IV ENCONTRO BRASILEIRO DE PORTADORES DE CÂNCER VIII ENCONTRO CATARINENSE DA MULHER MASTECTOMIZADA Luiz Alberto Silveira Oncologia Clínica www.oncologiaclinicafpolis.com.br Fonte de informações técnicas : INCA
PAINEL : CÂNCER E GÊNERO CÂNCERES NO HOMEM A) PRÓSTATA B) MAMA e outros C) POLÍTICAS DE CONTROLE D) COMO FAZER PREVENÇÃO 1. De que forma a mulher pode ajudar
Somos bombardeados por uma infinidade de estímulos a cada segundo e apenas uma pequena parte destes são percebidos pelo nosso consciente. Isto nos leva a uma formação distorcida da realidade. Como consequência temos dificuldades em valorizar o que é importante ou não para nos mantermos saudáveis
A medicina mudou mais nos últimos 50 anos do que nos 50 séculos precedentes Jean Bernard
CANCER DA PRÓSTATA No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais incidente e é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente representando cerca de 10% do total de cânceres. A taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. INCA 2012
CÂNCER DA PRÓSTATA Estimativa de novos casos: 60.180 (2012) Número de mortes: 12.778 (2010) INCA 2012
CÂNCER DA PRÓSTATA PREVENÇÃO : Documento de Consenso elaborado em 2002 e revisado em 2008. DIAGNÓSTICO PRECOCE : O Instituto Nacional de Câncer não recomenda o rastreamento para o câncer de próstata INCA 2012
CÂNCER COLORRETAL Estimativa de novos casos: 30.140, sendo 14.180 homens e 15.960 mulheres (2012) Número de mortes: 13.344; sendo 6.452 homens e 6.892 mulheres (2010) INCA 2012
CÂNCER COLORRETAL PREVENÇÃO Dieta rica de vegetais e pobre em gordura Atividade física regular Evitar o consumo exagerado de carne vermelha. Idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, Baixo consumo de cálcio, obesidade e sedentarismo. Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, polipose adenomatosa familiar (FAP) INCA 2012
CÂNCER COLORRETAL Detecção precoce : Pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. INCA 2012
CÂNCER DO PULMÃO Estimativas de novos casos: 27.320, sendo 17.210 homens e 10.110, mulheres (2012) Número de mortes: 21.867, sendo 13.677 homens e 8.190 mulheres (2010) INCA 2012
CÂNCER DO PULMÃO PREVENÇÃO Não fumar é o primeiro cuidado para prevenir a doença (90% dos casos). Tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão. Manter alto consumo de frutas e verduras. INCA 2012
CÂNCER DO PULMÃO PREVENÇÃO Evitar, a exposição a químicos como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil, encontrados principalmente no ambiente ocupacional. INCA 2012
CÂNCER DO PULMÃO PREVENÇÃO Infecções pulmonares de repetição, enfisema pulmonar e bronquite crônica. Fatores genéticos (predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos). História familiar de câncer de pulmão. INCA 2012
CÂNCER DO ESTÔMAGO 95% são adenocarcinomas O pico de incidência em homens, por volta dos 70 anos. 65% dos pacientes com câncer de estômago têm mais de 50 anos. No Brasil é o terceiro lugar entre homens e em quinto, entre as mulheres. INCA 2012
CÂNCER DO ESTÔMAGO PREVENÇÃO Dieta composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras, desde a infância. Ácido ascórbico (vitamina C) e betacaroteno (precursor da vitamina A), encontrados em frutas e verduras frescas, são protetores contra o câncer de estômago, evitando que os nitritos (conservantes) se transformem em nitrosaminas. Combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas. INCA 2012
CÂNCER DO ESTÔMAGO PREVENÇÃO Anemia perniciosa Lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e a metaplasia intestinal), Infecções pela bactéria H. Pylori presente nos alimentos e na água potável. (A H. Pylori, só é superada pelas bactérias da cárie. Estima-se que ela habite o estômago de cerca de 70% da população no Brasil). INCA 2012
CÂNCER DO ESTÔMAGO PREVENÇÃO Fumantes que ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago têm maior risco Pessoas com parentes que foram diagnosticados com câncer de estômago. INCA 2012
CÂNCER DO ESTÔMAGO DIAGNÓSTICO A endoscopia digestiva alta, o método mais eficiente permitindo a avaliação visual da lesão, com realização de biópsias e a avaliação citológica. INCA 2012
Cientistas, pesquisadores, filósofos, sociólogos, teólogos, profissionais de saúde, professores, políticos, pessoas, governantes necessitam iniciar um novo dialogo ético, para que o nosso futuro não fuja do humanismo e concentre-se no tecnocentrismo (Comitês de Bioética)
Passamos de uma medicina menos científica e mais humana para uma medicina mais científica e menos humana. Um das características de nossa época é a incapacidade de resolver de forma humanística os problemas do dia a dia
Envolvidos na correria das coisas que precisamos realizar no nosso dia a dia, esquecemos que a vida está acontecendo. E ela é tão bela quanto frágil. De repente, o inimaginável diagnóstico de uma doença séria ameaça nossa inconsciente imortalidade. O câncer acontece
Agora, sobreviver é o mais importante. E sem perceber podemos cair na armadilha de pensar apenas no futuro que acontecerá depois da cura da doença. Cegos, esquecemos que a vida continua acontecendo entre uma consulta e outra, em meio às sessões de quimioterapia ou nos intervalos entre as internações
A sexualidade é uma parte importante da qualidade de vida, mas apenas poucas pacientes discutem espontaneamente este tópico com seus cuidadores profissionais.
