Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em

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Transcrição:

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: JUAREZ JOSE DA SIVA INSCRIÇÃO Nº. 0071 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 08 MATÉRIA: ESPECÍFICA REQUERIMENTO: O candidato requer a anulação da questão. RESPOSTA: Consultado o profissional responsável pela elaboração da questão, o mesmo assim pronunciou: Tendo em vista o recurso apresentado pelo Sr. Juarez José da Silva, relativo à questão n.º 08 da prova de conhecimentos específicos de Controlador Interno, respondemos: O candidato alega que o enunciado da questão 08 induz o candidato ao erro, visto que as normas de transparência relativas ao Poder Legislativo referem-se à Lei Complementar n.º 131/2009; não guardam correspondência com o acesso a informação pública disposto na Lei Federal n.º 12.527/2011; e que por isso a mesma deve ser anulada. Por primeiro: O programa de prova do cargo de controlador interno previa: Transparência na gestão fiscal: (publicação e divulgação em tempo real das receitas e despesas, bem como das demonstrações contábeis e relatórios fiscais na internet e em meio físico; realização de audiências públicas; homepage contas públicas; acesso a informação pública); Assim, previamente, o candidato já deveria saber que o acesso a informação pública seria tratado como uma das normas de transparência na gestão fiscal. Por segundo: A Lei Complementar n.º 131/2009 alterou a Lei Complementar n.º 101/2000 Lei de Responsabilidade Fiscal. Embora trate especificamente da transparência pública, não pode e nem deve ser tida como a única norma de transparência na gestão fiscal. Por terceiro: Alega o candidato que a Lei Federal n.º 12.527, de 2011 refere-se ao acesso à informação e não a transparência propriamente dita, o que discordamos, senão vejamos o que aduz a referida lei: Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em

conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. (grifo nosso) O dispositivo supratranscrito é claro ao indicar a transparência como uma das diretrizes da Lei de Acesso à Informação Pública (Lei Federal n.º 12.527, de 2011). Ou seja, o acesso à informação pública é uma forma de transparência na administração. As opções da questão 08 trazem normas de transparência relativas a Lei Complementar n.º 101, de 2000; Lei Complementar n.º 131, de 2009; Lei Federal n.º 12.527, de 2011; IN TCU n.º 28, de 1999; Portaria STN nº 841, de 21/12/2016, todas constantes do programa de prova. Portanto, restou comprovado que as normas transparência não referem-se tão somente à Lei Complementar n.º 131/2009, mas também a inúmeras outras legislações que tratam do tema, grande parte delas constantes do programa de prova. Nestes Termos, INDEFERIMOS recurso do candidato. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: MATEUS BERNARDES DA SILVA INSCRIÇÃO Nº. 0009 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 02 MATÉRIA: ESPECÍFICA REQUERIMENTO: O candidato requer a anulação da questão ou retificação do gabarito para constar com correta a opção de letra E. RESPOSTA: Consultado o profissional responsável pela elaboração da questão, o mesmo assim pronunciou: Tendo em vista o recurso apresentado pelo Sr. Mateus Bernardes da Silva, relativo à questão n.º 02 da prova de conhecimentos específicos de Controlador Interno, respondemos: Trata a questão do limite de despesas com pessoal dispostas na LRF, bem como limite da remuneração dos vereadores estabelecidas na Constituição Federal. Alega o candidato que as afirmativas II e V da questão 2 estão corretas e solicita a anulação da mesma. 1) A afirmativa II menciona: II - O limite percentual máximo para o Município definido na LRF é de 54%. (grifo nosso) O limite percentual máximo para o Município definido na Lei de Responsabilidade Fiscal é de 60% conforme dispõe o seu art. 19, inciso III: Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: III - Municípios: 60% (sessenta por cento). (grifo nosso) 2) A afirmativa V menciona: V - O total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 6% da receita do Município. (grifo nosso)

O total da despesa com a remuneração dos vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% da receita do Município, conforme dispõe o art. 29, inciso V da Constituição Federal, senão vejamos: Art. 29... VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (grifo nosso) Conforme legislações supracitadas, as afirmativas II e V estão incorretas. Nestes Termos, INDEFERIMOS o recurso do candidato.. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: MATEUS BERNARDES DA SILVA INSCRIÇÃO Nº. 0009 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 03 MATÉRIA: ESPECÍFICA REQUERIMENTO: O candidato requer a anulação da questão alegando que a mesma não possui alternativa a ser marcada como correta. RESPOSTA: Consultado o profissional responsável pela elaboração da questão, o mesmo assim pronunciou: Tendo em vista o recurso apresentado pelo Sr. Mateus Bernardes da Silva, relativo à questão n.º 03 da prova de conhecimentos específicos de Controlador Interno, respondemos: O candidato alega que a opção E - avaliar todos os procedimentos licitatórios e contratos celebrados para verificação do cumprimento da legislação pertinente está correta e pede a anulação da questão por não haver opções INCORRETAS. Informa que cartilha do TCEMG de junho de 2012 1 orienta que é atribuição do controle interno, a verificação da existência, manutenção e adequação das normas e procedimentos para aquisição de bens e serviços, observados os requisitos legais para realização de licitação, inclusive os parâmetros para os casos de dispensa e inexigibilidade. A opção E afirma claramente que o controle interno deverá avaliar TODOS os procedimentos licitatórios. Porém o Anexo da Decisão Normativa n.º 02 de 26 outubro de 2016 do TCEMG constante do programa de prova, assim orienta: Art. 8º O sistema de controle interno possui, entre outras, as seguintes atribuições: XI avaliar, de forma seletiva, com base em critérios de materialidade, risco e relevância, a adequação dos procedimentos licitatórios e dos contratos celebrados às normas estabelecidas na Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e na Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002; (grifo nosso) 1 https://www.tce.mg.gov.br/img_site/cartilha_controle%20interno.pdf

