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Transcrição:

1. PERFIL DO CURSO A docência é o elemento central que constitui a identidade do Projeto Pedagógico do Curso e pode ser entendida como a ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional. Esse processo é construído levando em conta as relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia. Com isso o curso se desenvolve na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo. Nessa perspectiva, a docência, enquanto elemento central, organiza toda a concepção acadêmica do Curso, baseada no princípio da ação-reflexãoação como componente dinamizador do processo de ensino-aprendizagem. O curso busca a realização e o aperfeiçoamento dos diversos processos formativos que ocorrem tanto nos espaços escolares, como nos espaços não-escolares (orfanatos, hospitais, projetos sócio culturais, instituições de Saúde, Organizações não governamentais, dentre outros) O curso visa também a formação do professor-pesquisador capaz de atuar na área educacional investigando os problemas de interesse científico nos espaços escolares e não-escolares. Diversas disciplinas do curso dedicam-se a preparar o graduando para a pesquisa científica, exercitando a curiosidade e proporcionando reflexões sobre problemas de pesquisa e metodologias de investigação. O educador contemporâneo, além de conhecer as teorias que fundamentam o ensino-aprendizagem, deve se formar como pesquisador e conhecer as práticas educacionais, sociais, culturais, religiosas que permeiam as dinâmicas sociais presentes no contexto nacional e seus reflexos no cotidiano escolar. Formação é entendida como processo dinâmico e dialógico em que o aprendiz é motivado a pensar ativamente sobre a sua práxis ação humana que produz a realidade social a partir das experiências vividas, tanto na profissão como na vida pessoal. Nesse sentido, a práxis é a atitude (teórico/prática) para compreender e intervir na realidade, modificando-a, mas também sofrendo modificações na maneira de pensar e agir. Isso direciona nossos estudantes a desenvolverem Página 1 de 14

projetos de investigação e/ou intervenção em ambientes escolares, bem como em diferentes projetos sócio culturais. Nessa perspectiva, buscamos enfatizar uma concepção de prática que não seja a imitação de modelos, mas a elaboração de modelos próprios embasados teoricamente e personalizados pelas potencialidades e carências na realidade do mundo do trabalho. Concebemos a prática educativa como fonte da atividade reflexiva bem como da prática investigativa. As atividades práticas são formadoras e contribuem para a práxis do licenciando. Diante deste entendimento do coletivo, a Resolução 01/CNE de 18 de fevereiro de 2002, em Art. 12, & 1º, endossa que a prática não poderá ficar reduzida a um espaço isolado, que a restrinja ao estágio, desarticulado do restante do curso e o & 2º a prática deverá estar presente desde o início do curso e permear toda a formação do professor. Na mesma resolução o Art. 13, destaca que em tempo e espaço curricular específico, a coordenação da dimensão prática transcenderá o estágio e terá como finalidade promover a articulação das diferentes práticas, numa perspectiva interdisciplinar. Considerando a complexidade das interações nos processos formativos para a docência, a interdisciplinaridade favorece a compreensão, pelos estudantes, das várias maneiras de se construir um objeto científico e das relações que podem existir entre conceitos oriundos de disciplinas diferentes. Isso só pode enriquecer sua reflexão pedagógica e sua prática futura no território da educação. Favorece aproximações e interseções colaborativas e a construção de redes sociais além da sala de aula, nas comunidades em que a escola está inserida. As novas tecnologias e seu ensino-aprendizagem tornam ainda mais indispensável a interdisciplinaridade. A formação em estudos culturais favorece a inserção do educador nas comunidades, e sua criatividade em relação às tecnologias sociais. Nesse sentido, a interdisciplinaridade constitui um novo modo de pensar a complexidade que caracteriza o mundo atual, do qual pode emergir uma consciência diferenciada da realidade, que resulte em um intercâmbio de diferentes conhecimentos e saberes. Possibilita o entendimento e a resolução de questões que permeiam o cotidiano do ato educativo, dando suporte à formação de cidadãos reflexivos, críticos, capazes de perceber a si mesmos e à sociedade em sua dimensão Página 2 de 14

