Instituto Hermes Pardini S.A. Informações contábeis trimestrais em 30 de setembro de 2017 e relatório dos auditores independentes

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Transcrição:

Instituto Hermes Pardini S.A. Informações contábeis trimestrais em 30 de setembro de 2017 e relatório dos auditores independentes

Relatório sobre a revisão de informações trimestrais Aos Administradores e Acionistas Instituto Hermes Pardini S.A. Introdução Revisamos as informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, do Instituto Hermes Pardini S.A. ( Companhia ), contidas no Formulário de Informações Trimestrais - ITR referente ao trimestre findo em 30 de setembro de 2017, que compreendem o balanço patrimonial em 30 de setembro de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado e do resultado abrangente para os períodos de três e de nove meses findos nessa data e das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o período de nove meses findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas. A administração é responsável pela elaboração das informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 21 Demonstração Intermediária e com a norma internacional de contabilidade IAS 34 Interim Financial Reporting, emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB), assim como pela apresentação dessas informações de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR. Nossa responsabilidade é a de expressar uma conclusão sobre essas informações contábeis intermediárias com base em nossa revisão. Alcance da revisão Conduzimos nossa revisão de acordo com as normas brasileiras e internacionais de revisão de informações intermediárias (NBC TR 2410 Revisão de Informações Intermediárias Executada pelo Auditor da Entidade e ISRE 2410 Review of Interim Financial Information Performed by the Independent Auditor of the Entity, respectivamente). Uma revisão de informações intermediárias consiste na realização de indagações, principalmente às pessoas responsáveis pelos assuntos financeiros e contábeis e na aplicação de procedimentos analíticos e de outros procedimentos de revisão. O alcance de uma revisão é significativamente menor do que o de uma auditoria conduzida de acordo com as normas de auditoria e, consequentemente, não nos permitiu obter segurança de que tomamos conhecimento de todos os assuntos significativos que poderiam ser identificados em uma auditoria. Portanto, não expressamos uma opinião de auditoria. Conclusão sobre as informações intermediárias Com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que as informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas incluídas nas informações trimestrais acima referidas não foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com o CPC 21 e o IAS 34, aplicáveis à elaboração das Informações Trimestrais - ITR, e apresentadas de forma condizente com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. 2 PricewaterhouseCoopers, Rua dos Inconfidentes 911, 17º e 18º, Belo Horizonte, MG, Brasil 30140-128, Caixa Postal 289 T: (31) 3269-1500, F: (31) 3261-6950, www.pwc.com/br

Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado Revisamos, também, as demonstrações do valor adicionado (DVA) individuais e consolidadas referentes ao período de nove meses findo em 30 de setembro de 2017, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresentação nas informações intermediárias é requerida de acordo com as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários aplicáveis à elaboração de Informações Trimestrais ITR e considerada informação suplementar pelas IFRS, que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de revisão descritos anteriormente e, com base em nossa revisão, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que não foram elaboradas de maneira consistente, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às informações contábeis intermediárias individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Belo Horizonte, 13 de novembro de 2017 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 F MG Guilherme Campos e Silva Contador CRC 1SP218254/O-1 "S" MG 3

Release de Resultados 3T17 TELECONFERÊNCIA DE RESULTADOS (Em português com tradução simultânea para o inglês) Data: 14 de novembro de 2017 (3ª feira) Português: 10:00 Brasília Inglês: 07:00 Nova Iorque / 12:00 Londres Números de Conexão: Brasil: +55 11 2188 0155 EUA: +1 646 843 6054 Londres: +44 203 051 6929 Senha: Grupo Pardini Webcast: www.grupopardini.com.br/ri CÓDIGO DA AÇÃO: PARD3 Quantidade total de Ações: 130.978.595 Free float: 46.193.096 ações (35,3% do total) CONTATO: RELAÇÕES COM INVESTIDORES e-mail: ri@grupopardini.com.br site: www.grupopardini.com.br/ri Telefone: +55 (31) 3629-4503 1

Belo Horizonte, 13 de novembro de 2017 O Instituto Hermes Pardini S.A. ( IHP ), uma das maiores empresas de Medicina Diagnóstica do Brasil, divulga seus resultados operacionais e financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2017 (3T17) e acumulado de nove meses do ano (2017 9M). Exceto se indicado de outra forma, as informações deste documento estão expressas em moeda corrente nacional (em Reais). As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia são elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Lei das Sociedades por Ações e nas regulamentações da CVM. 1. Destaques Operacionais e Financeiros 1.1 Destaques Operacionais no 3T17: Em agosto, tivemos o Recorde Mensal de Exames Processados, chegando a 7,8 milhões de testes; Aquisição de 100% da Ecoar Medicina Diagnóstica Ltda, empresa especializada em exames de imagem e com atuação em Belo Horizonte/MG e região metropolitana. Possui três unidades e 29 anos de história; Aquisição de 100% do Laboratório de Análises Clínicas Humberto Abrão Ltda, empresa que é um centro de referência em exames de análises clínicas em Belo Horizonte/MG, com 40 anos de história e 5 (cinco) unidades de atendimento; Migração da área produtiva da Progenética para o Núcleo Técnico-Operacional (NTO) em Vespasiano/MG; Incluímos 05 Novos Testes no portfólio, como resultado do trabalho desenvolvido pela área de Pesquisa e Desenvolvimento; No Anuário Ranking Valor 1.000, ficamos entre as 10 maiores empresas do Brasil no segmento serviços médicos; No Prêmio Época Reclame Aqui, fomos classificados entre as três melhores empresas para o consumidor na categoria Saúde, Laboratório e Imagem; Inauguração da primeira clínica Pra Você em Belo Horizonte, novo modelo de negócios do Grupo Pardini focado na promoção da saúde e que vai oferecer aos clientes consultas médicas, tratamentos e exames; No Projeto Enterprise 2018, validamos os projetos técnicos e recebemos há poucos dias as propostas comerciais. Nosso objetivo é concluir as negociações comerciais e definir o rol de fornecedores até o final do ano. 1.2. Destaques financeiros no 3T17: Crescimento da Receita Bruta (+24,5%) e do EBITDA Ajustado (+38,7%); Manutenção de altos níveis de lucratividade: margem EBITDA Ajustada de 23,9% (+ 258bps) e margem bruta de 34,6% (+56 bps); Crescimento do Lucro Líquido (+ 15,4%); ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) sem ágio de 32,1%; Processo de Incorporação: aprovação em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da incorporação de um primeiro grupo de empresas. No início de dezembro, deverá ocorrer a AGE que deverá deliberar sobre a incorporação do segundo grupo de empresas. 1.3. Destaques 3T17 no segmento Lab-to-Lab: Evolução consistente no volume de exames (+16,0%); Crescimento na receita bruta por cliente (+6,3%) e volume de exames por cliente (+8,1%); Manutenção de alto nível de lucratividade: margem bruta de 39,5%; Estratégia comercial resultou no aumento na base de clientes: 5.175 clientes geraram receita ao longo do 3T17, crescimento de 352 clientes em relação ao mesmo período do ano anterior; Expertise no relacionamento e alto nível de serviço resultaram no crescimento da receita nos mesmos clientes (Same Lab Sales) de 12,4%; 2 de 87

