PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO DA DURAÇÃO MÍNIMA IN SITU DA VERIFICAÇÃO SGSPAG

Documentos relacionados
Harmonização de procedimentos Verificadores SGSPAG. Ana Lúcia Cruz 15 de outubro de 2013

PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO DA DURAÇÃO MÍNIMA IN SITU DA VERIFICAÇÃO SGSPAG

- aplicação do n.º 3 do artigo 50.º

ISABEL ROSMANINHO. Diretiva SEVESO III: enquadramento legal

Prevenção de Acidentes Graves Implementação nacional e perspetivas futuras

Apresentação dos Documentos de Referência para Entidades Acreditadas (EA) no domínio do Ambiente

Instrumentos, tramitação de procedimentos e disposições transitórias

Diretiva SEVESO: instrumentos para a prevenção de acidentes graves

16.º ENCONTRO DE VERIFICADORES AMBIENTAIS EMAS

INFORMAÇÃO A COMUNICAR AO PÚBLICO NO ÂMBITO do nº 1 do art. 30 do DL 150/2015

PROCEDIMENTO PARA A QUALIFICAÇÃO DE VERIFICADOR PCIP. Versão setembro 2017

Guia de orientação para a determinação das zonas de perigosidade

Diplomas. Segunda alteração à Lei de Bases da Proteção Civil (Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho)

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA AGRICULTURA E AMBIENTE Direção Regional do Ambiente INFORMAÇÃO A DISPONIBILIZAR AO PÚBLICO

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA AGRICULTURA E AMBIENTE Direção Regional do Ambiente INFORMAÇÃO A DISPONIBILIZAR AO PÚBLICO

Mestrado em Auditoria Empresarial e Pública AUDITORIA DE SEGURANÇA E DE HIGIENE NO TRABALHO Profª Doutora Emília Telo. Legislação de SHST

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA AGRICULTURA E AMBIENTE Direção Regional do Ambiente INFORMAÇÃO A DISPONIBILIZAR AO PÚBLICO

Decreto-Lei 68-A/2015

Alteração REGULAMENTO Plano Diretor Municipal. Qualificação Ambiental AGOSTO Praça Municipal, Arcos de Valdevez

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA AGRICULTURA E AMBIENTE Direção Regional do Ambiente INFORMAÇÃO A DISPONIBILIZAR AO PÚBLICO

ORIENTAÇÕES RELATIVAS A TESTES, ANÁLISES OU EXERCÍCIOS SUSCETÍVEIS DE CONDUZIR À ADOÇÃO DE MEDIDAS DE APOIO EBA/GL/2014/ de setembro de 2014

Luís Simões Logística Integrada

Guia para a verificação do enquadramento no Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto

Informação a comunicar ao público. sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas

Em conformidade com o Regulamento dos Leilões, cada Estado-Membro deverá designar um leiloeiro, responsável pela venda das licenças de emissão na

TRANSFERÊNCIA DE RESÍDUOS E RASTREABILIDADE Webinar sobre Resíduos, Dupla Contagem, Fraude e Fiscalização e Biocombustíveis Avançados

Os Instrumentos de Gestão Territorial

REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO E PASSAGEM DE ANO DA ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE DO MINHO. I. Disposições Gerais

(6) É necessário estabelecer regras relativas ao formato e à apresentação dos relatórios anuais de execução.

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

Ficha Técnica. Título: Relatório Anual de Atividades do Fundo de Intervenção Ambiental Editor: Agência Portuguesa do Ambiente

Inquérito de avaliação. Nível de satisfação dos utentes dos sistemas de qualificação relacionados com o desempenho ambiental das organizações

DECRETO N.º 393/XII. Artigo 1.º Objeto

2.º SUPLEMENTO I SÉRIE ÍNDICE. Presidência do Conselho de Ministros. Terça-feira, 29 de outubro de 2013 Número 209

IV Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho 1 de junho de 2016 TEMA: QUAIS AS OBRIGAÇÕES DE EMPREGADORES/TRABALHADORES EM MATÉRIA DE SHST?

Instrução n. o 9/2016 BO n. o

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

RESPONSABILIDADE SOCIAL. Não te deslumbres comigo. Cometes um erro crasso Se ligares muito ao que digo Sem atentares ao que faço.

