REGULAMENTO ESPECÍFICO 1 ÁREA TEMÁTICA: Distribuição, Venda e Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos DESTINATÁRIOS: Técnicos (alínea a) do artigo 3º do Despacho nº 666/2015 de 16 de janeiro.). CURSOS DE FORMAÇÃO CRIADOS (artigo 2º do despacho nº 666/2015 de 16 de janeiro): a)distribuição, comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos (DCAPF); b)inspeção de equipamentos de aplicação de produtos fitofarmacêuticos (IEAPF); c)formadores em distribuição, comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos (FDCAPF); d)atualização em distribuição, comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos (ADCAPF); e)aperfeiçoamento em máquinas e equipamentos de tratamento e proteção de plantas (AMETPP); O curso no âmbito da alínea b) consta do Regulamento Específico 2 (RE2). ENQUADRAMENTO: Nos termos dos artigos 6º e 7º da Portaria nº 354/2013 de, 9 de dezembro, o presente regulamento estabelece os critérios específicos de ingresso dos formandos e de seleção dos formadores, as condições específicas de organização e as particulares para a realização das ações de formação, bem como as condições específicas para a realização da avaliação de aprendizagem dos cursos referidos, cujos programas e tabelas de formação em b-learning (estas dos cursos das alíneas a) e c)), figuram em anexo. NORMAS GERAIS APLICÁVEIS AOS CURSOS: As ações de formação dos cursos identificados devem ser realizadas de acordo com o respetivo programa. Com exceção das disposições, critérios e condições definidas no presente regulamento específico, às ações de formação realizadas na área da Distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos aplica-se o Regulamento de certificação de entidades formadoras, de homologação de ações de formação, de acompanhamento e de avaliação da aprendizagem, aprovado pelo Despacho nº 8857/2014, de 9 de julho.
CONDIÇÕES E CRITÉRIOS DO REGULAMENTO 1. FORMANDOS 1.1. Cursos DCAPF, FDCAPF e ADCAPF 1.1.1 Habilitação literária: Formação superior em ciências agrárias e afins (artigo 7º da lei nº 26/2013 de 11 de abril). Nos termos do Despacho nº 4/G/2015 da Direção Geral de Alimentação e Veterinária adotou-se a Classificação dos Domínios Científicos e Tecnológicos 2007 (FOS, 2007) para definir o conceito de «ciências agrárias», que inclui as seguintes áreas: Agricultura, silvicultura e pescas; Ciência animal e dos lacticínios; Ciências veterinárias; Biotecnologia agrária e alimentar; Outras ciências agrárias. No âmbito das «ciências agrárias», os candidatos cujas habilitações literárias não demonstrem conter nos seus planos curriculares, unidades relativas à proteção das culturas terão que frequentar a formação complementar de 50 horas (38 TT e 12 PS Modelo em anexo) ao curso DCAPF com a duração de 70 horas. Ainda, são considerados com acesso aos cursos acima referidos nas alíneas a), c) e d) os candidatos com cursos de nível IV, ou equivalente, das áreas da produção vegetal ou florestal com planos curriculares que integrem temática no âmbito da proteção das culturas. Estes à saída da formação apenas poderão, desde que disponham dos restantes requisitos exigidos nos termos regulamentares, ser formadores na área de Distribuição, venda e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, em ações de formação dirigidas a agricultores e apenas na componente prática, a coadjuvar outro formador, na formação dirigida a técnicos. Esta formação não lhes confere habilitação para serem reconhecidos como técnico responsável no âmbito dos produtos fitofarmacêuticos. 1.1.2 Outros requisitos: Os formandos, para frequência do Curso de Atualização em distribuição, comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos (ADCAPF), devem comprovar ser detentores de certificado de formação profissional de curso de DCAPF de 70, 77 e de FDCAPF de 91
horas devidamente homologado pelo Ministério da Agricultura e do Mar (MAM). Destes, os que não sejam detentores da habilitação literária adequada deverão comprovar possuir o cartão de técnico responsável. 1.2 Curso AMETPP 1.2.1 Habilitação literária: nível 4 da área agrícola ou florestal ou equivalente; 1.2.2 Habilitação profissional: Curso de DCAPF homologado pelo MAM; 1.2.3 Habilitação pedagógica: Certificado de competências pedagógicas. 2. FORMADORES 2.1. Cursos DCAPF, FDCAPF e ADCAPF 2.1.1 Habilitação literária: Formação superior na área agrícola ou florestal; 2.1.2 Habilitação profissional: Formação específica nos conteúdos temáticos a ministrar: - Todos os blocos e módulos dos cursos, desde que comprovem ser detentores de: FDCAPF (91 horas) ou DCAPF (70 horas ou 77 horas) acrescido de AMETPP (35 horas) e/ou Curso Base de Mecanização Agrícola. O formador com DCAPF de 77 horas terá ainda de comprovar ser detentor de curso ADCAPF. - Blocos I, II e IV, desde que comprovem ser detentores de: DCAPF (70 horas ou 77 horas com ADCAPF 35 horas). Chama-se especial atenção para a elegibilidade dos formadores que se encontrem na situação descrita no último parágrafo do ponto 1.1.1 do presente regulamento. 2.1.3 Experiência profissional: Na área específica a ministrar, obrigatória para as sessões práticas sobre Material e Técnicas de Aplicação e Armazenamento, e Venda de produtos fitofarmacêuticos. Experiência profissional a comprovar no mínimo de 3 dos últimos 5 anos da atividade. 2.1.4 Habilitações pedagógicas: Certificado de competências pedagógicas. 2.1.5 Formadores em simultâneo Todas as sessões de práticas simuladas do Bloco III dos cursos FDCAPF (91 horas 18
