QUESTIONAMENTO PREGÃO PRESENCIAL 36/2013 PORCESSO Nº 13.1.01041.08.2 Em 30.04.2013 recebemos via e-mail solicitação de Consulta (Questionamento) da empresa HUFFIX AMBIENTES INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA sobre o Pregão 36/2013 conforme transcrição que segue: Barueri (SP), 30 de abril de 2013. À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Serviço de Compras Endereço: Rua do Lago, 717 sala 151 - Prédio da Administração da FFLCH - USP Cep: 05508-080 São Paulo SP - Brasil Fone: 11 3091-4641 / 3091-5055 E-mail: comprasfflch@usp.br At.: SR(A) PREGOEIRO(A) E EQUIPE DE APOIO Ref.: C O N S U L T A (QUESTIONAMENTO) PREGÃO ELETRÔNICO Nº 002/2013 Objeto: Aquisição de um módulo de arquivo deslizante de aço com instalação, de acordo com as condições e especificações constantes do Anexo I Termo de Referência. Prezados Senhores, A HUFFIX AMBIENTES INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.238.556/0001-34, estabelecida na Rua Jaú, 21 Vila Morellato Barueri SP, vem, à presença de V.Sas., consoante lhe faculta a legislação pertinente e em especial o item 10 do sobredito Edital, solicitar os devidos ESCLARECIMENTOS sobre as disposições contidas no ato de convocação, em especial o Anexo I DESCRIÇÃO DO OBJETO, conforme adiante especificadas: Primeiramente, antes de entrarmos no cerne da questão é imprescindível esclarecer à Administração Pública que o objeto licitado (Arquivos Deslizantes) não é um produto normatizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), ou
seja, não há uma padronização na cadeia produtiva que indique a meta (fim) e os procedimentos (meios) para a execução de regras de produção, de tal maneira que atualmente cada fabricante utiliza na fabricação deste produto os seus próprios padrões, surgindo uma grande variedade de configurações/dimensões e diversificação de seus componentes internos e externos, tais como trilhos e rodas. Diante deste cenário não há um consenso uníssono para estabelecer o padrão de resistência, durabilidade e qualidade do produto. Em havendo a normatização pela ABNT, o órgão responsável e independente de coletar uma amostra do certificado, o faria aleatoriamente no processo, desde que o mesmo já tenha sido inspecionado e liberado pelo controle de qualidade da fábrica, ou na área de expedição, em embalagens prontas para comercialização. Diante deste cenário haveria a condição de aferir realmente se o produto está dentro dos parâmetros mínimos da norma. Como não existe norma técnica específica para medir o desempenho deste produto, a saída [proposta e mantida pelo mercado de fabricantes] foi atrelar o critério de resistência, durabilidade e qualidade a Laudos e Ensaios e a uma metodologia acordada entre os fabricantes e os laboratórios, entretanto, os parâmetros encontrados nestes ensaios versam somente sobre a amostra testada. (grifos e destaque nosso) Esta condição está ratificada na ABNT NBR ISSO/IEC 17025/2005 (Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração), onde é retratada a seguinte situação: 5.4 Métodos de ensaio e calibração e validação de métodos (...) 5.4.4 Métodos não normalizados
Quando for necessário o emprego de métodos não abrangidos por métodos normalizados, estes devem ser submetidos a acordo com o cliente e devem incluir uma especificação clara dos requisitos do cliente e a finalidade do ensaio elou calibração. O método desenvolvido deve ser devidamente validado de forma apropriada, antes de ser utilizado. (gn). Possuímos laudos de Ensaios de Resistência e Durabilidade emitidos por laboratórios reconhecidos (acreditados) pelo INMETRO, no entanto não são ipsis litteris ao solicitados no edital. Os laudos de nossos produtos, de acordo com a nossa racionalidade de fabricante, portanto realizados pela ótica de quem fabrica o bem, são perfeitamente adequados e traduzem e/ou atestam de forma segura a integridade e funcionalidade do produto, e estes laudos/testes, diga-se de passagem, já se encontram muito acima do que seria razoável e dentro de um contexto usual, levando-se em consideração o tipo de mobiliário e sua aplicação na vida corporativa. Esta Administração requer o que segue: 1) O item 3.1 do descritivo que versa sobre a pintura do objeto solicita:... A licitante vencedora deverá apresentar certificação junto à ABNT, ou outra entidade acreditada pelo INMETRO, do processo de preparação (fosfatização) e pintura das superfícies metálicas por processo eletrostático, comprovando o atendimento dos critérios estabelecidos pelas normas NBR 5770, 8094, 9209, 14951, atestando os requisitos de qualidade esperados por esta Administração.
