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Transcrição:

METODOLOGÍA PARA A REALIZAÇÃO DE UM DIAGNÓSTICO DO SETOR MADEIREIRO (III Workshop de técnicos florestais) Documento de trabalho Manaus, 30/11/2005

Este documento de trabalho pretende socializar de forma resumida algumas orientações metodológicas usadas pelo projeto Floresta Viva, para a realização de diagnóstico do setor florestal / madeireiro em algumas regiões e municípios no Estado do Amazonas: 1 - Alto Solimões: Fonte Boa, RDS Mamirauá, Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga; 2 - Juruá: Eirunepé e Carauar; 3 Médio Amazonas: Maués e Boa Vista do Ramos. Essas orientações metodológicas foram apresentadas aos técnicos florestais da AFLORAM durante o III workshop de técnicos florestais organizado em Manaus em Novembro de 2006, com aplicação prática ocorrida no município de Preto da Eva. Os autores do conteúdo do treinamento são Elenice Assis do Nascimento (técnica florestal) e Jean- François Kibler (engenheiro agro-economista), ambos membros da equipe central do projeto Floresta Viva. O Projeto Floresta Viva tem por objetivo a promoção do manejo florestal sustentável com enfoque na produção e comercialização de madeira no Estado do Amazonas. Esta implementado pelo Grupo de Pesquisa e Intercâmbios Tecnológicos (GRET) e a Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Estado do Amazonas (AFLORAM), em parceria com a Escola Agrotécnica Federal de Manaus (EAFM), a FUndação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação tecnológica (FUCAPI), e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá (IDSM). O projeto é co-financiado pelo Governo do Estado do Amazonas por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (SDS), e pela Comissão Européia (programa UE Florestas tropicais e outras florestas dos paises em desenvolvimento - Linha orçamental B7 referência do projeto : ENV/2004/081-658) por meio do Grupo de Apoio e Intercâmbios Tecnológicos (GRET). O projeto teve inicio em Maio de 2005, para uma duração de 36 meses. Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 2

SUMÁRIO 1. PARA QUE SERVE, O QUE É?...4 1.1. O DIAGNÓSTICO SERVE PARA AGIR...5 1.2. AS CONDIÇÕES DE SUCESSO DO DIAGNÓSTICO...5 1.3. TRÊS PASSOS NO DIAGNÓSTICO...5 2. COMO PROCEDER?...6 2.1. A ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE PARTIDA DO SETOR MADEIREIRO EM 7 PERGUNTAS...7 2.1.1. Qual é a historia da eploração madeireira?...7 2.1.2. Quais são as zonas de eploração florestal?...8 2.1.3. Como é eplorada a madeira?...9 2.1.4. Quem etrai a madeira?...10 2.1.5. Quem beneficia a madeira?...11 2.1.6. Quanta madeira é etraida? onde vai?...12 2.1.7. Quais são as cadeias da madeira?...13 2.2. A ANÁLISE DA DIFUSÃO DO MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL EM 7 PERGUNTAS...14 2.2.1. Onde estão os PM?...14 2.2.2. Qual é a capacidade de produção dos PM?...15 2.2.3. Quem são os detentores de PM?...16 2.2.4. Como os detentores se inserem nas cadeias?...17 2.2.5. Sobre que terras estão os PM?...18 2.2.6. Os procedimentos permitem a eploração?...19 2.2.7. Os detentores tem financiamento para eplorar?...19 2.3. A DEFINIÇÃO OU O APRIMORAMENTO DA ESTRATÉGIA REGIONAL DE ATUAÇÃO...20 Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 3

