Projeto e simulação de sistemas térmicos

Documentos relacionados
Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Projeto e simulação de sistemas térmicos

Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor

Nota: Campus JK. TMFA Termodinâmica Aplicada

Pré-requisito Coreq Disciplina EM Expressão Gráfica - Ativa desde: 01/01/2016. Natureza - OBRIGATÓRIA PRÁTICA 36 TEÓRICA 18

ÁREA DE ESTUDO: CÓDIGO 16 TERMODINÂMICA APLICADA, MECÂNICA DOS FLUIDOS E OPERAÇÕES UNITÁRIAS

Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Modelagem matemática

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

Módulo I Ciclo Rankine Ideal

Dispositivos com escoamento em regime permanente

Universidade do Vale do Rio dos Sinos PPGEM Programa de Pós-Graduação de Engenharia Mecânica

Capítulo 5: Análise através de volume de controle

Aula 6 Vapor e ciclos combinados

Exame de Admissão 2016/1 Prova da área de termo fluidos Conhecimentos específicos

3. Um gás ideal passa por dois processos em um arranjo pistão-cilindro, conforme segue:

Ciclos Termodinâmicos de Refrigeração. STE Termodinâmica Aplicada II

Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Engenharia Química 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TM-364 MÁQUINAS TÉRMICAS I. Máquinas Térmicas I

Pré-requisito Coreq Disciplina EMC101 - Expressão Gráfica - Ativa desde: 01/01/2008. Natureza - OBRIGATÓRIA PRÁTICA 36 TEÓRICA 18

Disciplina : Termodinâmica. Aula 14 Segunda Lei da Termodinâmica

4. Resultados Parâmetros de desempenho Variáveis de controle Tipo de nanopartícula

ENGENHARIA FÍSICA. Fenômenos de Transporte A (Mecânica dos Fluidos)

Exercícios sugeridos para Ciclos de Refrigeração

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

EM-524 Fenômenos de Transporte

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

Refrigeração e Ar Condicionado

Inovação e o Futuro da Indústria FIESC 31/10/2016

Ciclos de Potência a Gás

PROGRAMA DE ENSINO CÓDIGO DISCIPLINA OU ESTÁGIO SERIAÇÃO IDEAL/PERÍODO Termodinâmica I Transferências de Calor e Massa I

Módulo II Ciclo Rankine Real e Efeitos das Pressões da Caldeira e do Condensador no Ciclo Rankine

Gestão de Energia e Eficiência Energética em Sistemas de Climatização

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO PREFÁCIO... 15

Refrigeração e Ar Condicionado

Fenômenos de Transporte I. Prof. Gerônimo Virgínio Tagliaferro

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Mecânica dos Fluidos e Reologia

PME 3344 Exercícios - Ciclos

Análise Energética para Sistemas Abertos (Volumes de Controles)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. Ciclos motores a vapor

Curso de Graduação em Engenharia, Habilitação em Engenharia Mecânica... Estrutura Curricular: 1ª SÉRIE / 1º PERÍODO

ENGENHARIA DE MATERIAIS. Fenômenos de Transporte em Engenharia de Materiais (Transferência de Calor e Massa)

Curso de Graduação em Engenharia, Habilitação em Engenharia Mecânica... Estrutura Curricular: 1ª SÉRIE / 1º PERÍODO

MOTORES TÉRMICOS AULA 3-7 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR PROF.: KAIO DUTRA

Profa.. Dra. Ana Maria Pereira Neto

Condensadores. Principais Tipos. Resfriados a ar sistema de ar condicionado e refrigeração comercial

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

Dinâmica dos Fluidos Computacional

Modelagem de equipamentos térmicos Trocadores de calor

PME 3344 Termodinâmica Aplicada

Exercícios e exemplos de sala de aula Parte 1

OTIMIZAÇÃO DA VAZÃO DE FLUIDO REFRIGERANTE E ÁREA DE TROCA TÉRMICA DE UM TROCADOR DE CALOR CONTRA- CORRENTE

1ª Lei da Termodinâmica lei da conservação de energia

Introdução à Otimização de Processos. Prof. Marcos L Corazza Departamento de Engenharia Química Universidade Federal do Paraná

Módulo V Balanço de Entropia para Sistemas Fechados. Balanço de Entropia para Volume de Controle.

Fundamentos de Fenômenos de Transporte. Prof. Dr. Geronimo Virginio Tagliaferro

INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA CENTRO DE REFERÊNCIA EM TURBINAS A GÁS E ENERGIA

8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

Módulo II Processo Reversível e Irreversível, Ciclos (Potência, Refrigeração e Bomba de Calor) de Carnot

Lista de exercícios Caps. 7 e 8 TMEC-030 Transferência de Calor e Massa Período especial 2017/2

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 4 ROTEIRO

TERMODINÂMICA APLICADA

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

Tabela 2 Matriz Curricular disciplinas do 1º ao 4º período.

