Ano: 05 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário - Analista Judicial 35) Considerando os sucessivos escândalos de corrupção verificados em determinado Estado da Federação, a Assembleia Legislativa promulgou uma emenda à Constituição Estadual que veiculou um extenso rol de infrações político-administrativas passíveis de serem praticadas pelo Governador do Estado. Foi previsto que o julgamento, de natureza política, seria realizado pela......assembleia Legislativa, sendo cominadas as sanções de perda da função e inabilitação para o exercício de outra função pública. À luz da Constituição da República, é correto afirmar que essa emenda é: a) inconstitucional, pois compete privativamente à União legislar sobre crimes de responsabilidade e estabelecer as normas de processo e julgamento; b) constitucional, pois cada Estado da Federação, por força do princípio da simetria, tem competência para dispor sobre as infrações político-administrativas afetas às suas autoridades; c) inconstitucional, pois somente a Constituição da República pode veicular normas relacionadas às infrações políticoadministrativas; d) constitucional, pois os Estados possuem delegação expressa da União para definir os crimes de responsabilidade e estabelecer as normas de processo e julgamento; e) inconstitucional, pois, o Estado, na definição dos crimes de responsabilidade, a exemplo do seu processo e julgamento, deve observar o processo legislativo ordinário.
MOVENS - Prefeitura de Manaus - AM Analista 36) Com esteio no princípio da simetria, o estado-membro dispõe de competência para instituir, em sua própria Constituição, cláusulas tipificadoras de crimes de responsabilidade, especialmente se as normas definidoras de tais ilícitos tiverem por finalidade viabilizar a responsabilização política do governador. O agente político pode responder por improbidade administrativa e por crime de responsabilidade? ª Corrente (STF - Rcl 38) ª Corrente (STJ) Regra: responderá Exceção: não responderá se: a) o agente político for uma das autoridades sujeitas à Lei n..079/50; b) O fato praticado for tipificado como improbidade administrativa e crime de responsabilidade. Responderá, conforme AgRg na Rcl 54/MT, Rel. Min. Ari Pargendler, Corte Especial, julgado em 6/09/03. Ano: 05 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: Juiz de Direito Substituto 37) Situação hipotética: O governador de um estado da Federação foi flagrado pela Polícia Federal portando valor recebido para favorecer determinada empresa em uma licitação. Assertiva: Nesse caso, o agente político está sujeito tanto à responsabilização política mediante impeachment, desde que ainda seja titular do referido mandato eletivo, quanto à responsabilização cível por improbidade administrativa.
Denúncia por cidadão Apuração pela CPI Presidente da CD recebe a denúncia Câmara dos Deputados p/ Juízo de Admissibilidade (/3)* Não autorizado Arquivado Autorizado Senado Federal (faculdade de iniciar o julgamento) ADPF 378 Nessa fase, o Chefe do Executivo se submete a condição de acusado. É permitido a qualquer cidadão (MS 3.885) STF. Plenário. ADPF 378 MC / DF(08-03-06).3. A ampla defesa do acusado no rito da Câmara dos Deputados deve ser exercida no prazo de dez sessões (RI/CD, art. 8, 4º), tal como decidido pelo STF no caso Collor (MS.564, Rel. para o acórdão Min. Carlos Velloso). denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade? Ano: 05 Banca: FUNCAB Órgão: Faceli Prova: Procurador Lei n..079/50 Art. 4. É permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados. FCC - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária 38) A acusação contra o Presidente da República por crime de responsabilidade a) não o considera denunciado até a manifestação definitiva do Superior Tribunal de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal. b) considera-o como indiciado, garantindo-lhe a defesa, mas não a nulidade do procedimento. 5 3