horas em simultâneo) e DCAPF (70 horas 9 horas em simultâneo) devem ser efetuadas com dois formadores em simultâneo, devendo o grupo ser dividido, no mínimo, em dois e cada subgrupo acompanhado por um formador". Nos cursos FDCAPF (91 horas) poderá ainda ser equacionada, mas sem caráter de obrigatoriedade, a realização das 7 horas de prática simulada da avaliação com dois formadores em simultâneo. 2.2 Curso AMETPP 2.1.1 Habilitação literária: nível 4 da área agrícola ou florestal ou equivalente 2.2.2 Habilitação profissional: Curso de DCAPF homologado pelo MAM e Curso Base de Mecanização Agrícola; 2.1.3 Experiência profissional: na área específica a ministrar, a comprovar no mínimo de 3 dos últimos 5 anos da atividade. 2.2.4 Habilitação pedagógica: Certificado de competências pedagógicas. 3. COORDENADORES As ações de formação devem ser coordenadas e orientadas por um coordenador pedagógico que assegure o cumprimento do programa, dos objetivos, e da programação efetuada, e a disponibilização atempada dos recursos necessários, a manutenção da dinâmica de grupo nas sessões formativas e nos tempos livres, a articulação entre formadores e a continuidade dos seus trabalhos, as atividades de avaliação, as visitas de estudos e a organização do dossiê técnico e pedagógico do curso. 4. ORGANIZAÇÃO DA AÇÃO DE FORMAÇÃO As ações de formação devem ser realizadas e organizadas segundo os respetivos programas de formação, respeitando a carga horária total e de cada módulo, bem como a relação entre formação teórica e prática simulada. Sempre que o programa do curso inclua a realização de uma sessão prática de campo e/ou de uma visita de estudo, a sua organização deve considerar todos os item contidos nos formulários n.º 3.3 - Plano de Sessões Práticas de Campo e n.º 3.4 - Guião das Visitas de Estudo. Na visita de estudo deve-se atender ainda ao seguinte: Ser previamente organizada e preparada com os formandos de acordo com o guião e os
objetivos identificados. Ser enquadrada e acompanhada pelo formador ou formadores e pelo coordenador. Os formandos, em grupo ou individualmente, devem elaborar relatórios sobre a visita de estudo, nos quais evidenciem os aspetos mais relevantes da experiência que tiveram e as principais conclusões retiradas. O formador ou formadores e o coordenador devem elaborar relatório sobre a realização e o resultado da visita de estudo realizada. 5. AVALIAÇÃO DA AÇÃO E DA FORMAÇÃO 5.1 Avaliação de Reação A avaliação de reação deve ser efetuada no final da ação de formação, podendo em cursos de maior duração ser modular/formador, envolvendo os seguintes aspetos: organização, metodologia, conteúdos, participação pessoal, desempenho dos formadores, desempenho do coordenador, meios disponibilizados e infraestruturas. 5.2 Avaliação Formativa A avaliação formativa é efetuada no decurso da ação de formação, através de testes, trabalhos individuais ou em grupo. 5.3 Avaliação de Conhecimentos Sumativa A avaliação de conhecimentos, de um modo geral, é composta por duas provas de natureza somativa, uma teórica e outra prática. A prova teórica consiste num teste escrito, incidindo sobre todas as temáticas do curso, devendo ter no mínimo dez perguntas. A prova prática é efetuada em grupo e realizada de acordo com as exigências expressas no programa de cada curso. Para esta prova, os formadores devem conceber a sua formulação e respetivos guiões de prova, as grelhas de avaliação e de pontuação do grupo e de cada formando. Ambas as provas são concebidas, realizadas e classificadas pelos formadores. Serão considerados com aproveitamento, os formandos que tenham tido assiduidade e que obtenham uma pontuação final, resultante da média das pontuações obtidas na avaliação das duas provas sumativas (teórica e prática), igual ou superior a 10 valores.
As provas são pontuadas de 0 a 20 valores. Aos formandos com uma pontuação final igual ou superior a 10 valores, será atribuída a classificação final "Com aproveitamento". Alerta-se para as especificidades de cada curso descritas na página Esquema de Avaliação da respetiva ficha de programa. 5. RECURSOS TÉCNICO-PEDAGÓGICOS Os recursos técnico-pedagógicos a disponibilizar na ação de formação são os indicados no Programa dos Cursos. DESPACHO Concordo Pelo Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária Ana Paula de Almeida Cruz de Carvalho Assinado de forma digital por Ana Paula de Almeida Cruz de Carvalho DN: c=pt, o=ministério da Agricultura e do Mar, ou=direcção- Geral de Alimentação e Veterinária, cn=ana Paula de Almeida Cruz de Carvalho Dados: 2015.03.26 19:50:39 Z Data 26 /03 /2015