1. PARA QUE SERVE, O QUE É? Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 4

1.1. O diagnóstico serve para agir O diagnóstico tem por objetivo aprimorar a atuação da AFLORAM e outras entidades : desde pequenas melhorias até elaboração de uma estratégia. O diagnóstico da subsídios para a refleão coletiva (Agência, entidades de apoio, atores do setor madeireiro). O diagnóstico facilita a refleão coletiva 1.2. As condições de sucesso do diagnóstico Um diagnóstico é uma interpretação da realidade Um diagnóstico é um processo permanente de aproimação da realidade Um diagnóstico so serve se é elaborado e compartilhado por os atores que atuam Um diagnóstico nunca é acabado 1.3. Três passos no diagnóstico Primeiro passo : Entender a situação de partida do setor madeireiro na régião A atividade madeireira eiste antes da atuação da Agência Tem atores, cadeias, volumes, preços, relações sociais... Segundo passo : Avaliar a atuação da Agência sobre essa realidade frente aos objetivos (PZFV) Objetivos : aprimorar o nivel de vida dos moradores do interior (rural e cidade)... deando a floresta em pé. (Virgilio Viana) Isso passa por : - Manejo florestal sustentavel - Manejo e cadeias legalizados - Viabilidade econômica das cadeias Terceiro passo : Desenhar ou aprimorar estratégias para atingir os objetivos o que? onde? quando? como? com quem? com que recursos?... Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 5

2. COMO PROCEDER? Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 6

2.1. A análise da situação de partida do setor madeireiro em 7 perguntas 2.1.1. Qual é a historia da eploração madeireira? Identificar «périodos» que se diferenciam por : - povoamento - eploração florestal - cadeias - organização social Eemplo de história da ocupação e da eploração madeireira (Boa Vista do Ramos Maues) < 1975 Ribeirinhos isolados etraem PNM (borracha, castanha, sorva, breu), madeira, e cultivam guarana para regatões e empresas em Maues 1960s : começa ação social da Igreja Espécies de TF em toras (sistema de calango) : itauba, cedro, acaricuara, pau rosa 1975-1995 1995-2003 Empresas madeireiras (Itacoatiara, Parintins) contratam ribeirinhos para etrair madeira 1984 : criação do Municipio de BVR Prefeitura (BVR) e Igreja fomentam organização comunidades Continuação da etração tradicional de madeira para empresas e mercado local Pressão da fiscalização para fora do município Construção da estrada do Aninga 30 Km (BVR) Inicio de trabalho social e consensibilização ambiental nas comunidades (mapeamento, associações ) 1999 : Criação da ACAF com PMFC (apoio IMAFLORA) 2001 : inicio processo Flona Maues (IDS, Agência ) Entra motoserra Espécies de TF em toras : jatobá, ipê, muiracatiara, angelim, cumarú, pau-rosa Difusão motoserra (pelo 3 ciclo) Espécies de TF em toras e pranchas : jatobá, ipê, maçaranduba, muiracatiara, angelim, cumarú 2003 Primeiros PMFSPE Instalação de grandes empresas madeireiras do Para e Manaus 2004 : criação da Flona Maues 2005 : certificação FSC do PMC ACAF Tauari, sucupira Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 7

i PMSeePaloFloFderarNNreSsIaastPEMundídaPaaEelanigeAu-rstbcipnamaosadiaMsrabrldeMaué2.1.2. Quais são as zonas de eploração florestal? Identificar «zonas homogéneas» que se diferenciam por : - medio ambiente - fundiário - acesso - eploração... Eemplo de zoneamento : eploração madeireira e potencial (Boa Vista do Ramos Maues) Andirá Boa Vista do Ramos Paraná do Ramos ÊÚ s Abaca i ÊÚ Maués - Açú Focos de compra por empresas de fora Pacoval A p ocuita Maués Ci cantá Par aua Urupadi Focos de eploração empresarial Focos de eploração tradicional io R Área populacional Floresta Estadual de Maues Área de concessão Floresta Estadual de Maus Amana Par auar N oradaiazôaostsêúfndniuará-(aoueposição)0 s30 60 km Comunidades ao longo dos rios todas eplorando madeira de forma tradicional Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 8

