GUIÃO DA SAÍDA DE CAMPO ZONA RIBEIRINHA: SEIXAL 7º ANO Turmas B e D Turma Data / 02 / 2016 Equipa Nome Nº Nome Nº Nome Nº Nome Nº Nome Nº Nome Nº Objetivos gerais: Reconhecer a biodiversidade no local visitado. Dar a conhecer o património histórico-cultural da região. Gerar aprendizagens significativas. Sensibilizar para a proteção e conservação do património Natural e Cultural. Cooperar e colaborar com os colegas das turmas envolvidas. Material para levar no dia da saída de campo: Partida da escola 13:15H Chegada prevista à escola 17:00H Este guião Câmara Fotográfica (IMPORTANTE: as fotografias têm de apresentar uma escala (objeto ou pessoa que possa referenciar a dimensão da imagem fotografada); Telemóvel; Lápis e Borracha; Dois sacos de plástico, pequenos Vestuário apropriado ao clima do dia (chapéu para o sol, roupa quente, sapatos impermeáveis); Um bom lanche (não esquecer a água). METODOLOGIA DE TRABALHO As atividades propostas devem ser realizadas com o teu grupo. Ao longo do guião irás realizar algumas tarefas, bem como responder a questões de observação e questões de cultura geral (nestas podes pedir ajuda às pessoas que encontrares no local). No final da saída de campo, cada grupo deve entregar ao seu Diretor de Turma apenas 1 guião devidamente preenchido. Ao longo do percurso, fotografem exemplos da ação do Homem sobre a paisagem natural da Baia do Seixal. Por exemplo, construções humanas na Baia como pontões, muros, edifícios, etc. Não se esqueçam da escala.
1ª PARAGEM: Parque em frente à Quinta da Fidalga Qcultura geral: Porque é que esta localidade se chama Seixal? Qobservação: O que se encontra na Q ta da Fidalga, relacionado com o patrono da nossa escola? Qcultura geral: De que continente são originárias as árvores que se encontram a ladear as margens do parque? 2ª PARAGEM: Cais de madeira TAREFA 1 Recolher sedimentos para o saco de plástico. TAREFA 2 - Indicar a localização relativa (rumo da rosa dos ventos) e absoluta (latitude e longitude aproximada) deste local. Para a localização absoluta recorre ao Google Maps. L.R. L.A. Faz uma pequena descrição da paisagem observada. Refere os elementos humanos e naturais que podes observar em cada plano de observação: 1º Plano 2º Plano Plano de fundo TAREFA 3 Fotografar as espécies de seres vivos (animais e vegetais) aí encontradas. Com a ajuda dos binóculos, observar e identificar algumas aves. Para uma melhor identificação recorrer às fotografias das espécies que se encontram no texto em anexo (final deste guião). Preencher a Tabela 1, por forma a legendar as fotografias captadas, para posterior utilização. TAREFA 4 Estafeta no Tejo (Educação Física) Guião da saída de campo 7ºB e D Baia do Seixal zona ribeirinha Página 2
3ª PARAGEM: Núcleo Naval Qcultura geral: Na maré baixa, o que se pode apanhar neste local? Qcultura geral: O que é o Núcleo Naval? TAREFA 5 Utilizando o material fornecido pelas professoras (kit de desenho/pintura), vais registar graficamente com o teu grupo, o que estás a sentir durante esta saída de campo. Deves utilizar uma cor e com auxílio do dedo representar as tuas emoções, atenção ao resultado final porque todo o grupo participa (cada um com a sua cor) com o objetivo de apresentar uma composição equilibrada e expressiva. TAREFA 6 Retirar um envelope e dramatizar o provérbio usando apenas gestos. Os restantes alunos têm de adivinhar Qual é, qual é? Quem não sabe, tolo é. TAREFA 7 Resolve a atividade da professora de Matemática Procura a tua professora de matemática e resolve o desafio que ela te propuser. Solução do desafio: Guião da saída de campo 7ºB e D Baia do Seixal zona ribeirinha Página 3
TAREFA 8 - Assinalar com uma cruz (X), no mapa seguinte, os locais das paragens efetuadas. Tabela 1 Nº fotografia Legenda Guião da saída de campo 7ºB e D Baia do Seixal zona ribeirinha Página 4