Refrigeração e Ar Condicionado

PME 3344 Exercícios - Ciclos

CONDUÇÃO DE CALOR UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS EM SALA

FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Termodinâmica. 10) Ciclos motores a vapor. v. 2.5

CONSTRUÇÃO DE MÓDULO DE REYNOLDS PARA VISUALIZAÇÃO DOS REGIMES DE ESCOAMENTO APLICADO AO ENSINO DE MECÂNICA DOS FLUIDOS

CONTEÚDOS PROGRAMADOS (Aerodinâmica de Turbomáquinas - EEK 511) Pás e escoamentos, trabalho, escalas. 2

Classificação de Tipos de Sistemas de Climatização

PROGRAMA. CONCEITOS E PROPRIEDADES TERMODINÂMICAS & TRABALHO E CALOR (Parte 1) 1ª, 2ª, 3ª e 4ª semanas. PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA (Parte 2)

Escola Politécnica de Pernambuco Departamento de Engenharia Elétrica PROGRAMA. Pré-Requisito: ELET0053 MATERIAIS ELÉTRICOS ELET0031 ELETROMAGNETISMO 2

A 1 a lei da termodinâmica para um sistema transiente é:

MÁQUINAS TÉRMICAS E PROCESSOS CONTÍNUOS

Grade Horária da Engenharia Química - 1º Sem 2018

Grade Horária da Engenharia Química - 1º Sem 2019

Fundamentos da Mecânica dos Fluidos

PLANO DE CURSO DE EXTENSÃO (NÍVEL DE APERFEIÇOAMENTO / RECICLAGEM) DETALHAMENTO E EMENTA

Curso Técnico Subsequente em Refrigeração e Climatização CÂMPUS SÃO JOSÉ (RESOLUÇÃO CEPE/IFSC Nº 70 DE 13 DEZEMBRO DE 2016)

Sistemas e Componentes II

Capítulo 5 - Sistemas de Múltiplos Estágios e Múltiplos Evaporadores e Ciclos em Cascata

Professor: Juan Julca Avila. Site:

Refrigeração e Ar Condicionado

Volume III. Curso Técnico Módulo 2 INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA ÁREA TÉCNICA DE REFRIGERAÇÃO E CONDICIONAMENTO DE AR

Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul para contato:

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

Operações Unitárias II Lista de Exercícios 1 Profa. Dra. Milena Martelli Tosi

LISTA DE EXERCÍCIOS 3

Introdução. ücalor transferido a um dispositivo(caldeira ou compressor); ütrabalho feito por um objeto ( bomba ou turbina);

26/08/ Agosto/2012

Grade Horária da Engenharia Química - 1º Sem 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE

MATRIZ CURRICULAR CURSO BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA. Semestre Disciplina Carga Horária Tipo Prática Téorica Outras Atividades

3. CONVECÇÃO FORÇADA INTERNA

Legislação: AUTORIZADO PELA PORTARIA Nº 788 DE 13 DE SETEMBRO DE 2007, PUBLICADA NO DOU DE 14 DE SETEMBRO OBRIGATÓRIA OBRIGATÓRIA OBRIGATÓRIA

Lista de Exercícios Solução em Sala

Transcrição:

Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica Projeto e simulação de sistemas térmicos 2014/2 Conteúdo programático: Introdução. Projeto em engenharia. Conceitos aplicados a Sistemas Térmicos Análise e modelagem de equipamentos e sistemas termo-hidráulicos Trocadores de calor: tipos; princípios teóricos, métodos de análise e projeto térmico-hidráulico Refrigeração e ar condicionado: sistemas de compressão mecânica a vapor: compressores, dispositivos de expansão, refrigerantes, ciclo de absorção. Bombas, ventiladores e turbinas. Sistemas de geração de potência: ciclos Rankine, Brighton e Stirling 2 1

Bibliografia: STOECKER, W.F., Design of thermal systems. New York: McGraw Hill, 1989. JANNA, W.S., Design of fluid thermal systems. Stanford: Cengage Learning, 2010. SURYANARAYANA, N.V; ARICI, O; SURYANARAYANA, N., Design and simulation of thermal systems. New York: McGraw Hill, 2003. GARCIA, C., Modelagem e simulação de processos industriaise de sistemas eletromecânicos. São Paulo: EDUSP, 2005. JALURIA, Y., Design and OptimizationofThermalSystems. CRC Press - Taylor & Francis Group 2nd Ed., 2008. 3 Introdução Simulação de um sistema refere-se ao processo de obtenção de informações quantitativas sobre o comportamento e características do sistema real, analisando, estudando ou examinando um modelo do sistema. O modelo do sistema pode ser submetido a uma variedade de condições operacionais e ambientais e o desempenho do sistema determinado em termos de variáveis como pressão, temperatura, fluxos de energia e fluidos. A simulação faz parte de um processo chamado PROJETO. 4 2

