Curso de Ciências Contábeis. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: Responsabilidade civil e ética do profissional contabilista. Marcela Carolina de Freitas

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Transcrição:

Curso de Ciências Contábeis TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: Responsabilidade civil e ética do profissional contabilista. Marcela Carolina de Freitas Belo Horizonte 2º Semestre 2016

1 RESPONSABILIDADE CIVIL E ÉTICA DO PROFISSIONAL CONTABILISTA RESUMO Marcela Carolina de Freitas A responsabilidade civil trata da responsabilidade que o profissional possui em caso de práticas ilícitas de responder por estes atos e reparar prejuízos causados a terceiros em função dessas práticas. A responsabilidade ética significa que o profissional contabilista deve trabalhar de acordo com o código de ética da profissão, o qual é determinado os direitos e deveres do profissional. O objetivo geral é compreender o papel dos códigos civil e de ética na profissão contábil. A pesquisa é do tipo descritiva, a abordagem é qualitativa, o método aplicado é o estudo de caso, na coleta de dados foi utilizada a pesquisa semiestruturada, os sujeitos da pesquisa são quatro profissionais que atuam na área contábil em escritórios, foi empregada a técnica de análise de conteúdo para analisar os dados coletados. Os resultados obtidos foram que os profissionais entrevistados buscam conhecer os códigos e respeitá-los a fim de evitar as penalidades impostas e ter uma relação transparente e segura com seus clientes e ainda comentam que apesar de já trabalharem com cautela, após a instituição dos códigos houve sim mudança, no que tange maior diligência ao executar seus serviços. Palavras-chave: Responsabilidade Civil. Responsabilidade Ética. Contabilista. Códigos. Deveres. 1 INTRODUÇÃO Com a crescente evolução comercial e empresarial a necessidade de registros patrimoniais aumentou, a contabilidade foi sendo mais demandada, e tomando papel de destaque, tornando-se uma ferramenta importante para as empresas, gerando informações do interesse do empresário e do fisco (SANTOS et al., 2011). A Contabilidade possui relevância para as empresas de qualquer ramo e/ou porte, visto que a mesma é responsável pela geração de peças contábeis que gera informações que darão suporte as decisões gerenciais e para cumprimento de obrigações fiscais legais. Mediante a este cenário faz-se necessário que o profissional da contabilidade seja transparente, ético, responsável ao fazer a escrituração dos dados, uma vez que um erro mesmo que involuntário ou por imperícia técnica pode causar consequências como a extinção de uma empresa. (COSTA; ALTREITER, 2015). Como a demanda pelos serviços contábeis aumentaram, consequentemente as exigências dos usuários também. Com este fato o contabilista deve manter-se atualizado com as mudanças que ocorrem no cotidiano das empresas, procurar a educação continuada para estar atento às modificações, buscar melhorar a sua capacitação e aperfeiçoar suas práticas e precisa demonstrar que seus serviços são confiáveis, que trazem segurança, que são alicerçados pelos códigos, legislações, princípios, normas, leis, convenções, pronunciamentos contábeis da profissão (SOUZA; PIMENTA, 2014; COSTA; ALTREITER, 2015). Estudante do 8º período do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Novos Horizontes.

Por falta de um código que delimitasse a atuação do profissional contabilista, o mesmo elaborava as peças contábeis conforme a necessidade do usuário, mas essa maneira de contabilização mudou com surgimento do código civil (lei 10.406/1916) e sua reformulação (lei 10.406/2002) que trouxe à ampliação das responsabilidades do profissional contabilista, uma vez que as premissas desse código são orientar e penalizar o profissional por erros de contabilização, que venham causar prejuízos a terceiros (BRASIL, 2002), essa lei veio para regular as atividades do contabilista, que são fiscalizadas com mais rigor. Responsabilidade civil do contabilista é aquela que deriva da prática de transgressão a uma obrigação, legal ou contratual, a qual tem como resultado prejuízo a outrem. Com isso o profissional tem o dever de reparar os danos que causou (PINTO, 2013). Além do mais o contabilista precisa ater-se ao código de ética da profissão contábil, conforme Cruz et al. (2006, p. 32) a responsabilidade ética decorre da necessidade do cumprimento dos princípios éticos, em especial, os dos estabelecidos no Código de Ética Profissional do Contabilista. O profissional deve seguir a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 803/1996, pois são princípios que dão embasamento e direcionam o exercício da profissão. Conforme o art. 1º o objetivo deste código de ética é: fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe (CFC, 1996). Baseando-se na responsabilidade civil e no código de ética do profissional contabilista, busca-se responder o seguinte questionamento: quais as reponsabilidades do contabilista em relação aos códigos civil e de ética no desempenho de suas atividades? Como objetivo geral tem-se como propósito compreender o papel dos códigos civil e de ética na profissão contábil. E como objetivos específicos propõem-se: I) analisar se o profissional conhece e busca aplicar os códigos civil e éticos ao prestar seus serviços; II) verificar como os contabilistas aplicam a responsabilidade civil e ética na relação com cliente e se eles exigem; e III) identificar se ocorreram mudanças na atuação do contabilista após a instituição dos códigos civil e de ética. Este estudo científico justifica-se pela importância do mesmo para os profissionais da área, para servir como fonte de pesquisa para técnicos, graduandos desta área e demais interessados, para o profissional contabilista conhecer sobre a amplitude do tema, saber o quão expressivo é a necessidade de atentar-se aos códigos, para que esteja ciente que poderá responder perante a empresa e a terceiros solidariamente, civilmente, até mesmo com o patrimônio pessoal, além da obrigação de ressarcimento materiais e/ou morais a terceiros, caso se comprove a má fé. Ainda conscientizar-se da relevância do código de ética, o qual mostra a condução do contabilista no exercício da sua profissão, pois, não sendo respeitado o profissional estará sujeito a penalizações como advertências e censuras. Esta pesquisa está subdividida em seis seções, sendo a primeira a introdução a qual mostra a contextualização do cenário, a segunda é o referencial teórico com as bases teóricas de vários autores, a terceira é a metodologia que mostra os principais métodos e técnicas utilizadas para a realização da pesquisa, na quinta são feitas as análises dos dados coletados e por fim a sexta são as considerações finais mostrando os principais resultados obtidos, contribuições do trabalho e sugestões de novos estudos. 2

