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Transcrição:

Ao SINDICATO DAS EMPRESAS DE RÁDIO E TELEVISÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO SERTESP A/C DA DIRETORIA REF.: CONTRAPROPOSTA PARA FECHAMENTO DA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2017/2018 ENTRE SINDICATO DOS JORNALISTAS E SERTESP SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO, entidade sindical profissional de primeiro grau, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 62.584.230/0001-00, com sede à Rua Rego Freitas, n.º 530, sobreloja, Vila Buarque, São Paulo/SP, CEP: 01.220-010, entidade representativa dos jornalistas profissionais no estado de São Paulo, neste ato representado pelo seu Diretor Presidente, Considerando a realização da reunião entre o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo, em 13 de março de 2018, em mesa-redonda convocada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por demanda do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP); Considerando que a conclusão da mesa-redonda foi o encaminhamento de que o SJSP faria assembleias com os profissionais nas duas semanas subsequentes, submetendo

novamente a voto a proposta feita pelo Sertesp, e podendo apresentar uma nova contraproposta para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho 2017-2018 em 27 de março de 2018 caso os jornalistas assim decidissem, e que a bancada patronal se comprometia a comunicar as empresas dessa nova contraproposta e a dar uma resposta ao SJSP; Vem a presença de Vossas Senhorias entregar uma nova contraproposta para o fechamento da Convenção Coletiva 2017-2018, no prazo fixado de comum acordo, para que seja submetida à aprovação das empresas. Conforme solicitação feita na mesa-redonda por representante do Sertesp, a contraproposta está entregue em um texto corrido, sem anotações. Por isso, explicamos abaixo as mudanças feitas em relação à última contraproposta, para facilitar a compreensão do esforço dos jornalistas em vista de um acordo. Inicialmente, é importante ressaltar que a contraproposta toma como base a proposta do Sertesp de 12 de dezembro de 2017 de 46 cláusulas (corrigida em dois pontos por mensagem em 15 de dezembro). Em relação a essa proposta, num grande esforço de conciliação e negociação, os jornalistas já aceitaram 39 pontos na íntegra, incluindo os referentes ao reajuste salarial, bem como a retirada de direitos como a obrigatoriedade do pagamento da diária de viagem, a estabilidade funcional para os afastados por motivo de doença e as indenizações para os demitidos com mais de 45 anos e para os profissionais que se aposentam.

A proposta aqui entregue parte também do fato de que 4 cláusulas foram acertadas em mesa, ficando a bancada laboral incumbida de redigi-las, e essas são as cláusulas 8ª (autorização para desconto em folha), 20 (estabilidade para a gestante), 27 (estabilidade provisória para o empregado em vias de aposentadoria) e 35 (abono de faltas). Com isso, totalizam-se o aceite de 43 cláusulas das 46 propostas pelo Sertesp. A proposta aqui entregue também mantém a ideia de afastar eventuais entraves ao fechamento do acordo. Por isso, abrimos mão de manter os pontos 1 e 2 da cláusula 40 (Contribuições ao SJSP), em vista da dificuldade de chegarmos a um acordo em relação à contribuição sindical e à contribuição assistencial, apesar do prejuízo econômico ao Sindicato dos trabalhadores sempre tendo em vista o principal, que é garantirmos os direitos e as condições de trabalho da categoria que representamos, e propomos a retirada da CCT da cláusula 10ª (Controle de jornada e regulamentação de compensação de jornada), tendo em vista as dificuldades para chegarmos a um acordo e o fato de que a reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro de 2017 fornece às empresas os instrumentos legais para implementar as medidas que o Sertesp propõe registrar na Convenção Coletiva. Considerando este conjunto, restariam então seis cláusulas para chegarmos a um acordo para o fechamento da Convenção Coletiva. Propomos manter duas como já estavam formuladas: a 7ª (Pagamento de adicional por tempo de serviço) e a 49 (Rescisão contratual). Com relação

às outras 4, reduzimos a demanda, dando base a essa contraproposta. As 4 cláusulas e suas mudanças são: - cláusula 10 (amplitude da Convenção Coletiva): estamos reduzindo a reivindicação, retirando o parágrafo único, que proibia cláusulas compromissórias de comissão de arbitragem; - cláusula 38 (férias): apresentamos uma nova formulação, buscando responder à argumentação das empresas de que a fórmula proposta era muito genérica ; - cláusula 47 (verbas rescisórias): item cujo objetivo era apenas manter algumas condições já estabelecidas em CCTs passadas, que não precisariam ser retiradas por conta do fim da homologação. Decidimos, ainda assim, nesta contraproposta, retirar o parágrafo que estabelecia a correção via caderneta de poupança de verbas retidas por alvará judicial; - cláusula 48 (terceirização): estamos reduzindo a demanda, retirando o parágrafo que estabelece o seguro a favor dos jornalistas contra o inadimplemento de empresas terceiras. Com essa nova contraproposta, esperamos que as empresas possam reconhecer o importante esforço feito pelos jornalistas na via da negociação de uma nova Convenção Coletiva de Trabalho. A história desta campanha salarial, até aqui, tem sido a de um lado que apresentou uma única proposta, que até agora não sofreu nenhuma modificação, e a de outro lado, representado pelos jornalistas, que abriram mão da maior parte de suas demandas, que aceitaram perder direitos inscritos há décadas na Convenção Coletiva, e que se mostram, desde o início, totalmente abertos à negociação.

Esperamos que essa nova contraproposta dê base para o fechamento do acordo, ou, caso isso ainda não aconteça, favoreça uma reunião em breve entre as partes, para que o Sertesp possa apresentar suas considerações sobre os pontos ainda em aberto, e para que possamos chegar o mais rápido possível a um acordo. Estejam certos, senhores, de que aos jornalistas não interessa protelar nem mais um dia o fechamento desta Convenção Coletiva. Estamos prontos para assinar um acordo digno, que preserve as condições de trabalho de nossa categoria, responsável pela prosperidade das empresas nas quais trabalham. Atenciosamente, PAULO LEITE MORAES ZOCCHI Diretor Presidente Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo São Paulo, 27 de Março de 2018