Por não haver uma normatização do arquivo deslizante cada fabricante entende que determinada norma é suficiente para atestar os requisitos de qualidade de seu produto. Das normas mencionadas acima os laudos comumente solicitados contemplam as normas NBR 8094, 8095, 9209, 10443, 11003, 10545, os quais refletem e atestam sobre a qualidade do produto e podem servir para auferir a qualidade da pintura, sendo: NBR 10443: Determinação da espessura da película seca; NBR 11003: Determinação da aderência da tinta; NBR 10545: Determinação da flexibilidade por mandril crônico, atestando que a camada de tinta não apresenta fissura, craqueamento ou desplacamento de tinta; NBR 8095: Exposição de câmara úmida. Relatório do INMETRO: Espessura de chapa de pintura No que diz respeito à NBR 5770, esta aufere o grau de enferrujamento nas amostras submetidas à ensaios de corrosão (névoa salina NBR 8094 e câmara úmida - NBR 8095). Entende o mercado não ser tal ensaio necessário em virtude dos resultados apresentados nos laudos citados anteriormente. Ou seja, se ao término da exposição aos ensaios de corrosão, não houve enferrujamento não há grau de enferrujamento a ser analisado. Para que os resultados esperados pela norma sejam verificados, faz-se necessário a ocorrência de enferrujamento nas peças após ensaios de corrosão, se não houve enferrujamento tal norma não se aplica e a sua solicitação não é cabível. No caso dos arquivos deslizantes, a não apresentação deste laudo não interfere na qualidade do produto ofertado, e o que importa neste caso é o resultado dos ensaios de corrosão (NBR 8094 e/ou 8095). Já no que tange ao laudo referente à NBR 14951/2003, informamos que esta norma tem caráter procedimental, e tem como objetivo estabelecer os parâmetros para o reconhecimento de defeitos de sistemas de pintura aplicados em superfícies metálicas, suas prováveis causas e possíveis correções.
Ou seja, esta norma não aufere qualidade nos produtos, apenas orienta os laboratórios e seus técnicos sobre os métodos e procedimentos de identificação de defeitos em pinturas aplicadas em superfícies metálicas. Em observância ao princípio da legalidade e ao art. 3º da Lei nº 8.666/93, seria prudente a esta Administração retirar tal solicitação sob o ponto de vista que não se trata de laudo de ensaio e sim de especificações de métodos a serem seguidos pelos laboratórios. Perguntamos: Diante do exposto, faz-se necessária a apresentação dos laudos referentes às NBRs 5770 e 19541? Podem ser apresentados laudos relacionados à pintura das partes metálicas, em substituição aos questionados, visto que visam auferir a qualidade do processo de pintura? Em caso de negativa, solicitamos que justifique tal resposta fundamentada em lei. 2) Em relação ao que solicita o item 3.8 ERGONOMIA, referente à adaptabilidade estrutural, funcional e ergonômica, segue nossos apontamentos: O Sistema de arquivamento e armazenamento deverá permitir total flexibilização estrutural, objetivando o atendimento às adequações futuras de layout e deverá dispor de sistemática construtiva e de montagem que garanta excelente relação funcional e ergonômica em face de possíveis readequações do layout dos sistemas de arquivos, garantindo assim um melhor investimento do erário público, comprovando as características construtivas desejadas por esta Administração, através de apresentações de laudos técnicos emitidos por laboratórios referendados pelo INMETRO, considerando os parâmetros descritos a seguir: possibilidade transformação do comprimento dos módulos; possibilidade de transformação da altura dos módulos; possibilidade de mecanização dos módulos fixos; possibilidade de transformação dos módulos mecânicos em eletrônicos/upgrade. Em relação ao solicitado quanto ao laudo de possibilidade de transformação, informamos com muita propriedade que os laboratórios acreditados pelo INMETRO já não mais o realiza, pois não encontram legislação/norma para tanto. Tal posicionamento é observado em cartas anexas a este pedido de esclarecimento dos principais laboratórios, sendo o CETEMO, o IPT e o Falcão Bauer.
