06/02/2017. By: J. E. A. Neto

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Transcrição:

Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) 99112-3636 - netobv@hotmail.com Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais 1 Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia. (Art. 1º, Único, Lei nº 13.140/2015) Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação, sendo que os tangíveis, deverão ser homologados pelo juiz após ouvir o Ministério Público. (Art. 3º, Lei nº 13.140/2015) A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. (Art. 166, CPC/15) O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas partes. (Art. 4º, Lei nº 13.140/2015) Poderá atuar como mediador extrajudicial qualquer pessoa que atender aso seguintes requisitos: 1. ser capaz; 2. ter a confiança das partes envolvidas no litígio; 3. ser capacitada para fazer mediação; 4. Não há a necessidade de o mediador integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. (Art. 9º, Lei nº 13.140/2015) 2 1

Poderá atuar como mediador judicial qualquer pessoa que atender aso seguintes requisitos: 1. ser capaz; 2. ser graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação; 3. ter obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. (Art. 11, Lei nº 13.140/2015) Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes, observado o disposto no art. 5º desta Lei. (Art., Lei nº 13.140/2015) Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz. (Art. 5º, Lei nº 13.140/2015) O mediador fica impedido de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou. (Art. 6º, Lei nº 13.140/2015) 3 Na mediação judicial, as partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos, aos que comprovarem insuficiência de recursos. (Art. 10, c/c Art. 26 Único, ambos da Lei nº 13.140/2015) Na mediação judicial, Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. (Art. 10, Único, Lei nº 13.140/2015) O procedimento de mediação judicial deverá ser concluído em até sessenta dias, contados da primeira sessão, salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua prorrogação. (Art. 28, Lei nº 13.140/2015) Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de mediação. (Art. 27, Lei nº 13.140/2015) 4 2

CONCEITO ELEMENTOS ESSENCIAIS Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a mediação como meio de solução de controvérsias entre particulares e sobre a autocomposição de conflitos no âmbito da administração pública. Parágrafo único. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia. Art. 3º Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. 1º A mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. 2º O consenso das partes envolvendo direitos indisponíveis, mas transigíveis, deve ser homologado em juízo, exigida a oitiva do Ministério Público. 5 CONCEITO LEI Nº 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995. JUIZADOS ESPECIAIS. Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência. Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. A conciliação, do latim conciliare, é uma atividade técnica na qual um terceiro (conciliador ou juiz leigo) busca promover soluções consensuais para a controvérsia, entre as partes principais, seja em um processo judicial ou extrajudicial, por meio de homologação de acordo. 6 3

CONCEITO LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15 Art. 165. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. (...) 2º O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem. 3º O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. 7 CONCEITO A mediação é atividade técnica exercida por terceiro imparcial, escolhido ou aceito pelas partes litigantes, com finalidade de auxilialas e estimula-las a identificar ou desenvolver soluções consensuais para o conflito, estando desprovido do poder de decisão e de persuasão. Objetivo principal do mediador: orientar as partes, instruir, esclarecer. A conciliação, do latim conciliare, é uma atividade técnica na qual um terceiro (conciliador ou juiz leigo) busca promover soluções consensuais para a controvérsia, entre as partes principais, seja em um processo judicial ou extrajudicial, por meio de homologação de acordo. Objetivo principal do conciliador: Ajudar as partes a chegar a um acordo. 8 4

PRINCÍPIOS Art. 2º A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I - imparcialidade do mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV - informalidade; V - autonomia da vontade das partes; VI - busca do consenso; VII - confidencialidade; VIII - boa-fé. LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15 Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. 9 CONFIDENCIALIDADE Art. 30. Toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação. 1º O dever de confidencialidade aplica-se ao mediador, às partes, a seus prepostos, advogados, assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança que tenham, direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação, alcançando: I - declaração, opinião, sugestão, promessa ou proposta formulada por uma parte à outra na busca de entendimento para o conflito; II - reconhecimento de fato por qualquer das partes no curso do procedimento de mediação; III - manifestação de aceitação de proposta de acordo apresentada pelo mediador; IV - documento preparado unicamente para os fins do procedimento de mediação. 10 5

PREVISÃO CONTRATUAL MEDIAÇÃO Art. 2º A mediação será orientada pelos seguintes princípios: (...) 1 o Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula de mediação, as partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação. 2 o Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de mediação. Art. 22. A previsão contratual de mediação deverá conter, no mínimo: I - prazo mínimo e máximo para a realização da primeira reunião de mediação, contado a partir da data de recebimento do convite; II - local da primeira reunião de mediação; III - critérios de escolha do mediador ou equipe de mediação; IV - penalidade em caso de não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação. 11 INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL Art. 22. A previsão contratual de mediação deverá conter, no mínimo: (...) 2 o Não havendo previsão contratual completa, deverão ser observados os seguintes critérios para a realização da primeira reunião de mediação: I - prazo mínimo de dez dias úteis e prazo máximo de três meses, contados a partir do recebimento do convite; II - local adequado a uma reunião que possa envolver informações confidenciais; III - lista de cinco nomes, informações de contato e referências profissionais de mediadores capacitados; a parte convidada poderá escolher, expressamente, qualquer um dos cinco mediadores e, caso a parte convidada não se manifeste, considerar-se-á aceito o primeiro nome da lista; IV - o não comparecimento da parte convidada à primeira reunião de mediação acarretará a assunção por parte desta de cinquenta por cento das custas e honorários sucumbenciais caso venha a ser vencedora em procedimento arbitral ou judicial posterior, que envolva o escopo da mediação para a qual foi convidada. 12 6

