Contas Nacionais Contribuição das Exportações de Bens e Serviços para o Crescimento do PIB em 2011 (1º Trimestre) Informação Portugal, 22 de Junho de 2011
Crescimento Económico Português em 2011 (1º trimestre) De acordo com dados do INE Instituto Nacional de Estatística, relativos às Contas Nacionais, o Produto Interno Bruto (PIB) ascendeu a 40,2 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2011, medido a preços constantes, que corresponde a um crescimento real homólogo de -0,6% 1. Face ao último trimestre de 2010 (variação em cadeia), o crescimento do PIB foi igualmente de -0,6%. Taxas de Crescimento do PIB (%), em volume Var. Homóloga 1,8 1,4 1,2 1,0-0,6 Var. em Cadeia 0,9 0,4 0,3-0,6-0,6 Por grandes rubricas, o Consumo observou um crescimento homólogo de -2,6% (-2,1% no Consumo Privado e -4,3% no Consumo Público), o Investimento -5,9% e as Exportações 8,5%. Deste modo, o agregado Consumo registou, no primeiro trimestre deste ano, um peso de 87,0% no PIB (88,8% no período homólogo de 2010), o Investimento 18,2% e as Exportações 32,9% (24,0% na componente de Bens e 8,9% na de Serviços). Composição do Crescimento do PIB (taxa de variação homóloga %), em volume Procura Interna 1,4 2,0-0,8 0,1-3,2 Consumo 3,5 1,0 1,2-2,6 Form. Bruta Cap. -3,1-4,1-8,7-5,2-5,9 Exportações 9,2 9,6 8,6 7,8 8,5 Importações 6,2 9,7 1,3 3,8-0,8 PIB 1,8 1,4 1,2 1,0-0,6 Exportações de Bens e Serviços em 2011 (1º Trimestre) No que respeita especificamente às Exportações, esta rubrica registou, no primeiro trimestre de 2011 um crescimento real de 8,5% face ao mesmo período de 2010, com as duas componentes - Bens (72,8% das exportações totais) e Serviços (27,2%) -, a observarem, também, crescimentos reais homólogos de 8,5%. 1 Em termos nominais, o PIB ascendeu a 43,3 mil milhões de euros no mesmo período, correspondente a uma taxa de variação homóloga de 0,7%.
Crescimento das Exportações (taxa de variação homóloga %), em volume Bens 12,2 10,7 7,9 8,3 8,5 Serviços 1,8 6,6 10,5 6,4 8,5 Bens e Serviços 9,2 9,6 8,6 7,8 8,5 Txs. Variação Homólogas (%), em volume 11,6 7,2 7,1 8,3 8,8 7,6 8,8 8,5 3,7 4,4 5,0 4,1 3,8 3,9 1,8 2,0 2,8 0,7 3,6 4,1-0,9 1,6 0,2 0,8 1,4-0,1-2,5 1,3-0,6 EXP TOT PIB -11,6 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Com este comportamento, as Exportações foram o principal motor de crescimento da economia portuguesa, tal como já haviam sido em 2010, contribuindo com 2,6 pontos percentuais (pp) num crescimento global da economia de -0,6%. 3,3 2,1 1,1 1,4 1,3 1,0 0,1 2,1 2,6 2,6 1,9 1,3 0,7 0,5-0,1 BENS SERV EXP TOT PIB -0,5-0,6-2,5-3,2 Contribuição Exportações p/ Crescimento do PIB (ptos percentuais), em volume -3,8 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Da conjugação das Exportações com as Importações, com esta última componente a crescer -0,8% e a contribuir com -0,3 pontos percentuais para o crescimento global da economia, observou-se uma contribuição positiva da Procura Externa Líquida para o crescimento do PIB de 2,9 pp, no primeiro trimestre de 2011. Em sentido contrário, o Consumo e o Investimento foram factores negativos para o crescimento do PIB, com contribuições de -2,3 pp e -1,1 pp, respectivamente. Contribuição para o Crescimento do PIB (pontos percentuais), em volume 2006 2007 2008 2009 2010 1º T 2011 Procura Interna 0,9 2,2 0,9-3,2 0,7-3,4 Consumo 1,0 1,8 0,9 1,8-2,3 Form. Bruta Cap. -0,1 0,5-3,2-1,1-1,1 Exportações 3,3-3,8 2,6 2,6 Importações 2,7 2,2 1,0-4,4 2,0-0,3 Proc. Ext. Líq. a 0,6 0,2-1,0 0,7 0,6 2,9 PIB 1,4-2,5 1,3-0.6 (a) Procura Externa líquida: exportações líquidas de importações 2,0 Contribuição p/ Crescimento do PIB (ptos percentuais), em volume 1,7 1,6 3,0 0,9 2,6 2,8 1,0 3,5 2,1 4,3 4,2 2,2 0,4 3,2 0,5 0,3 1,5 0,7 1,2-1,4 1,1 0,9 3,3 0,1 0,5 1,0 2,2 1,7 1,8 1,0 0,9-0,1-0,2-0,1-2,0-3,2 2,6 1,8-1,1 2,6-2,3 CONS INV EXP TOT -1,1-3,8 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Com este comportamento, o peso das Exportações no PIB aumentou para 32,9%, mais 2,7 pp face ao registo do primeiro trimestre de 2010 (30,2%), com as componentes de bens (24,0%) e serviços (8,9%) a verificarem ganhos de 2,0 pp e 0,7 p, respectivamente. Relativamente ao ano completo de 2010, o crescimento global foi de 1,2 pp, 0,8 pp na componente de bens e 0,4 pp na de serviços.
