AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PREVENÇÃO DE QUEDAS DOS PARTICIPANTES DE UM CURSO DE SEGURANÇA DO PACIENTE: USO DE QUESTIONÁRIO PRÉ E PÓS-TESTE

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE PREVENÇÃO DE QUEDAS DOS PARTICIPANTES DE UM CURSO DE SEGURANÇA DO PACIENTE: USO DE QUESTIONÁRIO PRÉ E PÓS-TESTE Sabrina de Souza Gurgel (1); Mayara Kelly Moura Ferreira (2); Igor de Freitas (3); Ires Lopes Custódio (4); Francisca Elisângela Teixeira Lima (5) (1)Universidade Federal do Ceará. E-mail: sabrinagurgel@hotmail.com; (2)Universidade Federal do Ceará. E-mail: mayarakmf@gmail.com; (3)Universidade Federal do Ceará. E-mail: igordefreitasidf@gmail.com; (4)Universidade Federal do Ceará. E-mail: iresl.custodio@gmail.com; (5)Universidade Federal do Ceará. E-mail: felisangela@yahoo.com.br Introdução A qualidade dos cuidados de saúde em âmbito global, envolvendo a segurança do paciente, tem sido uma temática relevante nas últimas décadas. Dentre os aspectos que abrangem frequentemente a promoção de um ambiente seguro em serviços de saúde, a queda deve ser explorada como incidente e/ou evento adverso ocorrida na assistência hospitalar. As quedas estão associadas diretamente ao aumento do tempo de internação, necessidades acrescidas de cuidados de saúde, descrédito na qualidade da equipe assistencial e serviços prestados, lesão e até mesmo morte, podendo acarretar em consequências físicas, psicológicas e sociais ao paciente e sua família (ABREU et al., 2012). Para que os gastos, lesões e danos indesejáveis aos pacientes e profissionais sejam evitados, medidas preventivas precisam ser adotadas. Para tanto, faz-se necessária a utilização de tecnologias visando à detecção de pacientes de risco e a adoção de procedimentos que possam eliminar ou diminuir o risco desse determinado paciente (SOUSA; SASSO; BARRA, 2012). Dentre as tecnologias existentes no Brasil, os protocolos são utilizados pela equipe de saúde como um recurso necessário à inserção de práticas seguras nos serviços de saúde, a fim de prevenir a ocorrência de incidentes, danos e eventos adversos (TEIXEIRA; CASSIANI, 2014). Para subsidiar a segurança do paciente acerca dessa temática, destaca-se o protocolo de prevenção de quedas, o qual tem como finalidade reduzir a ocorrência de queda de pacientes nas unidades de saúde e o dano dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais (BRASIL, 2013). Tais considerações demonstram, a necessidade de realização de cursos sobre Segurança do Paciente e propor inovações na abrangência sobre a temática de Prevenção de Quedas, com o potencial compartilhamento e a construção do conhecimento científico por meio de troca de

conhecimento entre pesquisadores, trabalhadores e estudantes das diferentes áreas da saúde atuantes na determinação de ações preventivas. A pesquisa justifica-se pela necessidade de obter uma forma de mensuração da eficácia de um curso, do qual se permite extrair de maneira quantitativa os resultados de assimilação e retenção de conteúdo. Para tanto, foram utilizados questionários do tipo pré-teste, caracterizado como uma avaliação diagnóstica, e do tipo pós-teste, como procedimento de avaliação processual e somativa, sendo possível identificar o estágio de conhecimento do participante antes e depois do curso. Assim, objetiva-se identificar o conhecimento de acadêmicos acerca do Protocolo de Prevenção de Quedas no ambiente hospitalar utilizando antes e após um curso de segurança do paciente. Metodologia Estudo descritivo, transversal e quantitativo. Participaram 180 acadêmicos de Enfermagem, Nutrição e Serviço Social de Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas, de Fortaleza-CE. A coleta de dados foi realizada durante o curso Segurança do paciente: protocolos básicos, em abril de 2016, o qual foi promovido pelo Grupo de Estudos sobre os Cuidados de Enfermagem em Pediatria (GECEP) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Para tanto, o instrumento utilizado foi questionário estruturado, no qual foi aplicado no início (denominado de pré-teste) e no final do curso (denominado pós-teste). Foram formuladas cinco afirmações sobre prevenção de quedas, cujas opções de respostas eram: verdadeiro (V) ou falso (F), objetivando avaliar o conhecimento prévio sobre o conteúdo do protocolo e a construção deste conhecimento ao final do processo. As afirmações foram: a assertiva verdadeira A avaliação do risco de quedas deve ser feita no momento de admissão do paciente, devendo ser repetida diariamente até a alta do paciente ; a afirmação verdadeira São considerados fatores para o aumento de risco de queda: criança 5 anos e idosos 65 anos, depressão osteoporose, baixo índice de massa corpórea, alterações metabólicas ; a afirmação verdadeira Pacientes pediátricos com idade 36 meses devem ser acomodados em cama com 4 grades ; a assertiva falsa Pacientes pediátricos com idade 6 meses devem ser transportados em maca ; a afirmativa verdadeira Deve-se manter elevada uma das grades do berço durante a troca de roupa/frauda da criança. Após a coleta, os dados foram tabulados e analisados com a utilização do Excel. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFC, respeitando-se as normas da Resolução nº 466/2012.

