TERCEIRA AULA DE CONSTRUÇÕES RURAIS

Documentos relacionados
ASPECTOS SOBRE A PRODUÇÃO DA ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

Aprovado por: Leonardo Neri Data: 04/12/2017 SUMÁRIO

MEMORIAL DESCRITIVO DA 2ª ETAPA DA CONSTRUÇÃO DO BLOCO DE DIREITO

Execução de Fôrma. Aprovado por: Leonardo Neri Data: 13/07/2016 SUMÁRIO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA PREGÃO PRESENCIAL PROCESSO Nº 011/2018 RECOMPOSIÇÃO DE MURO PERIMETRAL E ESTRADA DE SEGURANÇA

Construção de casas populares no Município de Primavera-Pa

Tecnologia da Construção I ARMADURAS. Conceitos. Função da Armadura 03/04/2017. Docente: Thalita Lima

Alvenaria de Vedação. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria

Manual de Instalação da FachaForte

ROTEIROS DOS TRABALHOS

PROTEÇÃO DE PILAR

DCC - RESPONDENDO AS DÚVIDAS 15. CALÇADAS

PLANILHA AUXILIAR B DADOS DO IMÓVEL: PROJETO 02. ÁREA TOTAL TERRENO: 336,00m²

PLANILHA AUXILIAR C DADOS DO IMÓVEL: PROJETO 03. ÁREA TOTAL TERRENO: 325,00m²

Estrutura Concreto Armado. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria

TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 1

Manual de Recomendações para Laje Convencional - LC Amigo construtor:

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II CONCRETO PREPARO, TRANSPORTE, LANÇAMENTO ADENSAMENTO E CURA. Professor: Yuri Cardoso Mendes

Orçamento: RESIDENCIA - ANDRE CONGONHAS

MEMORIAL DESCRITIVO CASA DE MADEIRA

FQ-PD-05 Criado: 11/08/2016 Atualizado em: 29/08/2017 FICHA TÉCNICA Rev.: PRODUTO. Multi Porcelanato Interno 2. DESCRIÇÃO

1.0 - SERVIÇOS PRELIMINARES

UNeB Relatório de Material e Mão-de-obra

UNeB Relatório de Material e Mão-de-obra

FQ-PD-05 Criado: 11/08/2016 Atualizado em: 29/01/2018 Rev.: 02 FICHA TÉCNICA 1. PRODUTO. Revestliso Massa Niveladora 2. DESCRIÇÃO

Memorial Descritivo Escola Municipal Professor Ismael Silva

FQ-PD-05 FICHA TÉCNICA. Rev.: 02 Pág.: 1/5. Criado: 11/08/2016. Atualizado: 03/04/ PRODUTO: REVEST LISO Camada Fina.

Estrutura Concreto Armado. Tecnologia das Construções Profª Bárbara Silvéria

FQ-PD-05 Criado: 11/08/2016 Atualizado em: 29/01/2018 FICHA TÉCNICA Rev.: PRODUTO. Cerâmicas Internas ACI 2. DESCRIÇÃO

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Rio de Janeiro - Campus Pinheiral Planilha Orçamentária - Projeto Padrão

USP UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO IEE INSTITUTO DE ELETROTÉCNICA E ENERGIA LABORATÓRIO MODELO E SEDE DO CENDAT REVISÃO 00 06/09/2013

SUPORTE DE BANDEJA

Serviço Autônomo de Água e Esgoto - SAAE

Prof. Heni Mirna Cruz Santos

08/11/2016. Curitiba, 2º Sementre 2016 EAP INICIAL MAPA MENTAL

MEMORIAL DESCRITIVO. OBRA: Reforço da ponte da Santa Rita. ENDEREÇO: Rua Inácio Dutra, s/n - Bairro Santa Rita VALOR TOTAL: R$ 96.

