Em 18.01.2013 publicamos dez mitos sobre a Esclerose Múltipla - EM que foram esclarecidos pela Dra. Lisa Emrich, do MS HealthCentral. Agora, no mês nacional de conscientização sobre a EM publicamos outros 10 mitos acerca da doença e que, para fins informativos, é importante espalhar à sociedade em geral para que esqueçam coisas que tinham como verdadeiras acerca da doença. A maioria de nós conhece ou sabe de alguém com esclerose múltipla (EM), mas quanto realmente sabemos sobre essa doença? A esclerose múltipla é uma doença auto-imune que ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca equivocadamente a mielina, uma substância gordurosa que isola as fibras nervosas do cérebro, a medula espinhal e os nervos ópticos. Embora cerca de 400.000 pessoas nos EUA estão vivendo com EM, ainda há muitos 1 / 5
equívocos sobre a doença (e seu prognóstico). No Brasil, dados apontam 35.000 pessoas vivendo com EM e o conhecimento sobre ela é importante para evitar preconceitos [nota do tradutor]. Aqui vamos desmascarar os 10 mitos e dizer o que você pode realmente esperar, se você, ou alguém que você ama, foi diagnosticado com esclerose múltipla. MITO 1 A EM é uma sentença de morte Os fatos: A EM não é uma sentença de morte. A expectativa de vida é normal ou próximo do normal para a maioria das pessoas com esclerose múltipla. É uma sentença de prisão perpétua, porém, o que significa que não há cura, embora há uma abundância de tratamentos para retardar a evolução dos sintomas da EM. "Muitas pessoas com EM vivem vidas ativas completas e plenas", diz Nancy L. Sicotte, MD, diretora do Programa de Esclerose Múltipla no Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles. "Pensamos nisso como uma doença crônica que pode ser controlada, mas há uma pequena percentagem de pessoas com EM grave que vai morrer de complicações." MITO 2 - Você vai precisar de uma cadeira de rodas Os fatos: A maioria das pessoas com esclerose múltipla nunca vai precisar de uma cadeira de rodas ou outro dispositivo de assistência para se locomover. "Quando os pacientes chegam após o diagnóstico, eles estão geralmente devastados porque acham que isso significa que estarão em uma cadeira de rodas em cinco anos, mas isso simplesmente não é verdade", diz a Dra. Sicotte. Graças à detecção precoce e tratamentos melhores, você não pode acreditar que você sabe que alguém tem EM só de olhar para ela. MITO 3 A EM segue o mesmo caminho para todos os pacientes Os fatos: Esta não é a EM de seu vizinho ou da sua mãe ou daquela celebridade que você segue na TV. A verdade é que não há dois casos de EM sempre iguais. Algumas pessoas têm leve dormência nos membros uma vez na vida, enquanto outros podem desenvolver paralisia severa ou perda de visão. O curso da EM é muitas vezes imprevisível. "Você não pode sequer olhar para os membros da família que têm EM e dizer que esta é a forma como a minha EM vai se comportar ", diz Carrie Lyn Sammarco, do Centro de Atenção 2 / 5
Integral à Esclerose Múltipla no Centro Médico Langone da Universidade de Nova York. "A EM varia de pessoa para pessoa, e até mesmo dentro da pessoa." MITO 4 A EM afeta somente as pessoas velhas Os fatos: A EM não é uma doença do envelhecimento. A maioria das pessoas com esclerose múltipla são diagnosticadas entre as idades de 20 e 50. Dito isto, as crianças, adolescentes e até mesmo idosos também podem desenvolver EM. De acordo com a National Multiple Sclerosis Society, cerca de 400.000 pessoas nos EUA têm EM e 200 pessoas mais são diagnosticadas a cada semana. Dados extraoficiais indicam 35.000 pessoas afetadas no Brasil [nota do tradutor]. MITO 5 A incidência de EM está aumentando Os fatos: os pesquisadores não podem dizer com certeza que a EM está em ascensão. "Podemos estar ficando melhor a diagnosticá-la e pode haver casos em que não a teríamos diagnosticado no passado, devido ao advento da ressonância magnética", diz Dra. Sicotte. Podemos dizer que a diferença entre homens e mulheres com esclerose múltipla está se expandindo. "Nós sabemos que as mulheres são diagnosticadas com EM com