1.4. Destaques 3T17 no segmento PSC: Crescimento no volume de exames (+12,0%) e receita bruta (+39,4%), mesmo com a manutenção do cenário econômico desafiador; Forte crescimento na margem bruta (+ 337 bps), refletindo a expansão do volume de exames e a alavancagem operacional deste segmento; Foco na otimização do uso dos ativos: receita bruta por m² cresceu 24,1%, beneficiado pelo mix do Laboratório Guanabara; NPS (Net Promoter Score) da marca Hermes Pardini encerrou o mês de setembro de 2017 em 74, apresentando estabilidade em relação aos meses anteriores; Evolução de +24,5% do Ticket Médio, refletindo a incorporação dos resultados Guanabara, focada em exames de imagem; Lançamento do Programa Institucional de Relacionamento Médico, que abrange comunicação, educação médica, programa de visitação e ações de marketing com a comunidade médica; Lançamento de loja virtual para venda de vacinas; Revitalização de 7 unidades nas praças de Minas Gerais, Goiânia e Rio de Janeiro. 3 de 87

2. Carta da Administração É com grande satisfação que apresentamos aos acionistas e ao mercado em geral os resultados do Instituto Hermes Pardini referentes ao terceiro trimestre de 2017 (3T17) e acumulados de nove meses do ano (2017 9M). No 3T17 observamos a continuidade de algumas tendências macroeconômicas que já tinham sido observadas no trimestre anterior, principalmente relacionadas à estabilização de indicadores relevantes que vinham apresentando forte tendência de deterioração. Há poucas semanas, o IBGE informou que o PIB brasileiro cresceu 0,3% no segundo trimestre. Adicionalmente, os números do CAGED sinalizam que no terceiro trimestre tivemos criação de 105,7 mil vagas de trabalho no modelo CLT, resultado parecido com o trimestre anterior. Mesmo assim, a taxa de desocupação permanece num patamar extremamente alto, encerrando o 3T17 ao redor de 12,4%, de acordo com o IBGE (pesquisa PNAD contínua), o que equivale a mais de 13,0 milhões de pessoas desocupadas. Mesmo nesse contexto macroeconômico ainda desafiador, no 3T17 conseguimos apresentar forte evolução nas métricas operacionais e financeiras de ambas as unidades de negócio. No segmento Lab-to-Lab, no 3T17 continuamos observando um forte ritmo de expansão, assim como já havia ocorrido nos períodos anteriores. No trimestre, executamos cerca de 17,4 milhões de exames, o que representa crescimento de 16,0% em relação ao 3T16. A receita bruta totalizou R$ 177,7 milhões no 3T17, evolução de 14,1% em relação ao mesmo período do exercício anterior. Esses fortes indicadores de crescimento são resultado de uma estratégia comercial direcionada a (i) expandir nossa carteira de clientes e (ii) expandir nosso share of wallet dentro da base atual. Com relação ao primeiro ponto, vale destacar que encerramos o trimestre com 5.175 clientes que geraram receita ao longo do período, espalhados por todo o país, o que representou uma expansão de 7,3% em relação ao mesmo período de 2016. Com relação ao segundo ponto, chamam a atenção a evolução da receita bruta média por cliente, que atingiu R$ 34,3 mil no 3T17 (+6,3% em relação ao 3T16) e o indicador Same Lab Sales, que apresentou crescimento de 12,4% frente ao terceiro trimestre de 2016. Já no segmento PSC, encerramos o trimestre com 5,6 milhões de exames realizados e receita bruta de R$ 143,5 milhões, evolução de 12,0% e 39,4% quando comparados ao 3T16, respectivamente. É importante ressaltar que ambos os indicadores de crescimento foram beneficiados pela incorporação do laboratório Guanabara (RJ), cujo controle foi adquirido no final de 2016. Quando avaliamos os resultados por regional, fica evidente que nossa operação de São Paulo (SP) continua sendo a que mais vem sentindo os efeitos do cenário macroeconômico desafiador. A retração na receita bruta, quando comparada ao mesmo período do ano anterior, reflete a queda no ticket médio e a redução na quantidade de vidas cobertas por operadoras de saúde. Como consequência, a margem operacional observada no trimestre ficou abaixo da média histórica, sobretudo por conta da alta alavancagem operacional da queda no volume de exames de imagem. Em Minas Gerais (MG), observamos no 3T17 evolução de 6,6% na receita bruta em comparação com o mesmo período de 2016, beneficiada por crescimento no volume de exames tanto de análises clínicas quanto de imagem. Entendemos que esse resultado já reflete a estratégia de reforçar os atributos da marca Hermes Pardini, por meio de melhorias no processo de atendimento e mudança de endereço de unidades relevantes. Enquanto nossos maiores concorrentes optaram por fechar lojas em 2017, decidimos manter nossas 64 lojas abertas. De forma similar, a força da marca Padrão foi fundamental para o crescimento da receita bruta em Goiás (GO) observado no 3T17 (+9,8% em relação ao 3T16). Mesmo tendo fechado algumas unidades no segundo semestre de 2016, pudemos observar evolução na volumetria de exames de análises clínicas e vacinas e consequente recuperação das margens operacionais. 4 de 87