3 2 REFERENCIAL TEÓRICO Nesta seção serão apresentadas as bases teóricas para o desenvolvimento do tema. Os tópicos abordados serão: profissional contabilista, ética, código de ética e responsabilidade civil. 2.1 Profissional Contabilista Segundo Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRCSP, 200-), o termo contabilista refere-se aos profissionais contadores (os quais possuem formação acadêmica superior em ciências contábeis) e técnicos de contabilidade (formação técnica de ensino médio). O profissional contabilista tem a responsabilidade prestar serviços para gerar informações relativas ao patrimônio de pessoas físicas e/ou jurídicas objetivando assessorar as decisões dos usuários acerca de eventos futuros dessas empresas (VIEIRA, 2003). De acordo com Ferreira (2011) o profissional da área contábil, está ligado ao setor financeiro, econômico e patrimonial das empresas. Suas responsabilidades são as de produzir peças contábeis para análise dos componentes patrimoniais. A profissão do contabilista representa uma atividade exercida no âmbito social, objetivando servir informações e explicações quanto aos eventos patrimoniais, seguindo os deveres impostos pela sociedade, pela legislação e pelo cenário econômico. Além de valer-se como ferramenta histórica, para verificações futuras se necessário (SÁ, 2009). Costa; Altreiter (2015) comentam que o profissional contabilista está passando por diversas evoluções como, por exemplo, este profissional era considerado pelos empresários um simples guardador de livros, no entanto este conceito mudou. Agora este é visto como uma ferramenta crucial, o qual gera as informações que servem de base para os usuários tomarem suas decisões, sendo assim este profissional possui mais responsabilidades. No que tange a atuação do profissional contabilista, Lisboa (1997) comenta que é dever deste conhecer profundamente as leis do país em que atua e atualizarse frequentemente, além do mais é necessário que este possua conhecimento amplo sobre o sistema tributário do país de atuação, inclusive os que são aplicáveis à atividade da empresa. Este deve ter ciência do mercado que a empresa para qual ele presta serviço atua, além dos regimentos internos da empresa e qual a intenção dos usuários mediante as informações que serão geradas por ele. O profissional tendo estes conhecimentos e os que são específicos para tratar cada caso isolado, cabe a ele aplicá-los da melhor maneira possível. Ainda nas palavras de Lisboa (1997) o contabilista sendo dependente econômico do empregador não deve se sentir obrigado a escriturar as peças contábeis com informações falsas. Este profissional pode e deve recusar-se a prestar informações inverídicas. E se preciso denunciar quem o solicita para prestar tais informações. Agindo desta maneira mostrará sua independência e o seu valor. Weber et al (2012) afirma que o profissional de contabilidade deve conduzirse pelo código de ética da profissão, pois neste código estão pautados os dilemas que a profissão pode vir a ter e os métodos para solucioná-los da forma mais confiável e clara possível. Este deve estar ciente que o código não consegue abranger todas as ocorrências, por esta razão o profissional deve ter o bom senso para resolver o que for preciso com decência para honrar o bem estar da classe e da