mais freqüência do que os homens, mas a proporção está aumentando", diz ela. "Ela costumava ser duas mulheres para cada homem e agora ela está se aproximando de quatro mulheres para cada homem!" MITO 6 - Mulheres com EM não podem engravidar Os fatos: Como com outras doenças auto-imunes, a gravidez pode realmente ser uma coisa boa para as mulheres com EM. "A maioria das mulheres com EM vai entrar em remissão durante o terceiro trimestre da gravidez", diz a Dr. Sicotte. Há até mesmo um crescente corpo de evidências de que a gravidez pode reduzir para sempre o risco das mulheres desenvolverem EM, em primeiro lugar. Um estudo de mais de 700 mulheres australianas mostrou que as mulheres com pelo menos um filho tinham cerca de 50% menos probabilidade de desenvolver a doença do que as mulheres sem filhos. A redução foi ainda maior para as mulheres com três ou mais filhos. Os pesquisadores não sabem por que isso é assim, mas eles suspeitam que o ambiente hormonal da gravidez pode desempenhar um papel. 3 / 5
MITO 7 - Mulheres com EM não podem amamentar Os fatos: Enquanto a EM muitas vezes entra em um período de remissão durante a gravidez, muitas mulheres vão ter um surto depois do parto. "Se a doença estava ativa antes da gravidez, há um maior risco de um surto depois", diz a Dr. Sicotte. Alguns dos medicamentos usados para tratar os surtos de esclerose múltipla não podem ser tomados durante a amamentação. É melhor discutir os seus riscos e medicação com o seu médico, mas algumas mulheres podem com segurança amamentar com EM. Não se desespere, acrescenta Sammarco da NYU. "Nós podemos ajudar a desenvolver um plano que permite que a maioria das mulheres com EM possa amamentar." MITO 8 O risco de EM está todo em seus genes Os fatos: "É evidente que é uma doença auto-imune", diz a Dra. Sicotte. Os genes desempenham um papel, mas eles não são o princípio e o fim de tudo. "Se você fizer uma história familiar detalhada, provavelmente haverá outros casos de EM ou auto-imunidade na família, mas isso é apenas parte da equação." O risco para EM é cerca de 10 vezes maior se você tiver um membro da família com EM, mas os fatores ambientais e agentes possivelmente infecciosos podem desempenhar um papel na determinação de quem desenvolve EM e quem não tem. MITO 9 - Pessoas com esclerose múltipla devem evitar exercícios Os fatos: "Nos tempos antigos, as pessoas eram recomendadas de que não deveriam fazer exercícios se elas tivessem EM," diz a Dra. Sicotte. Mas agora sabemos que os benefícios do exercício superam os riscos para as pessoas com EM, a menos que elas estejam enfrentando um surto. A maré mudou em 1996, quando pesquisadores da Universidade de Utah mostraram que o exercício aeróbico melhora muitos dos sintomas da esclerose múltipla, incluindo a função da bexiga e do intestino, fadiga e depressão. Muitos outros estudos suportam esses achados. O exercício pode causar superaquecimento a uma pessoa com EM, o que pode desencadear os sintomas, mas se manter hidratado e balanceando atividades com descanso pode ajudar as pessoas a manter a calma. "A perda de peso pode ajudar muito se você está acima do peso", diz a Dra. Sicotte. "Quanto menos você tiver de se movimentar, mais fácil de se mover." MITO 10 A EM tem cura 4 / 5
Os fatos: Infelizmente, não há cura para a EM ainda. Dito isto, a remissão por longo prazo é possível para muitas pessoas. Alguns podem nunca experimentar quaisquer sintomas após terem sido diagnosticados com EM, mas a evidência de progressão ainda pode aparecer na novas imagens de ressonância magnética (MRI) do cérebro. "As mudanças de ressonância magnética ocorrem 7 a 10 vezes mais do que a atividade clínica," diz a Dra. Sicotte. A boa notícia é que há mais tratamentos para EM disponíveis hoje do que nunca e os avanços com transplantes de células-tronco e outras tecnologias de ponta podem um dia representar uma verdadeira cura para a esclerose múltipla. Extraído de http://abcnews.go.com/health/top-10-myths-multiple-sclerosis/story?id=19752065 # Tradução livre. Curte, compartilha e comenta no FACEBOOK. 5 / 5