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Transcrição:

AGRONOMIA CONSÓRCIO DE MILHO X BRAQUIÁRIA: PRODUTIVIDADE E SUSTENTABILIDADE MAJOR X BRACHIARIA CONSORTIUM: PRODUCTIVITY AND SUSTAINABILITY IVAN LUIZ TAVARES LEILIANE MARIA DE FARIA RAFAEL BONORINO PRANCHES Resumo A integração lavoura e pecuária promove a diversificação de forma planejada gerando benefícios para a lavoura e para os animais de forma produtiva e com sustentabilidade, aumentando a produtividade das lavouras. A braquiária está entre um dos mais populares capins do Brasil, sendo uma boa cobertura de solos protegendo contra raios solares e erosões. O milho é caracterizado pelas diversas formas de utilização devido as suas qualidades nutricionais. Com isso a consorciação de milho x braquiária promove a produção de massa do milho e da braquiária trazendo melhoria das propriedades químicas, físicas e biológicas do solo provendo a matéria orgânica de forma sustentável. Objetivo: Objetivou-se nessa pesquisa avaliar os vários benefícios da consorciação de milho e braquiária de forma sustentável. Materiais e Métodos: Nessa perspectiva, foram revisados diversos artigos com o tema em seus vários parâmetros. Desse modo tem-se o método de implantação do consórcio conforme demonstrados em tabelas e gráficos. Resultados: Relatórios sobre competição específica variam de acordo com o arranjo da plantação: alguns estudos relataram que a forragem não interfere no rendimento do milho, enquanto que outros mostraram a necessidade de redução no crescimento de forragem para que o milho pudesse ter seu desenvolvimento completo Conclusão: As vantagens da consorciação de milho e braquiária possibilitam uma excelente cobertura do solo principalmente após a colheita do milho primando pela sustentabilidade. Palavras-Chave: integração, pecuária, degradação. Abstract The integration of crops and livestock promotes diversification in a planned way, generating benefits for the crop and for the animals in a productive and sustainable way, increasing the productivity of the crops. Brachiaria is among one of the most popular Brazilian grasses, with a good cover of soils protecting against solar rays and erosion. Corn is characterized by the various forms of use due to its nutritional qualities. With this, the corn x brachiaria consortium promotes the mass production of maize and brachiaria, improving the chemical, physical and biological properties of the soil, providing the organic matter in a sustainable way. Objective: This research aimed to evaluate the various benefits of maize and brachiaria consortia in a sustainable way. Materials and Methods: From this perspective, several articles with the theme in their various parameters were reviewed. In this way the method of implementation of the consortium is demonstrated as shown in tables and graphs. Results: Reports on specific competition vary according to the plantation arrangement: some studies have reported that forage does not interfere with maize yield, while others have shown the need for a reduction in forage growth so that maize could be fully developed Conclusion : The advantages of maize and brachiaria consortium make possible an excellent coverage of the soil mainly after maize harvesting for sustainability. Key words: integration, livestock, degradation. INTRODUÇÃO Uma das principais causas da baixa produtividade da pecuária brasileira é o processo de degradação que se encontram a maior parte das pastagens no Brasil (Freitas et al., 2005). A implantação de capins em consórcios de milho é uma prática bastante antiga e comum, visando sempre o estabelecimento ou a renovação de pastagens, especialmente, porque não necessita de incorporar novas áreas para plantio, por consequência, a preservação do meio ambiente. Com a introdução de novas tecnologias, essa técnica foi inovada e passou a ser utilizadas nas modernas lavouras de milho, com características e denominações diversas (Duarte, Clerici de Maria, 2013). Na pecuária, a Brachiaria decumbens foi introduzida na região centro-oeste a partir da década de 1960, em anos subsequentes outras espécies foram introduzidas, tais como a B. humidicolae a B. brizantha. Com isso, a pecuária brasileira se intensificou e evoluiu rapidamente, chegando a ocupar 80% das pastagens cultivadas com braquiária. Esse fato profissionalizou a pecuária brasileira e a produção de proteína animal do maior rebanho comercial a pasto do mundo (Duarte, Richetti, et al,. 