c) implica na suspensão obrigatória de suas funções em razão da denúncia até a decisão final. d) não o coloca na condição de acusado ou indiciado, tendo em vista o princípio da presunção de inocência. e) coloca-o na condição de acusado, assegurando-lhe o direito a ampla defesa e o contraditório, sob pena de nulidade do procedimento. Ano: 06 Banca: CESPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: Analista Judiciário - Tecnologia da Informação (+ provas) 39) Com base no que dispõe a CF sobre o presidente da República, assinale a opção correta. a) A renúncia ao mandado pelo presidente da República prejudica, por perda de objeto, o processo de impeachment eventualmente em curso, acarretando a sua extinção automática. 5 4 b) Por força do princípio da inafastabilidade jurisdicional, eventual decisão condenatória proferida pelo Senado Federal em julgamento por crime de responsabilidade estará sujeita a controle judicial posterior. c) Por ser norma punitiva, o rol de crimes de responsabilidade previsto na CF é taxativo, nele não podendo ser inseridos novos tipos. d) A CF admite excepcionalmente a edição, pelo presidente da República, de decreto como fonte normativa primária, o chamado decreto autônomo. e) Em processo de impeachment por crime de responsabilidade, o contraditório e a ampla defesa somente são exercidos pelo presidente da República perante o Senado Federal, na fase de processo e julgamento. 4 4 4
Leitura Obrigatória Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. PROCESSO DE IMPEACHMENT. DEFINIÇÃO DA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RITO PREVISTO NA LEI Nº.079/950. ADOÇÃO, COMO LINHA GERAL, DAS MESMAS REGRAS SEGUIDAS EM 99. STF. Plenário. ADPF 378 MC / DF, Relator(a): Min. EDSON FACHIN; Relator para acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 6 e 7//05, Órgão Julgador: Tribunal Pleno, public. 08-03- 06 Aspectos principais da ADPF 378.. Apresentada denúncia contra o Presidente da República por crime de responsabilidade, compete à Câmara dos Deputados autorizar a instauração de processo (art. 5, I, da CF/988). A Câmara exerce, assim, um juízo eminentemente político sobre os fatos narrados, que constitui condição para o prosseguimento da denúncia. Ao Senado compete, privativamente, processar e julgar o Presidente (art. 5, I), locução que abrange a realização de um juízo inicial de instauração ou não do processo, isto é, de recebimento ou não da denúncia autorizada pela Câmara... Há três ordens de argumentos que justificam esse entendimento. Em primeiro lugar, esta é a única interpretação possível à luz da Constituição de 988, por qualquer enfoque que se dê: literal, histórico, lógico ou sistemático. Em segundo lugar, é a interpretação que foi adotada pelo Supremo Tribunal Federal em 99, quando atuou no impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello, de modo que a segurança jurídica reforça a sua reiteração pela Corte na presente ADPF. E, em terceiro e último lugar, trata-se de entendimento que, mesmo não tendo sido proferido pelo STF com força vinculante e erga omnes, foi, em alguma medida, incorporado à ordem jurídica brasileira. Dessa forma, modificá-lo, estando em curso denúncia contra a Presidente da República, representaria uma violação ainda mais grave à segurança jurídica, que afetaria a própria exigência democrática de definição prévia das regras do jogo político. Processo () Julgamento /3 membros Absolvição (arquivo) Condenação (perda do cargo e suspensão de qualquer atividade pública por 8 anos) ()...o recebimento da denúncia pela Mesa do Senado Federal, no processo de impeachment ocorre apenas após a decisão do Plenário do Senado Federal, em votação nominal tomada por maioria simples e presente a maioria absoluta de seus membros; STF. Plenário. ADPF 378 MC / DF(08-03-06) () Durante o processo o Presidente fica afastado por 80 dias 5