INFORMAÇÃO AO PÚBLICO. Sobre Estabelecimento Abrangido pelo Regime de Prevenção de Acidentes Graves que Envolvem Substâncias Perigosas

DESTINATÁRIOS AG, DRAP, ST e GAL

Legislação temática Resíduos

EMBRAER PORTUGAL ESTRUTURAS METÁLICAS, S.A.

Legislação Transportes

Declaração Modelo 22 de IRC. AT chama a atenção para o correto preenchimento do Anexo D

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

PLANO DE PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

Legislação GPL 1.ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTOS 2.QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS ENTIDADES CREDENCIADAS

Regulamento para a Creditação de Formação Académica, Pós-Secundária e Experiência Profissional

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

MÓDULO 2. Organização dos Serviços de Higiene e Saúde no Trabalho. Formadora - Magda Sousa

Deliberação CETP n.º 3/2017. Delegação de competências da autoridade de gestão do Programa Operacional

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

Instrução n. o 1/2017 BO n. o

FORMULÁRIO PARA APROVAÇÃO DE PREÇOS DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS COM BASE NO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO

[REVISÃO DO DECRETO - LEI N.º 132/2012, DE 27 DE JUNHO]

DESPACHO N.º GR.01/04/2014. Aprova o Regulamento de Aplicação do Estatuto de Estudante Internacional da Universidade do Porto

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas.

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento D045655/03.

Regime de Pagamento Base (RPB)

Principais Aspetos do Projeto-Lei Prosolos Prevenção da Contaminação e Remediação do Solo. Inv. Celeste Jorge LNEC e CPGA

aptidões profissionais a todos exigidas.

COMENTÁRIOS DA ORDEM DOS REVISORES OFICIAIS DE CONTAS AO PROJETO DE ESTATUTOS

Orientações EBA/GL/2015/

PROJETO DE ALTERAÇÃO DA ARMAZENAGEM DE GPL TERMINAL DA TRAFARIA

Relatório sobre os níveis de qualidade do serviço postal universal dos CTT Correios de Portugal, S.A., referente ao ano de 2012

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

Diploma DRE. Artigo 1.º. Objeto

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À EDIFICAÇÃO E URBANIZAÇÃO CÓDIGO CIVIL. Lei n.º 150/2015, de 10 de Setembro ACESSIBILIDADES

DECLARAÇÃO DE INTERESSES FINANCEIROS DOS DEPUTADOS

Orientações relativas à aplicação de medidas de garantia a longo prazo

Regime dos bens em circulação. Portaria n.º 161/2013, de 23 de Abril

Promoção de Produtos Agrícolas Seleção do organismo de execução

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E ENERGIA Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2015

3.5 Utilizador Pessoa ou entidade que utiliza betão fresco na execução de uma construção ou de um elemento.

ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 5/2016. Regulamento Específico do Domínio da Inclusão Social e Emprego

GESTÃO DE RESÍDUOS CENTRAIS FOTOVOLTAICAS

Relatório sobre os níveis de qualidade do serviço postal universal oferecido pelos CTT Correios de Portugal, S.A., no ano de 2015

Informação a comunicar ao público sobre estabelecimento abrangido pelo regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas

sobre procedimentos de gestão de reclamações relativas a alegadas infrações à Segunda Diretiva dos Serviços de Pagamento

Contabilização da Taxa de Resíduos Sólidos N.º 4 do artigo 10.º da Portaria n.º 278/2015, de 11 de setembro

Exposição a agentes químicos no local de trabalho. Publicado no Diário da República: I série A; Nº , p

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

EMBRAER PORTUGAL ESTRUTURAS METÁLICAS, S.A.

DIREÇÃO-GERAL DO CONSUMIDOR Processo n.º 7 / DGC / 2015 DECISÃO

Ficha Informativa + Segurança

Avaliação do Desempenho Docente

MATÉRIAS A ABORDAR NO RELATÓRIO ANUAL DE ATIVIDADES

Resíduos de construção e demolição

LICENCIAMENTO INDUSTRIAL - Regime de Exercício da Actividade Industrial (REAI)

Porquê ler este documento? Por quem é elaborada a informação?