2013). O milho é um dos principais cereais cultivados no mundo, fornecendo produtos para a alimentação humana, animal e matéria-prima para a indústria. No Brasil, a cultura ocupa posição significativa na economia, em decorrência do valor da produção agropecuária da área cultivada e do volume produzido, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Considerando sua importância econômica, recentemente têm ocorrido importantes mudanças nos sistemas de produção da cultura, ressaltando sua expansão nos sistemas de plantio direto e de integração de lavoura (Glat,2002, citado Jakelaitis; Silva et al., 2004). O consórcio de milho com forrageira tem como objetivos a produção de palha para cobertura do solo e a produção de forragem para alimentação de animais. A diferença entre um e outro objetivo consiste basicamente na população e distribuição de palha. No caso de altas populações de plantas, para evitar perdas na produtividade do milho tornase importante a aplicação de um herbicida, para supressão inicial da forrageira (Ceccon et al., 2010; Kluthcousi et al., 2005, citado por Ceccon; Borghi et al., 2013). Objetivo Objetivou-se nessa pesquisa avaliar os vários benefícios da consorciação de milho e braquiária de forma sustentável, buscando suas Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 321

vantagens em todos os aspectos. Materiais e Métodos Para essa pesquisa foram revisados diversos artigos com o tema de consorciação de milho com braquiaria em seus vários parâmetros, como formação de pastagem para silagem, uso de herbicidas, dentre outros, sempre salientando as vantagens e desvantagens de cada um, de forma simples e direta. No sistema de integração lavoura-pecuária, por meio da consorciação com gramíneas, a forrageira tem a função de fornecer alimento para a exploração pecuária, a partir do final do verão até início da primavera, e, posteriormente, de formação de palhada, para o cultivo da cultura produtora de grãos, em sistema plantio direto (Zanineet al., 2006). Esse sistema pode vir a ser uma alternativa para o agricultor ou agropecuarista, visto que em muitas regiões do Brasil o cultivo de safrinha tem apresentado insucesso, face à baixa disponibilidade hídrica e irregularidade na precipitação pluvial no período outono/inverno (Zanineet al., 2006).. Visando uma solução para o problema de degradação de pastagens, foi criado o consórcio entre cultura anual e forrageira perene denominada Sistema Barreirão (Oliveira et al. 2005,citado por Ceccon; Borghi et al., 2013). Foi desenvolvido na safra de verão, na década de 1990, e consistia na correção e fertilização do solo, com preparo mecanizado antecedendo a cultura de verão. Em 2001, foi divulgado o consórcio de milho com braquiária, denominado Sistema Santa Fé (Kluthcouski et al., 2000, citado por Ceccon; Borghi et al., 2013), que levou esse nome por ter sido avaliado na fazenda Santa Fé,em Santa Helena de Goiás, GO. Esse sistema utilizava a B. brizantha cv. Marandu com a finalidade de reformar pastagens degradadas e tem sido amplamente pesquisado no Brasil (Borghi, Crusciol, 2007; Cruz et al., 2009; Gimenez, 2007; Pariz et al., 2011; Severino et al., 2005; Tsumanuma, 2004, citado por Ceccon; Borghi et al., 2013). O estabelecimento de espécies forrageiras intercaladas com culturas anuais, sistemas de integração lavoura-pecuária é uma técnica eficiente e economicamente viável para a formação, a recuperação e renovação de pastagens (Jakelaitis et al., 2004; Freitas et al., 2005). Essa integração permite o desenvolvimento de duas atividades: A produção