Síntese 2017 Carga, Mercado e Geração de Energia Elétrica do Sistema Interligado Nacional

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Transcrição:

1. Apresentação Este Boletim tem como objetivo apresentar os resultados da carga e do consumo de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética EPE/MME, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica CCEE para o ano de 017, incluindo também a geração observada pela CCEE Apesar das diferenças nos resultados obtidos pelas três instituições, em razão das diferenças conceituais entre as grandezas acompanhadas por cada uma delas, observase que a Carga Global (ONS), a Geração e Consumo no ponto de conexão (CCEE) e o Consumo na Rede (EPE), todos registraram um ligeiro aumento em 017. Os resultados são explicados tanto pelo efeito estatístico de base baixa de 016, quanto pela suave evolução da economia nacional. De fato, embora a conjuntura econômica ainda apresente dificuldades, a percepção é que está progredindo de maneira lenta e gradual com alguns sinais de recuperação, entre os quais, a queda da inflação, o recuo da taxa de juros, a diminuição do desemprego, o aumento das importações, o avanço da produção industrial no ano (IBGE), entre outros.. Panorama do mercado de energia elétrica 1 Na Tabela 1 são apresentados os montantes anuais de energia elétrica relativos à geração e ao consumo realizados em 016 e em 017, bem como a variação verificada entre esses dois anos. Tabela 1. SIN: Valores absolutos Carga, Geração e Consumo para os anos de 016 e 017 e variação relativa (017/016) Carga Global Fonte Unid. 017 016 ONS/ CCEE MWmed 65.585 64.613 1,5 GeraçãoCGrav. CCEE MWmed 6.365 61.58 1,3 ConsumoCGrav. CCEE MWmed 6.365 61.58 1,3 GeraçãoConexão CCEE MWmed 63.614 6.796 1,3 ConsumoConexão CCEE MWmed 61.075 60.35 1, ConsumoRede EPE GWh 46.131 458.449 0,8 Observase que a energia gerada para atendimento à carga global do SIN teve crescimento de 1,5 em 017 e o consumo na rede, 0,8. Vale notar que o valor do consumo na rede no ano de 016, bissexto, reflete o dia adicional em relação ao valor registrado de 017. Com o intuito de permitir melhor visualização e comparabilidade das grandezas monitoradas por cada instituição são apresentados na Tabela os montantes em MWmédios, desagregados nas principais parcelas explicativas das diferenças. De acordo com a CCEE, a geração e o consumo, tanto em valores medidos na conexão, como contabilizados no Centro de Gravidade, cresceram 1,3 (aproximadamente). Ressaltase que o consumo apurado na conexão resulta de medição na fronteira das distribuidoras, ou seja, inclui a perda na rede de distribuição, diferentemente do consumo na rede, coletado pela EPE, conforme montantes apresentados na Tabela. A parcela de Perdas e Diferenças, que, somada ao consumo na rede, totaliza a carga global, apresentou variação de 3,9 entre 016 e 017, bem superior às observadas na geração e no consumo. Tabela. SIN: Valores absolutos Carga, Geração, Consumo, Perdas e Diferenças em MWmédio para as anos de 016 e 017 e variação relativa (017/016)** Fonte 017 016 Carga Global ONS/CCEE 65.585 64.613 1,5 Geração CONEXÃO CCEE 63.614 6.796 1,3 Consumo CONEXÃO CCEE 61.075 60.35 1, ConsumoRede** EPE 5.755 5.191 1,1 Perdas e Diferenças Total ONS/EPE 1.830 1.4 3,9 Perdas Distribuidoras CCEE/EPE 8.30 8.134,9 Perdas na Rede básica CCEE.539.471,77 Diferenças Carga e Geração ONS/CCEE 1.971 1.818 8,46 Conexão* * Referese às diferenças dos pontos de medição (cargas de autoprodutores locais, perda