plural. A formação do professor, baseada nessa perspectiva, com ênfase na docência, implica a exploração do conhecimento teórico e prático, na valorização da diversidade e pluralidade cultural. O conhecimento das formas variadas de interação cultural e cognitiva, em sala de aula e no contexto social, é necessário para a compreensão e o domínio dos processos formativos em espaços formais e não formais, particularmente, das diferentes manifestações de linguagem. Entre essas manifestações destacam-se a Língua Brasileira de Sinais, as linguagens das tecnologias digitais e as linguagens corporais. A competência dos alunos nessas múltiplas linguagens é um dos requisitos para a educação inclusiva. Os desafios do mundo contemporâneo demandam repensar o processo de ensino e aprendizagem com vistas a orientar escolhas na ação educativa e nas modalidades de ação, para que o entendimento dessas questões propicie o advento de sujeitos criativos, capazes de reinventar o cotidiano. 2. PERFIL DO EGRESSO O licenciado em Pedagogia, formado na UNIJORGE, poderá exercer funções de Magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Nível Médio, na modalidade Normal, na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos escolares, conforme determina a legislação. Além de assessorias pedagógicas na atividade docente e de pesquisa, com uma sólida formação centrada na gestão em ambientes interculturais, este profissional poderá, ainda, exercer funções de gestão do processo educativo em instituições escolares e não escolares. 3. METODOLOGIA DO ENSINO A abordagem pedagógica da UNIJORGE reconhece a necessidade de promoção contínua e Página 3 de 14

progressiva da autonomia do estudante, e elege, portanto, a abordagem humanística, o sociocognitivismo e o trabalho colaborativo para a construção do conhecimento como pressupostos educativos que subsidiam e definem o processo de ensinagem. A UNIJORGE associou à experiência técnico-pedagógica de seus fundadores com a continuidade de seus atuais líderes educacionais, e optou como princípio epistemológico de suas diretrizes pedagógicas institucionais pela conciliação de princípios filosóficos, teóricos e metodológicos contemporâneos pautados, principalmente, na Teoria da Aprendizagem Significativa, que tem seu foco na problematização do processo de ensino-aprendizagem e que considera a experiência de vida de cada estudante como ponto de partida para a aprendizagem (AUSUBEL, 2000 1 ; MOREIRA, 2006 2 ; PELIZZARI et. al., 2002 3 ). Assim, a aprendizagem é pautada nos princípios do cognitivismo de Ausubel (1980 4, p. 5) que privilegia a aprendizagem significativa assimilada pela recepção e/ou descoberta. Representação visual do processo de aprendizagem: 1 AUSUBEL, D. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa: Paralelo, 2000. 2 MOREIRA, M. A. A teoria da aprendizagem significativa e sua implementação na sala de aula. Brasília: EdUNB, 2006. 3 PELIZZARI, A. et. al. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. Revista Psicologia, Educação e Cultura, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002. 4 AUSUBEL, D. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. Página 4 de 14

Mapa conceitual síntese do processo de aprendizagem significativa. Fonte: elaboração própria, 2011. A ideia do problema como mobilizador da necessidade da aprendizagem está pautada na premissa de que, na metodologia da problematização, o estudante se vê frente a um desafio, a um problema relacionado à vida em sociedade, que se converte em problema de conhecimento. Cria-se a necessidade de construir, investigar, mobilizando o desejo do Outro para a aprendizagem. A existência de um problema socialmente relevante mobiliza cognitivamente o sujeito para a construção de soluções. A existência do desafio coloca o estudante no lugar de sujeito, já que a solução de problemas possibilita a participação ativa, desfocando a função de transmissão mecânica e atribuindo um papel dialógico aos atores do processo. É imperiosa a necessidade de haver uma associação entre teoria e prática que consiga impor novos desafios para o conhecimento significativo. A abordagem da problematização foi eleita numa tentativa de superar a aprendizagem mecânica e exigir, dos estudantes, aprendizados com significados mais complexos das relações que constituem a situação problemática (MORETTO, 2009 5 ). Afinal, a cada dia a sociedade exige mais qualificação técnica para aumentar as possibilidades de empregabilidade, associada à consciência da necessidade de fortalecimento da cidadania e seus reflexos para o desenvolvimento social. 5 MORETTO, V. P. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de competências. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. Página 5 de 14

Assim, na medida em que o estudante consegue transformar-se em construtor de significados no seu processo educativo, mediado por docentes que favoreçam esse espaço e que consideram as experiências de vida do estudante, ele insere-se num universo simbólico de acomodação do conhecimento (PIAGET, 2002 6 ). Partindo da Teoria da Aprendizagem Significativa a UNIJORGE adotou os seguintes pilares para desenvolvimento do seu PPI: Em se tratando de EAD, são aplicados os mesmos princípios, destacando-se: a) A composição dos cursos, que conta com conteúdos produzidos e estruturados de forma a conduzir o estudante ao desenvolvimento de sua autonomia, de forma que, mesmo lhe sendo apresentada uma linha de raciocínio para que o mesmo desenvolva seu curso, ele pode construir outro percurso de aprendizagem que lhe for mais apropriado. Esta autonomia se estabelece, também, no momento em que o estudante pode escolher o melhor horário e espaço de tempo para seus estudos e realização de atividades. b) O aprendizado herdado pelos estudantes, a partir de conhecimentos anteriores, os quais são trazidos à tona a partir da exposição dos conteúdos e da realização de tarefas. c) A problematização, que é uma constante na composição das atividades desenvolvidas ao longo dos cursos, e é uma das técnicas utilizadas pelo corpo docente, no intuito de trabalhar a construção do conhecimento junto ao corpo discente, durante o processo de 6 PIAGET, J. A construção do real na criança. São Paulo: Ática, 2002. Página 6 de 14