No Rio de Janeiro (RJ), continuamos realizando melhorias em processos e em infraestrutura das unidades, com o objetivo de aprimorar o nível de serviço aos clientes e replicar os padrões adotados pela Companhia. Mesmo num cenário de alto nível de utilização dos ativos, no 3T17 a receita bruta foi um pouco superior à apresentada no 2T17 por conta de crescimento no volume de exames de imagem e análises clínicas. A expansão observada na volumetria de exames em ambas as unidades de negócio resultou na melhoria das respectivas margens operacionais: no segmento Lab-to-Lab a margem bruta foi de 39,5%, ante 39,4% no 3T16. No segmento PSC, a margem bruta foi de 28,1% no 3T17 (+337 bps em relação ao 3T16). Nos últimos trimestres, temos destacado que este segmento possui alto grau de alavancagem operacional, uma vez que parcela significativa dos custos pode ser classificada como fixo. Neste 3T17 pudemos verificar significativa melhoria na margem bruta de nossas operações de MG e GO, como resultado de um crescimento no volume de exames nestas regiões. Consequentemente, a margem bruta consolidada encerrou o 3T17 em 34,6%, expansão de 56 bps em relação ao mesmo período de 2016. O EBITDA Ajustado totalizou R$ 69,5 milhões no terceiro trimestre, representando evolução de 38,7% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA Ajustada foi de 23,9%, o que representa uma expansão de 258 bps em comparação com o 3T16. Outro ponto que merece destaque foi o lucro líquido, que fechou o terceiro trimestre em R$ 37,3 milhões, representando evolução de 15,4% quando comparado ao mesmo período do exercício anterior. A boa performance operacional e a geração de caixa observada no período permitiram leve queda na alavancagem financeira, medida pelo indicador dívida líquida / EBITDA LTM, que passou de 0,4x no 2T17 para 0,2x no 3T17. Para os próximos trimestres, nossa intenção é manter posição de dívida líquida, logicamente num grau saudável de alavancagem, com o objetivo de reduzir o custo ponderado de capital (WACC) e otimizar a estrutura de capital. Continuamos otimistas com as perspectivas operacionais e financeiras para o Instituto Hermes Pardini. No curto e médio prazo, a queda nas taxas de juros (SELIC) e a perspectiva de observar uma retomada econômica ainda que tímida nos próximos trimestres, fato este já apontado por diversos analistas de mercado, deveriam colaborar para a criação de novas vagas de emprego e, com isso, aumentar a quantidade de pessoas com acesso a planos de saúde. No longo prazo, o setor deve se beneficiar do envelhecimento da população brasileira, dado que existe uma forte correlação entre a quantidade de exames realizados, o ticket médio e a idade do paciente. No segmento Lab-to-Lab, também enxergamos oportunidades para buscar crescimento nos patamares de receita e expansão das margens de lucro. Primeiramente, a potencial retomada da atividade econômica pode trazer expansão no volume de exames para nossos clientes, o que deve naturalmente beneficiar a Companhia. Em segundo lugar, o nosso foco em pesquisa e desenvolvimento deverá permitir que a Companhia continue desenvolvendo novos testes para os clientes, ampliando o portfólio de exames. Finalmente, acreditamos que a tendência de terceirização de exames de análises clínicas deve continuar avançando ao longo dos próximos períodos, sobretudo para testes com maior grau de complexidade. Na unidade de negócios PSC, nossa estratégia é otimizar o uso dos ativos nas praças de Belo Horizonte e Goiânia, onde inauguramos uma quantidade significativa de lojas entre 2013 e 2015. O nível de alavancagem operacional deste segmento é maior, dado que uma parcela significativa dos custos pode ser classificada como fixo. Desta forma, a potencial retomada da economia nos próximos trimestres poderia ajudar esta unidade de negócios a manter as margens de lucro em patamares mais próximos das médias históricas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, nossa estratégia passa por buscar oportunidades de crescimento nos próximos trimestres. Esperamos abrir novas lojas em ambos os estados ao longo do último trimestre de 2017. 5 de 87

Por fim, continuaremos trabalhando para manter o Instituto Hermes Pardini entre as empresas mais rentáveis e sólidas do mercado, honrando nossos compromissos corporativos, com ética, responsabilidade e, acima de tudo, rigor técnico, reforçando sempre os pilares de nossa marca: medicina, saúde e bem-estar. Muito obrigado, Roberto Santoro Meirelles Diretor Presidente 6 de 87

3. Demonstração de Resultados do Exercício 3.1. Receita Bruta A receita bruta de prestação de serviços atingiu R$ 316,6 milhões no 3T17, um crescimento de 24,5% em relação ao 3T16. O aumento foi observado tanto no segmento Lab-to-Lab, cuja receita bruta aumentou 14,1% entre os períodos, quanto no segmento PSC, cuja receita bruta aumentou 39,4%, decorrente sobretudo da consolidação do Guanabara nos resultados da Companhia a partir de 23 de dezembro de 2016. No acumulado do ano, a receita bruta consolidada atingiu R$915,7 milhões, um aumento de 25,4% quando comparado com o mesmo período de 2016. R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lab-to-Lab 155,8 177,7 14,1% 431,0 502,9 16,7% PSC 102,9 143,5 39,4% 308,6 424,9 37,7% Eliminações -4,5-4,6 4,2% -9,5-12,0 27,2% Consolidado 254,3 316,6 24,5% 730,1 915,7 25,4% A representatividade do segmento PSC na composição da receita bruta aumentou no 3T17, passando de 39,8% no 3T16 para 44,7% neste trimestre, sobretudo como resultado da incorporação da receita do laboratório Guanabara, no Rio de Janeiro. As eliminações descritas na tabela acima referem-se principalmente a transações intercompany e são excluídas para fins do cálculo da receita bruta contábil. 7 de 87

Receita bruta do segmento Lab-to-Lab No segmento Lab-to-Lab, a receita bruta totalizou R$ 177,7 milhões no 3T17 ante R$ 155,8 milhões no mesmo período de 2016, representando aumento de 14,1%. O crescimento da Receita Bruta está diretamente relacionado à evolução na quantidade de exames no segmento Lab-to-Lab, que atingiu 17,4 milhões no trimestre (+16,0% quando comparado com o mesmo período de 2016). As maiores contribuições para aumento de receita aconteceram nos exames de (i) genética humana, (ii) bioquímica especializada e (iii) hormônios. O aumento no número de clientes geradores de receita no Lab-to-Lab, que chegou a 5.175 no 3T17 (+7,3% em relação ao 3T16), reflete a estratégia da Companhia em expandir a sua base de clientes tanto em rotas existentes quanto através da abertura de rotas comerciais estratégicas principalmente nas regiões Nordeste, Sul e Centro Oeste, sem a necessidade de investimentos relevantes em bases operacionais. O crescente volume de exames por cliente (+8,1% 8 de 87

no 3T17 em relação ao 3T16) é resultado da estratégia do IHP em introduzir novos exames nos portfolios de seus clientes e buscar uma maior participação no share of wallet dos exames terceirizados pelos mesmos. No 3T17 o ticket médio por exame atingiu R$ 10,20, representando uma redução de -1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido principalmente à entrada de novos clientes ao longo do ano e pela variação no mix de exames. Esta redução do ticket médio por exame foi mais do que compensada pelo aumento do volume de exames processados, fazendo com que a receita bruta por cliente aumentasse em 6,3% relação ao 3T16, passando de R$ 32,3 mil para R$ 34,3 mil por cliente por trimestre. Este aumento foi resultado também do ganho de share of wallet na base atual de clientes do IHP, bem como maior demanda por clientes de serviços com nível de complexidade mais elevado. Além disso, o aumento de preços aplicado para clientes do segmento Lab-to-Lab ao longo do 2T17 também contribuiu para o aumento da receita bruta por cliente no trimestre. Receita por cliente calculada como Receita Bruta no período / número de clientes que geraram receita no período. Volume de exames por cliente calculado como Volume de Exames no período / número de clientes que geraram receita no período 9 de 87