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. website:

Estrutura Concreto Armado. Engª Civil Bárbara Silvéria

Técnicas e práticas construtivas para edificação

Amarração de alvenaria em pilar

FQ-PD-05 FICHA TÉCNICA. Rev.: 02 Pág.: 1/5. Criado: 11/08/2016. Atualizado: 05/06/ PRODUTO: Multi Porcelanato Interno

REVESTIMENTOS DIVERSOS

Ministério da Educação Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE Coordenação Geral de Infraestrutural Educacional CGEST

VERGA, CONTRAVERGA, FIXAÇÃO DE ALVENARIA DE VEDAÇÃO E CINTA DE AMARRAÇÃO DE ALVENARIA

Instruções de Montagem das Fôrmas Atex INSTRUÇÕES PARA MONTAGEM E UTILIZAÇÃO DAS FÔRMAS ATEX

QUANTITATIVOS, ORÇAMENTO ESTIMATIVO

LIBERA ALVENARIA

CONSUMO DE MATERIAIS Exercício IV

MEMORIAL QUANTITATIVO

Manual de Instalação da FachaForte

Faculdade Sudoeste Paulista Curso de Engenharia Civil Técnicas da Construção Civil

MANTA SOUND SOFT ONDULADA

REVESTIMENTOS DE PAREDE

TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES AULA 03 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Diretrizes de Projeto de Revestimento de Fachadas com Argamassa

Limpeza do terreno m 2 Área de ocupação, mais 3m em toda a periferia ou o total. Locação da obra m 2 Área do primeiro pavimento da obra.

Curso: Superior de Tecnologia em Controle de Obras - Disciplina: Concreto e Argamassa - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: 2841.

Áreas externas; Porcelanatos e pedras naturais; Pastilhas de vidro, de porcelana ou outros materiais;

TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES. Prof. Lucas HP Silva

CONSTRUÇÃO CIVIL II ENG 2333 (2016/1)

Construção de um "silo secador

Curso: Técnico em Edificações Integrado - Disciplina: Materiais de Construção II - Professor: Marcos Valin Jr Aluno: - Turma: Data:

07/05/2017. Cuiabá/MT Maio

ALVENARIA ESTRUTURAL EM BLOCOS CERÂMICOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO SANTA CATARINA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

FQ-PD-05 Criado: 11/08/2016 Atualizado em: 29/01/2018 FICHA TÉCNICA Rev.: PRODUTO. Piso sobre Piso Externo 2. DESCRIÇÃO

MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

INFRAESTRUTURA 22/08/2018. Direitos reservados à UFPR Departamento de Construção Civil Grupo de Construção Civil

FQ-PD-05 FICHA TÉCNICA. Rev.: 02 Pág.: 1/5. Criado: 11/08/2016. Atualizado: 03/07/ PRODUTO: Piso sobre Piso Externo

FQ-PD-05 Criado: 11/08/2016 Atualizado em: 29/01/2018 FICHA TÉCNICA Rev.: PRODUTO. Arga Externa Aditivada ACII 2. DESCRIÇÃO

PRIS - PLANO E REGISTRO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS

CASAS COM PAREDES DE CONCRETO

Telhas ArcelorMittal

ÁREAS Impermeabilização em lajes resina acrílica. Lajes pequenas dimensões - Sem circulação.

Soluções para Autoconstrução Praticidade, economia e agilidade na sua obra

3. Estruturas pré fabricadas de concreto armado: fabricação e montagem

Intermediação de Negócios


PROJETO-AVICULTURA COLONIAL AVIÁRIO PARA 500 AVES DE CORTE

Alta produtividade Engenharia de projetos Qualidade assegurada Certificado de garantia Sigilo industrial Confiabilidade.