O câncer tem limitações e não pode engessar a vida que temos a viver, congelar a alegria, destruir o prazer e roubar os minutos de plenitude que podemos alcançar
A sexualidade está ligada à reprodução e obtenção de prazer, mas também com vontade de viver, intimidade e expressão de sentimentos. Em pacientes com câncer, a disfunção sexual é um problema comum, causada pelos tipos de doença e tratamentos, por mudanças na imagem corporal ou mesmo por fadiga, dor ou depressão.
O marido ou companheiro desempenha um papel relevante e singular sendo provedor de suporte instrumental. Mas às vezes as mulheres queixam-se que seus maridos são maravilhosos quando há algo concreto para eles fazerem como buscar receitas, fazer anotações, organizar transporte e encontrar informações na Internet, mas têm dificuldade com as tarefas mais sentimentais, tais como escutar, segurar as mãos,tocar, e falar.
As pressões emocionais do diagnóstico e tratamento continuado podem aumentar as tensões matrimoniais existentes anteriormente ou atuais. Casamentos constituídos por uma sólida relação antes do surgimento do câncer costumam se fortalecer, o que pode não ocorrer naqueles em que o ajustamento conjugal passa por problemas.
Por medo de rejeição a mulher pode evitar expor o corpo modificado ao companheiro. Ao mesmo tempo, ele teme parecer invasivo ou insensível ao demonstrar desejo. Mas a vivência da sexualidade satisfatória pode re-assegurar que o afeto, a atratividade e o desejo ainda estão presentes em ambos. O retorno da libido, que também é energia vital, pode trazer de volta a cumplicidade e o prazer, que darão sabor e auxiliarão na reestruturação da vida.
A sexualidade é uma parte importante da qualidade de vida, mas apenas poucos pacientes discutem espontaneamente este tópico com seus cuidadores profissionais médicos, enfermeiras, psicólogo e outros. E muitas vezes os profissionais, não conferem devida importância, não têm tempo, se sentem embaraçados por entenderem como uma invasão de privacidade ou não se encontram preparados para discutir a qualidade de relacionamentos íntimos.
de que forma sua condição de paciente/parceiro influencia seus sentimentos sobre você mesmo(a) como homem/mulher? como o que você está passando influencia seus relacionamentos? como sua condição interfere em sua forma de ser como esposo(a), parceiro(a)? como a doença afeta(ou) sua vida sexual?
A compreensão de que o câncer não torna o indivíduo assexuado, mas sim o preconceito em se tratar a sexualidade, auxiliará na busca de soluções.
E quando a vida sussurrar aos nossos ouvidos que somos mortais, podemos fazer com que o amor que vive em nós, como dizia Vinicius de Morais, seja infinito enquanto dure.
REFERÊNCIAS 1, MACIEIRA, R.C. e MALUF, MF. Sexualidade e Câncer in CARVALHO VA et al. (orgs). Temas em Psico-Oncologia. São Paulo, Summus Editorial, 2008 2, RABINOWITZ, B. Understanding and intervening in breast cancer s emotional and sexual effects. Cure Women s Health Reports, Philadelphia. v. 2, n. 2, p. 140-7, Apr. 2002. 3, COSTA DE PAULA S.T., A vivência da conjugalidade após o diagnóstico câncer de mama. Boletim Eletrônico SBPO. 2004; I (6).