No conceito de Same Lab Sales, a receita bruta apresentou crescimento de 12,4% no 3T17 quando comparado com o 3T16. A análise do indicador de Same Lab Sales permite inferir que aproximadamente 85% do crescimento em receita bruta apresentado pelo segmento Lab-to-Lab resulta de clientes que já faziam parte da base de clientes ativos do IHP no ano anterior, ou seja, o aumento foi resultado de fatores como ganho de share of wallet, reajuste de preço e aumento da terceirização por clientes. Receita bruta do segmento PSC No segmento PSC, a receita bruta totalizou R$ 143,5 milhões no 3T17 ante R$ 102,9 milhões no mesmo período de 2016, representando aumento de 39,4%. Excluindo os efeitos do Guanabara, a receita bruta do segmento PSC apresentou aumento de 4,3% no 3T17 ante o mesmo período de 2016. As lojas de Minas Gerais, onde a Companhia atua através da marca Hermes Pardini, representaram cerca de 52,0% da receita bruta do segmento PSC no 3T17. O Rio de Janeiro, mercado no qual a Companhia atua majoritariamente através das 9 lojas com a marca Guanabara, representou cerca de 25,2% da receita no 3T17. Os outros mercados de atuação da Companhia no segmento PSC, Goiás (marca Padrão) e São Paulo (marca Hermes Pardini), representaram participações de 12,0% e 10,8% da receita bruta no 3T17, respectivamente. Os mercados de Minas Gerais e Goiás apresentaram aumento da receita bruta quando comparamos o 3T17 com o 3T16. No caso de Minas Gerais, tal evolução decorre principalmente do crescimento observado em exames de imagens. Em Goiás, o aumento na receita bruta decorreu da evolução nos exames de análises clínicas e em vacinas. Por outro lado, em São Paulo observamos redução na receita bruta, quando comparamos o 3T17 com o 3T16, por conta de queda observada no volume de exames de imagem. 10 de 87 Receita bruta incluindo coleta domiciliar e DAE (departamento de atendimento a empresas).

Excluindo Guanabara, o volume de exames no 3T17 se manteve praticamente constante em relação ao mesmo período de 2016, em aproximadamente 5,0 milhões. Incluindo o laboratório Guanabara, o volume de exames atingiu 5,6 milhões no 3T17, aumento de 12,0% em relação ao 3T16, refletindo o desempenho positivo da operação no Rio de Janeiro. Por sua vez, o ticket médio por exame atingiu R$ 25,9 no 3T17, ante R$ 20,8 no 3T16, um aumento de 24,5% em relação ao 3T16, principalmente como resultado da maior participação dos exames de imagem em Minas Gerais e da aquisição do laboratório Guanabara no Rio de Janeiro. No 3T17 os exames de imagem representaram cerca de 49% da receita bruta do segmento PSC. Mesmo excluindo os efeitos do Guanabara, o ticket médio apresentou aumento de 2,5% no 3T17 ante o 3T16, passando de R$ 20,8 por exame para R$ 21,3 por exame. 4T16 não inclui volume de exames realizados pelo Guanabara entre 23/12/16 e 31/12/16. No 3T17 a receita bruta por loja aumentou 35,5% em comparação com o 3T16, atingindo R$ 1.328,7 mil, considerando os efeitos do Guanabara a partir do 1T17. (*) Receita bruta no período / número de lojas geradoras de receita no período. 11 de 87

Ao final do 3T17 a Companhia possuía um total de 112 lojas, ante 108 no final do 3T16. Ressaltamos que apesar do número praticamente constante de lojas entre os dois períodos, durante 2016 a Companhia optou pelo encerramento das atividades de algumas lojas das marcas Hermes Pardini (MG e SP) e Padrão (GO) que não alcançaram os níveis de lucratividade projetados. Como resultado da integração das 9 lojas da marca Guanabara, a área total passou de 72,2 mil m² no 3T16 para 81,2 mil m² no 3T17. A área média por loja atingiu 725,3 m² no final do 3T17 ante 668,7 m² no mesmo período de 2016, aumento de 8,5% entre os períodos. Este movimento está em linha com a estratégia da Companhia de ter lojas maiores, com estrutura adequada para oferecer exames de análises clínicas e imagem. Lojas 3T16 3T17 Variação MG 66 64-3,0% GO 33 31-6,1% SP 7 6-14,3% RJ 2 11 450,0% M² (Mil) 3T16 3T17 Variação MG 50,4 50,2-0,4% GO 9,7 9,2-4,8% SP 11,6 11,4-1,4% RJ 0,5 10,4 1873,6% Total 108 112 3,7% Total 72,2 81,2 12,5% Número de lojas e área no final dos períodos, incluindo Progenética (RJ) e Diagnostika (SP). O segmento PSC também apresentou evolução quando analisamos o indicador de receita bruta por metro quadrado. No 3T17 a receita bruta foi de R$ 1,8 mil por m², ante R$ 1,5 mil no 3T16, representando aumento de 24,1% entre os períodos. O avanço considerável no 3T17 reflete principalmente o impacto da incorporação do Guanabara. Excluindo os efeitos do Guanabara, a receita por m² manteve-se praticamente estável entre os períodos, situando-se em R$ 1,5 mil por m². No conceito de Same Store Sales (SSS), a receita bruta apresentou crescimento de 4,9% no 3T17. A redução desse indicador em relação ao mesmo período do ano anterior se deve principalmente pela retração observada na receita bruta das unidades em São Paulo, diretamente relacionada à queda no volume de exames de imagem: 12 de 87

Conforme podemos observar, porém, houve uma melhora significativa no SSS do 2T17 para o 3T17, devido principalmente ao aumento de volume nas praças de MG e GO, sinalizando uma melhora gradual da economia nesses dois mercados. 3.2. Deduções da Receita Bruta O total das deduções e abatimentos representou 8,2% da receita bruta no 3T17, enquanto que em 3T16 este valor foi de 7,7%. No 3T17, os impostos representaram 6,2% da receita bruta, ante 6,1% no mesmo período ao ano anterior. As Provisões para Glosas totalizaram R$ 5,7 milhões no 3T17, ante R$ 3,7 milhões no 3T16, como resultado do aumento da receita bruta, situando-se em 1,8% da receita bruta no 3T17 e 1,5% em 3T16. Entendemos que este patamar de glosas está adequado para o perfil da Companhia. R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Provisão para glosas -3,7-5,7 53,0% -9,3-12,5 34,7% Vendas canceladas e outros abatimentos -0,4-0,7 62,7% -1,6-2,7 66,2% Impostos sobre serviços -15,4-19,7 28,1% -44,1-56,1 27,3% Deduções + Abatimentos (R$ MM) -19,5-26,1 33,6% -55,0-71,4 29,7% % Receita Bruta 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Provisão para glosas -1,5% -1,8% -33 bps -1,3% -1,4% -9 bps Vendas canceladas e outros abatimentos -0,2% -0,2% -5 bps -0,2% -0,3% -7 bps Impostos sobre serviços -6,1% -6,2% -18 bps -6,0% -6,1% -9 bps Deduções + Abatimentos / RB (%) -7,7% -8,2% -56 bps -7,5% -7,8% -26 bps 3.3. Receita Líquida Em função do crescimento da receita bruta nas unidades de negócios Lab-to-Lab e PSC, conforme descrito anteriormente, a receita líquida da Companhia totalizou R$ 290,5 milhões no 3T17, evolução de 23,7% em relação ao 3T16. No acumulado do ano houve aumento de 25,1% na receita líquida em relação ao mesmo período do ano anterior. 13 de 87