Tecnologia das Construções I. Fôrmas para estruturas de Concreto Armado:

ESTRUTURAS ESPECIAIS. Dimensionamento de Escadas

MEMORIAL DESCRITIVO E ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Soluções para Alvenaria

INFRAESTRUTURA DE PONTES FUNDAÇÕES PROFUNDAS

ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVO SÃO JOAQUIM

MANUAL DA CONCRETAGEM

TÓPICOS ESPECIAIS ECIVIL I ALVENARIA ESTRUTURAL PAREDES. Estruturas Mistas - Profas Maria Regina Leggerini / Sílvia Baptista Kalil

DESENHO E ARQUITETURA DESENHO ARQUITETÔNICO

Piscinas e reservatórios enterrados Argamassa

índice Fases básicas da obra 3 Importância da estrutura .4 Mapa estrutural 5 Alvenaria 7 Cobertura 8 Acabamento 9 Como escolher o cimento

MEMORIAL DESCRITIVO CONSTRUTIVO

ROTEIROS DOS TRABALHOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTOS NS035 POÇOS DE VISITA TIPOS 1A,1B e 1C Revisão: 03 Mai/10 SUMÁRIO

Piscinas e reservatórios elevados Argamassa

FQ-PD-05 FICHA TÉCNICA. Rev.: 02 Pág.: 1/5. Criado: 11/08/2016. Atualizado: 03/04/ PRODUTO: Arga Cozinhas e Banheiros

que sua obra Cartilha Explicativa A evolução precisa

LAJES PRÉ-MOLDADAS. GRADUAÇÃO Florestal AULA. Prof. Adriano Wagner Ballarin Prof. Marco Antonio Martin Biaggioni. Construções Rurais

MEMORIAL DESCRITIVO. Os serviços de topografia ficarão a encargo da empresa licitante.

Transcrição:

TERCEIRA AULA DE CONSTRUÇÕES RURAIS

CONCRETO ARMADO Os cuidados observados na escolha dos materiais para a confecção do concreto simples, devem ser mais rigorosos quando se trata do concreto armado. O cimento deve ser novo, cimento pedrado não deve ser usado em hipótese alguma. De acordo com a quantidade de água, o concreto pode ser fluido, empregado somente em peças leves e de muita armação; seco, usado em obras em contato com a água e plástico, que é o tipo mais usual e de aplicação geral.

Fases dos trabalhos em concreto armado Execução das formas Armação dos ferros Concretagem Formas De modo geral são feitas de madeira sendo o pinho de terceira qualidade o mais empregado por ser ainda econômico e impróprio para usos de carpintaria e marcenaria. O pinho é utilizado sob a forma de tábuas, de 1 X 12, 1 X 9, 1 X 6 e de pontaletes de 3 X 3 e 3 X 4. O comprimento das peças varia de 4,00 a 4,90m.

Formas de pilares: são feitas com quatro tábuas, colocando-se de 0,80 m em 0,80 m uma cinta de sarrafos para evitar que sejam vergadas durante a concretagem. Nos pés dos pilares, quando necessário, são deixadas pequenas aberturas para permitir a ligação dos ferros de um pavimento para o outro. Formas para laje: é constituída por um assoalho de tábuas de 1 apoiada sob uma armação de madeira firmada por peças horizontais que por sua vez se apóiam em peças verticais de 3 X 3.

Quando o piso é de terra, estes pontaletes de 3 X 3 são colocados em cima de outros horizontais. Os pontaletes são travados por meio de cunhas, a fim de forçá-los para cima permitindo um bom nivelamento do assoalho. As tábuas do assoalho devem estar bem juntas umas das outras. Folgas maiores que 5 cm, caso apareçam, devem ser fechadas com raspas de madeira.

Armação de ferro: Os ferros devem ser adquiridos com certa antecedência para evitar atrasos, devendo os pedidos ser feitos com um acréscimo de 5 a 10% por causa das perdas. Normalmente são vendidos a quilo, em fixes de barras de 12 metros. Os de menor diâmetro (3 /16 e 1 /4 ) costumam ser fornecidos em rolos de 100 quilos. Os serviços com a ferro compreendem duas fases: corte e preparo e armação das formas. O corte é executado em banca de madeira com alicate de corte, de acordo com a planta ou relação do material.

A armação é feita diretamente sobre as próprias formas quando se trata de vigas e lajes; para os pilares ela é executada previamente. A armação das barras de ferro é feita com arame recozido nº18 que é maleável e fácil de ser trabalhado.