agrícola e criação de gado, a primeira com a produção de milho e a segunda utilizando a palhada como alimentação para o gado, ou ambas para formação de silagem. Figura 1. Modalidade de consórcio com linhas de milho intercaladas com linha de braquiária. Embrapa 2015. Várias culturas foram cultivadas com espécies de Braquiária. Entre eles o milho destacase principalmente devido à sua tradição de cultivo, ao grande número de cultivares comerciais adaptados às diferentes regiões ecológicas do Brasil e à sua excelente adaptação quando plantado em consórcio podendo ser destinado à produção de grãos ou silagem (Silva et al., 2004). No entanto, quando duas espécies são cultivadas simultaneamente, elas são submetidas a interferências mútuas, o que pode resultar em competição por recursos ambientais, levando a perdas que podem tornar o consórcio inviável. Entre os fatores que influenciam o rendimento do milho e o estabelecimento de pasto em cultivos com consórcio, merece destaque o arranjo de semeadura de espécies (Ceccon et al. 2009). O plantio da safra e forragem pode ser efetuado simultaneamente ou sequencialmente, e é necessário favorecer o desenvolvimento inicial da cultura do milho, de modo que não haja perda de produtividade de grãos significativa. Algumas máquinas de plantio direto têm um dispositivo de forragem de mudas, quando este equipamento não estiver disponível, sementes forrageiras podem ser misturadas com fertilizantes, assim, arranjos de semeadura de forragem podem ser realizados através de transmissão de semeadura, nas mesmas linhas ou nas entrelinhas da cultura (Santos e Araújo, 2011). Figura 2: Milho consorciado com braquiária, deixando pasto formado. F.Sichieri, 2012. Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 322

Figura 3. Competição de semeadura. Santos e Araújo, 2011, p. 27 No caso da competição entre a cultura granífera e a braquiária (Figura 3), há necessidade de utilização de herbicida para supressão do crescimento da forrageira (Ceccon et al. 2013). Já a semeadura da forrageira nas mesmas linhas do milho (Figura 4) é uma modalidade eficiente de consórcio, por permitir posicionar as sementes de forrageira em profundidade de máxima germinação (2 cm a 3 cm); entretanto, pode ser a mesma usada para as ementes do milho, entre 3 cm e 4 cm. Nesta modalidade, as sementes podem ser misturadas ao adubo e semeadas com ele; a emergência, no entanto, será menor e a uniformidade da braquiária dependerá de uma mistura uniforme e também da profundidade do adubo, que não deve ser superior a 8 cm. A semeadura de forrageira na linha de milho é indicada para cultivo em espaçamentos de 0,45 m a 0,50 m entre linhas, visando tanto à produção de palha quanto à formação de pastagem. Figura 5. Braquiária estabelecida, em área total, com caixa exclusiva para sementes de braquiária, em semeadura simultânea com milho safrinha. Embrapa 2015. Figura 4 - Braquiária posicionada nas mesmas linhas do milho. Embrapa 2015. O plantio de forragem na mesma linha de milho pode promover a redução do rendimento do milho, quando comparado com o plantio apenas nas entrelinhas. Assim, tem-se o método de implantação do consórcio, a fim de proporcionar maior produtividade, tanto do milho quanto da braquiária (Borghi e Crusciol, 2007). Figura 6 Critérios para seleção de modalidades de consórcio quanto ao objetivo, momento, método de implantação e posição das sementes de braquiária em relação às sementes de milho. Quando a chuva atrasa, a emergência da forrageira poderá ser defasada em relação à do milho e as plantas podem ser excessivamente sombreadas pela cultura, não expressando os reais benefícios do consórcio. No entanto, quando a chuva ocorre logo após a semeadura, a emergência das sementes incorporadas pela semeadora é favorecida e permite o adequado estabelecimento da forrageira. A implantação da forrageira em área total (figura 5) é indicada para qualquer espaçamento entre as linhas do milho, preferencialmente em meados de janeiro, devendose aumentar a quantidade de sementes com o atraso na semeadura (Concenço et al. 2015). O consórcio com linhas de braquiária intercaladas às linhas do milho foi desenvolvido para espaçamento de 0,75 cm a 0,9 cm entre linhas de milho, exclusivamente tendo em vista a produção de palha para cobertura do solo. A implantação consiste em intercalar uma linha da Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 323

