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O crescimento do Comércio Exterior brasileiro deve ser mais lento em 2018 após registrar em 2017 a maior alta da séria histórica do Trade Report da A.P. Moller-Maersk, que teve início em 2012. Mesmo com a recuperação econômica do País e o impacto positivo da Copa do Mundo nas importações, será difícil para o Brasil manter o mesmo nível de crescimento do ano passado. Esperamos que o Comércio Exterior brasileiro cresça 3,4% neste ano, com aumento de 4,6% nas importações e 1,3% nas exportações, revela Antonio Dominguez, Diretor Principal da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul, destacando como a base de comparação ano a ano é maior no período avaliado. O último trimestre de 2017 apresentou crescimento de +13,1% nas exportações e importações, totalizando 8,9% de crescimento no ano em comparação com 2016. Considerando apenas as exportações, o crescimento trimestral foi de 10,2%. Já as importações, sob o efeito Copa do Mundo, aumentaram 16,9% no período. No ano, o crescimento das exportações foi de 4% e das importações, 15,5%. Importações + Exportações Comércio Exterior mantém crescimento de dois dígitos no quarto trimestre de 2017, ainda refletindo uma base de comparação baixa. Variação (% vs mesmo trimestre do ano anterior) 10,4% 13,1% 3,1% 5,9% 5,6% -0,4% -5,8% -8,0% -9,3% -3,7% -2,3% Q2-2015 Q3-2015 Q4-2015 Q1-2016 Q2-2106 Q3-2016 Q4-2016 Q1-2017 Q2-2017 Q3-2017 Q4-2017 Source: Dataliner 2
BÉ possível observar que todas as regiões do País estão crescendo tanto em exportação quanto em importação, porém, explica Dominguez, não é possível afirmar que essa expansão se sustentará a longo prazo. Vimos um impacto considerável da Copa do Mundo no último trimestre de 2017, em especial na região Norte, e, como o evento tem um efeito pontual, precisamos esperar mais tempo para saber se esse começo de retomada econômico será suficiente para sustentar o crescimento do Comércio Exterior nos próximos trimestres. A Copa impactou não apenas o final de 2017, mas também o primeiro trimestre de 2018, que deve ser o mais forte do ano, de acordo com companhia. Passado o efeito do evento não-recorrente, será possível avaliar mais assertivamente o real desempenho do setor. De fato, estamos mais otimistas do que estávamos no início do ano passado, mas ano eleitoral é sempre repleto de incertezas. Além disso, a grande corrida para repor estoques após a crise já foi em 2017, o que não deve acontecer novamente em 2018, explica João Momesso, Diretor de Trade e Marketing da Maersk Line para a Costa Leste da América do Sul. O evento esportivo tem impulsionado a importação de bens principalmente dos segmentos de eletrônicos, plástico, borracha, químicos, têxtil e couro. Volume Dividido por Região 4º Trimestre de 2017 Importações + Importações NorthEast 7% North 4% South 37% 52% SouthEast Source: Dataliner 3
EXPORTAÇÕES: DIFICULDADE EM TRAZER CONTÊINERES DA CHINA E PREÇO DO BUNKER SÃO DESAFIOS PARA ARMADORES Tanto as cargas secas quanto as reefer contribuíram para o crescimento registrado no último trimestre de 2017, tendência que deve se manter ao longo deste ano. Enquanto as cargas secas tiveram crescimento de 10,5% em comparação com o mesmo período de 2016, as refrigeradas registraram alta de 8,3% na mesma base de comparação. Algodão, madeira e carne foram os principais propulsores de crescimento das exportações no período, com alta de 62%, 25% e 50%, respectivamente. Destaca-se também o desempenho da soja entre as commodities, que registrou alta de 157% por conta da maior demanda proveniente de Bangladesh e Holanda. CARGA SECA: ALGODÃO IMPRESSIONA E INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA SE RECUPERA A razão da performance excepcional do algodão entre outubro e dezembro de 2017 é o crescimento da economia global e o consequente aumento do consumo. China, Bangladesh e Turquia demandaram mais matéria-prima e a commodity registrou crescimento de 152%, 132% e 142%, respectivamente, nas exportações para esses países. O que pode ser um desafio para o segmento em 2018 são os gargalos logísticos, tendo em vista que os exportadores podem ficar sujeitos ao mercado spot se não se programarem para reservar seus espaços. O mercado de algodão está crescendo e se encaixar na capacidade do mercado é um desafio para os exportadores. Na Maersk Line, trabalhamos para manter uma relação próxima com os nossos clientes justamente para que todos possam conseguir transportar seus produtos com tranquilidade ao longo de todo o ano, salienta Momesso. Outro setor que passa a se destacar após uma grave crise é o automobilístico. Temos claros e importantes indicativos do crescimento de alguns segmentos e um deles é a indústria automobilística. As exportações de carros e autopeças aumentaram 25% no último trimestre do ano o que também ocorreu na Argentina, em escala um pouco menor (20%). Isso sinaliza uma retomada na atividade dessa indústria que foi tão impactada nos últimos anos, comenta Nestor Amador, Diretor Comercial da Mersk Line para a Costa Leste da América do Sul. A madeira exportada pelo País teve como destino países da Europa, do Oriente Médio e do Extremo Oriente. As exportações cresceram de modo significativo nos principais mercados dessas regiões: China (+66%), Índia (+44%) e Reino Unido (+37%). Exportações Carga Seca Os resultados positivos em todos os corredores comerciais demonstram uma expansão consistente na exportação de carga seca Europa 12.6% Extremo Oriente Africa Oriente Médio 5.6% 16.5% 18.5% Q4 2017/2016 Q4 2017/2016 Q4 2017/2016 Q4 2017/2016 Source: Dataliner 4