ARMADURAS: Consumo de 80kg/m³ de concreto, em média. O comprimento normal das barras é da ordem de 11 a 12m. Às vezes as barras vem no caminhão e para caberem na carroçaria são dobradas, por isso precisam ser retificadas e alinhadas. Geralmente os armadores recebem por kg de aço dobrado na obra.

SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS: - Retificação ou alinhamento; - Corte: feito de acordo com as plantas do projeto estrutural com auxílio de serra manual, tesoura ou máquina de corte; - Dobra: feita com auxílio de pinos fixados em bancada de madeira ou maquinário próprio; - Emendas: por trespasse, por solda ou por luvas; - Montagem: colocar a armadura na forma de madeira de modo a permanecer na posição inicial durante a concretagem e permitir o comprimento mínimo prescrito e necessário.

CONCRETAGEM Ao iniciar a operação de concretagem com a mistura preparada na ocasião, as formas e moldes são bem molhadas com uma antecedência mínima de uma hora. Deve-se ter o cuidado de que o concreto encha integralmente a forma a fim de evitar falhas e buracos que constituem grave perigo, enfra-quecendo nestes lugares as peças. À medida que vão sendo colocadas as camadas de concreto, elas são socadas ou vibradas de modo contínuo e ao mesmo tempo bate-se nas tábuas das formas para uma ligação mais estreita entre a ferragem e o concreto.

As peças de concreto armado devem ser executadas de uma só vez. Se houver necessidade de interrupção da concretagem, ao ser recomeçado o serviço, a parte que virá receber novo concreto deve ser raspada e recortada com uma argamassa rica em cimento e areia. Durante os três primeiros dias após a concretagem de uma laje, recomenda-se o cuidado de serem cobertas e molhadas diariamente, pois a cura do cimento em ambiente úmido dará maior resistência ao concreto, evitando-se o aparecimento de rachaduras.

CONCRETAGEM: SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS: - Fechamento das brocas (janelas) da base das formas dos pilares após limpeza total; - Vedação das juntas das formas; - Umedecimento das formas com jato de mangueira; - Preparação dos caminhos sobre a laje para o transporte do concreto por carrinho (cuidado para o deslocamento das armaduras e proteção das tubulações e acessórios embutidos);

- Colocação das "mestras" ou "galgas" de controle da espessura das lajes; - Lançamento do concreto com adensamento e "desempeno". Esse lançamento pode ser: Pilares+vigas+lajes, tudo de uma só vez ou pilares+(vigas+lajes) ou pilares+vigas+lajes, seqüencialmente;

ATENÇÃO PARA: * Aberturas nas lajes (alçapões, passagens de tubos e acessórios previstos); * Peças para elevadores; * Cobrimento da barras de aço; * Gabaritos para os pilares que seguem; * Recolhimento dos corpos-de-prova para verificação de resistência e documentação; * Redução de pilares e "esperas".

- Acompanhamento dos serviços por engenheiro, encarregado, bombeiro, eletricista, armador e carpinteiro. - Cura: molhar o concreto endurecido por 7 dias, no mínimo (ABNT) para hidratação do cimento evitando-se também a perda de água por evaporação, necessária para as reações no concreto.

O QUE É CURA DO CONCRETO E COMO ELA É FEITA? É o nome dado ao trabalho que o concreto realiza enquanto esta endurecendo, é fundamental uma boa cura para se obter um concreto resistente e de qualidade. Para a cura, molhar continuamente a superfície do concreto logo após o endurecimento do mesmo, durante pelo menos os primeiros 7 dias. A laje deve ser molhada levemente com auxílio de regador ou mangueira. O concreto fresco exposto ao sol e ao vento perde muito rapidamente por evaporação a água da mistura, antes que tenha endurecido.

Como essa água é indispensável, resultará em um concreto fraco. Por isto se fazem necessárias medidas que visem impedir aquela evaporação, ou seja, proceder a cura do concreto. O fator mais importante na cura do concreto é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo o processo de reação química do cimento se complete. Se o concreto não for curado, ficará sujeito à fissuras em sua superfície. Um concreto não curado, ou mal curado, pode ter resistência até 30% mais baixa, além de ser muito vulnerável aos agentes agressivos, devido a grande quantidade de fissuras que se formam, às vezes imperceptíveis a olho nu.