i PMSederParloFlorFSesaINaNaesPEMundídaPataEelancigenAmu-rostabopaaazsaduaraiAôiaMsrabrldeMaué2.1.3. Como é eplorada a madeira? Identificar os «sistemas de eploração florestal» que se diferenciam por : - tipo de terra - produto - itinerario técnico - equipe de trabalho - calendário de trabalho Eemplo de sistemas de eploração (Boa Vista do Ramos- Maues) Andirá Boa Vista do Ramos s Abaca i ÊÚ Paraná do Ramos ÊÚ A C Maués - Açú B A Maués Urupadi C Pacoval A p ocuita Ci cantá Par aua A Tipo Sistemas técnicos de eploração io R A (Tradicional) Florestas : terra firme Produtos : pranchas (toras) Equipamento : motoserra batelão Amana B (ACAF) Florestas : terra firme Produtos : pranchas Equipamento : motoserra - Lucas Mil - Jericho batelão Par auar N C (Empresas) Florestas : terra firme Produtos : toras Equipamentos : motoserra - skidder balsa stsêúfdondnirá-(aoueposição)0 s30 60km Calendario de eploração O N D J F M A M J J A S Influência clima / rio rio seco chuva Eploração maior menor (chuva) maior Transporte / entrega para fora menor maior (rio cheio) Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 9

2.1.4. Quem etrai a madeira? Identificar os «tipos de etratores», que se diferenciam por : - localização - recursos e equipamentos - sistema de eploração - relação social - Eemplo : tipologia de etratores (Boa Vista do Ramos Maues) Etrator das comunidades (Maués - BVR) A Etrator eventual. Eplora para uso próprio, ou vende para custear despesas pontuais da família (não tem motoserra). Uso serviços dos mateiros (2-3 por comunidade) e motoserristas. B Motosserrista Mais especializado : vende para fora ou vende serviço. Pode ter motoserra ou não (1-2 motoserras da comunidade). C Motoserrista especializado Especializado na etração madeireira. Vende mais para fora. Relação direta com regatão, serrarias (agencia, firma contatos, monta equipes..etc). Etrator da cidade (BVR) ACAF Associação comunitaria com plano de manejo comunitario certificado no rio Curuça. Vende dentro e fora do municipio. D - Etrator da cidade Contrata motoserrita nas comunidades Etrator empresarial (Maues) 2.1.5. Quem beneficia a madeira? E Etrator Empresarial Trabalha para grandes empresas (Brasil Woods), sobre planos de manejo empresarias a nome das empresas ou de «sociedades de comunitários» Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 10

2.1.5. Quem beneficia a madeira? Identificar os «tipos de beneficiadoras», que se diferenciam por : - produtos comprados - produtos vendidos - nivel de equipamento - volume - mercado Eemplo : atores do setor além dos etratores (Boa Vista do Ramos Maues) Serrarias pequenas BVR = 1 Paulo (hoje parado, tem potencial = 240 m3 toras ano) 1 000 m3 Serrarias grandes Movelarias Maués = 2 (estudo M. Jansen) : 1 000 m3 toras ano Entreposto Chiquinho : transporta pranchas com barco próprio, beneficia com serra de disco, vende ( Outra :?? Maues : 3 Brasil Woods/Curuatinga : 3 serras de disco de tipo Induspan - Organiza comunitários para fazer PM Empresarial (3 em preparaçéao, 6 licenciados, 2 cortando) 7.200 m3 de tora ano projeção : 14 400 m3 X/Woods Portela : (Lobão) Serra fita - Já tem terra comprada projeção : 7200 m3 Donald : ideia de 12.000 m3 toras ano para beneficiar em decks para eportação Serrarias do Pará entrando pelo norte. Carvalho BVR = 8 3 m3 pranchas / mês / unidade : 576 m3 toras ano 7.200 m3 (Projeção a curto prazo = 21.600 m3) 1.676 m3 Regatão Transporta dor Maués = 15 1 (Bate Coração) 15 m3 prancha / mês : 360 m3 toras ano 14 a 2 m3 pranchas / mês : 732 m3 toras ano Os de BVR vem de Itacoatiara. Maués tem o Pororoca (Barco 13 m3 de pranchas). Tipo aviador (atravessador), compra e vende mantimentos. 1 balsa a cada 3 meses ( Parauari) Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 11

i PMSederParloFlorFSesaINaNaesPEMundídaPataEelancigenAmu-rostabopaaazsaduaraiAôiaMsrabrldeMaué2.1.6. Quanta madeira é etraida? onde vai? Fazer estimativas : - da produção: legal ilegal - da demanda local : móveis, construção civil fora : empresas - das cadeias : fluos volumes em m3 / ano Itacoatiara Parintins Andirá ÊÚ Boa Vista do Ramos BVR/Maues Paraná do Ramos Curuçá : 700 Mov locais ÊÚ : 2 700 Empresas : 7.200 s Abaca i Maués - Açú Apoquitaua : 5.200 Maués Urupadi Empresas : 7.200 Pacoval A p ocuita Ci Parauari : 5.200 cantá Par aua io R Amana Par auar N stsêúfdondnirá-(aoueposição)0 s30 60km Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 12