R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lab-to-Lab 145,2 163,6 12,7% 400,4 465,5 16,3% PSC 92,9 130,3 40,3% 282,6 389,8 37,9% Eliminações -3,3-3,4 3,6% -7,9-11,0 38,0% Consolidado 234,8 290,5 23,7% 675,1 844,4 25,1% No 3T17 o segmento PSC representou 44,3% da receita líquida total, evolução de 5,3 pontos percentuais em relação ao 3T16. Este aumento foi resultado principalmente da aquisição do laboratório Guanabara no Rio de Janeiro, em dezembro de 2016. 3.4. Custo dos Serviços Prestados Os custos dos serviços prestados totalizaram R$ 190,1 milhões no 3T17, evolução de 22,7% em relação ao 3T16 principalmente como resultado do aumento do volume de exames em ambos os segmentos de atuação e da consolidação dos custos do Guanabara. Apesar do aumento em valor absoluto, os custos dos serviços prestados apresentaram queda de 56 bps de percentual da receita líquida, representando 65,4% no 3T17 e 66,0% no 2T16. 14 de 87

R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lab-to-Lab 88,0 99,1 12,6% 249,2 285,6 14,6% PSC 69,9 93,6 34,0% 206,6 279,5 35,3% Eliminações -2,9-2,6-11,7% -6,8-8,5 25,5% Total 155,0 190,1 22,7% 449,0 556,5 23,9% Os custos no 3T17 foram compostos principalmente por materiais e gastos com pessoal. O gráfico abaixo apresenta os principais custos da Companhia no 3T17 e 3T16: 15 de 87

As principais variações nos custos dos serviços prestados entre o 3T17 e o 3T16 foram: Pessoal: incremento de 20,4% da receita líquida no 3T16 para 21,7% no 3T17 decorrente de contratação de pessoal para atender o crescimento no volume de exames. Além disso, o mix de receita do Guanabara, com maior participação de exames de imagem, também contribuiu para o aumento dos gastos com pessoal como percentual da receita líquida; Materiais: redução de 24,9% da receita líquida no 3T16 para 23,1% no 3T17 principalmente como resultado dos esforços nas negociações com fornecedores e do maior mix de imagem nos serviços prestados pela Companhia a partir do 1T17. O aumento de 15,1% no 3T17 em relação ao 3T16, em termos absolutos, ocorreu principalmente como resultado do aumento do volume total de exames no segmento Lab-to-Lab (+16,0%), assim como do efeito da variação de preços de certos materiais; Fretes e carretos: aumento de 17,5% em termos absolutos, como resultado da criação de novas rotas para atender clientes do segmento Lab-to-Lab e da expansão na quantidade de exames neste segmento. Em termos de percentual sobre a receita líquida, o custo com fretes e carretos diminuiu de 4,8% no 3T16 para 4,6% no 3T17, devido a negociações com fornecedores e melhor aproveitamento das rotas existentes. 3.5. Lucro Bruto O lucro bruto atingiu R$ 100,4 milhões no 3T17, ante R$ 79,8 milhões no 3T16, representando uma evolução de 25,8%. A margem bruta consolidada no 3T17 foi de 34,6%, cerca de 56 bps superior a margem bruta registrada no 3T16, influenciada por ganhos de margem em ambos segmentos. 16 de 87

R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lab-to-Lab 57,2 64,6 12,9% 151,2 179,9 19,0% PSC 23,0 36,6 59,4% 76,0 110,3 45,2% Eliminações -0,3-0,8 131,3% -1,1-2,4 113,2% Lucro Bruto 79,8 100,4 25,8% 226,1 287,9 27,3% Margem Bruta (%) 34,0% 34,6% +56 bps 33,5% 34,1% +60 bps No segmento Lab-to-Lab, a margem bruta apresentou aumento de 6 bps em relação ao mesmo período do ano anterior (39,4% no 3T16). O aumento de 82 bps em relação ao trimestre anterior (38,6% no 2T17), está diretamente associado ao reajuste de preço aplicado ao longo do 2T17 bem como à maturação de clientes que entraram na base do IHP nos últimos trimestres. Com relação a este ponto, vale ressaltar que usualmente os novos clientes iniciam o relacionamento enviando para o IHP exames com menor nível de complexidade e consequentemente tickets médios mais reduzidos. Após a maturação deste cliente na base ativa da Companhia, os mesmos passam a enviar exames com maior nível de complexidade e a oferecer novos exames, os quais passaram a fazer parte do seu portfolio ao estabelecerem relacionamento comercial com o IHP. Ressaltamos, porém, que a estratégia de aumentar a base de clientes ativos permanecerá ao longo dos próximos trimestres e tais novos clientes também deverão atravessar uma curva de maturação antes de atingirem o seu potencial máximo de resultado para a Companhia. No segmento PSC, a margem bruta foi de 28,1% no 3T17 (+337 bps em relação ao 3T16). Nos últimos trimestres, temos destacado que este segmento possui alto grau de alavancagem operacional, uma vez que parcela significativa dos custos pode ser classificada como fixo. Neste 3T17 pudemos verificar significativa melhoria na margem bruta de nossas operações de MG e GO, como resultado de um crescimento no volume de exames nestas regiões. Adicionalmente, a margem bruta consolidada do segmento também foi beneficiada pela incorporação dos resultados do Guanabara, que permanece com uma margem operacional muito alta como resultado do alto índice de ocupação dos equipamentos de imagem. 17 de 87

3.6. Despesas Operacionais (Vendas, Administrativas e Outras) As despesas operacionais totalizaram R$ 44,8 milhões no 3T17, aumento de 11,6% quando comparado com o 3T16. Em termos de percentual da receita líquida, houve uma redução de 168 bps, passando de 17,1% no 3T16 para 15,4% no 3T17: R$ MM 3T16 3T17 2016 9M 2017 9M R$ MM % RL R$ MM % RL R$ MM % RL R$ MM % RL Despesas com vendas 21,2 9,0% 19,9 6,8% 50,4 7,5% 56,1 6,6% Despesas gerais e administrativas 18,1 7,7% 22,7 7,8% 45,2 6,7% 69,8 8,3% Outras Rec. / Desp. Operacionais 0,9 0,4% 2,2 0,8% 4,8 0,7% 4,3 0,5% Total Despesas Operacionais 40,2 17,1% 44,8 15,4% 100,4 14,9% 130,2 15,4% Com relação às Despesas com Vendas, a redução observada entre o 3T16 e o 3T17 decorre, principalmente, dos fatores a seguir: Despesas com Publicidade e Propaganda: gastos de R$ 0,8 milhão adicionais no 3T16 para divulgação da migração da marca Digimagem para Hermes Pardini na praça de São Paulo, que não se repetiu neste trimestre; Despesa com Provisão para Devedores Duvidosos: no 3T16 houve reconhecimento de R$ 2,8 milhões para Provisão para Devedores Duvidosos que não ocorreu no 3T17. Como os efeitos não recorrentes observados no 3T16 não se repetiram no 3T17, observamos significativa diluição nas despesas de vendas no 3T17, que passaram a representar 6,8% da receita líquida no trimestre, ante 9,0% no 3T16. Os principais itens que levaram ao aumento de R$ 4,6 milhões nas despesas gerais e administrativas foram: Aumentos de despesas com Pessoal: + R$ 2,1 milhões, por conta de dissídios coletivos, contratação de pessoal para atender o crescimento da operação, pagamento de PLR e incremento do programa de PCD (Pessoas Com Deficiência) de forma a atender à legislação vigente; Incorporação dos números do Guanabara: + R$ 2,2 milhões devido às despesas gerais e administrativas referentes à operação do Guanabara (RJ), adquirido em dezembro de 2016. 18 de 87