QUANDO PODE OCORRER INFILTRAÇÃO NA LAJE? Quando a cura do concreto não foi feita corretamente proporcionando o aparecimento de rachaduras, ou quando a laje permite acúmulo de água criando poças. Para evitar rachaduras molhe a laje durante 7 dias, e para evitar a formação de poças faça a laje com caimento e escoamento para água.

O QUE PODE ATRAPALAHAR A CURA DA LAJE? A cura é a forma de garantir que o concreto fique úmido pelo tempo certo, isto é, sete dias. É durante esse período que podem haver alguns problemas de clima que atrapalham a cura como ventanias, muito calor e baixa umidade do ar. No caso do calor, aqui vai uma dica simples: no verão, evite fazer laje ao meio dia, quando o sol está muito forte. Procure os períodos de menos calor.

RETIRADA E LIMPEZA DAS FORMAS: - Respeitar prazos da ABNT: * Faces laterais, 3 dias; * Faces inferiores, com reescoramento, 14 dias; * Faces inferiores, sem reescoramento, 21 dias. - Limpeza de pregos e concreto. REPARO DAS FALHAS: - Analisar a gravidade do caso no concreto endurecido e; - Proceder a limpeza do local, retirando partes soltas e completando em seguida a peça com novo concreto.

REVESTIMENTO O revestimento de paredes com a finalidade de proteção contra as intempéries e higienização, é executado com uma argamassa contínua e uniforme, o emboço, ou por duas camadas, sendo a primeira o emboço e a segunda aplicada sobre a primeira, o reboco. O emboço é iniciado após completa solidificação da argamassa da alvenaria, colocação das canalizações e dos tacos para fixação das esquadrias e rodapés.

PISO Os mais utilizados em construções rurais são: concreto simples, tijolos, pedra e madeira. Este último é bastante empregado em instalações para aves, coelhos e caprinos. O piso de concreto consiste numa laje impermeabilizante em toda a superfície da construção, com 8 a 10 cm de espessura. O traço normalmente utilizado é de 1:3:5 de cimento, areia e brita. O acabamento é feito com argamassa de cimento e areia, traço 1:4, alisado a desempenadeira.

O piso de tijolos tem boa aceitação em alojamento para animais de pequeno porte. O rejuntamento dos tijolos é feito com argamassa de cimento e barro, traço 1:8. O de madeira, em geral, deve ser desmontável. Quando é destinado a aves consiste em quadros executados com sarrafos de 3 X 1, nos quais são pregadas ripas de 1 X 1 espaçadas de 2,5 cm. As dimensões dos quadros não devem ser superiores a 3,00 X 1,00 m.

ESCADAS Podem ser construídas de madeira ou de concreto armado. Num projeto de uma escada deve ser observada a relação entre a largura e a altura do degrau, de modo a não torná-la incômoda com inclinação excessiva. Esta relação é dada pela fórmula: 2H+L=62 a 64 cm, em que H é a altura do degrau e L a largura. Normalmente a altura oscila entre 16 a 19 cm e a largura entre 25 28 cm. A largura da escada varia de 0,90 a 1,20 m

ESQUADRIAS Devem ser confeccionadas de madeira de boa qualidade e de preço acessível. As suas dimensões irão depender da instação rural onde serão utilizadas. Em instalações para animais elas são rústicas, feitas de tábuas com espessura variável de 2 a 4 cm. Para aves é comum o emprego de portas teladas ou ripadas. Nos galpões de depósito são tambem bastante usadas as portas de correr.

Quando se trata de habitações, em que se deseja melhor acabamento, as esquadrias devem ser de melhor qualidade ou seja: portas lisas ou almofadadas; janelas do tipo veneziana e vidro (guilhotina de abrir ou de correr); janelas basculantes de ferro ou madeira, etc.. As madeiras mais utilizadas na fabricação de esquadrias são: cedro, canela, jequitibá e algumas vezes o pinho.