2.1.7. Quais são as cadeias da madeira? Identificar as cadeias, dos «tipos de etratores» até os «tipos de mercados»: - tipos de produtos - trajeto da madeira - espécies Eemplo de cadeias : fluos de madeira e atores (Boa Vista do Ramos Maues) Etração Toras Pranchas Residuos Comunidades A - Eventual B - Motoserrista C - Especializado Regatão Muracatiara Angelim Cedro Cedrino Marupa Sucupira Louro (gamela, abacate) Sapateiro Cupiuba Muirapiranga Roino Mercado Itacoatiara Parintins Manaus Santarém D - Etrator cidade (BVR) 3 serrarias pequenas Movelarias instaladas Cadeia mais acessivel para madeira ilegal Nas sedes : Construção Consumo local Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 13

i SesaIaaesPEMundídaPataEelanicgeAmu-rstabipnaaosdde2.2. A análise da difusão do manejo florestal sustentável em 7 perguntas 2.2.1. Onde estão os PM? Comparar com «zoneamento» - os PM estão nas areas de potencial? - os PM estão nas areas de eploração ilegal? - os PM estão espalhados ou concentrados? Eemplo : localização dos PM (Boa Vista do Ramos Maues) Boa Vista do Ramos s Abaca i ÊÚ Paraná do Ramos ÊÚ 1 2 Andirá Pacoval A p ocuita Maués 4 Ci cantá Maués - Açú Par aua Urupadi 5 3 PMFSPE individuais io R Amana Par auar PMFSedeParloFlosTsÊÚFrNNrN oradaiazôaualonnidia1- BVR estrada 2 - BVR Curuça 3 - Maués Urupadi 4 - Maués Cicanta 5 - Maués Parauari Total rá(-msarboaureposição)mauézona PM Caracteristicas da eploração na zona 5 Agrícola 2 Tradicional 3 Tradicional e empresarial 2 Tradicional intensa 3 Tradicional intensa 15 s30 0 30 60km? Os PM são espalhados em 5 zonas? O maior numero de PM estã na zona de mais facil acesso desde a cidade? As zonas 3, 4, 5 são areas de eploração intensiva Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 14

i PMSederParloFlorFSesaINaNaesPEMundídaPataEelancigenAmu-rostabopaaazsaduradiAnôniá(aroaldeMaué2.2.2. Qual é a capacidade de produção dos PM? Comparar os volumes inventariados (mães <1m3/ha) com volumes e demanda estimados. A que porcentagem da demanda global corresponde a capacidade de produção dos PM? Eemplo : volumes inventariados nos PM (Boa Vista do Ramos Maues) Boa Vista do Ramos s Abaca i ÊÚ Paraná do Ramos ÊÚ 1 2 Andirá PMFSPE individuais Zona planos 1- BVR estrada 5 2 - BVR Curuça 2 3 - Maués Urupadi 3 Ha T 389 187 197 AEM 346 113 VOL INV 323 m3 29 m3 111 m3 Maués - Açú 4 - Maués Cicanta 2 100 80? M3 Pacoval A p ocuita Maués 4 Ci cantá Par aua io R Urupadi 5 3 5 - Maués Parauari Total ACAF Zona 2 - BVR Curuça 3 15 planos ACAF 121 Ha T 2 400 68 AEM 2 260 56 m3 > 520 m3 VOL INV 1 565 m3 ACAF eplora 140 m3 / ano (talhão de 50 ha) Amana Consumo local : Serrarias grandes : 2 700 m3 7 200 m3 Par auar N? Volume PM = 25% consumo local NB : o volume eplorado é geralmente menor do volume inventariado stsêúfodira-msarbueposição)0 s30 60km Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 15