de Itaipu e outras conforme NOTA TÉCNICA ONS 148/016 CCEE 003/016 EPE 035/016). ** Ao converter o consumo na rede de GWh para MWmédios se neutraliza o efeito do dia a mais em 016 (bissexto) sobre 017, ou seja, expurgando esse efeito, o consumo teria crescido 1,1 na passagem de 016 para 017. Ao detalhar a parcela de Perdas e Diferenças, notase crescimento elevado referente à componente Diferenças Carga ONS e Geração Conexão, influenciado, principalmente, pela entrada em operação em meados de 016 de um grande autoprodutor (CSP) conectado na Rede Básica cuja carga é incluída integralmente pelo ONS, mas, para o consumo registrado na CCEE, incluise apenas o valor líquido entre o gerado e o consumido pelo autoprodutor. Na Tabela 3, a seguir, são apresentadas as contribuições das principais parcelas componentes da carga sobre o crescimento observado entre 016 e 017. Tabela 3. SIN: Contribuição das parcelas componentes sobre a variação da carga global (var. 017/016) A representatividade das Perdas e das Diferenças em relação à carga, em 017, segundo suas principais parcelas explicativas pode ser observada na Tabela 4. ( 0 17 / 16 ) P a r t i c i pç ã o na Va r i a ç â o da C a r ga Carga Global 1,5 Diferenças Carga e Geração CCEE* 0, Perdas na Rede básica 0,1 Perdas Distribuidoras 0, ConsumoRede 0,9 1 No box ao final deste documento são descritas as principais diferenças que envolvem os dados de mercado referentes a cada uma das instituições. Valores atualizados pelas instituições. 8 de março de 018 1

Tabela 4. SIN: Participação das Perdas e Diferenças na carga segundo suas principais parcelas () Participação na carga Perdas e Diferenças Total 19,6 Diferenças Carga e Geração CCEE 3,0 Perdas na Rede Básica 3,9 Perdas Distribuidoras 1,7 O Gráfico 1 ilustra de modo sintético as diferenças observadas entre os valores divulgados por cada instituição ONS, CCEE e EPE. Gráfico 1. SIN: Carga, Geração, Consumo, Perdas e Diferenças 017 Gráfico. Indicadores Econômicos 16 14 1 10 8 6 4 0 4 6 8 10 1 14 16 014 015 016 017 Desemprego Crédito concessão PF Taxa de Juros Inflação Crédito concessão PJ 16 14 Agropecuária 1 10 8 6 4 Produção Industrial Comércio 0 PIB 4 6 Serviços 8 10 014 015 016 017 Fontes: IBGE, BACEN 3. Panorama econômico Após um biênio de crise econômica (01516), 017 foi marcado por uma recuperação gradual da atividade. Esse resultado pôde ser verificado pelo resultado positivo do PIB do 3º trimestre de 017, que apresentou crescimento de 1 em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 0,6 no acumulado do ano. Pelo lado da oferta, foram registrados resultados excepcionais na agropecuária: os dados do terceiro trimestre das Contas Nacionais do IBGE apresentaram alta de 14,5 no acumulado do ano, devido à safra agrícola recorde do ano de 017. A produção industrial nacional também apresentou resultado positivo em 017, com crescimento de,5 em relação ao ano anterior (PIM PF/IBGE). As grandes categorias econômicas com melhor desempenho foram as de bens de consumo duráveis (+13,3) e de bens de capital (+6), que tiveram influência da baixa base de comparação. Dessas duas grandes categorias, a primeira foi impulsionada pela ampliação na fabricação de automóveis, veículos automotores (+17,) e eletrodomésticos (+10,5) e a segunda, por causa do aumento da produção de bens de capital para equipamentos de transporte (+7,9), de uso misto (+18,8) e para construção (+40,1). Outras indústrias também tiveram crescimento, como por exemplo: extrativa (4,6), informática (19,6), metalurgia (4,7), alimentos (1,1), borracha e plástico (4,5), celulose e papel (3,3), máquinas e equipamentos (,6). Sob o ponto de vista da demanda, o cenário também apresenta sinais de retomada. Em 017, após dois anos de queda, as vendas no varejo cresceram impulsionadas pelo segmento de móveis e eletrodomésticos, cujo crescimento foi de 9,5 frente a 016. Com relação ao mercado de trabalho, houve sinais de melhora em 017, tanto no nível de emprego quanto nos rendimentos. A taxa média anual de desocupação foi 1,7 em 017, mas apesar da trajetória declinante, foi a maior da série histórica da pesquisa. Além disso, é importante ressaltar que, ainda que o mercado de trabalho esteja apresentando dados positivos, a quantidade de empregados com carteira de trabalho assinada reduziu 3,3 milhões, enquanto que a categoria sem carteira assinada recebeu a adição de 330 mil pessoas. Houve também aumento do rendimento médio real, beneficiado pela queda da inflação em 017, que fechou o ano em,95. Esse processo de desinflação permitiu expressiva redução da taxa de juros Selic, cujo patamar passou de 13,75 ao final de 016 para 7,00 em dezembro de 017. Esse fator possibilitou a melhoria gradual do acesso ao crédito, sobretudo às famílias, cujo crescimento foi de 5,6 no ano passado. Ademais, houve liberação dos recursos das contas inativas do FGTS, que parece ter impactado no comportamento das vendas do varejo, bem como na diminuição da inadimplência e do comprometimento de renda das famílias. Os sinais positivos da economia levaram à reversão da tendência de queda do nível de confiança do empresário industrial e, por conseguinte, do comércio e do consumidor nos últimos meses. Vale ressaltar, contudo, que os indicadores de confiança ainda se encontram abaixo dos níveis históricos. 8 de março de 018

MW médios Síntese 017 Assim, destacase que a melhoria do cenário atual, como exprimem os indicadores econômicos no Gráfico, e das expectativas dos agentes são condições importantes para a retomada consistente da economia e da demanda de energia para os próximos anos. Gráfico 5. Evolução do consumo no ACL e ACR (016017) 60.000 4. Evolução Consumo do SIN 3 no período janeirodezembro/17 CCEE O consumo de energia no SIN, observado no centro de gravidade, em 017 apresentou crescimento de 1,3 em relação ao ano de 016. O ano de 017 mostra recuperação no consumo de energia do país, embora ainda se encontre em patamares próximos aos valores de 014, onde foram registrados os maiores valores antes da crise, conforme observado no Gráfico 3 a seguir. Gráfico 3. Consumo no CG (014017) ACL com migração ACR com migração ACL sem migração ACR sem migração A distribuição das migrações ocorridas a partir de jan/16 pode ser verificada no Gráfico 6 (número de unidades consumidoras), onde o ano de 017 terminou com 66,6 de unidades menores que 0,4 MW médios de consumo em sua representatividade em termos de quantidade de unidades e 8,3 para as unidades entre 1 e 3 MW médios em termos de consumo. Já o Gráfico 7 apresenta a distribuição das migrações, considerando o consumo agregado das unidades migradas. Gráfico 6. Distribuição das migrações entre ACL e ACR (unid. consumidoras) O Gráfico 4 apresenta o comportamento do consumo, em MW médios, no SIN nos ambientes de comercialização regulado (ACR) e livre (ACL) de 017 em relação a 016. Gráfico 4. Consumo ACL e ACR (016017) 45.000 35.000 5.000 15.000 5.000 17 18.313 15.685 ACL 016 017 4 45.85 44.010 ACR As curvas do Gráfico 5 mostram a evolução do consumo nos ambientes livre e regulado, observando o movimento de migração responsável por 3.903 MW médios em 017. 3 Consumo no Centro de Gravidade: ponto virtual no qual será efetuada a entrega simbólica da energia contratada 8 de março de 018 3