forrageira com uma linha do milho. Para isso, mantém-se o milho na sua linha, enquanto que na linha intercalar coloca-se um disco e a quantidade de sementes de braquiária, que proporcione a população de plantas desejada. (Ceccon et al., 2005). (Figura 3). De acordo com Broch et al. (2008), o método de implantação do consórcio milho safrinha/pastagem desenvolvido pela Embrapa Agropecuária Oeste, consiste na semeadura da pastagem intercaladamente com a semeadura do milho safrinha (uma linha de milho e uma de pastagem), apresentando a vantagem da implantação do consórcio numa única operação. Desta forma o milho safrinha praticamente não sofre competição, uma vez que as linhas de milho permanecem a uma distância de 45 cm das linhas de pastagem. Observaram também que até as raízes das forrageiras entrarem em contato com as raízes das plantas de milho, já se passou o período crítico de competição, que é ao redor de 15 a 35 dias após a emergência do milho. Neste período, segundo Weismann (2008, p. 32), o ponto de crescimento da planta ainda se encontra abaixo da superfície do solo e inicia-se a definição da quantidade de folhas e espigas que eventualmente irá produzir, ou seja, estabelece-se o número máximo de grãos, definindo seu potencial produtivo e a planta apresenta-se em pleno desenvolvimento. Figura 7. Etapas de implantação do consórcio milho-braquiária na modalidade da linha intercalar: caixa de sementes com discos e sementes de milho e de braquiária, respectivamente (a); discos para corte e posicionamento das sementes ao solo (b); depósitos para sementes de milho (M) e braquiária (B) (c); e, linhas intercaladas de milho em fase de colheita e de braquiária em pleno desenvolvimento(d). Embrapa 2015. Resultados Para Crusciol et al. (2007), o cultivo de Brachiaria semeada em consórcio com o milho na linha de semeadura, tem promovido melhorias nas qualidades físicas e físico-hídricas do solo em profundidade, provavelmente em decorrência do grande aporte de matéria seca radicular no perfil do solo. Relatórios sobre competição específica variam de acordo com o arranjo da plantação: alguns estudos relataram que a forragem não interfere no rendimento do milho, enquanto que outros mostraram a necessidade de redução no crescimento de forragem para que o milho pudesse ter seu desenvolvimento completo (Jakelaitis et al., 2004; Freitas et al., 2005). Além disso, a melhor profundidade de semeadura para o estabelecimento planejado de plantas depende da temperatura, umidade e tipo de solo. Em condições de safrinha, as melhores emergências de plantas de braquiária têm sido verificadas nas profundidades de 3 cm a 6 cm (Foloni et al., 2009, Paulino et al, 2004; Zanon et al., 2012). Na distribuição superficial das sementes, a germinação de plantas depende da intensidade da chuva após a semeadura, e da movimentação superficial do solo pela operação de plantio (Makino et al., 2012); em profundidades maiores, a garantia de emergência uniforme de plantas depende também da utilização de sementes com alto vigor. Existem casos em que a espécie de forrageira escolhida pode competir com o milho devido ao crescimento simultâneo das duas culturas e isso pode alterar o rendimento de ambas, nesse caso é necessária à utilização de medidas de controle, tais como a utilização de herbicidas, que retardam o crescimento da forrageira, onde não ocorrerá a competição de espaço entre elas, favorecendo o rendimento do das mesmas (Jakelaitis et al., 2004). Porém, a espécie Urochloa ruziziensis foi recomendada para o cultivo de pecuária integrada, principalmente através da cobertura rápida do solo, composição