EXCELENTISSIMO SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES, DIGNÍSSIMO RELATOR DA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 395

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Transcrição:

EXCELENTISSIMO SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES, DIGNÍSSIMO RELATOR DA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL Nº 395 O INSTITUTO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS CRIMINAIS (adiante, tão somente, IBCCRIM), entidade de âmbito nacional, inscrita no CNPJ/MF sob o nº. 68.969.302/0001-06, com sede estatutária na Rua Onze de Agosto, 52, Centro, São Paulo/SP, vem, por seus procuradores (documentos anexos), nos autos da ação acima identificada, requerer seu ingresso no feito na qualidade de amicus curiae com fundamento no artigo 7º, 2º da Lei nº. 9.868/99, pelas razões a seguir aduzidas: I. DA RELEVÂNCIA DA MATÉRIA Trata-se de matéria relevante, a ensejar a admissão de amicus curiae, vez que o objeto da Arguição de Preceito Fundamental aforada pelo Partido dos Trabalhadores questiona a constitucionalidade do art. 260, do Código de Processo Penal, em face da garantia de não auto incriminação. O direito de não produzir provas auto incriminatórias, também conhecido como Direito ao Silêncio é uma das garantias fulcrais na separação entre modelos processuais penais autoritários e democráticos. 1

O dispositivo impugnado, por sua vez, está vigente em nosso ordenamento jurídico desde a edição do Código de Processo Penal, em 1941, jamais tendo sido objeto de alteração pelo legislador, nem tampouco sido examinado, em sua essência, pelo Supremo Tribunal Federal, após a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, que restaurou o regime democrático em nosso país. O pronunciamento dessa egrégia Corte sobre a interpretação do artigo 260 do Código de Processo Penal tem relação direta não só com as garantias constitucionais e o exercício de direitos fundamentais, mas igualmente com o acesso de todos os cidadãos às garantias do processo penal, de forma a conter o sistema punitivo dentro dos seus limites constitucionais. II. DA REPRESENTATIVIDADE E CAPACIDADE DO POSTULANTE A legitimidade do amicus curiae decorre de sua capacidade de contribuir para o debate da matéria, fornecendo elementos ou informações úteis e necessárias para o proferimento da melhor decisão jurisdicional. 1 Em outros termos, o amicus curiae é o amigo da Corte, aquele que lhe presta informações sobre matéria de direito, objeto da controvérsia. Sua função é chamar a atenção dos julgadores para alguma matéria que poderia, de outra forma, escapar-lhe ao conhecimento. 2 Quer, à vista disso, pela capacidade do IBCCRIM para contribuir com o debate em curso, quer por assumir que poderá chamar a atenção para pontos fundamentais do caso, passa-se a expor a experiência institucional do ora postulante e sua capacidade de contribuição para o debate. 1 BUENO, Cassio Scarpinella. Amicus curiae no processo civil brasileiro. 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2008, p. 147. 2 Gustavo Binembojm. A nova jurisdição constitucional brasileira: Legitimidade democrática e instrumentos de realização Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 155, nota 295. A respeito, LUIS ROBERTO BARROSO lembra se tratar de figura muito usual, no Direito Constitucional dos Estados Unidos da América (O controle de constitucionalidade no direito brasileiro.2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p. 142, nota 93). 2

O IBCCRIM é entidade nacional fundada em 14 de outubro de 1992, que congrega Advogados, Magistrados, membros do Ministério Público, Defensores Públicos, policiais, juristas, professores universitários, pesquisadores, estudantes e outros profissionais dedicados ao debate sobre Ciências Criminais e, especialmente, à defesa dos princípios e garantias do Estado Democrático de Direito. Com mais de 4.600 associados em todo o território nacional, o Instituto desenvolveu, desde sua fundação, inúmeras atividades que permitiram o acúmulo de conhecimento e a sistematização de dados e informações relevantes sobre o funcionamento do sistema penal no Brasil. Dentre tais atividades, destaca-se a realização de mais de 20 (vinte) seminários internacionais com a presença de importantes juristas de vários países, e de mais de 150 cursos, em todo o território nacional, dentre os quais curso próprio de Pós- Graduação Lato Sensu em Criminologia (autorizado pelo MEC processo nº. 23000.012195/2005-59), o curso Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Penal Econômico e Europeu com a Universidade de Coimbra, além da manutenção de convênios com Universidades para especialização em Ciências Criminais. No que se refere à produção científica, acadêmica e cultural, o Instituto publicou, desde sua fundação, 95 (noventa e cinco) edições da Revista Brasileira de Ciências Criminais, com artigos científicos de renomados juristas nacionais e internacionais, 08 (oito) edições da revista eletrônica Liberdades, voltada à discussão de temas vários, e mais de 200 (duzentas) edições de boletim mensal com artigos e jurisprudência de referência para atividades profissionais e acadêmicas ligadas às Ciências Criminais. Ademais, desde 1997, foram também publicadas mais de 60 (sessenta) monografias científicas, de reconhecido valor, muitas fruto de dissertações de Mestrado e teses de Doutorado, apresentadas em renomadas universidades nacionais e estrangeiras, que são distribuídas gratuitamente a seus associados, a fim de difundir o conhecimento científico no campo das Ciências Criminais. 3