Gráfico 7. Distribuição das migrações entre ACL e ACR (MW médios) Gráfico 9. SIN: Geração total e garantia física (MWmed) 5,0 77.646 78.000 73.966 74.000 70.000 66.000 6.000 58.000 54.000 61.58 1,3 6.365 Geração total 016 017 Garantia Física O Gráfico 10 representa a variação da geração por tipo de fonte de energia de 017 em relação ao ano anterior. Ao avaliar o consumo no ACL, por ramo de atividade, podese observar no Gráfico 8, sem considerar o efeito da migração, que todos os ramos apresentam crescimento, reflexo da melhora do cenário econômico. O único ramo que apresentou decréscimo foi o Químico Gráfico 8. Consumo no ACL por ramo de atividade () COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES SERVIÇOS ALIMENTÍCIOS SANEAMENTO MANUFATURADOS DIVERSOS VEÍCULOS TÊXTEIS BEBIDAS MADEIRA, PAPEL E CELULOSE MINERAIS NÃOMETÁLICOS EXTRAÇÃO DE MINERAIS METÁLICOS METALURGIA E PRODUTOS DE METAL TRANSPORTE QUÍMICOS 46,3 4,9 35,0 6,9 58,6 30,9 1,3 5,1 30,7 9, 5,0 9,6 1,1 55,4 6,0 7,3 39, 0,3,5 7,4 15,5 3,7 0,6 10,6 1,3,7 9,1 6,9 13,5 3,1 9,5 7,6 3,0 8,3 5,0 3,4 5,8 4,0 10,0 0,7 4,3 0,5 1, 0,8 Variação () Excluíndo migração de Cargas Novas Variação () 017 016 83,5 Gráfico 10. SIN: Geração total por tipo de fonte (MWmed) 45.000 35.000 5.000 15.000 5.000.731.91 4.73 3.697 45.61 44.00 O Gráfico 11 mostra os principais estados com o maior volume de energia gerado em 017. Gráfico 11. Geração por unidade da federação () Top 7 73 10.645 9.53 Biomassa Eólica Hidráulica Solar Térmica Demais Estados 35 016 017 SP 8 5. Evolução Geração do SIN e Subsistemas no período janeirodezembro/17 CCEE Conforme pode ser observado no Gráfico 9, o ano de 017 mostra um aumento de 1,3 na geração total do SIN em relação a 016. RO 6 PR 7 PA 7 MG 8 RJ 9 8 de março de 018 4

6. Evolução do Consumo do SIN por classe EPE Na Tabela 5, a seguir, têmse o montante de consumo na rede devido a cada classe nos anos de 017 e 016, a taxa de crescimento em 017 e a participação de cada classe no acréscimo de consumo em relação ao ano anterior (valores de consumo em GWh). Tabela 5. SIN: Evolução do consumo por classe (016017) 017 016 Δ (GWh) Cresc. (17/16) Part. (Δ) principalmente ao longo do segundo semestre do ano, quando o setor industrial apresenta sinais de recuperação mais consistentes, como pode ser observado no Gráfico 1, a seguir, onde é feita uma comparação entre as taxas de crescimento da carga verificada, da carga ajustada, quando são expurgados fatores fortuitos como efeito calendário e temperatura, e da produção industrial ao longo do ano de 017. Gráfico 1. SIN: Carga global, variação em relação ao ano anterior TOTAL 46.131 458.449 3.68 0,8 100 Residencial 13.468 131.408 1.060 0,8 9 Industrial 166.815 164.97 1.843 1,1 50 Comercial 87.63 87.363 60 0,3 7 Outros 75.5 74.707 518 0,7 14 A Tabela 6 mostra como o consumo na rede evoluiu ao longo dos trimestres de 017, também discriminado entre as classes. Tabela 6. SIN: Evolução trimestral do consumo por classe (017) (17/16) 1º tri º tri 3º tri 4º tri TOTAL 1,6 1,1 0,4, Residencial,5 1,6 0,6 1,7 Industrial 1,1 0,3 0,5 3, Comercial 0,6,1 0,,4 Outros, 0,6 0,3 0,8 7. Evolução da Carga do SIN e Subsistemas no período janeirodezembro/17 ONS Com sinais mais consistentes de