OBS : Durante o processo de julgamento dos crimes de responsabilidade o Senado Federal será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, funcionando dessa forma como um órgão judicial híbrido. OBS : O Poder Judiciário não tem competência para alterar a decisão proferida pelo Senado Federal no processo de impeachment no que diz respeito ao mérito, mas se à autoridade não for assegurado o direito à ampla defesa cabe o ajuizamento de mandado de segurança ou qualquer outra ação cabível. OBS 3: Segundo STF (MS.689-, rel Min. Carlos Velloso, 6..993), a renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, quando já iniciado este, não paralisa o processo de impeachment. OBS 4: A sentença será formalizada por meio de Resolução do Senado Federal (Art. 35 L. nº.079/50). OBS 5: A imposição de sanções pela prática do crime de responsabilidade não exclui a aplicação das demais sanções judiciais. CESPE - TRF - ª REGIÃO 40) A denúncia oferecida à Câmara dos Deputados, imputando ao chefe do Poder Executivo federal a prática de crime de responsabilidade, não o coloca na posição de acusado; por essa razão, os princípios do contraditório e da ampla defesa serão de observância obrigatória somente após o início do processo propriamente dito, perante o Senado Federal. Os crimes de responsabilidade, quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo? Ano: 05 Banca: FUNCAB Órgão: Faceli Prova: Procurador 6
Lei n..079/50 Art. º Os crimes definidos nesta lei, ainda quando simplesmente tentados, são passíveis da pena de perda do cargo, com inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública, imposta pelo Senado Federal nos processos contra o Presidente da República ou Ministros de Estado, contra os Ministros do Supremo Tribunal Federal ou contra o Procurador Geral da República. CESPE/UNB - Exame OAB CADERNO ÉPSILON- 009 CESPE (questão ). 4) No tocante à responsabilização do presidente da República, assinale a opção correta. (cód. Q79) a) São alternativas as sanções de perda do cargo de presidente e de inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública. b) Na CF, é assegurada ao presidente da República a prerrogativa de somente ser processado, seja por crime comum, seja por crime de responsabilidade, após o juízo de admissibilidade da Câmara dos Deputados. c) Compete ao STF processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações penais comuns e nas ações populares. d) Tratando-se de crime de responsabilidade, a decisão proferida pelo Senado Federal pode ser alterada pelo STF. Art. 5. Compete privativamente ao Senado Federal: Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 7
Precedente antigo do STF (MS.689) Renúncia do mandato "caso Collor" Tese de Defesa * Votação sobre perda do cargo ficou prejudicada ("perdeu o objeto"); * Inabilitação... Pena acessória STF Perda do cardo + Inabilitação... (Penas autônomas) Julgado do STF no caso Collor "A preposição com, utilizada no parág. único do art. 5, acima transcrito, ao contrário do conectivo e, do 3º, do art. 33, da CF/89, não autoriza a interpretação no sentido de que se tem, apenas, enumeração das penas que poderiam ser aplicadas. Implica, sim, a interpretação no sentido de que ambas as penas deverão ser aplicadas. É que a preposição com opõe-se à preposição sem (v. Caldas Aulete, 'Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa', 5ª ed., 964, II/856, V/3688). No sistema da Constituição de 89, art. 33, 3º, mais as normas infraconstitucionais indicadas - Lei nº 30, art. º, Lei nº 7, artigos 3 e 4 - era possível o raciocínio no sentido de que apenas a aplicação da pena de perda do cargo podia ocorrer, certo que esta poderia ser agravada com a pena de inabilitação. No sistema atual, entretanto, isto não é mais possível: ambas as penas deverão ser aplicadas em razão da condenação. Que condenação? A condenação em qualquer dos crimes de responsabilidade que deram causa à instauração do processo de impeachment." (trechos do voto do Ministro Relator Carlos Velloso no MS 689, julgado em 6//993). CRIME DE RESPONSABILIDADE DIFERENTES AUTORIDADES E ÓRGÃOS COMPETENTES 4 8
