O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1003 - SEXTA-FEIRA, 18 / MAIO / 2018 2,4 bi de libras, ou R$ 12 bilhões, foi a premiação total distribuída entre os 20 times da Premier League, liga inglesa de futebol Conselheira de Eike é dona de direitos do BR POR ERICH BETING Avenda dos direitos para a comercialização de placas de publicidade e transmissão internacional do Campeonato Brasileiro entre 2019 e 2022 para a desconhecida BR Newmedia levantou um monte de suspeitas sobre quem seria o grupo de investidores por trás da proposta vitoriosa. Nas reuniões com a Comissão de Clubes da CBF, a principal representante da BR Newmedia foi a empresária Patricia Coelho, desconhecida do meio esportivo, mas figura famosa no mercado de mineração e navegação. Ex-diretora do banco Opportunity, Patricia é bastante conhecida no Rio de Janeiro. Quando ainda vivia o seu auge como empresário, o hoje condenado Eike Batista tinha nela uma espécie de conselheira. No esporte, porém, Patricia começou a aparecer no começo do 1
ano, quando anunciou a compra da revista Placar (que passa atualmente por um processo de reestruturação) e posteriormente a entrada de Alexandre Grendene, fundador da Vulcabras, como um de seus sócios na BR Newsmedia. A compra dos direitos internacionais do Brasileirão casa com o projeto que a empresária vislumbra para a Placar desde a saída do grupo Abril. A ideia da empresária, que contratou uma agência para cuidar do projeto de relançamento da marca, é investir em streaming, com a transmissão de eventos esportivos. É isso, aliás, o que aproximou a empresa da aquisição dos direitos de transmissão do Brasileiro. O projeto de venda internacional do Brasileiro foi o que encantou os clubes, que sempre consideraram subvalorizados os direitos dessa propriedade. Pela proposta da BR Newsmedia, o custo desses direitos é de R$ 110 milhões por quatro anos. Agora, o maior desafio da empresa é revender isso para o exterior. Grandes grupos de mídia especializados nessa comercialização fizeram propostas muito abaixo desse valor, o que acabou sendo determinante para a escolha dos clubes. Até agora, porém, Patricia Coelho atua no esporte da mesma forma como Eike Batista fez no mercado. Muito barulho, mas nenhuma ação mais efetiva. A Placar ainda segue sob domínio da editora Abril, sem previsão para relançamento da marca. O movimento com os clubes, agora, coloca ainda mais pressão por resultado sobre a BR Newsmedia. Com uma conta de R$ 137,5 milhões para fechar por ano, é preciso convencer o mercado local a investir em placas de publicidade sem os dois maiores times. E o mercado internacional a querer pagar pelo Brasileirão. PONTE PRETA TROCA ADIDAS PELA TOPPER GO4IT CELEBRA ESTRATÉGIA NO E-SPORTS A Ponte Preta é mais um clube a fechar com a Topper. A marca brasileira vai substituir a Adidas, que nos últimos três anos foi a fornecedora da equipe. O negócio é mais um a ser fechado pela Topper, que agora soma 11 times nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro. O acordo entre Ponte e Adidas iria até dezembro de 2019, mas as duas partes decidiram encerrá-lo antecipadamente. A Adidas tem revisto sua estratégia no futebol e reduzido o número de times patrocinados no Brasil. A agência de marketing esportivo Go4It comemorou o alcance que seus dois times de e-sports. A agência, que é responsável pela estratégia de Flamengo e Submarino na modalidade, viu os dois times subirem de divisão nas competições disputadas e, ainda, alcançar grande engajamento com os fãs. O Flamengo é, hoje, o clube de futebol que tem equipe no e-sports com o maior número de seguidores nas redes sociais: mais de 150 mil pessoas. O time alcançou a primeira divisão do LoL, maior competição do país. Já o Submarinosubiu à segunda divisão do LoL com um time de influenciadores que somam 6 milhões de fãs.