de alta qualidade, excelente reciclagem de nutrientes, instalações em sua dessecação e produção uniforme de sementes (Trecenti, 2005). Entre os diferentes métodos testados no cultivo de colheita de milho fora de estação integrada com Urochloa ruziziensis realizada por Brambilla et al. (2009), o consórcio milho mais braquiria em fileiras e inter-fileiras produziu a maior produtividade de palha seca, favorecendo a cobertura do solo. Para Barducci et al. (2009), o melhor consórcio a ser utilizado é o milho com Urochloa brizantha. Todavia, Cobucci et al. (2001) relatam que o consórcio de milho juntamente com a Brachiaria Brizantha afeta negativamente a produtividade da cultura. Logo acredita-se que a competição dessa forrageira com a cultura do milho possa limitar o fornecimento de alguns recursos para a mesma, ocasionando deficiências que culminam em alterações nas características fisiológicas relacionadas com a fotossíntese. Outro fator que pode influenciar o rendimento do milho e o estabelecimento de pastagens é o uso Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 324

de híbridos de milho com uma arquitetura diferente de ciclo de vida, como híbridos simples. Eles têm a arquitetura de folha moderna, com instalações menores, permitindo uma maior penetração da luz na copa e favorecendo o desenvolvimento de forragem, quando comparado com os híbridos duplos e triplos, os quais são plantas maiores com folhas planas (Jakelaitis et al., 2005). Vários autores descobriram a viabilidade do milho intercalado com forragem Brachiaria (atualmente denominada Urochloa ), indicando que a produção de matéria seca forrageira não interfere na produção de milho na integração colheitapecuária (Pequeno et al., 2006; Pereira et al., 2009; Garcia et al., 2010; Richart et al., 2010). No entanto, outros autores descobriram que o cultivo de milho intercalado com Urochloa brizantha (Borghi et al., 2006; Borghi & Crusciol, 2007; Chioderoli, 2010) e Urochloa uziziensis (PARIZ et al., 2011) promoveram rendimentos mais baixos de grãos de milho. Quando a braquiária é misturada com fertilizantes e semeada na linha de milho, que é depositada a uma profundidade maior, atrasa o seu aparecimento e favorece a cultura do milho (Kluthcouski et al., 2005). Neste sentido, buscando o melhor estande de plantas das duas espécies, sem comprometer à produtividade das mesmas, a população de plantas de milho e de braquiária devem ser proporcionais. Com isso, o número de sementes de braquiária por semente de milho (SBSM) pode ser obtido pela seguinte equação: SBSM = (SBFD x NFDB) / (NFDM x VC da braquiária); em que SBFD é o número de sementes de braquiária por furo do disco, NFDB é o número de furos no disco de braquiária, NFDM é o número de furos no disco de milho e VC é o valor cultural das sementes de braquiária. O VC é fornecido pelas empresas de sementes, tendo como base o teste de tetrazólio, esse teste além de avaliar a viabilidade e o vigor dos lotes de sementes, fornece o diagnóstico das possíveis causas responsáveis pela redução de sua qualidade (França Neto, et al., 1998). Em condições de safrinha, a proporção de duas plantas de braquiária para cada planta de milho é suficiente para a adequada produção de palha, sem reduções significativas na produtividade do milho (Ceccon et al., 2009). Exemplificando: utilizando um disco de milho com 28 furos, cada furo com uma semente com 98% de germinação, e um disco de braquiária de 50 furos com duas sementes cada, e 70% de VC, temse a seguinte equação: NSBSM = [(50 x 2)/28] x 0,7 = 2,5 sementes de braquiária por semente de milho (Borghi et al., 2009). Esta modalidade permite a semeadura em linha individual para braquiária, posicionando a semente em profundidade tal que possibilite a melhor germinação e emergência proporcionando redução de custos com sementes (Ceccon et al., 2005). O consorcio de milho com braquiaria em período safrinha promove também maior rendimento posterior no período de safra em culturas como a da soja, em decorrência