STF Crimes de Responsabilidade e crime comum praticados sem conexão com o Presidente da República (CF/88, art. 0, I, c) Sem necessidade de autorização da CD (art. 5,I da CF/88) MINISTRO DE ESTADO SENADO FEDERAL Crimes de Responsabilidade conexo com o Presidente da República. Necessidade de autorização da CD (art. 5,I da CF/88) ) MINISTRO DE ESTADO ) COMANDANTES: a) DA MARINHA; b) DO EXÉRCITO; c) AERONÁUTICA * Conexo com o Presidente da República ou Vice Presidente da República. INFRAÇÃO PENAL COMUM ou CRIME DE RESPONSABILIDADE* Senado Federal STF ÓRGÃO / AUTORIDADE FATO FORO ) Membros dos tribunais superiores; ) Membros TCU 3) Chefes de missão diplomática de caráter permanente. Infrações penais comuns ou nos crimes de responsabilidade STF ÓRGÃO / AUTORIDADE FATO FORO 4) Procurador Geral da República; 5) Advogado Geral da União; Infrações penais comuns Crimes de responsabilidade STF Senado Federal 9
ÓRGÃO / AUTORIDADE FATO FORO 6) Membros do Congresso Nacional Infrações penais comuns Crimes de responsabilidade STF Não há previsão Constitucional ou legal (Lei n..079/50). ÓRGÃO / AUTORIDADE ATUAÇÃO FORO 7) Membros do MPU 8) Membros do MPE Oficiem perante Tribunais Demais Crime Comum ou Crime de Responsabilidade STJ TRF TJ ÓRGÃO / AUTORIDADE ATUAÇÃO FORO 9) Membros do CNMP / CNJ Crime de Responsabilidade Crime Comum Senado Federal Respectivo foro Crime comum ou Responsabilidade impróprio ou em sentido estrito CRIMES ELEITORAIS CRIMES CONTRA A VIDA CONTRAVENÇÕES PENAIS STF assentou pacificamente abranger todas as modalidades de infrações penais (STF RTJ 9/43). 0
TIPO DE AÇÃO AÇÕES CONTRA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA AÇÕES POPULA RES AÇÕES CIVIS PÚBLICAS AÇÕES POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATI VA AÇÕES PENAIS Quais são as cláusulas de irresponsabilidade relativa (imunidades) destinadas ao Presidente da República? FORO POR PRERROGATI VA DE FUNÇÃO? NÃO NÃO NÃO SIM CLAUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (Art. 86 3º 4º ) Os arts. 86 3º e 4º Art. 86 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. Art. 86 4º - O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. representam um caso de silêncio eloquente?
Lacuna de lei Omissão legislativa. O intérprete deverá utilizar de técnicas de integração para aplicar o direito ao caso concreto. Conclusão: o legislador não cuidou da matéria. Silêncio eloquente (beredtes Schweigen) A partir do silêncio, conclui se que a norma contemplada é a única a ser aplicada. Silêncio intencional do legislador não estende o alcance da norma para outras situações. Conclusão: Não disse porque não quis dizer. E ao não dizer, está se manifestando Exemplos de Silêncio Eloquente (Jurisprudência do STF) (a) a inexistência de lei que atribua competência à Justiça do Trabalho para julgar litigio entre sindicato de empregados e empregadores sobre o recolhimento de contribuição estipulada em convenção ou acordo coletivo de trabalho (STF RE 35.637); (b) a inexistência de menção às receitas decorrentes de exportação dentre as várias hipóteses de não incidência da CPMF no artigo 85 do ADCT (STF RE 566.59); (c) a inexistência de disposição expressa no Decreto nº 5.95/04 que impeça a comutação de pena aos condenados que estão em livramento condicional (STF HC 94.654); Exemplos de Silêncio Eloquente (Jurisprudência do STF) (d) a inexistência de qualquer condição ou limite, no regime constitucional do IPI, à compensação do tributo pago nas operações antecedentes, ao contrário do que ocorre com o ICMS (STF