sociedade. No Quadro 1 observam-se algumas responsabilidades que o contabilista precisa ter em sua atuação. Quadro 1 - Responsabilidade dos contadores ao desenvolverem suas atividades profissionais Competência Confidencialidade Integridade - Manter um nível adequado de competência profissional por meio do desenvolvimento contínuo de seus conhecimentos e habilidades. - Realizar suas obrigações profissionais em consonância com as leis, regulamentações e padrões técnicos. - Elaborar demonstrativos completos e transparentes, e, após as devidas análises, fazer recomendações. - Privar-se de evidenciar informações confidenciais obtidas ao longo de seus trabalhos, exceto quando autorizadas, ou quando forem legalmente obrigados a tal. - Informar os subordinados com os devidos cuidados a respeito da confidencialidade da informação obtida na execução dos trabalhos e monitorar suas atividades a fim de assegurar o sigilo da informação. - Privar-se de utilizar informações confidenciais para obter vantagens ilicitamente, sejam elas de interesse pessoal ou de terceiros. - Evitar conflitos de interesses e aconselhar as devidas partes quanto a qualquer possível conflito. - Privar-se de ingressar em qualquer atividade que prejudique o cumprimento de suas obrigações éticas. - Recusar qualquer presente, favor ou hospitalidade que influencie ou venha a influenciar suas decisões. - Privar-se de corromper os verdadeiros objetivos da organização e da ética. - Reconhecer e comunicar as limitações profissionais. - Comunicar informações favoráveis, bem como as desfavoráveis, e suas opiniões como profissionais. 4 Objetividade - Comunicar a informação de forma clara e objetiva. - Evidenciar aos usuários toda informação relevante que, provavelmente, interferiria na compreensão dos demonstrativos, notas explicativas e recomendações apresentadas. Fonte: Weber et al (2012) apud adaptado de Horngren, Foster e Datar (2000) Weber et al (2012) demonstra no Quadro 1, diversos atributos da responsabilidade que o profissional contabilista deve ter em sua atuação, para honrar com sua profissão e a respectiva classe. Conforme Franco; Cardoso (2009) a contabilidade vem crescendo economicamente, evoluindo, tendo maior competição no mercado e como

consequência vem surgindo diversificados ramos em que o profissional pode atuar de acordo com o Quadro 2. - Auditoria Contábil - Contabilidade Societária - Contabilidade Social - Contabilidade de Gestão ou Gerencial - Contabilidade Internacional - Contabilidade Ambiental Fonte: Franco; Cardoso (2009 p. 3). Quadro 2: Ramos de atuação da contabilidade Ramos da Contabilidade - Contabilidade Ecológica - Contabilidade Estratégica - Contabilidade de ONG (Organização Não Governamental) - Contabilidade de Cooperativas - Contabilidade Virtual - Perícia Contábil No Quadro 2 foi demonstrado que o profissional contabilista tem ganhado cada vez mais espaço no mercado devido a mudanças que vem ocorrendo no ramo contábil. 2.2 Ética Na visão de Pasquali; Vesco (2016), a ética é a análise da moral, sua existência é para direcionar o comportamento humano no meio social, sendo assim um parâmetro para a conduta. Campos; Greik; Vale (2002) reforça o conceito de ética das autoras Pasquali e Vesco citadas acima, como sendo a ciência que todo ser humano tem sobre seus deveres e suas obrigações. É uma consciência moral que todos possuem, em relação a distinção entre o que é certo e errado, justo ou injusto, bom ou ruim, tendo a capacidade de aferir seus atos e/ou atitudes. Cientificamente a ética é vista como a base do comportamento dos indivíduos em sociedade a qual determina padrões para que todos possam conviver de forma equilibrada (SANTOS; JESUS, 2002). Na concepção de Sá (2009) a ética é algo inato, a pessoa nasce e cresce no meio familiar que a ensina os costumes, isso vai fazendo com a pessoa siga estes ensinamentos e que vão sendo aprimorados com o tempo e que servirão de base para se conduzir em meio à sociedade. Para Lisboa (1997, p. 24) a ética como expressão única do pensamento correto, conduz a ideia da universalidade moral, ou ainda, à forma ideal universal do comportamento humano, expressa em princípios válidos para todo pensamento normal e sadio. A ética enquanto ciência está ligada ao conhecimento crítico da moral no que diz respeito a valores que fazem juízo sobre o que é bom ou mal, certo ou errado. Ainda é necessário ir além, conhecer o que é ética por si só não vale se não cumprir o dever de agir com ética (CAMARGO, 2014). Em se tratando de ética que existe na vida em sociedade vale destacar a ética profissional a qual Ribeiro (2002) comenta que o profissional ao exercer sua profissão precisa ser zeloso, dedicado, honesto e manter o sigilo, atentando-se ao fato de não prejudicar aqueles que estão relacionados contigo, independentemente se presta serviço a um empregador ou a órgão público ou autônomo, visando o seguimento de sua conduta e convicções. A ética profissional é vista como regras que direcionam o comportamento laboral e aqueles que a exercem, a ética profissional são normas comportamentais 5

