CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1º Objecto e Âmbito 1. O presente regulamento estabelece as regras e os critérios de ocupação, uso e transformação do solo e respectiva execução, aplicáveis à área de intervenção do Plano de Pormenor Alvalade XXI, adiante designado por Plano. 2. A área de intervenção do Plano está delimitada na Planta de Implantação. Artigo 2º Objectivos O Plano visa o remate urbano da área que foi objecto do projecto urbano para a UOP 30, decorrente do PDM de Lisboa em vigor, bem como complementar o complexo desportivo do Sporting Clube de Portugal. Artigo 3º Vinculação As actuações com incidência, directa ou indirecta, na ocupação, uso ou transformação do solo a praticar ou a desenvolver por qualquer entidade pública ou privada no território abrangido pelo Plano, regem-se pelo disposto no presente regulamento, sem prejuízo dos demais requisitos ou condições exigidas por lei geral ou especial. Artigo 4º Composição do Plano 1. O Plano é constituído pelos seguintes elementos: a) Regulamento; b) Planta de Implantação, à escala 1/ 500; DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 1 de 8
c) Planta de Condicionantes, à escala 1/ 500. 2. O Plano é acompanhado pelos seguintes elementos: a) Relatório; b) Programa de Execução e Plano de Financiamento; c) Conjunto de Plantas integrando: c I) Extractos da Planta de Ordenamento e da Planta de Condicionantes do PDM de Lisboa, à escala 1/2 000. c II) Planta da Situação existente, à escala 1/ 500; c III) Planta de Enquadramento, à escala 1/ 2 000; c IV) Planta de Ordenamento/Qualificação do Espaço Urbano Proposta de Revisão do PDM, à escala 1/500 c V) Planta do Cadastro original, à escala 1/ 500; c VI) Planta da Transformação fundiária e das Cedências, à escala 1/ 500; c VII) Perfis 1,2 e 3, à escala 1/ 500; c VIII) Perfis 4, 5 e 6, à escala 1/ 500; c IX) Elementos de Análise Planta de Geologia, à escala 1/ 2 000; c X) Elementos de Análise Planta de Vulnerabilidade sísmica, à escala 1/ 2 000; c XI) Elementos de Análise Planta de Vulnerabilidade a Inundações e Movimentos de vertente, à escala 1/ 2 000; c XII) Elementos de Análise Planta de Superfícies permeáveis, à escala 1/ 2 000; c XIII) Elementos de Análise Planta da Evolução da forma urbana, à escala 1/ 2 000; c XIV) Elementos de Análise Planta da Estrutura ecológica, à escala 1/ 2 000; c XV) Planta da Estrutura ecológica proposta, à escala 1/ 2000; c XVI) Planta Rede viária - Esquema de circulação, à escala 1/ 1 000; c XVII) Planta da Rede de águas, à escala 1/ 1 000; c XVIII) Planta da Rede de esgotos, à escala 1/ 1 000; DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 2 de 8
c XIX) Planta da Rede de gás, à escala 1/ 1 000; c XX) Planta da Rede de distribuição de energia em MT e BT, à escala 1/ 1 000; c XXI) Planta da Rede de iluminação exterior, à escala 1/ 1 000; c XXII) Planta da Rede de telecomunicações, à escala 1/ 1 000; Artigo 5º Instrumentos de Gestão Territorial em Vigor na Área do Plano Na sua área de intervenção as disposições do presente Plano prevalecem sobre as disposições do PDM de Lisboa actualmente em vigor, que com ele não se conformem. Artigo 6º Definições O vocabulário urbanístico utilizado no presente regulamento tem o significado que lhe é atribuído no Regime Jurídico de Urbanização e de Edificação (RJUE), no Decreto Regulamentar nº 9/2009, de 29 de Maio, no Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Lisboa (RMUEL), bem como os conceitos definidos noutros documentos de natureza normativa produzidos por entidades legalmente competentes em razão da matéria. DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 3 de 8
CAPÍTULO II Servidões e Restrições de Utilidade Pública Condicionamentos Legais Artigo 7º Identificação No território abrangido pelo Plano são observadas as disposições referentes a servidões administrativas e outras restrições de utilidade pública, de seguida identificadas e constantes da legislação em vigor e assinaladas na Planta de Condicionantes (desenho nº 2): a) Feixes hertzianos militares; b) Aeroporto de Lisboa. Artigo 8º Regime A ocupação, o uso e a transformação do solo, nas áreas abrangidas pelas servidões e restrições referidas no artigo 7º, obedecem ao disposto na legislação aplicável, cumulativamente com as disposições do Plano que com elas sejam compatíveis, aplicando-se as mais restritivas. Artigo 9º Ónus de passagem pública A área destinada a espaço verde de recreio de uso público, a poente do pavilhão desportivo, fica sujeita a ónus de passagem pública de veículos, conforme assinalado na Planta de implantação (desenho nº 1). Artigo 10º Ruído 1. Para efeitos de aplicação do regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei nº 9/2007, de 17 de Janeiro, a área de intervenção do Plano é classificada como Zona Mista. 