Portanto a análise dos processos licitatórios pelo controle interno deve ser efetuada de forma seletiva com base em critérios de materialidade, risco e relevância; e não pelo sua totalidade. Nestes Termos, INDEFERIMOS o recurso do candidato. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: MATEUS BERNARDES DA SILVA INSCRIÇÃO Nº. 0009 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 04 MATÉRIA: ESPECÍFICA REQUERIMENTO: O candidato requer a anulação da questão alegando que a mesma possui mais de uma alternativa a ser marcada como correta. RESPOSTA: Consultado o profissional responsável pela elaboração da questão, o mesmo assim pronunciou: Tendo em vista o recurso impetrado pelo Sr. Mateus Bernardes da Silva, relativo à questão n.º 04 da prova de conhecimentos específicos de Controlador Interno, respondemos: O enunciado da questão 4 é o seguinte: 04) A Administração Municipal é regida por princípios devidamente elencados na Constituição Federal, leis complementares e ordinárias. Estes princípios deverão sempre ser observados pelo Controle Interno quando do exercício de suas atribuições. Com base nos princípios norteadores da Administração Pública, analise as opções abaixo e indique a CORRETA: (grifo nosso) Por primeiro: O Candidato alega que está correta a opção A da questão 04: A o dever da administração de justificar seus atos, apontando-lhes os fatos e fundamentos jurídicos decorre, especificamente, do princípio da legalidade (grifo nosso) Tal afirmativa está incorreta pois a justificação dos atos refere-se ao princípio da motivação e não ao princípio da legalidade, senão vejamos o que dispõe a Constituição do Estado de Minas Gerais: Art. 13 - A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e razoabilidade. 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas, para efeito de controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso.

2º - O agente público motivará o ato administrativo que praticar, explicitando-lhe o fundamento legal, o fático e a finalidade. (grifo nosso) Por segundo: O candidato alega que está incorreta a opção C da questão 04: C - o princípio do devido processo legal assegura o direito a um processo com todas as etapas previstas em leis e garantias constitucionais, tais como: o contraditório e a ampla defesa E, justifica que princípio do processo legal não é princípio constitucional da Administração Pública estabelecido no caput do art. 37 da CF/1988. O enunciado da questão trata de todos os princípios norteadores da administração, dispostos nas legislações constitucionais e infraconstitucionais, e não apenas no caput do art. 37 da CF/1988. Segue abaixo, alguns dispositivos legais constantes do programa de prova que tratam da aplicação do princípio do devida processo legal que garanta o contraditório e ampla defesa na administração pública: Constituição Federal: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; (grifo nosso) Lei Federal n.º 8.666, de 21/06/1993 Lei de licitações e contratos: Art. 49.... 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. (grifo nosso) Decreto Lei 201, de 27/02/1967:

Art. 8º Extingue-se o mandato do Vereador e assim será declarado pelo Presidente da Câmara, quando: III - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara Municipal, salvo por motivo de doença comprovada, licença ou missão autorizada pela edilidade; ou, ainda, deixar de comparecer a cinco sessões extraordinárias convocadas pelo prefeito, por escrito e mediante recibo de recebimento, para apreciação de matéria urgente, assegurada ampla defesa, em ambos os casos. (grifo nosso) Lei Federal n.º 12.527, de 18/11/2011 Lei de Acesso à Informação: Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. (grifo nosso) Instrução Normativa n.º 03/2013 do TCEMG: Art. 18. As informações pertinentes ao procedimento de tomada de contas especial ou às outras medidas adotadas para o devido ressarcimento ao erário serão encaminhadas ao Tribunal, por meio de demonstrativo, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 17 ou se depois de instaurado o procedimento de tomada de contas especial e antes do seu encaminhamento ao Tribunal ocorrer: 2º. O encaminhamento do demonstrativo não afasta a obrigatoriedade da adoção das medidas necessárias ao ressarcimento do dano e apuração das responsabilidades, na forma definida na legislação aplicável, devendo ser observado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Ficou claro que diversos procedimentos administrativos sob a fiscalização controle interno perpassam por processos legais nos quais devem ser observadas as garantias constitucionais, a exemplo do contraditório e ampla defesa.