MEDIADOR ESCOLHIDO/DESIGNADO Art. 4º O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas partes. 1 o O mediador conduzirá o procedimento de comunicação entre as partes, buscando o entendimento e o consenso e facilitando a resolução do conflito. 2 o Aos necessitados será assegurada a gratuidade da mediação. Art. 24. Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação, pré-processuais e processuais, e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição. 13 MEDIADOR REQUISITOS Art. 9º Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe ou associação, ou nele inscrever-se. Art. 11. Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. 14 7

MEDIADOR IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO Art. 5º Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento e suspeição do juiz. Parágrafo único. A pessoa designada para atuar como mediador tem o dever de revelar às partes, antes da aceitação da função, qualquer fato ou circunstância que possa suscitar dúvida justificada em relação à sua imparcialidade para mediar o conflito, oportunidade em que poderá ser recusado por qualquer delas. Art. 6º O mediador fica impedido, pelo prazo de um ano, contado do término da última audiência em que atuou, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. Art. 8º O mediador e todos aqueles que o assessoram no procedimento de mediação, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, são equiparados a servidor público, para os efeitos da legislação penal. 15 MEDIADOR REQUISITOS Art. 12. Os tribunais criarão e manterão cadastros atualizados dos mediadores habilitados e autorizados a atuar em mediação judicial. 1 o A inscrição no cadastro de mediadores judiciais será requerida pelo interessado ao tribunal com jurisdição na área em que pretenda exercer a mediação. 2º Os tribunais regulamentarão o processo de inscrição e desligamento de seus mediadores. Art. 13. A remuneração devida aos mediadores judiciais será fixada pelos tribunais e custeada pelas partes, observado o disposto no 2 o do art. 4 o desta Lei. 16 8

MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL Art. 21. O convite para iniciar o procedimento de mediação extrajudicial poderá ser feito por qualquer meio de comunicação e deverá estipular o escopo proposto para a negociação, a data e o local da primeira reunião. 17 PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO Art. 17. Considera-se instituída a mediação na data para a qual for marcada a primeira reunião de mediação. Parágrafo único. Enquanto transcorrer o procedimento de mediação, ficará suspenso o prazo prescricional. Art. 25. Na mediação judicial, os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes, observado o disposto no art. 5º desta Lei. Art. 14. No início da primeira reunião de mediação, e sempre que julgar necessário, o mediador deverá alertar as partes acerca das regras de confidencialidade aplicáveis ao procedimento. Art. 18. Iniciada a mediação, as reuniões posteriores com a presença das partes somente poderão ser marcadas com a sua anuência. 18 9

PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com as partes, em conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as informações que entender necessárias para facilitar o entendimento entre aquelas. Art. 10. As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. Parágrafo único. Comparecendo uma das partes acompanhada de advogado ou defensor público, o mediador suspenderá o procedimento, até que todas estejam devidamente assistidas. 19 PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO JUDICIAL Art. 27. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de mediação. Art. 26. As partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos, ressalvadas as hipóteses previstas nas Leis n os 9.099, de 26 de setembro de 1995, e 10.259, de 12 de julho de 2001. Parágrafo único. Aos que comprovarem insuficiência de recursos será assegurada assistência pela Defensoria Pública. 20 10

PROCEDIMENTO DE MEDIAÇÃO - ENCERRAMENTO Art. 20. O procedimento de mediação será encerrado com a lavratura do seu termo final, quando for celebrado acordo ou quando não se justificarem novos esforços para a obtenção de consenso, seja por declaração do mediador nesse sentido ou por manifestação de qualquer das partes. Parágrafo único. O termo final de mediação, na hipótese de celebração de acordo, constitui título executivo extrajudicial e, quando homologado judicialmente, título executivo judicial. Art. 28. O procedimento de mediação judicial deverá ser concluído em até sessenta dias, contados da primeira sessão, salvo quando as partes, de comum acordo, requererem sua prorrogação. 21 AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. CPC/15 Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. (...) 2º Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes. 3º A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. 4º A audiência não será realizada: I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual; II - quando não se admitir a autocomposição. 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. 22 11

A respeito da mediação, assinale a alternativa correta: I A mediação é exercida por terceiro imparcial; (Art. 1º, Único, Lei nº 13.140/2015) II O Mediado não possui poder decisório, mas auxilia e estimula as partes a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia; (Art. 1º, Único, Lei nº 13.140/2015) III O mediador extrajudicial pode ser escolhido pelas partes. (Art. 1º, Único, Lei nº 13.140/2015) a) Apenas uma assertiva encontra-se correta; b) Apenas uma assertiva encontra-se incorreta; c) Todas as assertivas estão corretas; d) Todas as assertivas estão incorretas; A mediação será orientada pelos seguintes princípios, exceto: (Art. 2º, Lei nº 13.140/2015) a) Eficiência na autocomposição; b) imparcialidade do mediador; c) isonomia entre as partes; d) oralidade; Pode ser objeto de mediação: a) o conflito que verse sobre direitos disponíveis,, desde que o acordo seja homologado posteriormente pelo juiz após ouvir o Ministério Público. (Art. 3º, Lei nº 13.140/2015) b) o conflito que verse sobre direitos indisponíveis, mas tangíveis, desde que o acordo seja homologado posteriormente pelo juiz após ouvir o Ministério Público. (Art. 3º, Lei nº 13.140/2015) c) o conflito que verse sobre direitos a pensão alimentícia, desde que, seja conduzido por mediador imparcial, sendo prescindível a oitiva do Ministério Público e homologação do juízo; d) todo e qualquer conflito que verse sobre direitos das partes acordantes, independentemente de oitiva do Ministério Público, desde que convalidado por juiz competente; 23 12