i PMSederParloFlorFSesaINaNaesPEMundídaPataEelancigenAmu-rostabopaaazsaduradiAnôniá(aroaldeMaué2.2.3. Quem são os detentores de PM? Comparar os detentores com os «tipos de produtores» e responder algumas perguntas para cada um : - A eploração do PM é uma das principais fontes de renda? - O detentor tem interesse no manejo «sustentavel»? - O detentor tem eperiência? - O detentor tem capacidade de eplorar? - A eploração do PM vai melhorar o nivel de vida? - Eiste concentração de PM? Eemplo : perfil dos detentores de PMSPE (Boa Vista do Ramos Maues) Boa Vista do Ramos s Abaca i ÊÚ Paraná do Ramos Maués - Açú ÊÚ 1 2 Andirá Zona 1- BVR estrada 2 BVR - Curuça planos 5 2 Tipos de Etratores A, B, C, D A, B, C Pacoval A p ocuita Maués 4 Ci cantá Par aua Urupadi 5 3 3 - Maués Urupadi 4 - Maués Cicanta 5 Maues - Parauari Total 3 2 3 15 A, B, C A, B, C A, B, C io R A : etrator eventual na comunidade B : motoserrista na comunidade C : motoserrista especializado na comunidade D : etrator da cidade Amana? Os PM correspondem a «demandas», sem orientação especifica Par auar N stsêúfodira-msarbueposição)0 s30 60km Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 16

i PMSederParloFlorFSesaINaNaesPEMundídaPataEelancigenAmu-rostabopaaazsaduradiAndôniá(aroaldeMaué2.2.4. Como os detentores se inserem nas cadeias? Comparar com as «cadeias» eistentes e responder algumas perguntas : - Os detentores com PM conseguem vender a melhor preço? - Que % ocupam hoje nas cadeias? - As espécies dos PM respondem às demandas do mercado? Eemplo : espécies nos PM e demanda do mercado (Boa Vista do Ramos e Maues) Boa Vista do Ramos s Abaca i ÊÚ Paraná do Ramos ÊÚ 1 2 Andirá Maués - Açú Pacoval A p ocuita Maués 4 Ci cantá Par aua Urupadi 5 3 io R Amana Par auar N stsêúfoira-msarbueposição)0 s30 60km Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 17

Espécie inventariada --- com mercado Espécie inventariada ---- sem mercado identificado Espécie com mercado --- não inventariada Espécies Planos de manejo demanda Zona 1 Zona 2 Zona 3 Zona 4 Zona 5 E M angelim muiracatiara sucupira andiroba copaíba cumaru jatobá massaranduba arurá cedro cupiúba louro marupá sapateiro abiurana acariuba castanharana jutaí louro preto murrâo piquia Tachi tento tintarana ucuuba Itaúba angelim pedra angelim ferro ipê jacaranda pau rosa tauari anani cedrino churru vermelho louro abacate louro gamela muirapiranga roinho sucupira preta Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 18

2.2.5. Sobre que terras estão os PM? Responder algumas perguntas : - Sobre quais terras? terras municipais, estaduais, federais, UC - Quais documentos : declaração de uso, titulo de aforamento, carta de anuência, declaração de posse, CDRU, titulo definitivo - A situação fundiaria das diferentes zonas permitem o desenvolvimento de um numero significativo de PM? - O tamanho dos PM permitido pela situação fundiaria permite gerar uma renda atrativa? 2.2.6. Os procedimentos permitem a eploração? Responder algumas perguntas : - Quantos planos aprovados? - Quantos planos licenciados? - Quantos planos com ATPF? - Quantos planos eplorados? - Quais são os prazos? - Quais são os fatores limitantes? - O calendário de aprovação permite eplorar em tempo para responder às demandas? 2.2.7. Os detentores tem financiamento para eplorar? Responder algumas perguntas : - Qual é o financiamento requerido para poder eplorar? - Como o detentor consegue financiar a eploração? Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 19

2.3. A definição ou o aprimoramento da estratégia regional de atuação estratégia Atuação da Agência Os objetivos Avaliação da atuação da Agência A situação de partida do setor madeireiro Projeto Floresta Viva III Workshop de técnicos florestais / Diagnóstico 30/11/2005 20