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Transcrição:

ORIGEM: 10ª VARA FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE RELATÓRIO Trata-se de apelação do autor contra a sentença (fls. 55/57) que, reconhecendo a ocorrência da prescrição, julgou extinto o processo com resolução de mérito. Em suas razões recursais pugna o suplicante pela reforma total da sentença, alegando, em síntese, que a prescrição deve ser afastada ante a menor idade da suplicante à época da suspensão do benefício. Apresentadas as contrarrazões. É o que havia de relevante para relatar. Modelo em branco relatório voto e acórdão Des. Fed. Rogério Fialho Moreira p. 1/5

ORIGEM: 10ª VARA FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE VOTO A suplicante pleiteia o restabelecimento de seu benefício de pensão por morte indevidamente suspenso. O juízo a quo extinguiu o feito com resolução de mérito ante o reconhecimento da prescrição quinquenal das parcelas pleiteadas. Compulsando os autos verifico que a sentença, submetida a esta Corte por força de recurso apelatório, deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Penso que o ilustre julgador monocrático interpretou corretamente a legislação de regência, avaliando os fatos narrados nesta demanda, decidindo acertadamente. A autora, na condição de dependente de sua mãe adotiva, percebia o benefício de pensão por morte até o advento da suspensão, ocorrida em 30/04/1990. Ocorre que em 15 de janeiro de 1996 a autora completou 21 anos de idade, não mais se aplicando a exceção contida no único do artigo 103 da Lei nº 8.213/91, a partir de quando passou a transcorrer normalmente o prazo quinquenal para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social. De outra sorte, deve-se considerar também que o termo final para a percepção do benefício de pensão por morte para o filho se dá quando da sua emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se inválido, nos termos do inciso II do 2º do artigo 77 da Lei nº 8.213/91. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. FILHOS MAIORES DE 21 ANOS. ART. 103, PARÁGRAFO ÚNICO, LEI 8.213/91. OCORRÊNCIA DE PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. - Trata-se de requerimento de pensão por morte para dois filhos já maiores de idade, que nunca receberam dito benefício previdenciário desde o falecimento de seu genitor em 1983. Modelo em branco relatório voto e acórdão Des. Fed. Rogério Fialho Moreira p. 2/5

- Aplicação do prazo prescricional quinquenal, cujo termo a quo será a data da maioridade dos demandantes, pois até os 21 (vinte e um) anos de idade os filhos do segurado falecido faziam jus à pensão por morte (art. 103, parágrafo único, lei 8.213/91 e art. 1º, Decreto 20.910/32). - Os demandantes atingiram a maioridade em novembro de 1999 e em janeiro de 2002, motivo pelo qual teriam até 2004 e 2007, respectivamente, para propor a ação de cobrança. No entanto, a presente demanda foi proposta somente em 2008, após o decurso do prazo prescricional quinquenal, sendo devida a extinção do processo com julgamento de mérito com base no art. 269, IV, CPC. - Apelação não provida. (TRF5, AC452108/AL, 2ª Turma, Relator: Paulo Gadelha, DJ. 24/08/2010, DP. 02/09/2010, pág. 236) Assim, tendo sido a presente demanda ajuizada em 12/07/2004, reconheço que incide a prescrição quinquenal das parcelas pretendidas. Isso posto, nego provimento à apelação do autor. É como voto. Recife, 09 de dezembro de 2010. Des. Federal ROGÉRIO FIALHO MOREIRA Relator Modelo em branco relatório voto e acórdão Des. Fed. Rogério Fialho Moreira p. 3/5

ORIGEM: VARA EMENTA PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. ADOÇÃO. BENEFÍCIO SUSPENSO. RESTABELECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL DAS PARCELAS APÓS A MAIOR IDADE DA SUPLICANTE. 1. A suplicante na condição de dependente de sua mãe adotiva, percebia o benefício de pensão por morte até o advento da suspensão, ocorrida em 30/04/1990. Pleiteia o restabelecimento de seu benefício indevidamente suspenso. 2. O juízo a quo extinguiu o feito com resolução de mérito ante o reconhecimento da prescrição quinquenal das parcelas pleiteadas. 3. O termo final para a percepção do benefício de pensão por morte para o filho se dá quando da sua emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se inválido, nos termos do inciso II do 2º do artigo 77 da Lei nº 8.213/91. 4. Em 15 de janeiro de 1996 a autora completou 21 anos de idade, não mais se aplicando a exceção contida no único do artigo 103 da Lei nº 8.213/91, a partir de quando passou a transcorrer normalmente o prazo quinquenal para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social. 5. Tendo sido a presente demanda ajuizada em 12/07/2004, incide a prescrição quinquenal das parcelas pretendidas. 6. Apelação do autor improvida. Modelo em branco relatório voto e acórdão Des. Fed. Rogério Fialho Moreira p. 4/5

Vistos, etc. ACÓRDÃO Decide a Primeira Turma do, à unanimidade, negar provimento à apelação do autor, nos termos do voto do relator, na forma do relatório e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Recife, 09 de dezembro de 2010. Des. Federal ROGÉRIO FIALHO MOREIRA Relator Modelo em branco relatório voto e acórdão Des. Fed. Rogério Fialho Moreira p. 5/5