da utilização de palhada que mantém o solo sem contato direto com o sol. Gráfico 1. Emergência de Brachiaria ruziziensis em diferentes profundidades de semeadura.fonte: adaptado de Zanon et al. (2012). A regulagem do marcador de linhas da semeadora é imprescindível, de forma a manter a intercalação entre as duas espécies. Caso não seja possível a regulagem adequada na semeadora, como alternativa pode-se distribuir sementes de braquiária a lanço nas linhas externas da semeadora ou, ainda, utilizar uma caixa acoplada à semeadora, específica para a semeadura simultânea de sementes e linhas exclusivas para braquiária. Outra opção para manter linhas alternadas de milho e braquiária é a utilização de duas semeadoras, sendo uma com braquiária e outra com milho nas linhas externas. Quando houver adubação de cobertura no milho, a semeadura da forrageira pode ser realizada nesta operação, minimizando o efeito competitivo com o milho pela semeadura e emergência defasada da braquiária (JAKELAITIS et al., 2006). O consórcio com linhas intercaladas de milho safrinha e B. ruziziensis contribuiu para a evolução do consórcio em escala comercial, em razão dos resultados de pesquisa sobre a viabilidade da tecnologia (Ceccon et al., 2005, 2007, 2009) e, principalmente, pela identificação do consumo hídrico do consórcio em condições de safrinha (Fietz et al., 2009), o que possibilitou a realização e viabilidade do Zoneamento Agrícola de Risco Climático para Mato Grosso do Sul (BRASIL, 2009a) e Paraná em 2010 (BRASIL, 2009b), e posteriormente para outros estados. Foram avaliados também casos do consórcio com a Brachiaria ruziziensis cv. Ruziziensis, em Dourados e São Gabriel do Oeste MG (Gráfico 1), em que mesmo o plantio de milho apresentando crescimento rápido,, a presença da brachiária sem a aplicação das subdoses de Nicosulfuron causou perdas expressivas de produtividade do milho, colaborando para a necessidade de aplicação de 1 (uma dose) de 100 a 150 ml p/ha de nicosulfuron nos estágios iniciais da brachiária e do milho, ou seja,utilizando ruziensis em média com dois perfilhos e milho com três folhas, para preservar a produtividade da Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 325

cultura, e em contrapartida, proporcionar a obtenção da maior quantidade possível de massa da brachiária após a colheita do milho (Broch D. L. et al, 2012). O consórcio milho e braquiária possui alto grau de sustentabilidade, pois além de melhoramento na qualidade dos grãos de milho, a braquiária tem a função de controle de erosão, proporcionando assim uma cobertura do solo devido à matéria orgânica formada pelas raízes da brachiaria, possibilitando a infiltração da água no solo.também produz forragem para o gado. Além disso, é uma planta que aperfeiçoa os nutrientes acima do solo, possui alta palatabilidade sendo também bastante nutritiva na alimentação de ruminantes. Possui tolerância à seca, tendo crescimento rápido, e é uma planta perene e de fácil de transporte. De acordo com Ceccon (2010, p. 1), o primeiro desafio do consórcio é produzir grãos de milho na presença da braquiária e possibilitar o maior crescimento dela após a colheita do milho, e neste sentido, é necessário ajustar a população de braquiária à população do milho. De acordo com Ceccon (2008, p.5), trabalhos desenvolvidos em três regiões agrícolas, distintas quanto ao solo e clima, utilizando- se 5 kg ha-1 de sementes de B. ruziziensis cv. Comum, com variação de 60% a 80%, tem-se um estande de 20 a 30 plantas por metro linear, suficiente para proporcionar excelente produção de palha e cobertura do solo. O autor ressaltou que dentre as espécies avaliadas para o cultivo em consórcio com milho safrinha, destacouse a B. ruziziensis cv. comum por apresentar hábito decumbente de crescimento, maior fechamento dos espaços após a colheita do milho e melhor cobertura do solo. Observa-se que o cultivo de Braquiaria semeada em consórcio com o milho na linha de semeadura tem promovido melhorias nas qualidades físicas e