RE 56.980); (e) a inexistência de menção à imunidade formal ou processual dos vereadores no artigo 9 da Constituição Federal (STF ADI 37); (f) a inexistência de previsão de depoimento pessoal do investigado ou representado na disciplina legal da investigação judicial eleitoral (STF HC 85.09); Exemplos de Silêncio Eloquente (Jurisprudência do STF) (g) a inexistência de previsão de imunidade à prisão cautelar e a qualquer processo penal por delitos estranhos à função governamental, no artigo 86, parágrafos 3º e 4º, da Constituição Federal, aos Governadores dos Estados (STF ADI 978); (h) a inexistência de estipulação expressa relativamente à exigência de comprovação de dependência econômica para além dos casos previstos nas alíneas d e e do inciso I, e nas alíneas c e d do inciso II do artigo 7 da Lei nº 8./990, havendo o legislador restringido o benefício da pensão decorrente do falecimento de servidor público apenas para determinadas hipóteses (STF MS 8.530);
Exemplos de Silêncio Eloquente (Jurisprudência do STF) (i) a inexistência, a partir da EC nº 45/004, de referência expressa ao inciso II do artigo 93 da Constituição Federal no inciso III do mesmo dispositivo, relativamente às promoções por merecimento de juízes para a segunda instância (STF MS 30.585 e STF MS 3.375); (j) a inexistência de menção a aposentados e pensionistas na redação dada ao artigo 89 do ADCT pela EC nº 60/009, a qual restringe sua incidência aos integrantes da carreira policial militar e os servidores municipais do Estado de Rondônia que, comprovadamente, se encontravam no exercício regular de suas funções prestando serviço àquele ex-território Federal na data em que foi transformado em Estado, bem como os servidores e os policiais militares alcançados pelo disposto no artigo 36 da Lei Complementar nº 4/98, e aqueles admitidos regularmente nos quadros do Estado de Rondônia até a data de posse do primeiro Governador eleito, em 5 de março de 987 (STF MS 9.373). Não podem ser interpretadas como silêncio eloquente do legislador: (a) a inexistência de previsão específica do Código de Processo Penal acerca do direito à substituição de testemunha não encontrada (STF º-AgR-AP 470); (b) a inexistência de previsão constitucional de tempo mínimo de atividade profissional para que os advogados possam fazer parte da lista elaborada para o Tribunal Regional Eleitoral (STF RMS 4.334); (c) a inexistência de alusão à união entre pessoas do mesmo sexo no parágrafo 3º do artigo 6 da Constituição Federal (STF ADPF 3 ); (d) a existência de termos e limites à concessão do benefício fiscal previsto no revogado artigo 53, parágrafo º, inciso II, da Constituição Federal, mediante o qual se estabeleceu hipótese de não-incidência do imposto sobre proventos e pensões de pessoas idosas, de renda exclusiva do trabalho (STF RE 00.373). Banca: CESPE/UNB Ano: 06 Órgão: TCE/SC Prova: Auditor Fiscal de Controle Externo 4) As lacunas normativas presentes na CF não se confundem com o chamado silêncio eloquente, que se apresenta nas situações em que a falta de uma regulamentação constitucional possa ser atribuída a uma escolha intencional do constituinte de não prever determinada hipótese normativa. Ano: 05 Banca: CS-UFG Órgão: Prefeitura de Goiânia GO Prova: Procurador do Município 43) O Presidente da República não estará sujeito à prisão, e, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, em razão de sua imunidade penal, enquanto não sobrevier sentença condenatória nas infrações comuns. 3