Peso das Exportações no PIB (%), em volume 22,7 17,2 23,5 24,1 24,8 24,8 18,3 18,9 19,3 19,2 25,9 25,9 26,4 2 19,9 20,4 32,6 32,6 31,0 31,7 29,5 27,7 28,3 28,2 23,5 24,3 24,1 23,2 21,7 22,0 21,7 21,4 BENS SERV EXP TOT 32,9 24,0 5,5 5,2 5,2 5,6 5,5 5,9 6,0 6,1 6,0 6,3 6,5 7,5 8,3 8,5 8,1 8,5 8,9 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 De referir, também, que no período em análise, e à semelhança do último trimestre de 2010, observaram-se crescimentos elevados dos preços implícitos nas Exportações e Importações, com os respectivos deflatores a apresentarem taxas de variação de de 6,3% e 9,4%, respectivamente. Deste modo, os Termos de Troca diminuíram 2,8% no primeiro trimestre de 2011, após quebra de 2,1% no trimestre anterior. Preços Implícitos (taxa de variação homóloga %), preços correntes Exportações 2,1 4,7 5,3 4,9 6,3 Importações 1,1 6,0 4,7 7,1 9,4 Termos de Troca 1,0-1,3 0,6-2,1-2,8 Apesar da deterioração dos termos de troca, em termos nominais, a Balança de Bens e Serviços fixou-se em -5,5% do PIB no primeiro trimestre de 2011, valor que traduz melhorias, respectivamente, de 2,0 pp relativamente ao verificado no trimestre anterior (-7,5%), e 1,7 pp face ao registo do ano completo de 2010. Não obstante a evolução favorável do saldo da Balança de Bens e Serviços, a Necessidade de Financiamento Externo da economia portuguesa fixou-se em 6,7% do PIB, bastante próxima do valor do último trimestre de 2010 (6,6%), mas melhor comparativamente ao valor de 2010 (8,4%).
-12,0-1 -8,0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010-11,0-11,4-10,4-10,3-9,7-9,3-9,4-9,5-10,1-9,2-9,0-8,9-8,2-8,3-8,3-8,4-8,9-8,7-7,5-7,2-6,7-6,6-6,7-6,8-6,6-8,0-7,2 2011-6,7-6,0-4,0-2,2-3,5-5,3-4,4 Bal Bens Serv Nec Fin Economia -5,5-2,0-0,9 Saldo da Balança de Bens e Serviços e das Necessidades de Financiamento da Economia no PIB (% PIB), pç. correntes Quanto ao Grau de Abertura ao Exterior da economia portuguesa, no primeiro trimestre de 2011, observou-se uma diminuição de 0,5 pp do grau de abertura medido a preços constantes, e um aumento de 2,7 pp, a preços correntes. 75,0 7 Grau de Abertura da Economia (% PIB) 69,0 75,0 73,5 74,5 70,8 7 70,8 68,0 71,6 69,1 71,8 71,1 65,0 6 61,1 61,7 63,8 65,3 58,3 64,7 59,8 61,5 66,6 61,1 63,7 61,2 62,6 62,2 65,4 64,6 65,8 65,0 63,4 55,0 51,0 5 54,7 Pç Const Pç Corr 5 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011