físico-hídricas do solo em profundidade, provavelmente em decorrência do grande aporte de matéria seca radicular no perfil do solo por essa forrageira perene. Em camadas mais superficiais, como de 0 a 20 cm, o cultivo de Brachiaria não surte tanto efeito na melhoria da qualidade estrutural do solo, devido, provavelmente, à grande colonização das raízes de milho nessa profundidade conforme o Gráfico 2 (Borghi, Crusciol, 2007). Gráfico 2. Variação do Intervalo Hídrico Ótimo nos dois sistemas de manejo (milho solteiro e MBL milho consorciado com Brachiariana linha de semeadura) nas camadas de 0 a 20 cm (A) e 20 a 40 cm (B) de profundidade. Fonte: Crusciol et al. (2007). A maior eficiência do plantio direto, refletido em termos de produtividade, vai depender da eficiência de sua implantação e das condições climáticas da região. Batista et al. (2009), observaram que a eficiência desse sistema de consórcio depende de aspectos particulares de cada ambiente, destacando-se o clima e a fertilidade do solo, e também a época de semeadura. De acordo com os autores, na região Paulista do Médio Paranapanema, para os resultados obtidos observou-se que o cultivo das forrageiras introduziu 1,5 e 2,5 toneladas por hectare de massa seca, promovendo melhorias na cobertura do solo pela palha. Richart et. al (2010). Além disso, segundo Batista et al. (2009), o consórcio de milho safrinha com plantas forrageiras é um dos meios para aumentar a formação de palha para cobertura do solo e/ou produzir forragens para os animais na entressafra, proporcionando melhorias no manejo do solo e na rentabilidade da área. De acordo com Ceccon (2008), os resíduos vegetais na superfície protegem o solo do aquecimento excessivo e da perda de água devido à alta refletividade da radiação solar e baixa condutividade térmica dos mesmos, proporcionando ainda menor amplitude térmica diária e condições benéficas especialmente nas regiões de clima tropical. O cultivo consorciado do milho com braquiária tem refletido diretamente na fertilidade do solo, reduzindo a acidez e aumentando os teores de matéria orgânica, quando comparado às áreas sob sistema de plantio direto com cultivo exclusivo de milho. Esses resultados são decorrentes do grande aporte de palhada somado ao grande volume de raízes em profundidade proporcionado pelas braquiárias e evidenciam o fato das espécies forrageiras serem mais eficientes no aproveitamento do solo do que as culturas anuais (Borghi, Crusciol, 2007). O consórcio do milho com a braquiária é possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies. Os resultados de pesquisas envolvendo o cultivo consorciado de milho com Brachiaria brizantha demonstram a viabilidade deste sistema de produção. Em algumas situações, pesquisadores relatam que a presença da forrageira não afetou a produtividade de grãos de milho, porém, em alguns casos, houve necessidade da aplicação de nicosulfuron em subdoses para reduzir o crescimento da forrageira, garantindo pleno desenvolvimento do milho (Broch D. L. et al, 2012). Devido à boa adaptação aos solos e tolerância a pragas e doenças obtendo também Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 326

uma rápida recuperação após as queimadas, (prática comum em pastagens), a braquiária além de ser uma excelente forrageira, não interfere na produtividade do milho, observadas as recomendações de arranjos e densidade do solo. Logo, os sistemas agrícola e pecuário são mais vantajosos quando estão associados conjuntamente. Assim, a ideia da integração do milho com a braquiaria se apresenta sustentável, no sentido de promover melhorias nas condições do solo, devido seu alto poder de ciclagem de nutrientes. O consorcio de milho com braquiaria promove uma massa de plantas forrageiras, a qual gera uma melhor estruturação do solo, protegendoo contra erosões e assoreamentos. Destaca-se também pela integração sem grandes dificuldades de implantação e altos custos, proporcionando maior cobertura permanente do solo, além da rotação de culturas na