que devem ser referência para que os especialistas possam conduzir o exercício de qualquer profissão (KRAEMER, 2001; DELLA et al, 2014). Profissional ético é que aquele que além da preparação técnica possui moral, para praticar sua profissão dentro de uma empresa ou fora dela. Aquele que se apresenta preparado tecnicamente, porém não possui tal técnica pode este prejudicar a si mesmo e os demais envolvidos, essas são as palavras de (ARRUDA, 2003). No que diz respeito à ética profissional, o indivíduo possui em sua consciência suas próprias normas que são as condutas éticas, além desta consciência possuem aquelas normas que são da sociedade a qual estes profissionais devem seguir também (SOUSA, SANTOS e SILVA, 2015). A premissa da ética profissional é o relacionamento do profissional com aqueles que o circunda como os clientes, a classe, considerando os valores morais para a base desta relação (CFC, 2003). 2.3 Código de ética Um código de ética no entendimento de Lisboa (1997) são práticas que devem ser seguidas pelo profissional ao exercer determinada profissão. Esses códigos propõe a sociedade um bem-estar, assim garantindo a integridade, honra dos procedimentos realizados pelo profissional dentro ou fora da empresa. De acordo com Juchtechchen Junior; André (2015) o código de ética é um conjunto de normas criadas para conduzir os profissionais em cada área específica do conhecimento, auxiliando-os a análise das situações. Estes códigos são compostos por deveres dos profissionais para com a sociedade e direitos que estes possuem. CFC (2003) afirma que o código de ética tem como função principal regular o exercício das atividades, exprimindo consciência aos profissionais sobre o que é certo ou errado, com a intenção de direcioná-los para que possam desempenhar bem suas funções com o intuito de evitar que pratiquem ações ilícitas. O código de ética serve para harmonizar, visto que um código possui abrangência federal, percebe-se que há culturas diferentes de um país envolvidas, portanto a prioridade do código é a classe, então se busca a uniformização da ética e da moral dos profissionais independente da sua cultura (ALVES, 2005). O código de ética existe para diversas profissões, entretanto o artigo é com enfoque no código de ética do contabilista o qual Sá (2009) comenta que surgiu com debates entre os contabilistas sobre a constituição do código da profissão que começou em 1950, realizado no V Congresso Brasileiro de Contabilidade em Belo Horizonte. Esses debates foram acontecendo e com isso houve contribuições, até que o CFC oficializou o código de ética da profissão através de uma resolução em 1970, no decorrer de vinte anos ocorreu o amadurecimento, evoluções na profissão, nas tecnologias, em políticas sociais, etc, com isso foi ocorrendo obsolescência do código. Confirmando as palavras do autor citado anteriormente em 04 de setembro de 1970 através da resolução número 290 o CFC oficializa a primeira edição do Código de Ética do Profissional Contabilista (CEPC) datada, foi revogada pela resolução número 803 que surgiu em 10 de outubro de 1996, ainda ocorreram alterações pelas resoluções número 819 de 20 de novembro de 1999 e número 942 de 30 de agosto de 2002 (SOUSA; SANTOS; SILVA, 2015). 6

Silva (2011) fala sobre a alteração e ampliação da resolução 803 de 1996 do CEPC através da resolução 1.307 de 2010, segundo a autora o artigo primeiro desta resolução fala que o objetivo deste código é fixar a maneira que os profissionais devem se conduzir ao exercerem a profissão de contador e quanto aos seus pares. Zancanela (2009) comenta que a resolução 803/96 do CFC, traz em seu corpo os objetivos, deveres e obrigações, valor de honorários na prestação de seus serviços, dos deveres em relação aos seus pares e a classe e penalidades ao qual está sujeito. 2.4 Responsabilidade civil A responsabilidade deriva-se da própria origem da palavra que vem do latim respondere, ou seja, responder por algo, ou responsabilizar alguém por seus atos (MONTEIRO FILHO, 1999). Ferreira (2011) no que tange a responsabilidade civil a autora diz que a obrigação é de reparar e/ou indenizar e garantir ao prejudicado segurança. Decorrente de ato ilícito praticada pelo agente causador do dano gera-se esta obrigação. A ação realizada pelo agente pode classificar tanto em dolosa (sem intenção) como em culposa (quando há intenção). Em ambos os casos causa dano a terceiros e é gerada a obrigação de reparo. É a obrigação que uma pessoa possui em reparar dano moral ou material causado a outrem, por ato praticado por ela mesma, esta é a definição de responsabilidade civil na concepção de (DINIZ, 2003). Para Dorneles; Barichello, (2004) assim como a autora Diniz Responsabilidade civil equivale-se ao dever de quem causou um prejuízo a terceiros em repará-lo, por ato que o mesmo tenha praticado ou de outrem que tenha determinada ligação com este. Barboza (2010) diz que a reponsabilidade está intrinsecamente ligada ao prejuízo, ou seja, o dever de responder pelos atos danosos que causaram prejuízos ao patrimônio de terceiros. Sendo assim deve o profissional estar atento aos métodos que devem ser adotados pela contabilidade a fim de evitar os erros. Com foco em responsabilidade do contabilista perante o novo código civil as autoras Costa; Altreiter (2015) destacam que o código civil lei 10.406/02 teve alterações que entraram em vigor dia 11 de janeiro de 2003, com as alterações que ocorreram principalmente com a inclusão dos artigos 1.177 e 1.178, os profissionais contabilistas passaram a responder por atos dolosos e culposos. Versando sobre os deveres e as responsabilidades do profissional contabilista, Cortez; Lonardoni (2006) infere que o legislador teve grande preocupação ao elaborar as alterações, pois criou 18 artigos que tratam especificamente da atuação deste profissional. Segundo os autores o contabilista presta serviços de contabilidade geral, em sua atuação este deve empregar técnicas para alcançar determinado resultado, que é a correta escrituração dos eventos patrimoniais de uma sociedade empresária ou de pessoa física. Com isso o contabilista precisa ater-se ao modo de realizar os registros observando atentamente os lançamentos, pois caso seja detectado erros, este pode responder por culpa ou dolo frente aos clientes e terceiros, assim como as demais profissões o contabilista tem responsabilidades, entretanto o que há diferente para este profissional é que o código civil possui artigos que tratam especialmente da sua atuação. 7