recuperação da economia, a carga do SIN apresentou, em 017, variação de 1,5 sobre igual período de 016. A melhora do desempenho da carga pode ser observada No subsistema Sudeste/CentroOeste, onde está concentrada cerca de 60 da carga industrial do país, a carga apresenta variação positiva de 1,1, no ano de 017, sobretudo em função do desempenho da indústria. Ressaltase que como a atividade industrial está muito baixa e disseminada, qualquer sinal de recuperação mais consistente do setor é percebido imediatamente no desempenho da carga. A carga do subsistema Sul apresenta, no ano de 017, um crescimento de,8, relativo ao ano anterior, consolidando a melhora do desempenho da carga decorrente da retomada do crescimento econômico em alguns setores da economia. A carga dos subsistemas Norte e Nordeste registrou em 017 taxas de crescimento positivas de, e 1,4 respectivamente. Ressaltase que o crescimento da carga do subsistema Nordeste está influenciado pela ocorrência de nebulosidade e chuva nas regiões litorâneas acompanhadas de temperaturas máximas inferiores à média dos últimos 10 anos em grande parte do ano. Consumo, Carga ou Geração? Qual a diferença, afinal? Devido às distintas abordagens, os dados do mercado de energia elétrica publicados pela EPE, CCEE e ONS apresentam valores diferentes para informações aparentemente iguais. A geração de energia elétrica apresentada pela CCEE em seu relatório InfoMercado Mensal se diferencia da carga global do ONS devido aos propósitos específicos do uso dessas informações por cada instituição, e que implicam em conceitos distintos envolvidos nessas medições. No InfoMercado Mensal, a geração está referida ao centro de gravidade, que é um ponto fictício tomado como referência para as transações contábeis de comercialização, de modo a distribuir equitativamente entre gerador e consumidor, 50 cada, as perdas na rede básica de transmissão da energia elétrica. Já a carga global do ONS considera a geração bruta, na saída do gerador, no caso de usinas despachadas centralizadamente ou supervisionada pelo ONS, ou no ponto de conexão com a rede. Vale ressaltar que, salvo algumas poucas exceções, a CCEE tem medição de geração no mesmo ponto que o ONS, porém, em seu processo de contabilização, desconta algumas parcelas de perdas e consumo interno para referilas ao centro de gravidade. Observase que para alguns autoprodutores a CCEE apura apenas o resultado líquido entre o gerado e o consumido e o ONS, o valor total da geração. Quanto ao consumo, além do aspecto contábil do centro de gravidade, que também o diferencia do consumo das publicações da EPE, na visão da CCEE, o consumo é a energia consumida pelos consumidores livres (convencionais e especiais), autoprodutores e mais a energia para atendimento ao mercado global das distribuidoras, incluindo assim as perdas das distribuidoras, enquanto que para a EPE é a soma da energia consumida pelo conjunto das unidades consumidoras, sejam livres ou cativas, sem incluir os autoprodutores denominados clássicos ou in situ, que se suprem sem demandar da rede elétrica. Portanto, o consumo de energia elétrica publicado na Resenha da EPE terá valor menor do que o consumo publicado no InfoMercado da CCEE. Mais detalhes a respeito desse assunto podem ser consultados na Nota Técnica "Avaliação e Compatibilização das Informações de Geração, Carga e Consumo de Energia Elétrica no SIN" apresentada em dezembro de 016 no º Workshop sobre Previsão e Acompanhamento da Carga. 8 de março de 018 5