OPINIÃO Regularização dá segurança a apostas POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte Oesporte americano é cercado por histórias que povoam o imaginário popular sobre as mais diversas modalidades. Uma delas é a do Escândalo Black Sox, que abalou o beisebol na segunda década de 1900. Em 1919, o favorito Chicago White Sox perdeu a final da MLB, a liga de beisebol, para o Cincinnati Reds. Alguns meses depois, foi descoberto que oito atletas do time derrotado haviam entregado a partida em um esquema envolvendo apostas esportivas. Em 1921, houve um julgamento do caso, e os jogadores foram permanentemente banidos do esporte. E a equipe de Chicago ficou 88 anos sem ser campeão. A corrupção oriunda das apostas esportivas faz parte do imaginário popular ao lado das grandes histórias do segmento. Mas a verdade é que ela faz pouco sentido atualmente. Ao Boston Globe, Marc Edelman, professor de direito especializado em apostas esportivas da Baruch College Zicklin School of Business de Nova York lembrou de um detalhe fundamental: o salário mínimo hoje de um jogador da MLB é de US$ 450 mil anuais. As cifras das apostas não impressionam mais, e é difícil imaginar um grupo de atletas dispostos a arriscar a carreira por pouco. Hoje, quem sofre com a clandestinidade das apostas são as ligas menores, como a universitária. E quanto mais discreta é a modalidade, menor é a fiscalização. Vale a lembrança que, assim como ocorre no Brasil, nos EUA as apostas ilegais acontecem sistematicamente, sem controle, por sites hospedados em outros países. Portanto, parece que atualmente manter o segmento debaixo dos panos é mau negócio em diversas frentes. O esporte altamente profissionalizado perde uma óbvia fonte de receita, algo que o futebol europeu aproveita há alguns anos. Já as ligas menores sofrem com a insegurança, sem um órgão de fiscalização. Além, claro, do Estado que deixa de receber em tributos das empresas que movimentam bilhões ao ano. A discussão vale muito para o Brasil. Há um claro interesse das empresas da área, que fazem malabarismos para se mostrarem legais em publicidades nas TVs e sites. E, se por um lado elas caminham pelos torcedores sem qualquer impedimento, por outro não impedem os escândalos como o de Edilson Pereira de Carvalho em 2005. Os países que ainda proíbem as apostas precisam pensar se realmente há alguma efetividade na medida, se há controle sobre atividades ilegais. Se não for o caso, legalizar e normatizar parece ser um caminho um tanto mais saudável. Manter as apostas debaixo dos panos parece ser um mau negócio em diversas frentes; perdem do esporte até o Estado
NBB fecha com LG para programas no streaming POR REDAÇÃO BRADESCO USA PARQUE PARA DEFENDER VIDA MAIS SAUDÁVEL A Bradesco Seguros usará o Parque do Ibirapuera para promover o conceito de longevidade que permeia as ações esportivas da instituição. A seguradora promoverá uma série de atividades para os frequentadores do Ibirapuera no próximo final de semana. Além de aulas abertas de ginástica, haverá avaliação física e nutricional para as pessoas. O Circuito da Longevidade, maior ação da seguradora no esporte, ainda não tem as datas de 2018 definidas. O Novo Basquete Brasil fechou mais um aporte. A liga acertou com a LG para as finais do torneio, que acontecerão a partir do próximo sábado (19), entre Paulistano e Mogi das Cruzes. A empresa usará os programas de pré e pós-jogo transmitidos por streaming pelas mídias do principal campeonato do baquete brasileiro. Exibido pelo Facebook, o programa exibe entrevistas e análises das partidas decisivas. Neste ano, o balcão estará personalizado pela LG, com televisões da marca. A ideia principal é divulgar a tecnologia OLED TV. A chegada da LG é um marco para o NBB, pois prova que nosso produto está consolidado dentro e fora da quadra. Estamos muito focados na produção de conteúdo próprio e a chancela de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo fortalece toda a estratégia de comunicação e marketing do NBB, diz o presidente da liga, João Fernando Rossi. Para a empresa de eletrônicos, que havia quase uma década não fazia uma ação mais efetiva de patrocínio esportivo, a associação com o basquete ajuda a promover a linha de TVs. A iniciativa de patrocinar as finais do NBB é mais uma forma que a LG achou para se aproximar dos fãs do esporte, que já encontram nas nossas TVs os recursos perfeitos para assistir aos jogos com a melhor qualidade de imagem, afirma Bárbara Toscano, head de marketing da LG no Brasil. O contrato é válido apenas para as finais do torneio, mas a parceria pode se estender para a próxima temporada. ENERGÉTICO FECHA COM FÓRMULA VEE DE AUTOMOBILISMO A Fórmula Vee, categoria de formação de pilotos e cujo maior diferencial é ter um baixo custo de manutenção, anunciou a chegada do energético V12 Black Energy Drink, da Refrix, como o novo patrocinador da categoria. A marca é a primeira empresa que não é fornecedora de algum serviço da categoria a se associar à Fórmula Vee, que é organizada no Brasil por Wilsinho Fittipaldi. O energético V12 tem como slogan a frase O Verdadeiro Combustível, mote que deve ser explorado pela Xereta na ativação da FVee. A empresa é também quem produz os energéticos do XV de Piracicaba e do Franca Basquete.
Apostas animam mercado dos EUA POR DUDA LOPES, POR DE ERICH BOSTON BETING (EUA) Omercado esportivo americano tem mostrado empolgação com a liberação das apostas no país. A modalidade, que era proibida por uma lei de 1992, deverá ser legalizada a partir desta semana, graças a uma decisão da Suprema Corte. A novidade alivia um momento de dúvidas vivida pelo esporte. A grande questão está na audiência das atrações esportivas. Explicitada pelas quedas da NFL, o esporte nos Estados Unidos tem perdido telespectadores. O problema passa pela diminuição de assinaturas de televisão paga, com o aumento dos serviços de streaming entre outros fatores relacionados à internet. Nesse cenário, a aposta deverá ajudar em duas frentes. A primeira está na convicção de que o maior número de apostadores represente audiência. Segundo estudo da Nielsen Sports, eles assistem duas vezes mais esportes do que a média. Outra questão é o avanço das empresas do segmento na compra de publicidade na TV. Na Inglaterra, onde as apostas movimentam US$ 20 bilhões anualmente, as grandes companhias do ramo investem entre 20% e 30% do lucro em publicidade, segundo a Comissão de Jogos de Azar do país. Além disso, há mais patrocínio. Os ganhos com a medida não serão imediatos. Com a liberação federal, cada estado vai regularizar as apostas. Por parte das ligas, há ainda o receio de problemas de corrupção que possam envolver as partidas. A NFL lançou um comunicado para pedir um órgão regulador central ao segmento, a fim de manter a credibilidade. A previsão é que, nos próximos cinco anos, 32 estados americanos tenham liberado e regularizado as apostas. O que não se sabe é o quanto isso movimentará. 5