Zancanela (2009), afirma que o código civil estabeleceu delimitações ao profissional de contabilidade, sendo que seus atos seriam categorizados de duas formas: em atos culposos que é quando não há intenção de prejudicar a terceiros, praticado por imperícia, negligência, sem o interesse de deturpar o resultado, neste caso responderá perante sócios da empresa e juntos responderão perante terceiros pelos prejuízos causados. Os atos dolosos ocorrem quando no exercício da profissão o contador tem o propósito de obter vantagem, de alterar o resultado. Nesta hipótese o contador responderá solidariamente perante sócios e terceiros pelos atos que praticou. Com a alteração do código, o contabilista tem mais responsabilidades, independentemente de haver culpa ou não este terá que responder por seus atos, quase não tendo chances de se defender. Exemplos: caso cometa erro sem intenção e afirmar que foi por não conhecer a legislação será responsável por agir sem culpa devido à imprudência. Na hipótese de haver o propósito do erro, responderá por dolo, pois tinha a intenção de modificar o resultado real (SILVA; BRITO, 2003) As mudanças ocorridas no código civil estão ligadas a relação do contabilista com seus clientes, especialmente tratando da sua responsabilidade quanto à elaboração das peças contábeis e das informações geradas e prestadas para servir como ferramenta de decisão (FERREIRA, 2011) Conforme estabelecido nos artigos 1.177 e 1.178 do código civil lei número 10.406/02: Artigo 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele. Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos. Artigo 1.178: Os preponentes são responsáveis pelos atos de quaisquer prepostos, praticados nos seus estabelecimentos e relativos à atividade da empresa, ainda que não autorizados por escrito. Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do estabelecimento, somente obrigarão o preponente nos limites dos poderes conferidos por escrito, cujo instrumento pode ser suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor (BRASIL, 2002). Jacomossi; Padilha (2013) comentam que sendo dentro do estabelecimento comercial do empresário/sócio (preponente), os atos praticados pelo contabilista (preposto), independentemente de haver documento escrito ou não que autorize a prática, o sócio será responsabilizado por estes atos. Discorrendo sobre os artigos Ferreira (2011) comenta que no artigo 1.177 a responsabilidade é do contabilista, em caso de erro, visto que o preponente autoriza o mesmo a realizar a escrituração, desde que firmem um contrato escrito delimitando as obrigações e responsabilidades. Sobre o artigo 1.178 presume que a responsabilidade seja do preponente (empresário), pois a escrituração sendo feita nos limites de seu estabelecimento fica dispensada a autorização por escrito, portanto o preponente é responsável pelos atos do preposto. 8

9 3 METODOLOGIA O tipo de pesquisa é descritiva. Com a intenção de demonstrar certa realidade sobre os fatos este tipo de pesquisa exige que o pesquisador faça uma reunião de informações em relação ao que se pretende pesquisar, para possibilitar a descrição de circunstâncias, eventos, ocorrências (TRIVIÑOS, 1987). Com o intuito de elucidar sobre a responsabilidade civil e ética do contabilista, realizou-se o tipo de pesquisa descritiva a qual busca a qualidade da informação por meio do aprofundamento do assunto, para alcançar objetivos estabelecidos. A abordagem desta pesquisa é qualitativa. De acordo com Creswell (2010, p. 43) abordagem qualitativa é um meio para explorar e para entender o significado que os indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou humano. A escolha desta abordagem é motivada pelo fato de estar buscando o entendimento dos profissionais da contabilidade em relação à responsabilidade civil e ética do profissional, verificando assim a aplicabilidade do mesmo. Estudo de caso é o método aplicado nesta pesquisa. Gil (2007) infere que estudo de caso tem a finalidade de estudar uma unidade definida, buscando entender profundamente como e porque ocorre determinada circunstância. Esta pesquisa foi baseada no método de estudo de caso a fim de coletar os dados da realidade da responsabilidade civil e ética do contabilista, buscando assim fazer uma análise e interpretação dos dados coletados. Na coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. O pesquisador elabora um roteiro com questões relacionadas ao tema objeto de estudo, porém há a liberdade do entrevistado falar sobre o caso livremente ao desenrolar do tema (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Boni; Quaresma (2005, p. 75) complementa o pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. A preferência por este método de coleta de dados foi devido à liberdade que a entrevista oferece, desta maneira há possibilidade do entrevistado fornecer mais informações que podem auxiliar na análise dos dados, trazendo mais riqueza a pesquisa. Os sujeitos da pesquisa são quatro profissionais que atuam na área da contabilidade sendo que três destes possuem formação de nível superior e um possui nível técnico. Atuam em escritórios de contabilidade diferentes. A análise de conteúdo foi a técnica utilizada para analisar os dados. De acordo com Bardin (1979) esta técnica configura os métodos para averiguar as informações, que objetiva-se obter, através de ferramentas sistemáticas de exposição do conteúdo das informações obtidas, possibilitando entendimento e conclusão das informações recebidas. A escolha desta técnica justifica-se pelo fato que através da coleta de dados recepcionados em entrevistas será realizado a estudo dos conteúdos a fim de extrair o conhecimento e interpretá-lo para expor na pesquisa. 4 ANÁLISE DE DADOS Nesta seção é feita a apresentação, descrição e análise dos dados da pesquisa realizada. Serão apresentadas as características dos entrevistados, logo a seguir será descrita os conteúdos coletados em entrevistas e a realização da análise. O perfil dos entrevistados será demonstrado abaixo pelo Quadro 3.

