/11

Novembro Indicador de Sentimento Económico

Seminário de Economia Europeia

FIMAP AEP / GABINETE DE ESTUDOS

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Contas Nacionais Trimestrais Por Sector Institucional (Base 2006) 1º Trimestre de 2013

Caderno de Economia e Negócios AHRESP

EY como uma medida da dependência energética, definida como a

Mercados. informação estatística. Mercado Brasil. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 3.º trimestre 2018

Comércio Internacional dos produtos agrícolas e agroalimentares

Índices de Produção, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Construção e Obras Públicas CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, MANTÉM-SE NEGATIVA.

Transcrição:

Contas Nacionais Contribuição das Exportações de Bens e Serviços para o Crescimento do PIB em 2011 (1º Trimestre) Informação Portugal, 22 de Junho de 2011

Crescimento Económico Português em 2011 (1º trimestre) De acordo com dados do INE Instituto Nacional de Estatística, relativos às Contas Nacionais, o Produto Interno Bruto (PIB) ascendeu a 40,2 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, medido a preços constantes, que corresponde a um crescimento real homólogo de -0,6% 1. Face ao último trimestre de 2010 (variação em cadeia), o crescimento do PIB foi igualmente de -0,6%. Taxas de Crescimento do PIB (%), em volume Var. Homóloga 1,8 1,4 1,2 1,0-0,6 Var. em Cadeia 0,9 0,4 0,3-0,6-0,6 Por grandes rubricas, o Consumo observou um crescimento homólogo de -2,6% (-2,1% no Consumo Privado e -4,3% no Consumo Público), o Investimento -5,9% e as Exportações 8,5%. Deste modo, o agregado Consumo registou, no primeiro trimestre deste ano, um peso de 87,0% no PIB (88,8% no período homólogo de 2010), o Investimento 18,2% e as Exportações 32,9% (24,0% na componente de Bens e 8,9% na de Serviços). Composição do Crescimento do PIB (taxa de variação homóloga %), em volume Procura Interna 1,4 2,0-0,8 0,1-3,2 Consumo 3,5 1,0 1,2-2,6 Form. Bruta Cap. -3,1-4,1-8,7-5,2-5,9 Exportações 9,2 9,6 8,6 7,8 8,5 Importações 6,2 9,7 1,3 3,8-0,8 PIB 1,8 1,4 1,2 1,0-0,6 Exportações de Bens e Serviços em 2011 (1º Trimestre) No que respeita especificamente às Exportações, esta rubrica registou, no primeiro trimestre de 2011 um crescimento real de 8,5% face ao mesmo período de 2010, com as duas componentes - Bens (72,8% das exportações totais) e Serviços (27,2%) -, a observarem, também, crescimentos reais homólogos de 8,5%. 1 Em termos nominais, o PIB ascendeu a 43,3 mil milhões de euros no mesmo período, correspondente a uma taxa de variação homóloga de 0,7%.

Crescimento das Exportações (taxa de variação homóloga %), em volume Bens 12,2 10,7 7,9 8,3 8,5 Serviços 1,8 6,6 10,5 6,4 8,5 Bens e Serviços 9,2 9,6 8,6 7,8 8,5 Txs. Variação Homólogas (%), em volume 11,6 7,2 7,1 8,3 8,8 7,6 8,8 8,5 3,7 4,4 5,0 4,1 3,8 3,9 1,8 2,0 2,8 0,7 3,6 4,1-0,9 1,6 0,2 0,8 1,4-0,1-2,5 1,3-0,6 EXP TOT PIB -11,6 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Com este comportamento, as Exportações foram o principal motor de crescimento da economia portuguesa, tal como já haviam sido em 2010, contribuindo com 2,6 pontos percentuais (pp) num crescimento global da economia de -0,6%. 3,3 2,1 1,1 1,4 1,3 1,0 0,1 2,1 2,6 2,6 1,9 1,3 0,7 0,5-0,1 BENS SERV EXP TOT PIB -0,5-0,6-2,5-3,2 Contribuição Exportações p/ Crescimento do PIB (ptos percentuais), em volume -3,8 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Da conjugação das Exportações com as Importações, com esta última componente a crescer -0,8% e a contribuir com -0,3 pontos percentuais para o crescimento global da economia, observou-se uma contribuição positiva da Procura Externa Líquida para o crescimento do PIB de 2,9 pp, no primeiro trimestre de 2011. Em sentido contrário, o Consumo e o Investimento foram factores negativos para o crescimento do PIB, com contribuições de -2,3 pp e -1,1 pp, respectivamente. Contribuição para o Crescimento do PIB (pontos percentuais), em volume 2006 2007 2008 2009 2010 1º T 2011 Procura Interna 0,9 2,2 0,9-3,2 0,7-3,4 Consumo 1,0 1,8 0,9 1,8-2,3 Form. Bruta Cap. -0,1 0,5-3,2-1,1-1,1 Exportações 3,3-3,8 2,6 2,6 Importações 2,7 2,2 1,0-4,4 2,0-0,3 Proc. Ext. Líq. a 0,6 0,2-1,0 0,7 0,6 2,9 PIB 1,4-2,5 1,3-0.6 (a) Procura Externa líquida: exportações líquidas de importações 2,0 Contribuição p/ Crescimento do PIB (ptos percentuais), em volume 1,7 1,6 3,0 0,9 2,6 2,8 1,0 3,5 2,1 4,3 4,2 2,2 0,4 3,2 0,5 0,3 1,5 0,7 1,2-1,4 1,1 0,9 3,3 0,1 0,5 1,0 2,2 1,7 1,8 1,0 0,9-0,1-0,2-0,1-2,0-3,2 2,6 1,8-1,1 2,6-2,3 CONS INV EXP TOT -1,1-3,8 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Com este comportamento, o peso das Exportações no PIB aumentou para 32,9%, mais 2,7 pp face ao registo do primeiro trimestre de 2010 (30,2%), com as componentes de bens (24,0%) e serviços (8,9%) a verificarem ganhos de 2,0 pp e 0,7 p, respectivamente. Relativamente ao ano completo de 2010, o crescimento global foi de 1,2 pp, 0,8 pp na componente de bens e 0,4 pp na de serviços.