área, a qual é eficiente no controle de doenças. Conclusão Dentre todas as vantagens da consorciação de milho e braquiária destaca-se: Melhorias das propriedades físicas e químicas do solo; melhoria na qualidade de cobertura de solo para plantio direto; redução de doenças, insetos, pragas e plantas daninhas e também aumento da produtividade de plantas e animais. Além disso, a braquiária cria um sistema radicular forte promovendo uma camada adensada, assim, essa cobertura do solo de material orgânico deixada pelas suas raízes facilita a infiltração da água no perfil do solo e, por consequência, mantém o controle da erosão hídrica. Pode, eventualmente, ocorrer uma competição das plantas de braquiária com as culturas do milho, caso o cultivo não se der por técnicas apropriadas, o que pode acarretar na limitação de alguns nutrientes essenciais para boa produção e colheita das mesmas. Finalmente, esse consórcio traz grandes benefícios econômicos, ambientais e sociais decorrentes da sua utilização. *** Agradecimentos de Leiliane Maria de Faria Aos meus pais e familiares que acreditaram na realização do meu sonho, minhas filhas, meu esposo que tem dado total apoio desde o inicio do curso, e ao professor Rafael que foi um dos melhores mestres de ensino que pude conhecer. Agradecimentos de Ivan Luiz Tavares A minha família, em especial, meus pais pelo incentivo e apoio incondicional, e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. Referências 1. Admar J. Coletti; Edson Lazarini; Flávio C. Dalchiavon; Raul S. Pivetta; Fabricio Coletti. Produtividade de grãos e palhada no consórcio de milho com urochloa na safrinha, em função da adubação. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, n.17; p 2160. 2013. 2. Agnes, E. L.; Freitas, F. C. L. Integração agricultura pecuária em Minas Gerais. Viçosa-MG, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo. Php?Script=sci_nlinks&ref=000068&pid=S0100-8358200500010000700001&lng=en. Acesso em: 2 nov. 2017. 3. Amaral Filho JPR, Fornasieri Filho D, Farinelli R, Barbosa JC (2005). Espaçamento, densidade populacional e adubação nitrogenada na cultura do milho. Rev. Bras. Cienc Solo, 29:467-473.http://dx.doi.org/10.1590/S0100-06832005000300017. 4. Batista, K.; Duarte, A. P.; Ceccon, G. Consórcio de Milho Safrinha e Plantas Forrageiras (artigo). São Paulo: APTA/IAC - Secretaria de Agricultura e Abastecimento, 2009. 5. Batista, K.; Duarte, A. P.; Ceccon, G.; De Maria, I. C.; Cantarella, H. Acúmulo de matéria seca e de nutrientes em forrageiras consorciadas com milho safrinha em função da adubação nitrogenada. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 46, n. 10, p. 1154-1160, out. 2011. 6. Borghie, Crusciol CAC. Produtividade de milho, espaçamento e modalidade de consorciação com Brachiaria brizantha em sistema plantio direto. PesquiAgropecuBra, 2007, 42:163-171. http://dx.doi.org/10.1590/s0100-204x2007000200004. 7. Borghi, e.;crusciol, C. A. C. Produtividade de milho, espaçamento e modalidade de consorciação com Brachiaria brizantha no Sistema Plantio Direto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 42, n. 2, p. 163-171, fev. 2007. 8. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n. 364, de 4 de dezembro de 2009. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 233, 7 dez. 2009a. Seção 1, p. 4. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/diarios/1560114/pg-4- secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-07-12- 2009/pdfView>. Acesso em: 17 out. 2017. 9. Broch; Ceccon. Produção de milho safrinha com integração de lavoura pecuária. Dourados MS 2008. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/24 2418/1/6.htm. acesso em out/2017. 10. Bruce, D. L. e Barros, Ricardo. Manejo de Milho Safrinha em Consórcio com Forrageiras no Mato Grosso do Sul. 2012. Disponível em: http://www.fundacaoms.org.br/base/www/fundacaoms.or g. br/media/attachments/118/118/55ad4823b442ba758b8d Simp.TCC/Sem.IC.2017(12);321-329 327

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