Quadro 3 Perfil dos profissionais entrevistados Entrevistado Formação Tempo formação Atua na área E1 Técnico de contabilidade Possui entre 6 e 10 anos de formação Entre 11 e 15 anos E2 Ciências contábeis Mais de 20 anos Mais de 20 anos E3 Ciências contábeis Mais de 20 anos Mais de 20 anos E4 Ciências contábeis Mais de 20 anos Mais de 20 anos Fonte: dados da pesquisa (2016) Em relação ao Quadro 3 pode-se inferir que os entrevistados possuem experiência, pois a maioria tem mais de 20 anos de formação e atuação. E três dos entrevistados são bacharéis em Ciências Contábeis, todos atuam na área em escritórios de contabilidade. 4.1 Contextualização dos dados coletados e analisados De acordo com os dados obtidos em entrevistas, será feita a análise do conteúdo comparando com a teoria do referencial teórico. Ao serem questionados sobre a importância da responsabilidade ética e da responsabilidade civil os entrevistados disseram que é de grande relevância tanto para o profissional quanto para os clientes, pois trás confiabilidade e segurança na relação. Apesar de que nem todos os clientes conhecem os códigos, creio que o melhor a fazer na profissão é segui-lo para evitar qualquer penalidade, inclusive o código civil a penalização é mais rigorosa, por isso busco fazer meu trabalho de forma correta para que eu não corra o risco (E1). No que diz respeito à responsabilidade ética, acredito que é muito importante para a classe contábil, é um conjunto de códigos que surgiu para dar sustentação ao relacionamento da classe para com seus pares e clientes, em se tratando da responsabilidade civil outra lei importante que foi imposta, pois ela resguarda todos os envolvidos por atos danosos, desta maneira o profissional busca ater a todos os dados escriturados e o empresário tem a certeza que pode confiar nas informações fornecidas pelo contabilista (E2). Os clientes possuem mais segurança e confiança nos serviços que prestamos a eles devido aos códigos de ética, os códigos dão a categoria contábil um direcionamento para que possamos saber lidar com as situações cotidianas (E3). De acordo com os autores Ribeiro (2002); Kraemer (2011); e Della et al. (2014), os entrevistados falam que a importância da responsabilidade ética está no fato de dar direção ao exercício do contabilista, da mesma maneira os entrevistados entendem que estes devem seguir para que a profissão tenha sucesso. Ferreira (2011); Zancanela (2009) dizem que em casos de erros seja dolosos ou culposos haverá responsabilidade do contabilista e este terá que responder em ambas as situações. Pode-se inferir que é importante atender as leis da profissão a fim de zelar pela classe, de prestar seus serviços com respeito ao cliente, para que o profissional possa construir uma carreira de sucesso. 10

Em relação ao conhecimento que os profissionais possuem sobre os códigos de ética e civil, foram questionados se estes conhecem e/ou buscam estar atualizados para dar direcionamento à execução das atividades, todos entrevistados relataram conhecer sim, tanto os códigos de ética da profissão como o código civil que trata das suas responsabilidades. Em relação à resolução 803/96 e suas alterações assim como o código civil, eu dedico um tempo sempre que necessário para ler os códigos para que possa estar atualizado a fim de evitar possíveis falhas em minha profissão (E1). Sim, pois o conhecimento dos códigos e atualização é relevante para que tenhamos atenção em nossos atos. Desta maneira conduziremos a profissão da melhor maneira (E2). Busco conhecer e me atualizar. Estou atento ao site do CFC e do Planalto onde posso acompanhar os códigos que regem a profissão entre outros (E4). Conforme o autor Lisboa (1997), o profissional deve manter-se atualizado para atuar dentro dos limites das leis e dos códigos. A atualização não é só uma questão de interesse, mas uma obrigação que o profissional tem, inclusive imposta pelo CFC com o intuito que estes estejam sempre a par do que está acontecendo de novo para que não trabalhem com base em leis que não estão mais em vigor e para não cometerem erros por falta de conhecimento, pois até neste caso o profissional pode incorrer em penalizações. Em se tratando da prestação do serviço os entrevistados foram indagados se eles buscam empregar as leis e códigos na execução dos serviços. Ao serem questionados sobre o assunto, todos afirmam trabalhar seguindo a risca os preceitos dos códigos de ética e civil, conforme a seguir: Sim, é fundamental que o profissional contábil execute suas funções respeitando os princípios éticos, evitando futuros problemas. O Código de Ética norteia o profissional contábil em suas atividades (E1). Com certeza pois se tivermos deslizes na nossa conduta poderá levar a empresa a falência e decretar nossa descontinuidade profissional (E2). É importante que eu execute minhas funções com base no código de ética porque direciona a profissão (E3). Sim, não deve ser tratado como importante e sim como necessário (E4). Como nas palavras de Weber et al (2012) é desta maneira que os profissionais devem se conduzir, respeitando os códigos da profissão, buscando sempre se ater a forma correta para que não cometa erros e para evitar problemas. O profissional deve ter o bom senso para resolver todas as questões que estão ou não no código da profissão para honrar a classe, para que o cliente sintase seguro ao contratar os serviços deste. No que tange relacionamento com o cliente, como os contabilistas aplicam os códigos de ética e civil no relacionamento com o cliente. A maioria comenta que alguns clientes exigem, entretanto na maioria das vezes eles não conhecem e por isso não exigem, de qualquer maneira os profissionais relatam que preferem atender 11