3.7. Resultado Financeiro O resultado financeiro no 3T17 ficou negativo em R$ 2,2 milhões, ante positivo em R$ 7,9 milhões no 3T16. As principais variações ocorreram nas rubricas: Receita de aplicações financeiras: apesar do maior saldo em caixa no 3T17 (+ R$ 61,9MM em comparação com o fechamento do 3T16), a queda na taxa de juros observada nos últimos meses impactou diretamente a receita sobre aplicações financeiras; Despesa de Juros sobre empréstimos e financiamentos: passou de R$ 2,0 milhões no 3T16 para R$ 6,7 milhões no 3T17, refletindo o valor dos juros referentes à captação de recursos no montante de R$ 210,0 milhões feita pela empresa no 1T17 sob a modalidade de debentures simples, não conversíveis em ações. R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Resultado Financeiro Líquido 7,9-2,2-127,4% -0,9-15,4 1600,0% Receitas Financeiras 8,5 6,1-28,1% 23,1 19,5-15,8% Receita de aplicações financeiras 6,0 5,0-17,2% 16,2 15,5-4,2% Outros 2,5 1,1-54,3% 7,0 4,0-43,0% Despesas Financeiras -0,6-8,5 1382,1% -26,3-34,9 32,7% Juros sobre empréstimos e financiamentos -2,0-6,7 238,1% -6,6-19,2 192,2% Juros sobre parcelamentos -1,0-0,6-39,4% -3,2-2,4-25,3% Atualização dívida por opção de compra de investimento 4,3 0,0-100,0% -5,0-7,7 55,3% Outras despesas financeiras -1,9-1,2-34,4% -11,6-5,6-51,7% Variação Cambial -0,1 0,2-487,1% 2,3 0,0-99,4% Receita de Variação Cambial 0,1 0,3 128,2% 3,6 1,4-61,5% Despesas de Variação Cambial -0,2-0,1-69,4% -1,3-1,4 4,9% 3.8. IR e CSLL A taxa efetiva de IR e CSLL foi de 30,1% do LAIR no 3T17. A tabela abaixo traz a evolução da tributação sobre o lucro do exercício: R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) 47,5 53,4 12,3% 124,8 142,3 14,0% Tributação Esperada (alíquota padrão de 34%) -16,2-18,2 12,3% -42,4-48,4 14,0% Efeito sobre resultados de controladas tributadas pelo lucro presumido -0,2 2,0-1314,5% 1,0 4,8 397,8% Outras exclusões (adições), líquidas 1,1 0,1-91,4% 0,6 1,6 159,1% IR/CSLL -15,2-16,1 5,8% -40,9-42,0 2,8% % LAIR -32,0% -30,1% +187 bps -32,7% -29,5% +321 bps Corrente -12,5-12,4-1,4% -39,1-42,9 9,7% Diferido -2,7-3,7 39,5% -1,8 0,8-147,8% 19 de 87

A Companhia possui a perspectiva de passar a amortizar o ágio e a mais valia advindos de aquisições de empresas (cerca de R$ 187,0 milhões de ágio, conforme descrito na nota explicativa 10, e R$ 32,6 milhões de mais valia) a partir do primeiro trimestre de 2018, o que poderá reduzir a taxa efetiva de tributação. O quadro a seguir traz o cronograma tentativo de amortização do ágio: 2018 2019 2020 2021 2022 2023 Expectativa de amortização 19,4% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 0,6% 3.9. Lucro Líquido O lucro líquido atingiu R$ 37,3 milhões no 3T17, aumento de 15,4% na comparação com o 3T16, quando foi de R$ 32,3 milhões. A margem líquida foi de 12,8% no 3T17, ante 13,8% no mesmo período de 2016, refletindo o incremento das despesas financeiras, conforme explicado anteriormente. 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lucro Líquido (R$ MM) 32,3 37,3 15,4% 83,9 100,2 19,4% Margem Líquida (%) 13,8% 12,8% -93 bps 12,4% 11,9% -56 bps 3.10. Medições não contábeis EBITDA Ajustado e EBITDA O EBITDA Ajustado, excluindo efeitos não recorrentes sobre o resultado, atingiu R$ 69,5 milhões no 3T17, aumento de 38,7% em relação ao 3T16, quando o EBITDA Ajustado foi de R$ 50,1 milhões. No acumulado do ano, o EBITDA Ajustado atingiu R$ 201,7 milhões, ante R$ 156,1 milhões no mesmo período do ano anterior, um incremento de 29,2%. A margem EBITDA ajustada, por sua vez, teve um incremento de 258 bps no 3T17, atingindo 23,9% da receita líquida, ante 21,4% no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a margem EBITDA ajustada atingiu 23,9%, ante 23,1% no mesmo período do ano anterior. 20 de 87

R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lucro Líquido 32,3 37,3 15,4% 83,9 100,2 19,4% Resultado Financeiro -7,9 2,2-127,4% 0,9 15,4 1600,0% Depreciação e amortização 8,7 10,7 22,4% 26,2 31,7 21,0% IR/CSLL 15,2 16,1 5,8% 40,9 42,0 2,8% (+) Efeitos Não Recorrentes/Não Operacionais 1,8 3,3 85,6% 4,1 12,3 196,2% EBITDA Ajustado 50,1 69,5 38,7% 156,1 201,7 29,2% margem 21,4% 23,9% +258 bps 23,1% 23,9% +77 bps (+) Efeitos Não Recorrentes/Não Operacionais -1,8-3,3 85,6% -4,1-12,3 196,2% EBITDA 48,3 66,2 37,0% 151,9 189,4 24,7% margem 20,6% 22,8% +220 bps 22,5% 22,4% -7 bps Os efeitos não operacionais e não recorrentes no 3T17 totalizaram cerca de R$ 3,3 milhões, com destaque para: Gastos relacionados ao processo de abertura de capital (IPO) no valor de aproximadamente R$ 0,5 milhão, referente a aditivos contratuais e impostos federais e municipais pagos por honorários advocatícios estrangeiros; Gastos com o processo de Incorporação de Empresas no valor de aproximadamente R$ 0,4 milhão; Baixa de bens por alienação ou obsolescência no valor de R$ 0,8 milhão, referente a entrega de unidades encerradas no exercício de 2016 e que teve sua baixa efetivada somente no 3T17, incluindo-se, também, as benfeitorias realizadas nos imóveis de terceiros; Os demais gastos não operacionais e não recorrentes totalizam R$ 1,6 milhão e são compostos por diversas linhas com valores reduzidos, incluindo gastos com P&D, gastos com assessores financeiros em operações de M&A e baixas de ativos entre outros. 21 de 87