Resultados e Discussão Com a tabulação dos dados dos questionários de pré-teste, foi possível identificar a base inicial de conhecimento dos cursistas acerca do conteúdo ministrado. A tabela 1 apresenta os resultados do pré-teste. Tabela 1 Respostas das questões do pré-teste da avaliação de aprendizado acerca do protocolo de prevenção de quedas Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Resposta V F V F V F V F V F % Total 45 55 80 20 63 37 66 34 65 35 Fonte: autoria própria Inicialmente o pré-teste possibilitou identificar o grau de conhecimento relativo ao conteúdo ministrado. Em termos percentuais, três das cinco questões tiveram maior percentual de respostas corretas assinaladas, enquanto que duas questões tiveram a opção errada com maior percentual, sinalizando uma lacuna de conhecimento nos assuntos pertinentes a essas questões. Já o pós-teste, aplicado logo após o término do curso, permite identificar a assimilação e retenção do conteúdo apresentado, permitindo, ainda, identificar lacunas que porventura possam ter ocorrido nesse processo de ensino-aprendizagem. A tabela 2 apresenta os resultados do pré-teste. Tabela 2 Respostas das questões do pós-teste da avaliação de aprendizado acerca do protocolo de prevenção de quedas Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 Resposta V F V F V F V F V F % Total 98 02 99 01 78 22 19 81 92 08 Fonte: autoria própria O pós-teste possibilitou identificar o grau de construção do conteúdo abordado, sendo que em todas as cinco questões a opção correta obteve maior percentual de resposta, demonstrando uma evolução na assimilação do conteúdo pertinente às questões. Além disso, a média da quantidade de acertos nas questões do pré-teste entre os alunos foi 2,92 no total de 5 questões (aproveitamento de 58,4%). No pós-teste a média aritmética aumentou para 4,49 (aproveitamento de 89,8%). Dessa forma, observou-se um aumento do total de acertos por

aluno, que chegou a 53,7%, corroborando com estudo de Andrade et al. (2016), que também obteve acréscimo na média de acertos por aluno ao utilizar pré e pós-testes. Por meio dos testes, pode-se constatar que o pré e pós-testes são ferramentas auxiliares para melhoria do processo de ensino-aprendizagem, indo ao encontro com achados de estudo de Crispim et al. (2014). Conclusão Na comparação dos resultados do pré-teste e do pós-teste, fica evidente que há aumento do conhecimento por parte dos cursistas, contribuindo para a compreensão acerca de prevenção de quedas. É importante salientar que somente a avaliação do aprendizado através desses questionários não garante obtenção total da eficácia de um curso. Sendo assim, o uso do pré e pós-testes como ferramenta de avaliação do aprendizado é uma importante e complementar etapa, podendo ser utilizada como instrumento de feedback para palestrantes e cursistas, visando o desenvolvimento e melhoria dos programas de educação permanente. Referências ABREU, C. et al. Quedas em meio hospitalar: um estudo longitudinal. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 20, n. 3, p. 597-603, jun. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-11692012000300023&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 18 abr. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-11692012000300023. ANDRADE, E. D. L. et al. Uso de questionários pré-teste e pós-teste: uma ferramenta de ensino e aprendizagem na disciplina de Bioquímica Clínica II. In: ENCONTROS UNIVERSITÁRIOS DA UFC, 2016.. Anais... Fortaleza: UFC, 2016. Disponível em: <http://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/17199/23223>. Acesso em: 08 ago. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo prevenção de quedas. Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/prevencao-dequedas>. Acesso em: 15 fev. 2017. CRISPIM, A. C. et al. Análise de um sistema de avaliação em curso EaD. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO BRASILEIRO À DISTÂNCIA, 11., 2014. Anais... Florianópolis: UFSC, 2014. Disponível em: <http://esud2014.nute.ufsc.br/anais-esud2014/files/pdf/126907.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2017.

SOUSA, P. A. F.; SASSO, G. T. M.; BARRA, D. C. C. Contribuições dos registros eletrônicos para a segurança do paciente em terapia intensiva: uma revisão integrativa. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 21, n. 4, p. 971-979, dez. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-07072012000400030&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 out. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-07072012000400030. TEIXEIRA, T. C. A.; CASSIANI, S. H. B. Root cause analysis of falling accidents and medication errors in hospital. Acta paul. enferm., São Paulo, v.27, n. 2, p. 100-107, abr. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-21002014000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 out. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201400019.