REFLEXOS DA CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL RELATIVA DO P. DA REPÚBLICA (Art. 86 3º 4º ) Processo e Prescrição Suspensos (STF, inq. n. 567/DF) Delitos cometidos em momento anterior ao da investidura do candidato eleito na Presidência da república. Delito praticado na vigência do mandato, mas não ligado a função presidencial Ano: 06 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Analista Técnico Administrativo 44) No caso de o Presidente da República, na vigência do mandato, praticar crime comum não relacionado às funções do cargo, sua responsabilização perante o Supremo Tribunal Federal estará condicionada à admissibilidade da acusação por dois terços dos membros da Câmara dos Deputados. As imunidades do Art. 86 3º e 4º podem ser estendidas no âmbito estadual e distrital aos governadores? RESPOSTA As imunidades do Art. 86 3º e 4º NÃO PODEM SER ESTENDIDAS no âmbito estadual e distrital aos GOVERNADORES, por se tratar de prerrogativas inerentes ao Presidente da República na qualidade de Chefe de Estado ( STF, ADI.0/SP, rel. p/ acórdão Min. Celso de Mello, 9.0.995). 4
Impossibilidade de aplicação do art. 86, 4º, da CF/88 a outras autoridades Não é possível aplicar o art. 86, 4º, da CF/88 para o Presidente da Câmara dos Deputados, considerando que a garantia prevista neste dispositivo é destinada expressamente ao chefe do Poder Executivo da União (Presidente da República). Desse modo, por se tratar de um dispositivo de natureza restritiva, não é possível qualquer interpretação que amplie a sua incidência a outras autoridades, notadamente do Poder Legislativo. STF. Plenário. Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 0 e 03/03/06 (Info 86). Ano: 05 Banca: UEPA Órgão: PGE-PA Prova: Procurador do Estado 45) Os governadores de Estado, consoante o STF, que dispõem de prerrogativa de foro ratione muneris, perante o STJ, estão sujeitos, uma vez obtida a necessária licença da respectiva Assembleia Legislativa, a processo penal condenatório, ainda que as infrações penais a eles imputadas sejam estranhas ao exercício das funções governamentais. Ratione muneris: em razão do cargo, em razão da função. As imunidades do Art. 86 3º e 4º somente se aplicam na área penal? A irresponsabilidade penal do Presidente da República NÃO SE APLICA na área civil, administrativa ou tributária (STF, Inq. N. 67/DF) 5
46- (CESPE/UNB - TRT 6 REGIÃO) Conforme interpretação do STF, somente as regras sobre imunidade formal em relação à prisão do Presidente da República, não podem ser estendidas aos Governadores de Estado e, no mesmo sentido, ao Governador do DF e Prefeitos por atos normativos próprios, na medida em que as regras (que são derrogatórias do direito comum), estão reservadas à competência exclusiva da União para disciplinar, nos termos do art., I da CF. CESPE - PC-TO - Delegado de Polícia 47) O presidente da República, no exercício de suas funções, só pode ser preso após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Banca: CESPE Órgão: TRT - 7ª Região (ES) Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa 48) No caso de o presidente da República vir a praticar ilícitos penais, civis ou tributários durante a vigência de seu mandato, sem qualquer relação com a função presidencial, ele não poderá ser responsabilizado, haja vista a imunidade presidencial que implica a suspensão do curso da prescrição relacionada a esses ilícitos, enquanto durar o mandato. DELITO LIGADO A FUNÇÃO PRESIDENCIAL (propter officium ou in ofício) Câmara dos Deputados Juízo de Admissibilidade (/3) Não autorizado Arquivado Art. 5. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; Autorizado STF 6
O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (art. 86 da CF/88) IMPEDE? INQUÉRITO OFERECIMENTO DA DENÚNCIA Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA NÃO NÃO SIM CESPE - TRF - 5ª REGIÃO 49) Nos crimes comuns, o presidente da República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia. STF Recebimento Denúncia Queixa da ou Absolvição (arquivo) Não Recebimento da denúncia ou queixa Processo*/ Julgamento Condenação (perda do cargo* e aplicação da pena) Arquiva...a condenação aplicada será prevista no tipo penal, e não a perda do cargo (como pena principal), que só ocorrerá no crime de responsabilidade. No caso de crime comum, a perda do cargo dar-se-á por via reflexa, em decorrência da suspensão temporária dos direitos políticos, enquanto durarem os efeitos da sentença criminal condenatória, transitada em julgado. Direito Constitucional Esquematizado - Pedro Lenza, 8ª edição, pg 75. *Durante o processo o Presidente fica afastado por 80 dias 7