ANEXOS - Introdução A baía do Seixal localiza-se na margem esquerda do estuário do Tejo e apresenta uma área com cerca de 482 ha. Esta enseada apresenta um hidrodinamismo baixo o que permite a deposição de sedimentos finos (lodosos) que se distribuem por áreas de sapal, como o sapal de Corroios. O Rio Judeu é um dos vários canais de águas pouco profundas que se destaca nesta baia. As praias que se observam na baia são de pequena dimensão e resultam da acumulação de sedimentos provenientes da erosão de areeiros abandonados da Arrentela e Talaminho, depósitos de aterro na Amora e despejos de dragagens como os observados na margem sul da Ponta dos Corvos. Por constituir uma zona particular dos pontos de vista morfológico e hidrodinâmico, proporcionou desde tempos remotos o seu aproveitamento socioeconómico com a instalação de núcleos piscatórios, exploração agrícola e moinhos de maré. Estes últimos, desde o início do século XV, utilizavam a energia das marés na moagem de cereal para a produção de biscoito nos "Fornos do Valdezebro, onde se fabricam os biscoutos para as Armadas, Náos, da India, Conquistas, e Fortalezas do Reino". in http://www.cienciaviva.pt/veraocv/geologia/geo2002/materiais/geo20.pdf Ciências Naturais Dez por cento do território do concelho do Seixal faz parte Reserva Ecológica Nacional (REN). Ai estão inseridos o Sapal de Coina, o Sapal do Talaminho e o Sapal de Corroios. Os sapais são uma das zonas mais produtivas da biosfera, no que respeita à produção de matéria viva ou biomassa. Noutros tempos a população retirava daqui a sua forma gratuita de alimento, nomeadamente em ostras, berbigão, amêijoa, canivete e mexilhão, e com a atividade da apanha de isco para a pesca. São zonas costeiras de águas calmas e fundo lodoso, com uma vegetação própria das zonas húmidas, particularmente de águas salobras. A vegetação halófita, para sobreviver desenvolveu várias adaptações morfológicas, tais como: a redução da área foliar e o aumento da suculência das folhas e caules, o aumento da densidade radicular, um denso revestimento de células secretoras de sal e a proteção dos órgãos aéreos por uma espessa cutícula. Os sais absorvidos são expelidos através das raízes, e o excesso pode ser segregado por glândulas especiais existentes nas folhas. Esta vegetação do sapal tem um papel muito importante na depuração das águas, devido à grande capacidade de absorver e fixar metais pesados, muitos dos quais são tóxicos para outros seres vivos; As espécies halófitas mais representativas presentes no sapal de Corroios são a morraça (Spartina maritima), a gramata-branca (Halimione portulacoides), as gramatas (Sarcocornia fruticosa e Sarcocornia perennis) Ao longo das margens da Baía do Seixal (zona intensamente urbanizada e transformada pelo homem), é possível, por vezes, observar as aves a alimentarem-se, e durante os meses de inverno, procuram abrigo e alimento no sapal de Corroios largos milhares de aves. Guião da saída de campo 7ºB e D Baia do Seixal zona ribeirinha Página 5
Nas vastas áreas de lodo que ficam a descoberto durante a maré vazia, é possível observar um grande número de aves limícolas a alimentarem-se, pois este é um local ideal para a recuperação de forças nos trajetos migratórios, nomeadamente entre muitas espécies o Flamingo, o Perna-Longa, o Maçarico, o Alfaiate, a Andorinha-do-Mar, a Tarambola, a Garça-Real (símbolo do nosso concelho), o Pato-Real e a Águia Sapeira ou mesmo a Águia Pesqueira. É também uma importante zona de nidificação para espécies como o pato-real, a galinha-de água, e o perna-vermelha-comum. A zona adjacente ao sapal, e o próprio sapal durante a maré alta, assumem bastante relevância enquanto área de alimentação e abrigo para várias espécies de peixes que utilizam o estuário com área de viveiro, como o sargo-do-senegal (Diplodus bellottii), o sargo-safia (Diplodus vulgaris), o robalo-legítimo (Dicentrarchus labrax), e ainda espécies residentes como o xarroco (Halobatrachus didactylus) e o cabozcomum (Pomatoschistus microps). Constituí ainda proteção e abrigo para muitas espécies de peixes que aqui vêm fazer a desova como a Tainha, o Robalo, o Linguado, a Dourada, o Sargo, a Solha e a Enguia. Na baía ocorrem ainda várias espécies de invertebrados, que servem de alimento a aves e peixes, nomeadamente crustáceos, como o caranguejo-verde (Carcinus maenas) e o camarão-de-água-doce (Palaemon longirostris), gastrópodes (búzio, Hydrobia ulvae) e poliquetas (minhoca-da-pesca, Hediste diversicolor) Adaptado de www.cienciaviva.ptveraocv2011downloadsaventuranosapal e de http://www.biorede.pt Guião da saída de campo 7ºB e D Baia do Seixal zona ribeirinha Página 6