Projeto O objetivo de um projeto pode ser um processo, um elemento ou componente de um conjunto maior ou o sistema completo. Sistema É definido como um conjunto de componentes com desempenho inter-relacionado. Sistema Componente Processo 5 Projeto Projeto é geralmente considerado como um processo pelo qual métodos, dispositivos e técnicas são desenvolvidas para resolver problemas novos ou existentes. Deve incorporar alguns elementos de criatividade e inovação em termos de uma abordagem nova e diferente para a solução dos problemas. O interesse reside na produção de novos e melhores produtos a um custo menor e que considera as crescentes preocupações em relação à impacto ambiental e de segurança. É fundamental otimizar o processo de um dado sistema, de modo que a qualidade do produto, o lucro, a produtividade, etc., sejam maximizados e o investimento, entrada de energia, etc, sejam minimizados. 6 3

Projeto e análise Projeto envolve uma solução aberta com múltiplas possibilidades Análise origina resultados únicos, definidos e fechados. Componente eletrônico sendo resfriado por convecção forçada e/ou por um tubo de calor Projeto: buscar material apropriado, geometria, dimensões, potência do ventilador ou outro sistema de resfriamento, de modo que a Tc < Tmax Análise da distribuição de temperatura no componente eletrônico, para uma certa geometria, materiais e dimensões 7 Projeto e síntese Projeto envolve considerar muitas soluções diferentes e encontrar um resultado aceitável que satisfaça um dado problema Síntese os resultados de várias análises e tipos diferentes de informações juntos, podem ser combinados e sintetizados para incluir todos as importantes preocupações que surgem em um problema prático (resultados de diferentes modelos, processos, propriedades, material, segurança, aspectos ambientais...) Entradas Esquema típico de um procedimento de projeto envolvendo análise e síntese componentes materiais - propriedades dados experimentais Projeto inicial Análise e avaliação Aceitável? N Reprojeto S Projeto aceitável 8 4

Projeto e seleção Projeto começa a partir do conceito básico e desenvolve um sistema para uma determinada aplicação Seleçãocomponentes ou equipamentos devem ou podem ser escolhidos a partir de itens disponíveis. Ex: Trocadores de calor Projeto:trocadores de calor podem ser projetados para atender a faixas específicas de transferência de calor, temperatura, pressão e tamanho, etc. Seleção:frequentemente empregada junto ao desenvolvimento de um sistema, componentes e equipamentos. 9 Decisões no projeto: Necessidade & Oportunidade Necessidade: item adequado não está disponível e deve ser desenvolvido para a finalidade desejada. Pode envolver o desenvolvimento de um novo sistema ou modificar e melhorar os já existentes. Oportunidade: de desenvolver um novo produto que pode ser superior aos existentes ou de menor custo. Necessidade de aumentar a produção de vapor do processo Aproveitar parte da produção de vapor para gerar energia elétrica Mudança da matriz energética da empresa 10 5

Decisões no projeto: Critérios para o sucesso Empresas comerciais LUCRO TIR (taxa de retorno do investimento) Projetos públicos GRAU DE ATENDIMENTO DE UMA NECESSIDADE Questões estritamente monetárias temperadas por considerações humanas, sociais, ambientais e políticas, com graus variáveis Ex: deterioração da camada de ozônio busca por novos refrigerantes 11 Decisões no projeto: Análise de mercado - Novo produto avaliação de viabilidade económica, mercado, faixa de preço que vai suportar além de despesas envolvidas no novo conceito - Pesquisar nível de preços, consumo, características desejadas do produto e aplicação pretendida. - Considerar: custo de projetar e desenvolver o sistema, a partir do conceito inicial até o protótipo, custo de fabricação e a despesa de publicidade e vendas Maiores volumes de venda geralmente significam menores custos 12 6

Projetando um sistema viável Projeto Projetando um sistema viável!!! Projetando um sistema ótimo!!! Quantas soluções possíveis existem para um projeto?? Somente uma a solução ótima Esse ótimo é baseado em algum critério definido: custo, tamanho, peso, tempo, etc. 13 Sistema viável Um sistema viável possui as seguintes características: Satisfaz os requerimentos de um sistema: fornece a potência necessária, mantém um determinado espaço na temperatura desejada, etc.; Apresenta vida útil satisfatória, além de baixos custos de manutenção; Cumpre todas as restrições, tais como: tamanho, peso, temperaturas, pressões, propriedades de materiais, ruído, emissões, etc. Um projeto pode ser viável tecnicamente, mas não economicamente A inviabilidade pode ser causada por: Falta de investimento Falta de espaço ou mão de obra Regulamentações, leis, etc. 14 7