O Instituto trabalha em conjunto com instituições brasileiras e estrangeiras para intercâmbio técnico, científico e cultural, com o escopo de expandir quantitativa e qualitativamente atividades e ensino, pesquisa e extensão no âmbito das Ciências Criminais, como o MAX-PLANCK INSTITUT, o CENTRO DE ESTUDIOS DE JUSTICIA DE LAS AMERICAS CEJA, o BLOQUE DE DEFENSORES PÚBLICOS OFICIALES DEL MERCOSUR, o INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO CONSTITUCIONAL, dentre outras. Além da produção e difusão de conhecimento, o IBCCRIM é polo de referência em pesquisas, vez que possui biblioteca com mais de 40.000 itens cadastrados e videoteca com cerca de 2.200 DVDs, que contribuem para seu protagonismo na apresentação de ideias, teses e propostas político-criminais e acadêmicas de aprimoramento do sistema penal brasileiro. Protagonismo respaldado pela implementação do Laboratório de Ciências Criminais curso de formação complementar destinado a estudantes de graduação e voltado à iniciação científica por meio de discussões dos grandes temas das Ciências Criminais da atualidade, do Concurso de Monografias, para incentivar a produção de trabalhos científicos, e de inúmeros Núcleos de Pesquisa que oferecem dados, informações a análises sobre temas específicos de notável relevância, como: Justiça e Segurança na Periferia de São Paulo, as decisões judiciais da Vara das Execuções Criminais da capital no Estado de São Paulo, Mulheres negras e Justiça Penal, a punição às mulheres negras, a implementação de programas de prestação de serviço à comunidade, as medidas sócio-educativas em meio aberto, dentre outras relevantes contribuições para o conhecimento sobre o funcionamento da Justiça Criminal no Brasil. 4

III. DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA No que concerne à pertinência temática 3, verifica-se estrita relação entre o objeto da ADPF e os interesses e atribuições do postulante. Consta do estatuto do postulante sua finalidade de Defender o respeito incondicional aos princípios, direitos e garantias fundamentais que estruturam a Constituição Federal, Defender os princípios e a efetiva concretização do Estado Democrático e Social de Direito, Defender os direitos das minorias e dos excluídos sociais, para permitir a todos os cidadãos o acesso pleno às garantias do Direito Penal e do Direito Processual Penal de forma a conter o sistema punitivo dentro dos seus limites constitucionais; Estimular o debate público entre os variados atores, jurídicos e nãojurídicos, da sociedade civil e do Estado sobre os problemas da violência e da criminalidade e das intervenções públicas necessárias à garantia da segurança dos cidadãos no exercício de seus direitos fundamentais e Contribuir, com uma visão interdisciplinar, para a produção e a difusão de conhecimento teórico e empírico, especialmente a respeito dos temas da violência e da criminalidade, e das estratégias voltadas à prevenção e à contenção desses problemas (art. 4º do Estatuto do IBCCRIM cf. documento anexo, sem grifo no original). O tema aqui debatido é central, pois, às garantias processuais penais e à conformação do Direito Processual Penal com respeito à Lei Maior. Em sendo finalidade social do postulante a defesa dos direitos e garantias constitucionais e, aqui, particularmente aqueles debatidos na seara processual penal, bem como a contribuição científica ao debate de temas relacionados às Ciências Penais e, particularmente, ao Direito Processual Penal submetido à filtragem hermenêuticoconstitucional, resta demonstrada a pertinência temática, pelo que se requer sua admissão no presente feito na qualidade de amicus curiae. 5

IV. PEDIDO Por todo o exposto, o IBCCRIM requer sejam deferidos os seguintes pedidos: a) seja admitida sua participação como amicus curiae nos autos da ADPF nº. 395, abrindo-se oportunidade para apresentação de memorial; b) seja o postulante intimado, por meio de seus advogados, de todos os atos do processo; c) seja autorizada a realização de sustentação oral na sessão de julgamento. Nestes termos, Pede deferimento. São Paulo, 20 de fevereiro de 2017. Antonio Pedro Melchior OAB/RJ 154.653 3 Exigida para admissão como amicus curiae (cf. ADI 3.931, Rel. Min. CARMEN LÚCIA, decisão monocrática, DJe 19.08.08). 6