L 252/26 Jornal Oficial da União Europeia

Transcrição:

PROCEDIMENTO PARA O CÁLCULO DA DURAÇÃO MÍNIMA IN SITU DA VERIFICAÇÃO SGSPAG Procedimento SGSPAG n.º 3 4.ª revisão outubro 2015 Índice 1 Introdução 2 2 Campo de aplicação 2 3 Documentos de referência 2 4 Documento de apoio 2 5 Metodologia para o cálculo da duração mínima in situ das 3 verificações SGSPAG 5.1. Fatores intrínsecos ao estabelecimento 3 5.2. Fatores relacionados com a verificação 5 5.3. Fatores relacionados com atividades recentes 6 5.4. Duração mínima da verificação 8 6 Comunicação ao organismo de qualificação 8 7 Considerações finais 8 Total de páginas: 8 Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 1 de 8

1. Introdução Qualquer auditoria a um sistema de gestão de segurança para a prevenção de acidentes graves (SGSPAG) pressupõe a afetação de um determinado tempo mínimo de verificação in situ, para garantir que esta decorre de uma forma eficiente, eficaz e independente e que os objetivos da auditoria são atingidos. O presente documento visa apresentar a metodologia desenvolvida pela Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA), de aplicação obrigatória, para a determinação da duração mínima in situ de uma verificação SGSPAG, bem como fornecer orientações para a sua aplicação. Os tempos de auditoria SGSPAG in situ, determinados através da referida metodologia, têm necessariamente de ser respeitados, não se estipulando tempos máximos de auditoria. Sempre que o verificador entenda necessário, pode socorrer-se do apoio de um perito. No entanto, uma vez que este não atua como auditor, o tempo despendido, por este, não pode ser contabilizado para o cálculo da duração mínima da auditoria. O número mínimo de dias calculado corresponde ao tempo despendido in situ por um verificador. Se a auditoria SGSPAG for realizada por mais de um verificador, a duração mínima in situ apenas poderá ser dividida pelo número de verificadores, no caso de estes realizarem, durante toda a auditoria, trabalhos de verificação distintos, que deverão ser previamente definidos no plano de auditoria. 2. Campo de aplicação As disposições contidas no presente documento aplicam-se a todos os verificadores SGSPAG, qualificados de acordo com o disposto na Portaria n.º 186/2014, de 16 de setembro, e aos operadores dos estabelecimentos de nível superior. 3. Documentos de referência Decreto-Lei n.º 150/2015 (D.R. n.º 151, Série I de 2015-08-05), que estabelece o regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias perigosas e de limitação das suas consequências para a saúde humana e para o ambiente, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2012/18/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 4 de julho de 2012; Portaria n.º 186/2014 (D.R. n.º 178, Série I de 20014-09-16), que aprova os requisitos e condições de exercício da atividade de verificador do SGSPAG bem como as taxas a cobrar pelos atos praticados pela APA.; Requisitos do Sistema de Gestão de Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG), APA, março de 2008. 4. Documento de apoio Ficheiro em excel Cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 2 de 8

5. Metodologia para o cálculo da duração mínima das verificações SGSPAG O tempo a afetar a uma auditoria SGSPAG deve variar em função de um conjunto distinto de fatores. A metodologia aqui proposta distingue três conjuntos de fatores: fatores intrínsecos ao estabelecimento, fatores relacionados com a auditoria propriamente dita e fatores relacionados com atividades recentes, a saber: 1. Fatores intrínsecos ao estabelecimento: A. Tipo de estabelecimento B. Número de processos produtivos C. N.º de substâncias perigosas presentes D. Tipo de armazenagem E. Diversidade em termos de perigosidade 2. Fatores relacionados com a verificação: F. Verificação conjunta entre estabelecimentos / SGSPAG comum G. Sistemas de gestão certificados 3. Fatores relacionados com atividades recentes: H. Incidentes ou acidentes I. Novos estabelecimentos e estabelecimentos com alterações Para cada um destes fatores serão atribuídos valores ponderados de acordo com as tabelas 1 a 9. Os dados e documentos necessários para a definição dos valores ponderados devem ser fornecidos ao verificador, pelo operador do estabelecimento, sob pena de ser considerado o pior cenário (valor ponderado mais elevado). 5.1 Fatores intrínsecos ao estabelecimento Fatores intrínsecos ao estabelecimento são fatores que variam em função das características do estabelecimento a auditar e que estão relacionados com a sua perigosidade e/ou complexidade, e que, consequentemente, condicionam o tempo de auditoria SGSPAG necessário. Fator A Tipo de estabelecimento O fator A pretende refletir o tipo de atividade principal do estabelecimento. Nesta perspetiva, é considerada: A armazenagem de produtos (manuseamento, armazenagem e distribuição); A fabricação de produtos. Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 3 de 8