os códigos, pois demonstram que o importante é ter a dignidade de fazer conforme as leis mandam, evidenciando que procuram dar o valor da classe. O cliente e toda escrituração contábil devem ser tratados com zelo e respeito. A escrita é realizada de acordo com os Princípios e as Normas Brasileiras de Contabilidade (E1). Tenho um modo de conduta que tenho que exercer com zelo os princípios fundamentais da contabilidade (E2). Meus clientes são tratados com profissionalismo, qualidade e respeito (E3). Na relação com o cliente busco respeitar o que determina a Resolução 803 (E4). As palavras dos entrevistados coincidem com as visões dos autores Lisboa (1997), Juchtechchen Junior e André (2015) e CFC (2003), os quais falam para que serve os códigos e por qual razão os profissionais devem segui-los. O respeito pelo cliente é essencial para que a relação seja sadia, para que o cliente tenha confiança em contratar um contabilista para cuidar da parte que tem maior interesse para os empresários que é o patrimônio, por isso o profissional deve procurar embasar-se no código civil, não só para respeitar o cliente mas também para mostrar o quão digno é ao prestar seus serviços contábeis. Demonstrando que não há intenção de cometer deslizes e apenas mostrar a realidade econômicofinanceira da empresa. Na abordagem mudanças na rotina do profissional, foi indagado se a institucionalização dos códigos trouxe modificações significativas que alteraram as rotinas de trabalho, a maioria disse que a profissão já é exercida com zelo e cautela, entretanto após o surgimento do código de ética e da responsabilidade civil, a responsabilidade aumentou e por isso a dedicação é ainda maior. O contador deve estar mais atento às atividades de seus clientes, e em caso de desconfiança deverá até mesmo dispensar um cliente suspeito de corrupção, fraudes, etc. Em relação às rotinas, procurei métodos para me resguardar quanto ao código civil, até refiz contratos com cláusulas mais rigorosas, a fim de evitar problemas futuros (E1). Cada dia mais temos que conduzir nosso trabalho com muito zêlo e perícia para não causar danos as empresas e terceiros envolvidos no processo (E2). É importante trabalharmos na intenção de assegurar a relação civil do proprietário da empresa e do contador, por isso após o aparecimento dos códigos a nossa atuação é com mais preocupação (E3). A reponsabilidade aumentou, o beneficio dessa ampliação foi a valorização da profissão (E4). Em síntese os autores Cortez; Lonardoni (2006); Zancanela, (2009); Silva; Brito (2003); Ferreira (2011) falam sobre os artigos do código civil em especial os que foram criados para tratar das responsabilidades que o profissional contabilista tem no exercício da sua profissão, mostrando que este pode ser responsabilizado por seus atos tendo ou não a intenção da prática. O código foi criado com o intuito de regular as relações entre cliente e o profissional. O contabilista deve buscar ter um relacionamento transparente com o cliente, depois do código de ética e do código civil essa transparência é ainda mais 12

necessária, pois ambos os códigos servem para mediar às relações. O Código civil trouxe em seus artigos penalizações por práticas que causem danos a terceiros, por isso o profissional deve estar atento para fazer o mais correto possível as contabilizações patrimoniais de seus clientes. Esses códigos não trazem apenas resguardo a clientes, mas para o profissional também, fazendo com que este não sofra coações por parte de seus clientes e empregadores para divulgar informações inverídicas. Por esta razão fica evidente que há mudanças no cotidiano dos contabilistas, pois estes tem mais preocupações ao realizar seus trabalhos e revisá-los antes de qualquer divulgação, para que não corra o risco de ser fiscalizado e penalizado. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A responsabilidade civil trata da responsabilidade de responder por algo, mais especificamente tratando da responsabilidade civil do contabilista é a responsabilidade que este profissional possui em relação à escrituração de dados, em caso de cometer práticas que venham a causar prejuízos a terceiros, este estará obrigado a reparar os danos. A responsabilidade ética do profissional significa que o mesmo deve seguir os códigos da resolução 803/96 e suas atualizações. São códigos que norteiam a conduta profissional. O objetivo geral é compreender o papel dos códigos civil e de ética na profissão contábil. Verificou-se que o papel dos códigos é nortear os profissionais na sua conduta para que estes possam exercer sua profissão com zelo e respeito ao cliente. Identificou-se que a responsabilidade civil trata da responsabilidade do profissional de contabilidade no exercício de sua profissão. Percebe-se que a lei foi instituída para que o profissional repare o dano causado a outrem por algum deslize seja ele por imperícia ou intencional. Os profissionais entrevistados comentaram estar atentos a este fato para atender o cliente com respeito e para que não pratiquem nenhum deslize a fim de evitar as penalizações previstas nesta lei 10.406/02. A responsabilidade ética do contabilista são códigos que direcionam o profissional na execução dos serviços. Mostra que os códigos de ética da classe devem servir como base para solução dos mais variados problemas que surgirem na profissão. Os entrevistados dizem seguir o código, pois é um dever e além do mais entendem que a classe será honrada e os clientes estarão mais satisfeitos. Tanto no código civil quanto no código de ética são prevista penalidades como a perda do registro profissional ou reparação de danos entre outras, para os profissionais que vierem a descumprir com os preceitos neles instituídos, todos os entrevistados demonstraram preocupação em executar os serviços da maneira correta para não sofrerem tais penalidades. Os profissionais entrevistados demonstram preocupar-se com o seguimento dos códigos da profissão, procuram trabalhar dentro do permitido em leis, resoluções e etc, foi relatado que eles já trabalhavam da forma mais correta possível, porém após a instituição dos códigos houve mudanças como maior diligência na prestação dos serviços, para que não incorram em erros. Diante das responsabilidades que o profissional contabilista possui, este deve necessariamente trabalhar com cautela, tendo princípios éticos para conduzir sua 13