Nestes Termos, INDEFERIMOS o recurso do candidato. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: MATEUS BERNARDES DA SILVA INSCRIÇÃO Nº. 0009 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 05 MATÉRIA: ESPECÍFICA REQUERIMENTO: O candidato requer a anulação da questão alegando que a mesma possui mais de uma alternativa correta RESPOSTA: Consultado o profissional responsável pela elaboração da questão, o mesmo assim pronunciou: Tendo em vista o recurso apresentado pelo Sr. Mateus Bernardes da Silva, relativo à questão n.º 05 da prova de conhecimentos específicos de Controlador Interno, respondemos: O candidato alega que a opção D da questão 05 também está correta e que por isso a mesma deve ser anulada. A opção D afirma: As despesas com cobertura de alimentação, pousada e locomoção intermunicipal de vereador em caráter frequente ou sistemático, são contabilizadas como diárias. (grifo nosso) Trata-se do conceito da despesa com diária para a qual o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP) constante do programa de prova, estabelece: 14 Diárias Civil Despesas orçamentárias com cobertura de alimentação, pousada e locomoção urbana, do servidor público estatutário ou celetista que se desloca de sua sede em objeto de serviço, em caráter eventual ou transitório, entendido como sede o Município onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício em caráter permanente. (grifo nosso) Verifica-se que a opção D está incorreta pois contém afirmações contrárias ao que dispõe o MCASP, quais sejam: intermunicipal x urbana; frequente ou sistemático x eventual ou transitório. Nestes Termos, INDEFERIMOS recurso do candidato. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: MATEUS BERNARDES DA SILVA INSCRIÇÃO Nº. 0009 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 07 MATÉRIA: ESPECÍFICA REQUERIMENTO: O candidato requer a anulação da questão alegando que a mesma não possui alternativa correta. RESPOSTA: Consultado o profissional responsável pela elaboração da questão, o mesmo assim pronunciou: Tendo em vista o recurso apresentado pelo Sr. Mateus Bernardes da Silva, relativo à questão n.º 07 da prova de conhecimentos específicos de Controlador Interno, respondemos: O candidato alega que a questão 07 não possui nenhuma opção correta e que por isso deve ser anulada. O enunciado da questão 07 diz: É vedado ao responsável pelo controle interno do Poder Legislativo, EXCETO:. Assim, o candidato deveria escolher a opção que contivesse uma vedação inexistente ao responsável pelo controle interno, ou uma permissão. Sobre o tema, o art. 16, inciso I da Decisão Normativa n.º 02, de 26/10/2016 do TCEMG dispõe in verbis: Art. 16. É vedado aos servidores da unidade central do sistema de controle interno: I ser cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, até o terceiro grau, de agente público cujos atos serão objeto de controle; II possuir vínculos com partidos políticos ou prestar serviços a eles; III ocupar cargo de agente político; IV possuir relação de qualquer natureza com a administração pública que possa afetar a sua autonomia profissional; VII divulgar as informações a que tiverem acesso em virtude do exercício de suas atividades, quando consideradas sigilosas por lei. (grifo nosso) As opções B, C, D e E da questão 07 referem-se, respectivamente, aos incisos II, III, IV e VII do art. 16 supratranscrito.

Já a opção A afirma: É vedado ao controle interno ser cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, de agente público cujos atos serão objeto de controle. (grifo nosso) Verifica-se que o inciso I do art. 16 veda ao controle interno ser conjugue, companheiro ou parente apenas em linha reta de agente público com atos sob controle. Ou seja, é permitido ao responsável pelo controle ser cônjuge, companheiro ou parente em linha colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, de agente público cujos atos serão objeto de controle. Portanto, a afirmativa A por conter os termos linha colateral ou por afinidade não é uma vedação ao controle interno, e por isto é a resposta para o enunciado. Nestes Termos, INDEFERIMOS o recurso do candidato. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.

CÂMARA MUNICIPAL DE TOCOS DO MOJI MG CONCURSO PÚBLICO 001/2017 RESPOSTA AO RECURSO RECORRENTE: MATEUS BERNARDES DA SILVA INSCRIÇÃO Nº. 0009 CANDIDATA AO CARGO: CONTROLADOR INTERNO QUESTÃO: 36 MATÉRIA: CONHECIMENTOS GERAIS REQUERIMENTO: O candidato requer a retificação do gabarito da questão. Contudo o mesmo não fundamentou seu pedido, além de fazê-lo de forma confusa, quando afirma que a questão tem como gabarito a opção D, sendo que na verdade o gabarito oficial apresenta como resposta correta a opção de letra E. Diante do exposto, não há como darmos provimento ao recurso. CONCLUSÃO: O recurso é julgado IMPROCEDENTE, mantendo-se a questão. De Barbacena para Tocos do Moji, 20 de fevereiro de 2018. JCM - Consultoria Municipal Ltda.