Ano: 06 Banca: CESPE Órgão: TCE-PR Prova: Auditor 50) O presidente da República será julgado, pela prática de crimes comuns, no STF, devendo ser afastado de suas funções desde o recebimento da denúncia até o término do processo criminal. A investigação contra Governadores de Estado, do DF ou Prefeitos precisa de prévia autorização do Poder Legislativo? Em outras palavras, o art. 5,I da CF/88 se aplica, por simetria, no âmbito estadual, distrital e municipal? CF/88, art. 5. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; JULGADO DO STJ A apreciação do pedido de prisão preventiva por esta Corte prescinde da autorização da Câmara Distrital tendo em vista a natureza cautelar da providência, bem como o suposto envolvimento de membros da Casa Legislativa no esquema de corrupção. STJ, Inq 650 / DF, Relator: Ministro FERNANDO GONÇALVES (07), Órgão Julgador: CORTE ESPECIAL, DJe 5/04/00 8
COMENTÁRIO DO PROFESSOR Segundo o ilustre professor Pedro Lenza, em sua obra Direito Constitucional Esquematizado, 8ª ed., 04, a tendência do STF é AFASTAR a regra do art. 5,I, que exige prévia licença do Parlamento também para a instauração do processo, entendendo que o Governador Estadual ou Distrital, bem como o Prefeito, poderão ser processados INDEPENDENTEMENTE DE PRÉVIA LICENÇA da Casa. CESPE - AL-ES - Procurador - conhecimentos específicos 5) Nos crimes comuns, os governadores somente poderão ser processados penalmente mediante autorização da assembleia legislativa, competente para exercer o controle político prévio a qualquer acusação penal deduzida contra o chefe do Poder Executivo, compreendendo-se na locução crimes comuns todas as infrações penais, inclusive as de natureza meramente contravencional. 5) No procedimento aplicável aos crimes de responsabilidade praticados pelo presidente da República, o juízo positivo de admissibilidade realizado pela Câmara dos Deputados não obriga o Senado Federal a processar e julgar o chefe do Poder Executivo. 53) Na hipótese de crime comum praticado pelo presidente da República, uma vez autorizado o início da ação penal pela Câmara dos Deputados, o STF será obrigado a receber a denúncia ou queixa-crime. 54) Se, na hipótese de configuração de segundo turno nas eleições presidenciais, sobrevier impedimento legal de candidato, aquele que seria o seu vice-presidente concorrerá no segundo turno. 55) Será constitucional lei estadual que estabeleça a necessidade de licença prévia da assembleia legislativa para que o governador possa ausentar-se do país por qualquer prazo. 9
) Errado ) B 3) Certo 4) D 5) Errado 6) Certo 7) Errado 8) Errado 9) Certo 0) D ) Errado ) Errado 3) Certo 4) B 5) Certo 6) Errado 7) B 8) A 9) Certo 0) Errado ) Errado ) E 3) Errado 4) E 5) B 6) Errado 7) C 8) E 9) B 30) Certo GABARITO 3) Certo 3) Certo 33) Errado 34) Errado 35) A 36) Errado 37) Certo 38) E 39) D 40) Errado 4) B 4) Certo 43) Errado 44) Errado 45) Certo 46) Errado 47) Errado 48) Errado 49) Certo 50) Errado 5) Certo 5) Errado 53) Errado 54) Errado 55) Errado MENSAGEM DO PROFESSOR A fraqueza é a desculpa dos covardes! Às vezes, pensamos em desistir de algo que queremos por essas coisas serem cheias de obstáculos, mas a vida é feita de superações e conquistas. No meio de cada conquista vêm as decepções, as brigas, os problemas, as dores e o sofrimento, mas é necessário passar por todos esses obstáculos. Seja forte e enfrente seus problemas, abandoná-los não vai resolver nada. http://www.mundodasmensagens.com 0