Tabela 1 Fator A - Tipo de estabelecimento Armazenagem 1 Fabricação de produtos 5 Fator B Número de processos produtivos O valor ponderado atribuído ao fator B é definido em função do número de processos produtivos existentes no estabelecimento. Salienta-se que neste fator deve ser considerado o total de processos produtivos existentes no estabelecimento, e não apenas os que envolvam substâncias perigosas. Nos estabelecimentos de nível superior cuja única atividade é a armazenagem, o valor a ser considerado no fator B é zero. Tabela 2 Fator B - Número de processos produtivos 0 0 1 ; 3 1 4 ; 9 3 10 10 justificação: Fator C N.º de substâncias perigosas presentes O fator C reflete o número de substâncias perigosas presentes no estabelecimento e declaradas na comunicação efetuada nos termos do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto. Tabela 3 Fator C - N.º de substâncias perigosas presentes Até 15 substâncias perigosas 1 Mais de 15 substâncias perigosas 3 Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 4 de 8

Fator D Tipo de armazenagem O fator D pretende refletir o nível de enquadramento do estabelecimento, resultante do tipo de armazenagem de substâncias perigosas. Caso o estabelecimento detenha vários tipos distintos de armazenagem, deve ser considerado o valor mais elevado (ex: num estabelecimento com tanques e armazéns, o valor ponderado para o fator D é 3). Salienta-se que este fator apenas diz respeito à armazenagem das «substâncias perigosas», na aceção do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto. Tabela 4 Fator D - Tipo de armazenagem Cavernas 1 Tanques / Esferas/ Garrafas 2 Armazém / Paióis 3 Fator E Diversidade em termos de perigosidade O fator E visa refletir a diversidade dos perigos existentes no estabelecimento. São atribuídos diversos fatores ponderados em função dos perigos das substâncias e misturas presentes no estabelecimento (perigos para a saúde humana, perigos físicos, e perigos para o ambiente). Tabela 5 Fator E - Diversidade em termos de perigosidade Substâncias perigosas integradas em apenas uma secção da parte 1 do anexo I do DL 150/2015 Substâncias perigosas integradas em duas secções da parte 1 do anexo I do DL 150/2015 Substâncias perigosas integradas em três secções da parte 1 do anexo I do DL 150/2015 1 2 3 5.2 Fatores relacionados com a verificação Os fatores relacionados com a verificação correspondem a minorações (valores ponderados negativos) que podem ser aplicadas a situações específicas. Fator F Verificação conjunta entre estabelecimentos com SGSPAG comum Nos casos em que dois estabelecimentos têm um único SGSPAG e que o operador opte pela verificação conjunta do SGSPAG nos dois estabelecimentos, deve ser aplicado, para cada estabelecimento, um valor ponderado de -2 para o fator F. Note-se que, ainda que Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 5 de 8