mediação. Pretende-se, portanto, que o egresso da UNIJORGE não tenha apenas as respostas ou resultados das situações apresentadas em sala de aula, mas, sobretudo, que saiba lidar com cenários diversos e tenha criatividade para construir procedimentos e participar dos processos decisórios. 4. ATIVIDADES COMPLEMENTARES O objetivo das Atividades Complementares é o enriquecimento da formação do aluno em sua área profissional e em outros campos de conhecimento, permitindo um grau de flexibilidade curricular que lhe faculte autonomia para dirigir sua formação profissional e cumprir as determinações, quando regulamentadas pelo MEC. Podem ser consideradas Atividades Complementares, dentre outras, a monitoria, iniciação científica, projetos de extensão, módulos temáticos, seminários, simpósios, congressos, conferências, atividades artísticas e culturais, cursos e disciplinas oferecidos pela própria IES ou por outras instituições. Para o aproveitamento das Atividades Complementares, deverá ser exigido do aluno, como comprovação, dentre outros: certificados, atestados, diplomas, relatórios. Se a prova da Atividade Complementar não informar a respectiva carga horária, esta será estimada pela Coordenação do Curso, a partir do tipo de atividade e do regulamento de atividades complementares do curso. Deve-se levar em conta, para o aproveitamento total da carga horária, a relevância para o processo de formação e a relação de contemporaneidade entre a realização da atividade e o curso de graduação do aluno. O aluno pode realizar Atividades Complementares desde o primeiro semestre do curso. 5. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DO CURSO Página 7 de 14

Avaliação Institucional: A UNIJORGE entende que a Avaliação Institucional é um importante instrumento de gestão, pois possibilita o acompanhamento e análise do desempenho acadêmico e administrativo da Instituição, com a finalidade de melhorar a qualidade do ensino e dos processos de gestão. Tal procedimento interessa a toda comunidade corpo docente, discente, colaboradores, gestores e a própria sociedade e, portanto, deve ser encarada como uma atividade prioritária e envolver todos os interessados de forma consequente e relevante. Iniciação científica: A Iniciação Científica (IC) é uma atividade que permite introduzir o estudante de graduação no universo do texto acadêmico e suas exigências, preparando-o para o futuro exercício da pesquisa científica. Considerando a ênfase que se tem dado à Iniciação à Docência (ID), nossos projetos de IC estão intimamente ligados à ID, possibilitando assim que os alunos desenvolvam habilidades que os possibilite atuar a partir da análise e investigação do cotidiano da escola, iluminados pelas teorias e pesquisas já realizadas na área de conhecimento. Monitoria: As atividades de Monitoria são voltadas para os Cursos de Graduação e têm por objetivo propiciar ao estudante a experiência de atuação grupal, enriquecendo as atividades de ensino. A Monitoria possibilita também a identificação de vocações para a docência. NOLE: Os estudantes que ingressam nos variados cursos da UNIJORGE apresentam, de modo geral, dificuldades para compreender e interpretar textos de diferentes graus de complexidade, bem como para produzir textos escritos com unidade, objetividade e coerência. O projeto do NOLE - Núcleo Oficina de Leitura e Escrita - visa contribuir, de modo efetivo, para minimizar essas dificuldades, com o planejamento e organização de Oficinas de Leitura e Escrita. NPPD: A Instituição vem investindo de forma efetiva na formação e desenvolvimento do seu corpo Página 8 de 14