2. Nas áreas que se verifique níveis de ruído ambiente exterior superiores a 65 db(a), expressos pelo indicador Lden e superiores a 55 db(a) expressos pelo indicador Ln, devem ser adoptadas DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 4 de 8
medidas correctivas dessas inconformidades com a classificação de zona mista atribuída à área do plano, designadamente: a) Racionalização e ordenamento da circulação e estacionamento automóvel. b) Aplicação de pavimentos menos ruidosos. DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 5 de 8
CAPÍTULO III Disposições Relativas à Ocupação do Solo e à Edificação Artigo 11º Classes de Solo 1. A área de intervenção do Plano é constituída, na sua totalidade, por Solo Urbano. 2. O Solo Urbano compreende solos urbanizados e solos afectos à estrutura ecológica municipal. Artigo 12º Categorias Operativas do Solo Urbano 1. Os solos urbanizados integram as categorias operativas de Espaços Consolidados e Espaços a Consolidar. 2. A qualificação funcional do solo, na área abrangida pelo Plano e em função da sua utilização dominante, processa-se segundo a categoria de Espaços centrais e residenciais. Artigo 13º Usos 1. No Espaço Consolidado central e residencial o uso urbano previsto é o de espaço verde de recreio de uso público. 2. No Espaço a Consolidar central e residencial os usos urbanos previstos são o de equipamentos e espaço verde de recreio de uso público, não se prevendo um uso obrigatório dominante. Artigo 14º Organização Espacial 1. A organização espacial para a área de intervenção, encontra-se estabelecida na Planta de Implantação (desenho nº 1) e nas plantas que constituem os elementos de acompanhamento referidos no número 2 do artigo 4º do presente regulamento. 2. A cave do pavilhão desportivo destina-se a estacionamento para cargas e descargas e acesso de veículos de emergência, áreas técnicas, arrecadações e outras actividades afectas especificamente ao respectivo edifício. DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 6 de 8
3. A cota de soleira indicada poderá eventualmente ser ajustada, em função do projecto de execução. 4. As intervenções nos jardins urbanos, os projectos de execução devem prever uma solução integrada de várias áreas disciplinares, que considere a sua dimensão paisagística, ecológica e hidráulica. 5. Nos eixos arbóreos propostos, caso não haja impedimentos transversais, a infra-estrutura de solo para plantação de árvores deve ser contínua no sentido longitudinal, sendo que a cubicagem mínima de composto vegetal dedicado a cada elemento arbóreo não deve ser inferior a 10 m3. 6. A vegetação a instalar deverá ser dominantemente de associações paraclimáticas húmidas, com boa adaptabilidade a meio urbano. Artigo 15º Salvaguarda Arqueológica Durante os trabalhos de preparação ou de execução das obras previstas, se forem identificados vestígios de natureza arqueológica ou indiciada a sua existência, devem as mesmas ser interrompidas, dando-se imediato conhecimento aos serviços competentes do Ministério da Cultura e da Câmara Municipal ou à autoridade policial, nos termos da lei. DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 7 de 8
CAPÍTULO IV Disposições Finais Artigo 16º Norma Revogatória Na área de intervenção do Plano de Pormenor Alvalade XXI, é revogada a prescrição do artigo 88º, nº 1 alínea c), no que se refere ao IUL máximo aí previsto de 0.6, e, o artigo 113º, no que se refere à capacidade de estacionamento, todos do Regulamento do Plano Director Municipal. Artigo 17º Vigência O presente Plano entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação no Diário da República. Artigo 18º Omissões A qualquer situação não prevista nas presentes definições regulamentares aplicar-se-á o disposto na demais legislação vigente e nos regulamentos aplicáveis. DPT Divisão de Planeamento Territorial Pág. 8 de 8