Sistema viável vs. sistema ótimo Exemplo de sistema viável: Selecionar uma bomba e a tubulação para transportar 3 kg/s de um líquido de um local até outro, situado a 250 m de distância e com elevação de 8 m em relação ao ponto de referência. A elevação de 8 m impõe uma diferença de pressão de : (8m) (1000 kg/m 3 ) (9,81 m/s 2 ) = 78,5 kpa Estimando uma pressão adicional de 100 kpa para compensar a perda de carga por atrito nos 250 m de tubulação; A bomba escolhida deverá transportar 3 kg/s contra uma pressão de 178,5 kpa. Para os 250 m de tubo, com perda de carga de 100 kpa. Em uma tabela, seleciona-se o diâmetro interno do tubo que apresente perda de carga 100 kpa (p.e.: 50 mm 2 in) 15 Sistema viável vs. sistema ótimo Exemplo de sistema ótimo: O critério poderá ser custo, por exemplo, que é afetado por: Custo inicial da bomba; Custo inicial da tubulação; Custo operacional da bomba. custo Custo inicial tubulação Tempo de vida Custo de bombeamento Custo inicial da bomba Pressão da bomba, kpa 16 8

Pesquisa e desenvolvimento - P&D -Interagem com a maioria das atividades de engenharia dentro a empresa, fornecendo insumos em vários estágios de desenvolvimento do produto ou sistema e proporcionando a longo prazo o apoio necessário aos projetos. -O grupo de P&D dedica esforços para desenvolver novas técnicas para melhorar os processos existentes ou propor novas ideias, que podem ser aplicadas para desenvolver novos produtos. 17 Projetos termo-hidráulicos de sistemas térmicos Projeto associado aos princípios da termodinâmica, transferência de calor e mecânica dos fluidos; Equipamentos: bombas, ventiladores, compressores, motores, turbinas, trocadores de calor, reatores, tubulações, etc.; Sistemas: Geração: geração de potência (térmica, solar, nuclear..) Rejeição: remoção de calor, refrigeração, ar condicionado, bombas de calor, resfriamento de componentes eletrônicos, torres de resfriamento. Utilização: fabricação, motores de automóveis, aviões, transporte de fluidos, indústrias de processo (alimentos, químicas, etc.). 18 9

Formulação do problema de projeto 1. Exigências e especificações 2. Quantidades dadas ou fixadas 3. Variáveis de projeto: hardware, condições operacionais 4. Restrições ou limitações Ex: Um sistema de AC deve ser projetado para uma residência, cujo interior deve ser mantido a 22 ±2 ºC. A temperatura ambiente pode alcançar 38 ºC e a taxa de calor dissipado na casa é de 2 kw. O local, geometria e dimensões da residência são dadas. Formular o problema do projeto. 19 Etapas de um projeto 1. Definição inicial do sistema 2. Modelamento do sistema 3. Simulação do sistema 4. Avaliação dos diferentes projetos 5. Iteração e obtenção de um projeto aceitável 6. Otimização do projeto 7. Automação e controle 8. Comunicação do projeto final 1 2 3 4 5 8 7 6 20 10

Importância da simulação Avaliar diferentes projetos para a seleção de um aceitável; Avaliar o comportamento do sistema sob condições fora das especificadas no projeto; Determinar os limites de segurança para o sistema; Determinar os efeitos de diferentes variáveis de projeto para a otimização; Melhorar ou modificar os sistemas existentes; Investigar a sensibilidade do projeto para diferentes variáveis. A simulação do sistema desempenha um importante papel na otimização do sistema. As saídas do sistema devem ser obtidas para diferentes variáveis de projeto, a fim de selecionar o projeto ótimo. 21 Considerações sobre a simulação de sistemas térmicos As características de desempenho dos componentes, assim como as propriedades do material, fazem parte de um modelo e a simulação do sistema é realizada por meio deste modelo. Estas características podem estar disponíveis na forma de dados ou como equações que correlacionam estes dados. As equações podem ser equações algébricas, equações diferenciais ordinárias ou parciais, equações integrais ou uma combinação destas. Um modelo numérico é desenvolvido para resolver as equações, muitas das quais são tipicamente não-lineares para sistemas térmicos. 22 11

A análise de sistemas térmicos pode ser Dependente do tempo Multidimensional Mecanismos não lineares Geometrias complexas Condições de contorno complicadas Escoamento turbulento Mudança de fase Perdas de energia e irreversibilidades Propriedades variáveis Influência das condições ambientais Variedade de fontes de energia 23 12