docente. Desde 2008, foi implantado o Núcleo de Pesquisa em Práticas Docentes (NPPD) visando desenvolver estratégias para atendimento das demandas de qualificação docente nas diferentes áreas de conhecimento e garantir fóruns de discussão de conteúdos pertinentes às questões didático-pedagógicas. O NPPD é constituído por professores da UNIJORGE e tem por atribuição atuar na investigação, acompanhamento e orientação da prática dos docentes dos cursos de graduação, a fim de fornecer subsídios teóricos e práticos necessários ao trabalho voltado para a aprendizagem significativa dos estudantes. Desde a sua criação, o Núcleo vem estabelecendo parceria com os professores de todas as áreas de conhecimento em que a Instituição atua, com o objetivo de pensar, refletir e construir conjuntamente os principais instrumentos concretos de atuação pedagógica institucional: o Plano de Intervenção Didática (PID) e a Avaliação Periódica Discente (APED). 6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM O processo de avaliação é a dimensão de maior complexidade do fazer pedagógico institucional. Corresponde à atividade que estabelece o diagnóstico da qualidade dos projetos dos cursos. Indica os pontos de segurança e fragilidade em relação à aprendizagem que se desdobra na construção do conhecimento, o que permite estabelecer estratégias para a continuidade da proposta acadêmica de cada curso, reforçando os conteúdos que estão em construção favorável à significação do conhecimento e retomando, com estratégias alternativas, as dimensões de conteúdos que se apresentam frágeis. O binômio avaliação e conhecimento está intricado na condução do Projeto Pedagógico da UNIJORGE. Essa relação, ao contrário de estabelecer uma relação passiva entre os sujeitos, remete a uma dinâmica crítica de responsabilidade institucional e, também, de compromisso individual, entrelaçando toda a comunidade acadêmica. Os estudantes da UNIJORGE, independentemente da sua modalidade de ensino, são compreendidos como sujeitos que constroem o seu conhecimento mediado por instrumentos e símbolos que participam, transformam e dinamizam o seu processo de aprendizagem. Página 9 de 14

Partindo dessa compreensão, a abordagem pedagógica da UNIJORGE reconhece a necessidade de promoção da contínua e progressiva autonomia do sujeito cognoscente que subsidia e define a ação educacional, bem como implementa as respectivas práticas previstas nos conteúdos curriculares. No contexto da Teoria da Aprendizagem Significativa a concepção de avaliação assume o desafio de romper com o modelo tradicional de ensino, historicamente cristalizado na sala de aula presencial, que se restringe a momentos avaliativos específicos para realização de provas e exercícios, para assumir uma postura de compreensão das potencialidades dessa modalidade de ensino, com seus recursos tecnológicos e possibilidades de implementação de diferentes estratégias avaliativas. Assim, a concepção de avaliação para a UNIJORGE está pautada em dimensões quantitativas e qualitativas, redirecionando o seu foco para um contexto diagnóstico, somativo e formativo que tem como objetivo estabelecer um processo contínuo e dinâmico, não se restringindo a momentos estanques como provas e exercícios, sendo seu alvo maior a aprendizagem e a formação acadêmica, profissional e social dos estudantes. A avaliação deixa de ser um momento final do processo de ensino-aprendizagem para transformar-se numa busca incessante de compreensão das dificuldades do estudante e numa dinamização de novas oportunidades de reconstrução coletiva do conhecimento do professor e discente. É parte integrante da metodologia a aplicação correta dos modelos de avaliação, respeitando-se o momento de cada estudante e seu contexto. Os instrumentos de avaliação da aprendizagem utilizados pelos cursos da UNIJORGE são diversificados e caracterizados pela necessidade de transformar formas convencionais e criar instrumentos eficazes para atender à concepção pedagógica vigente nos cursos. Dessa forma, a concepção de avaliação de aprendizagem na UNIJORGE é considerada como um processo contínuo e processual que se inicia quando o estudante ainda é calouro e conclui-se com a colação de seu grau. Para atingir essa finalidade deverão ser privilegiadas as estratégias que estimulem o autodesenvolvimento dos estudantes, bem como a promoção da interação entre as partes envolvidas no processo ensino-aprendizagem, de maneira a possibilitar a construção colaborativa do conhecimento. Página 10 de 14