4. Balanço Patrimonial e Fluxo de Caixa 4.1. Contas a receber O saldo de recebíveis da Companhia cresceu 22,5% em relação ao 3T16, sobretudo como resultado do aumento da receita líquida no período. Observamos ligeira redução do Prazo Médio de Recebimento de Clientes, que passou de 75,6 dias no 3T16 para 74,9 dias no 3T17. Tal variação pode ser explicada, dentre outros motivos, por (i) maior participação do segmento PSC na composição da receita bruta, que possui prazo médio de recebimento inferior por conta da dinâmica do negócio, e (ii) por mudanças na política comercial para redução do prazo de faturamento no segmento Lab-to-Lab. Entendemos que a carteira de recebíveis da Companhia encontra-se num patamar extremamente saudável, dado que existe baixo nível de concentração e já constituímos provisão para a totalidade da carteira de recebíveis vencidos há mais de 120 dias. R$ MM 1T16 2T16 3T16 4T16 1T17 2T17 3T17 Recebíveis 202,5 201,1 204,5 211,6 229,6 243,4 252,1 Valores a vencer 175,4 171,8 175,9 177,3 203,3 209,9 213,0 De 1 a 60 dias 13,9 16,4 18,0 21,2 13,4 16,0 26,9 De 61 a 120 dias 3,0 5,5 3,4 2,6 2,6 2,5 1,7 Acima de 120 dias 8,0 3,9 5,4 7,4 8,9 10,5 6,1 Outros valores a vencer 2,2 3,5 1,7 3,2 1,4 4,5 4,3 Provisão para Glosas e PCLD -13,5-10,4-7,2-13,7-11,5-16,0-10,4 Total 189,0 190,8 197,3 197,9 218,1 227,4 241,7 Saldos a vencer / Recebíveis 86,6% 85,4% 86,0% 83,8% 88,5% 86,2% 84,5% Saldos vencidos até 120 dias / Recebíveis 8,4% 10,9% 10,5% 11,2% 7,0% 7,6% 11,4% Provisão / Saldo vencido acima de 121 dias 168,8% 263,7% 131,8% 186,5% 128,9% 153,2% 170,4% Receita Líquida 210,3 230,0 234,8 224,3 267,4 286,4 290,5 Prazo médio de Recebimento 80,9 74,7 75,6 79,4 73,4 71,4 74,9 4.2 CAPEX Os investimentos correspondentes a adições ao imobilizado e intangível totalizaram R$ 9,2 milhões no 3T17, mesmo patamar do 3T16. No acumulado do ano, o valor do CAPEX é de R$ 24,7 milhões, ante R$ 18,3 milhões no mesmo período do ano anterior. Os principais investimentos realizados no 3T17 estão relacionados à (i) benfeitorias em unidades existentes e (ii) projeto de expansão de novas unidades. Seguem abaixo maiores detalhes: Benfeitorias em lojas já existentes nas praças de Belo Horizonte, São Paulo e Goiânia, no valor aproximado de R$ 4,0 milhões; 22 de 87 R$ MM 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Adições do Imobilizado 7,6 7,4-2,2% 13,2 18,7 41,1% Intangível 1,6 1,8 10,8% 5,0 6,0 19,1% Total CAPEX 9,2 9,2 0,1% 18,3 24,7 35,0%

Reforma de unidades do Guanabara no Rio de Janeiro, totalizando R$ 2,4 milhões no 3T17, em linha com nossa estratégia de aumentar a relevância de Análises Clínicas no mix de receitas do RJ e melhorar o nível de serviço oferecido aos clientes; Gastos relacionados à abertura de novas unidades, especialmente em São Paulo, cujo investimento no 3T17 foi de R$ 1,1 milhão e tem a inauguração prevista para o quarto trimestre de 2017; Sistemas e Tecnologia: investimento de aproximadamente R$ 0,7 milhão na revitalização da infraestrutura de TI da companhia e cerca de R$ 1,0 milhão na renovação de licenças de softwares já existentes. 4.3 Endividamento No encerramento do 3T17, a Companhia apresentou dívida líquida de R$ 51,5 milhões, o que entendemos ser um grau de alavancagem extremamente saudável (Dívida Líquida / EBITDA LTM de 0,2x). Para os próximos trimestres, a intenção da Companhia é manter posição de dívida líquida, logicamente num grau saudável de alavancagem, com o objetivo de reduzir o custo ponderado de capital e otimizar a estrutura de capital. R$ MM 3T16 3T17 Variação Dívida Bruta (Empréstimos e Financiamentos) 93,1 276,0 196,3% Caixa, Equivalentes de Caixa 182,8 224,5 22,8% Dívida Líquida -89,7 51,5-157,4% Dívida Líquida / EBITDA LTM -0,5x 0,2x -148,4% EBITDA LTM / Resultado Financeiro LTM -33,5-23,3-30,3% 23 de 87

A operação de debenture realizada em março de 2017 (R$ 210 milhões de valor de principal) representava 75,8% da dívida bruta total da Companhia no encerramento do 3T17. Atualmente, 81,8% da dívida bruta total encontra-se indexada à taxa CDI, o que vem permitindo que a Companhia reduza o custo financeiro a medida em que a taxa básica de juros da economia (SELIC) vem sendo reduzida nos últimos meses pelo Comitê de Política Monetária (COPOM). O gráfico abaixo mostra o cronograma de amortização dos saldos de empréstimos e financiamentos no encerramento do 3T17: 24 de 87