Peso das Exportações no PIB (%), em volume 22,7 17,2 23,5 24,1 24,8 24,8 18,3 18,9 19,3 19,2 25,9 25,9 26,4 2 19,9 20,4 32,6 32,6 31,0 31,7 29,5 27,7 28,3 28,2 23,5 24,3 24,1 23,2 21,7 22,0 21,7 21,4 BENS SERV EXP TOT 32,9 24,0 5,5 5,2 5,2 5,6 5,5 5,9 6,0 6,1 6,0 6,3 6,5 7,5 8,3 8,5 8,1 8,5 8,9 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 De referir, também, que no período em análise, e à semelhança do último trimestre de 2010, observaram-se crescimentos elevados dos preços implícitos nas Exportações e Importações, com os respectivos deflatores a apresentarem taxas de variação de de 6,3% e 9,4%, respectivamente. Deste modo, os Termos de Troca diminuíram 2,8% no primeiro trimestre de 2011, após quebra de 2,1% no trimestre anterior. Preços Implícitos (taxa de variação homóloga %), preços correntes Exportações 2,1 4,7 5,3 4,9 6,3 Importações 1,1 6,0 4,7 7,1 9,4 Termos de Troca 1,0-1,3 0,6-2,1-2,8 Apesar da deterioração dos termos de troca, em termos nominais, a Balança de Bens e Serviços fixou-se em -5,5% do PIB no primeiro trimestre de 2011, valor que traduz melhorias, respectivamente, de 2,0 pp relativamente ao verificado no trimestre anterior (-7,5%), e 1,7 pp face ao registo do ano completo de 2010. Não obstante a evolução favorável do saldo da Balança de Bens e Serviços, a Necessidade de Financiamento Externo da economia portuguesa fixou-se em 6,7% do PIB, bastante próxima do valor do último trimestre de 2010 (6,6%), mas melhor comparativamente ao valor de 2010 (8,4%).

-12,0-1 -8,0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010-11,0-11,4-10,4-10,3-9,7-9,3-9,4-9,5-10,1-9,2-9,0-8,9-8,2-8,3-8,3-8,4-8,9-8,7-7,5-7,2-6,7-6,6-6,7-6,8-6,6-8,0-7,2 2011-6,7-6,0-4,0-2,2-3,5-5,3-4,4 Bal Bens Serv Nec Fin Economia -5,5-2,0-0,9 Saldo da Balança de Bens e Serviços e das Necessidades de Financiamento da Economia no PIB (% PIB), pç. correntes Quanto ao Grau de Abertura ao Exterior da economia portuguesa, no primeiro trimestre de 2011, observou-se uma diminuição de 0,5 pp do grau de abertura medido a preços constantes, e um aumento de 2,7 pp, a preços correntes. 75,0 7 Grau de Abertura da Economia (% PIB) 69,0 75,0 73,5 74,5 70,8 7 70,8 68,0 71,6 69,1 71,8 71,1 65,0 6 61,1 61,7 63,8 65,3 58,3 64,7 59,8 61,5 66,6 61,1 63,7 61,2 62,6 62,2 65,4 64,6 65,8 65,0 63,4 55,0 51,0 5 54,7 Pç Const Pç Corr 5 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011