a verificação SGSPAG seja conjunta, o cálculo do n.º de dias mínimo de verificação deverá ser efetuado por estabelecimento. Assim, este fator aplicar-se-á a ambos os estabelecimentos. Tabela 6 Fator F - Verificação conjunta entre estabelecimentos / SGSPAG comum Não 0 Sim -2 Nota: Nestes casos, a duração mínima total da verificação conjunta resultará do somatório do número de dias calculados para cada um dos estabelecimentos. Fator G Sistemas de gestão certificados Quando o estabelecimento tiver um sistema de gestão certificado, de acordo com a ISO 14001 / OHSAS 18001 / NP 4397 / EMAS, é atribuído um valor de -1 ao fator G. Note-se que, caso o estabelecimento tenha um sistema de gestão implementado, mas não certificado, o valor ponderado é zero. Tabela 7 Fator G - Sistemas de gestão certificados Sem SG certificados 0 ISO 14001 / OHSAS 18001 / NP 4397 / EMAS -1 justificação: 5.3 Fatores relacionados com atividades recentes Estes fatores pretendem traduzir acontecimentos ocorridos no estabelecimento no ano anterior ao ano da verificação, relacionados com a sua atividade, e que poderão influenciar o tempo necessário à verificação. Fator H Incidentes ou acidentes É aplicado um fator H caso, no ano anterior ao da realização da auditoria (ano a que se reporta a verificação), tenha ocorrido, no estabelecimento, pelo menos, um acidente grave ou um incidente que tenha envolvido substâncias perigosas. Um «acidente grave» é definido pela alínea a) do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto. Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 6 de 8

Tabela 8 Fator H - Incidentes ou acidentes, no ano anterior à verificação Sem ocorrências enquadráveis nas situações descritas nas linhas seguintes desta tabela Ocorrência de, pelo menos, um incidente que tenha envolvido substâncias perigosas Ocorrência de, pelo menos, um acidente grave na perspetiva do DL n.º 150/2015 justificação: 0 2 5 Fator I Novos estabelecimentos e estabelecimentos com alterações É aplicado um fator I nas seguintes situações: A auditoria em causa é a primeira auditoria SGSPAG realizada no estabelecimento desde o seu enquadramento no nível superior, tendo em atenção o disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 20.º e 1c) do artigo 51.º do Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto. Estabelecimento onde tenham sido realizadas atividades associadas a alterações substanciais, no ano anterior à verificação. Estas atividades poderão ser de execução da alteração ou de revisão dos documentos previstos no Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto. Tabela 9 Fator I - Novos estabelecimentos e estabelecimentos com alterações Sem alterações enquadráveis nas situações descritas nas linhas seguintes desta tabela Alteração substancial (art.º 25.º do DL n.º 150/2015) Primeira auditoria realizada ao estabelecimento justificação: 0 3 5 Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 7 de 8

5.4 Duração mínima da verificação A duração mínima da verificação (traduzida em dias por verificador) resulta do somatório dos valores ponderados de cada fator, por aplicação da correspondência definida na tabela 10. Estes valores representam durações mínimas de verificação in situ, podendo ser adotados valores mais elevados, mas nunca inferiores. As horas de trabalho relativas aos dias (ou meios dias) calculados não podem ser repartidas pelos restantes dias da verificação, ou seja, não pode haver distribuição das horas inicialmente previstas por um número de dias inferior. Em casos excecionais e devidamente justificados, poderá ser aceite uma duração menor à calculada, carecendo esta situação de aprovação prévia por parte da APA. Tabela 10 N.º mínimo de dias in situ = tabela1+tabela2+tabela3+tabela4+tabela5+tabela6+tabela7+tabela8+tabela9 es s 1-3 4-7 8-11 12-15 16-19 20-23 24-27 28-31 32 Número mínino de dias in situ 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 CÁLCULO 6. Comunicação ao organismo de qualificação Até 8 dias úteis antes da data de realização da auditoria, o verificador deve enviar à Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (organismo de qualificação), juntamente com o plano de auditoria, o cálculo da duração mínima do tempo de verificação SGSPAG in situ, com a indicação e justificação dos valores ponderados considerados por fator. 7. Considerações finais Para o verificador calcular eficazmente o número mínimo de dias de auditoria, o operador do estabelecimento de nível superior deverá disponibilizar as informações anteriormente referidas, no sentido de melhor adequar o tempo de auditoria à realidade do estabelecimento. Nos casos em que existam lacunas de informação (não disponibilização pelo operador do estabelecimento), o verificador deverá adotar a ponderação mais penalizante, de forma a assegurar que a auditoria irá ser realizada no sentido de garantir uma verificação adequada de todos os requisitos previstos no documento Requisitos do Sistema de Gestão de Segurança para a Prevenção de Acidentes Graves (SGSPAG), APA, março de 2008. Proc. SGSPAG n.º 3 Procedimento para o cálculo da duração mínima in situ da verificação SGSPAG pág. 8 de 8