profissão honestamente, com transparência, prestando informações verídicas e confiáveis. Verificou-se que o presente estudo foi importante para acréscimo de conhecimento acadêmico e profissional, pois a pesquisa permitiu a inserção no ambiente do qual fará parte da vida do graduando no fim do curso. Absorver informações de profissionais que já possuem a experiência com o tema em questão sem dúvida foi muito produtivo. Esta pesquisa restringiu-se a entrevista com quatro profissionais da área. Pode-se dizer que a quantidade de entrevistados foi uma limitação deste estudo, pois devido ao número de entrevistas não foi possível fazer uma análise ampla para trazer resultados diversificados à pesquisa, além do mais não foram encontradas teorias com um prazo menor que cincos anos de publicação que abordassem sobre a responsabilidade civil e ética. Tendo em vista que as possibilidades de conhecer o tema não se esgotaram com esta pesquisa, recomenda-se que as investigações continuem para aprofundar nas perspectivas dos profissionais em relação as penalidades impostas pelos códigos de ética e civil, no que diz respeito as implicações e mudanças que os códigos trazem, buscando mais enriquecimento e atualização do assunto abordado. REFERÊNCIAS ALVES, Francisco José dos Santos. Adesão do contabilista ao código de ética da sua profissão: um estudo empírico sobre percepções. USP - Departamento de Contabilidade e Atuária. São Paulo. 2005 ARRUDA, Maria Cecília Coutinho de. Fundamentos de Ética Empresarial e Econômica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003 BARBOZA, Jovi. Ética e a responsabilidade civil e criminal do contador. 1. ed. Maringá-PR: Projus, 2010. 26 p. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: ed. 70, 1979. BONI, Valdete; QUARESMA, Silvia Jurema. Aprendendo a entrevistar: como fazer entrevistas em Ciências Sociais. Revista Eletrônica dos Pós-Graduandos em Sociologia Política da UFSC, Santa Catarina, v. 2, n. 1, p. 68-80, jan./jul. 2005. BRASIL. Código civil lei 10.406/02. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm#indice>. Acesso em: 25 ago. 2016. CAMARGO, Bruna Faccin. A ética no exercício da profissão: uma escolha necessária. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 12, n. 2, p. 954-973, ago./dez. 2014 CAMPOS, Michele; GREIK, Michel; VALE, Tacyanne. História da ética. Disponível em: <http://www.ceap.br/material/mat25082013230426.pdf>. Acesso em 10 de out. de 2016. 14

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( ) Técnico em contabilidade; ( ) Contador. 2- Tempo de formaçâo? ( ) Nos últimos 05 anos; ( ) De 06 a 10 anos; ( ) De 11 a 15 anos; ( ) De 16 a 20 anos; ( ) Acima de 20 anos. 3- Há quanto tempo atua no mercado de trabalho? ( ) Menos de 05 anos; ( ) De 06 a 10 anos; ( ) De 11 a 15 anos; ( ) De 16 a 20 anos; ( ) Acima de 20 anos 4- Qual a impôrtancia da responsabilidade ética do contador? 5- Você conhece a resolução 803/96, código de ética profissional do contabilista? 6- Você acha que é importante desempenhar suas atividades baseando-se nos códigos de ética? 7- Se aplicar, como aplica os códigos de ética na relação com o cliente? 8- Os seus clientes exigem este atendimento aos códigos de ética? 9- Você acha que conduzindo sua profissão pelo código de ética há melhorias? 10- Você conhece as penalidades ao qual está sujeito se descumprir os códigos? 11- Qual a importância da responsabilidade civil do contador? 12- Você conhece as alterações do novo código civil lei 10.406/02 que entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003? 13- Você sabe quais as penalidades o código civil prevê em caso de erros de contabilização seja por imperícia, seja intencional? 14- Mudou sua rotina de trabalho com as alterações do novo código civil? 15- Você encontra dificuldade para a prática profissional dentro dessas novas responsabilidades? 16- Quais mudanças você considera relevantes para a classe contábil com o novo cód igo civil? 17- Quais as dificuldades encontradas nos dias de hoje para exercer a profissão contábil? 18- Para finalizar a entrevista, tem algo que gostaria de relatar que acha importante para incrementar esta pesquisa? 18