A perspectiva da UNIJORGE é de que o processo de formação garanta o desenvolvimento de competências profissionais. Portanto, a avaliação destina-se à análise da aprendizagem do discente de modo a favorecer seu percurso, regular as ações de sua formação e certificar sua formação profissional. Enfim, todo o esforço de aprendizagem que a UNIJORGE realiza é focado na busca de referenciais que subsidiem e dinamizem a construção de novas visões no universo da avaliação: relações que envolvem o processo de ensinar-aprender-avaliar, ou seja, a aprendizagem significativa com base em problemas que aliam teoria e prática. 7. TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO No contexto atual, a pesquisa constitui-se um campo fértil de reflexões acerca das novas agendas políticas da sociedade contemporânea, tanto no âmbito das academias e instituições que regulam a educação, quanto da sociedade em geral, visando, nesse sentido, atender às demandas recentes e outras exigências. Embora nem sempre adotados como obrigatórios pelas instituições de ensino superior no Brasil, os Trabalhos de Conclusão de Curso TCC - afiguram-se como um valioso convite para a inclusão do graduando no universo da pesquisa, como um primeiro passo rumo a outros níveis da experiência científica, uma preparação para possíveis projetos de Especialização, Mestrado e Doutorado, bem como uma fonte de referências e fundamentação para as ações do graduado, recém-ingresso no mercado de trabalho e engajado nas transformações educacionais. No curso de Pedagogia da UNIJORGE, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) se constitui em atividade acadêmica obrigatória para a conclusão da graduação e colação de grau. Pretende-se que, ao final do Curso, o(a) graduando(a) apresente um trabalho de pesquisa, o qual sirva para solidificar e potencializar os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação. Além de propiciar ao(à) aluno(a) os primeiros contatos com a reflexão crítica e científica, o TCC tem como objetivo principal sistematizar e estabelecer vínculos entre os temas e conteúdos programáticos abordados nas disciplinas em uma monografia, na qual fique evidente o aprimoramento teóricometodológico e a capacidade de reflexão crítica dos(as) alunos(as), contribuindo para a formação profissional do corpo discente e a ampliação dos campos do conhecimento. Página 11 de 14

8. ESTÁGIO CURRICULAR Conforme propõe a Lei 11,788/2008, o estágio é um ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando que esteja frequentando o ensino regular (...). No que se refere à formação de professores, é uma das etapas essenciais do processo e não pode ser isolado. Deve ser articulado com as demais disciplinas da graduação. É um momento onde o futuro professor deve ter oportunidade de aprender a analisar a realidade escolar e planejar intervenções que possam favorecer a aprendizagem dos estudantes. Oportunidade de aprender significa ser orientado e apoiado em suas ações para que ele possa ser capaz de refletir sobre tal realidade. Os estudantes realizam quatro estágios curriculares, sendo o primeiro de imersão no contexto escolar (5º semestre); o segundo em Educação infantil (6º Semestre); o terceiro em Séries Iniciais (7º Semestre) e quarto em Espaço não escolar (8º semestre). As atividades dos estágios são planejadas e acompanhadas pelo supervisor do respectivo estágio, e pelos professores das diferentes didáticas, tanto na construção das situações de ensino (com seus planos de aula), como também no desenvolvimento dessas atividades nas respectivas escolas. Esse é o momento de monitoramento das ações dos estudantes, no sentido de regular as suas aprendizagens sobre o fazer pedagógico. Ao final de cada estágio, os estudantes produzem um relatório descritivo-reflexivo, ou um memorial, apresentando o resultado de sua prática e dos materiais construídos, o qual servirá ao docente supervisor desse estágio de espelho para a sua avaliação final. Esses documentos estão organizados em pastas individuais e etiquetadas (por aluno), onde é possível encontrar os quatro relatórios dos quatro estágios realizados pelos alunos de Licenciatura em Pedagogia e armazenados em um armário fichário, o qual permite um fácil manuseio ou consulta aos referidos documentos. 9. INSTALAÇÕES FÍSICAS (LABORATÓRIOS) Página 12 de 14

Brinquedoteca: Considerando a importância da realização de jogos e brincadeiras para o desenvolvimento da criança, criamos a brinquedoteca, que tanto é utilizada como parte integrante das disciplinas relacionadas à Educação Infantil como em atividades complementares. Nos jogos e brincadeiras, a criança vive os sentimentos e as emoções inerentes à sua constituição enquanto sujeito em formação, experimenta papéis parentais e sociais, elaborando simbolicamente as funções específicas de cada papel representado. Alguns jogos, por exemplo, são capazes de proporcionar condições favoráveis à utilização de estratégias de solução, promovendo a criação de recursos lógico matemáticos, favoráveis à aprendizagem de diversos conteúdos de ensino. As brincadeiras ajudam às crianças a se posicionarem frente aos outros, estabelecendo relações favoráveis de parceria e trocas solidárias, fortalecendo vínculos e valores afetivos de grande valia. A prática de jogos e brincadeiras permite às crianças aliviarem tensões, equilibrar ansiedades, construir conhecimentos e desenvolver as estruturas mentais necessárias à sua constituição. Enfim, a atividade lúdica favorece o desenvolvimento e a aprendizagem infantis e deve ser vista com especial importância durante a formação de professores da educação infantil e das séries iniciais do Curso de Pedagogia. Diante disso, os espaços lúdicos e os objetos são importantes para a formação dos professores, bem como devem ser explorados nas práticas pedagógicas através das diferentes disciplinas. Página 13 de 14

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