Os resultados positivos em todos os corredores comerciais (Europa, África, Oriente Médio e Extremo Oriente) demonstram uma expansão consistente na exportação de cargas secas. Destaca-se o crescimento de exportações para a África, que representa uma considerável melhora na economia dos países produtores de petróleo, mas também indica aumento no preço do bunker em 2018. CARGA REFRIGERADA: MAERSK LINE LANÇA NOVO SERVIÇO PARA ATENDER ALTA DEMANDA NO PECÉM No segmento reefer, destaca-se também o crescimento das exportações de frutas, vegetais e plantas, com alta de 14% no 4TRI17, saindo principalmente do Porto do Pecém. Para atender o mercado em crescimento em 2018, a Maersk Line lançou um novo serviço já no primeiro trimestre de 2018. Identificamos uma demanda maior e, para permitir que nossos clientes expandam ainda mais seus negócios, lançamos uma quarta rotação à rede Ásia América Latina / Costa Oeste da América do Sul (AC), que conecta a Ásia com Colômbia, Caribe e o Porto do Pecém. O novo serviço AC5 oferece uma maior cobertura portuária e tempos de trânsito reduzidos, detalha João Momesso. A Europa e o Extremo Oriente são os mercados que estão sustentando a exportação de carga refrigerada do Brasil, com crescimento de 5,4% e 19,3%, respectivamente, tendência que deve se manter em 2018. As exportações para a África caíram 0,9% no quarto trimestre de 2017 e para o Oriente Médio cresceram apenas 0,7%. O crescimento das exportações de carga reefer para a Europa é sustentado pela demanda da região por carne, frutas e vegetais. Considerando o Extremo Oriente, destaca-se as exportações de aves e carne especialmente para a China, tendo em vista o novo patamar de poder de compra da população. O país está passando por uma evolução no quesito renda, o que tem motivado os chineses a consumir mais carne como principal fonte de proteína, explica Nestor Amador. Nesse sentido, se de um lado a maior demanda por carne brasileira é positiva, outro desafio para as companhias de transporte marítimo em 2018 é trazer os contêineres reefers de volta, tendo em vista a falta de espaço nos navios enquanto o segmento tende a continuar crescendo. Serviço AC5 Eastbound programação e tempos de trânsito para toda a rede AC disponíveis em maerskline.com 5
IMPORTAÇÕES: COPA DO MUNDO NÃO DEVE SER SUFICIENTE PARA MANTER NÍVEL DE CRESCIMENTO DE 2017 Importações Apesar do crescimento constante nos últimos trimestres, os níveis das importações ainda estão abaixo dos números registrados em 2014 Variação (% vs mesmo trimestre do ano anterior 14,0% 14,0% 16,8% 14,4% 16,9% -11,4% -13,4% -17,4% -8,4% -29,7% -31,0% Q2-2015 Q3-2015 Q4-2015 Q1-2016 Q2-2106 Q3-2016 Q4-2016 Q1-2017 Q2-2017 Q3-2017 Q4-2017 Source: Dataliner Embora tenha sido identificado um crescimento consistente nos últimos trimestres, os níveis de importação no Brasil ainda estão abaixo do que foi registrado em 2014 fato que ainda não deve se reverter em 2018. Além de o efeito Copa do Mundo ter durado somente no primeiro trimestre, as incertezas econômicas provenientes do ano eleitoral não contribuem para a reversão do quadro. Além disso, é importante ressaltar que a corrida para reposição de estoques foi feita ao longo do ano passado, o que refletiu no crescimento de 15,5% das importações em 2017 algo que não deve se repetir ao longo dos próximos meses. Entre outubro e dezembro de 2017, o Brasil importou principalmente do Oriente Médio e do Extremo Oriente, que apresentaram crescimento de 25,3% e 25,6%, respectivamente. Os segmentos que se destacaram foram Apparel & Recreational (+33%), Automobile & Transportation (+25%) e Textile & Leather (+20%). A Copa do Mundo ainda surtiu efeito na importação de outros produtos, como eletrônicos (+16%), químicos (+12%), plástico e borracha (+12%), ao passo que a indústria de metais, mineração e construção também apresentou crescimento robusto (18%), mas sem impacto de eventos específicos. 6
Your promise. Delivered. Sobre a Maersk A Maersk tem mais de 6.800 funcionários na América Latina e 89.000 no mundo. A Maersk está presente em mais de 130 países. O grupo também está envolvido na produção de petróleo e gás, serviços de reboque e emergência no mar, perfuração de petróleo e petroleiros, com ênfase na segurança e treinamento de pessoal altamente qualificado, bem como sustentabilidade. www.maersk.com Sobre a Maersk Line A Maersk Line é a maior empresa de transporte marítimo de contêineres do mundo. A Maersk Line emprega 7.800 marítimos e 21.800 empregados em terra e opera 639 navios porta-contentores. A Maersk Line atende clientes através de 306 escritórios em 114 países. A América Latina representa cerca de 12% dos volumes globais da Maersk Line. Para mais informações, entre em contato com: PR Consulting Brasil Gabriela Forlin Patrícia Diguê +55 11 3078 7272 7
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