4.4 Fluxo de Caixa O fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais atingiu R$ 40,8 milhões no 3T17, ante R$ 40,7 milhões no 3T16. No acumulado do ano, o valor em 2017 foi de R$ 98,3 milhões, ante R$ 59,1 milhões no mesmo período de 2016, representando um aumento de 66,3%. R$ Mil 3T16 3T17 Variação 2016 9M 2017 9M Variação Lucro líquido do exercício 32.335 37.319 15,4% 83.938 100.250 19,4% Ajustes para conciliar o resultado do caixa e equivalente de caixa gerados pelas atividades operacionais: Despesa de imposto de renda e contribuição social reconhecida no resultado do exercício 15.202 16.078 5,8% 40.863 42.019 2,8% Constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa e glosas 3.741 552-85,2% 6.503 3.252-50,0% Depreciações e amortizações 8.704 10.651 22,4% 26.207 31.700 21,0% Valor residual de ativos imobilizado e intangível baixados 1.118 749-33,0% 5.868 1.924-67,2% Despesas de juros de empréstimos, financiamentos e parcelamentos 2.959 7.328 147,6% 9.776 21.628 121,2% Constituição de provisão para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis 7 1.303 18514,3% 659 2.822 328,2% Atualização de passivos por compra de investimentos -4.271 0-100,0% 4.961 7.703 55,3% Descontos em refinanciamento de parcelamento 0-190 n.m 0-190 n.m 59.795 73.790 23,4% 178.775 211.108 18,1% Variação nos ativos e passivos operacionais: Contas a receber de clientes -10.294-14.882 44,6% -83.297-47.072-43,5% Estoques 2.737-2.580-194,3% -1.033-3.377 226,9% Impostos a recuperar -1.179-2.380 101,9% 1.820-3.302-281,4% Outros ativos (circulante e não circulante) 599 4.180 597,8% -2.468 10.845-539,4% Depósitos judiciais 1.558-237 -115,2% 2.061-906 -144,0% Fornecedores -5.214 3.109-159,6% 5.576 1.497-73,2% Obrigações fiscais, sociais, salários e parcelamentos 8.809 2.242-74,6% -6.154-12.281 99,6% Outros passivos (circulante e não circulante) 3.653-2.720-174,5% 5.187-3.202-161,7% Caixa gerado pelas atividades operacionais 60.464 60.522 0,1% 100.467 153.310 52,6% Outros fluxos de caixa das atividades operacionais: Pagamento de juros sobre empréstimos e financiamentos -8.021-13.778 71,8% -16.043-22.634 41,1% Pagamento de riscos fiscais, trabalhistas e cíveis -611-814 33,2% -2.082-2.280 9,5% Imposto de renda e contribuição social pagos durante o exercício -11.142-5.113-54,1% -23.244-30.087 29,4% Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 40.690 40.817 0,3% 59.098 98.309 66,3% Fluxo de caixa das atividades de investimento: Aquisição de investimento, ágio e mais valia 0 0 n.m 0-21.572 n.m Aquisição de imobilizado e intangível -9.185-9.190 0,1% -18.272-24.675 35,0% Créditos com empresas ligadas 51 0-100,0% 163 0-100,0% Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento -9.134-9.190 0,6% -18.109-46.247 155,4% Fluxo de caixa das atividades de financiamento: Aumento de Capital 0 0 n.m 0 187.272 n.m Gastos com emissão de ações 0 0 n.m 0-8.913 n.m Empréstimos e financiamentos: - Captações 233 2.106 804,0% 233 210.297 90156,2% - Amortizações -10.633-11.639 9,5% -24.059-110.788 360,5% Parcelamentos: - Amortizações -1.908-1.209-36,6% -6.155-3.776-38,7% Dividendos -16.860 0-100,0% -16.860-225.885 1239,8% Transações com não controladores 0-11 n.m 0-129 n.m Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades de financiamentos -29.168-10.753-63,1% -46.841 48.078-202,6% Aumento em caixa e equivalentes de caixa 2.388 20.874 774,1% -5.852 100.140-1811,2% Variação no caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 180.461 203.668 12,9% 188.701 124.402-34,1% Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 182.849 224.542 22,8% 182.849 224.542 22,8% Aumento em caixa e equivalentes de caixa 2.388 20.874 774,1% -5.852 100.140-1811,2% 25 de 87

5. ROIC Retorno sobre o Capital Investido O ROIC excluindo ágio foi de 32,1% no 3T17: Consolidado (R$ MM) 2016 1T17 2T17 3T17 EBIT LTM 151,8 164,3 167,9 183,8 NOPAT (EBIT LTM - 34%) 100,2 108,4 110,8 121,3 Capital Investido Médio 320,6 350,6 365,6 378,6 ROIC sem ágio 31,3% 30,9% 30,3% 32,1% ROIC com ágio 20,1% 20,6% 19,3% 19,6% 26 de 87

Balanço patrimonial Em milhares de reais Controladora Consolidado Controladora Consolidado Nota 30/09/2017 31/12/2016 30/09/2017 31/12/2016 Nota 30/09/2017 31/12/2016 30/09/2017 31/12/2016 Ativos (ajustado) (ajustado) Passivos e patrimônio líquido (ajustado) (ajustado) Ativos circulantes Passivos circulantes Caixa e equivalentes de caixa 3 200.216 113.598 224.542 124.402 Fornecedores 11 85.100 82.887 99.012 97.515 Contas a receber de clientes 4 185.254 150.957 241.707 197.887 Obrigações fiscais, sociais e trabalhistas 12 58.185 48.285 67.256 67.461 Estoques 5 20.404 17.491 23.683 20.306 Empréstimos e financiamentos 13 32.748 89.142 36.654 106.631 Impostos a recuperar 6 4.276 1.583 13.570 10.268 Parcelamentos tributários 14 4.316 5.035 6.570 10.148 Dividendos a receber 25 7.081 7.081 Dividendos mínimos obrigatórios 91.817 92.464 Outros ativos circulantes 7 23.491 22.492 15.385 31.065 Outros passivos circulantes 18 1.656 1.404 3.113 3.527 Total dos ativos circulantes 440.722 313.202 518.887 383.928 Total dos passivos circulantes 182.005 318.570 212.605 377.746 Passivos não circulantes Ativos não circulantes Empréstimos e financiamentos 13 232.112 55.923 239.372 76.906 Realizável a longo prazo: Parcelamentos tributários 14 26.791 28.973 38.075 38.266 Depósitos judiciais 15 2.158 1.381 4.866 3.960 Provisão para riscos 15 7.162 7.729 31.515 30.973 Imposto de renda e contribuição social diferidos 16 32.706 38.116 45.983 46.595 Imposto de renda e contribuição social diferidos 16 9.072 9.894 Mútuos com partes relacionadas 25 36.156 41.107 Obrigações por compra de investimentos 17 13.869 13.869 Outros ativos não circulantes 7 66.784 74.761 66.784 74.762 Outros passivos não circulantes 18 62.456 64.597 62.456 64.597 Total do realizável a longo prazo 137.804 155.365 117.633 125.317 Total dos passivos não circulantes 328.521 171.091 380.490 234.505 Total dos passivos 510.526 489.661 593.095 612.251 Investimentos 8 305.931 251.419 553 546 Imobilizado 9 137.312 146.906 215.338 226.059 Intangível 10 32.254 28.748 285.409 283.637 Patrimônio líquido 19 Total dos ativos não circulantes 613.301 582.438 618.933 635.559 Capital social 336.074 148.802 336.074 148.802 Gastos com emissão de ações (8.913) (8.913) Reservas de capital 51.090 51.090 51.090 51.090 Ajustes de avaliação patrimonial (23.079) (15.379) (23.079) (15.379) Reservas de lucros 87.398 221.466 87.398 221.466 Lucros acumulados 100.927 100.927 Patrimônio líquido dos acionistas da controladora 543.497 405.979 543.497 405.979 Participação dos acionistas não controladores 1.228 1.257 Total do patrimônio líquido 543.497 405.979 544.725 407.236 Total dos ativos 1.054.023 895.640 1.137.820 1.019.487 Total dos passivos e patrimônio líquido 1.054.023 895.640 1.137.820 1.019.487 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis. 27 de 87