Após as negativas dos laboratórios em realizarem tal ensaio, há empresa do segmento visando se beneficiar nas compras públicas por possuir tal laudo, especificando-o em suas propostas de cotações. Assim, leva a Administração Pública a acreditar que o mercado em geral o possui e entende como quesito para participação nos certames. Como já não é viável a aquisição deste laudo junto aos laboratórios, encontramos nos certames licitatórios solicitação de mera declaração dos fabricantes indicando a possibilidade de realização de adaptações futuras. Atualmente no mercado, apenas um fabricante de arquivos deslizantes possui esse ensaio. E, manter tal pedido, limita a oferta a um determinado produto de determinada marca, o que é vedado nas licitações públicas. Tal posicionamento em favor da retirada deste laudo é prudente sob a ótica da ampla concorrência, visando conferir a participação de mais empresas do segmento neste certame. Assim, solicitamos a FFLCH para este caso, com base na legislação vigente e na não emissão de tal laudo/ensaio pelos laboratórios, que requeiram a apresentação de declaração de adaptabilidade dos arquivos deslizantes. Informamos que nossa empresa atua há 15 anos nesse segmento e, neste tempo, não verificamos a ocorrência dessas transformações nos Órgãos que licitaram este objeto. Perguntamos: Conforme apontamentos, esta Administração aceitará declaração do fabricante atestando que o produto atende futura adaptabilidade? Em caso de negativa, solicitamos justificativa amparada por lei para tanto e indicação de laboratórios que realizem tal ensaio, visto que atualmente não há a
possibilidade de realizar esse laudo por intermédio dos principais laboratórios credenciados pelo INMENTRO. 3) O item referente ao sistema de movimentação requer: SISTEMA DE MOVIMENTAÇÃO: Dispositivo para movimentação dos arquivos dotado de manípulos e travas de segurança. Volante com diâmetro de 230 mm a 235 mm com manípulo único em alumínio de cabo retrátil sem a utilização de pontas ou cabos fixos que possam contundir os operadores. No centro deste volante deverá haver uma trava individual de segurança acionada pelo operador travando o módulo ao final da abertura do corredor de pesquisa e liberada após o seu uso. Em relação ao sistema de movimentação, informamos que nossa empresa oferta aos seus clientes volante em aço ou alumínio, com formato anatômico, composto por três manípulos em baquelite, com giros no sentido horário e anti-horário, dotado de trava individual, conforme modelo abaixo. Salientamos que o material em aço acompanha o material aplicado para a fabricação do arquivo, recebendo o mesmo tratamento que as demais peças e que as diferenças entre os volantes de cada fabricante encontra-se apenas no caráter estético dos mesmos. A funcionalidade do volante de cada fabricante é o mesmo.
Tendo em vista que na solicitação há especificação de outro fabricante, que direciona o objeto à determinado fabricante/marca específico, perguntamos: Podemos ofertar nosso modelo de volante, bem como as demais empresas do ramo, o que não infere no caráter ergonômico visado por esta Administração? Qual o fundamento usual e jurídico desta solicitação e direcionamento? Considerações Gerais Por uma questão de analogia e proporcionalidade e pela falta total falta de normatização no território nacional que regularia uma metodologia para todos os fabricantes (o que traria para o processo o principio de isonomia), solicitamos respostas aos questionamentos, mediante embasamento legal e comprovada necessidade do solicitado. Desta maneira, caso sejamos atendidos em nosso pleito, o r. Órgão terá à sua disposição um maior número de concorrentes para a sua escolha, situação essa consagrada no caput do artigo 3º da Lei nº 8.666/93 e alterações posteriores aplicáveis. Por todo o exposto e tendo em mira, a defesa do princípio da razoabilidade, da isonomia e da seleção da proposta mais vantajosa, no caso de aceite das solicitações de alteração do Edital, esse r. Órgão ampliará o número de concorrentes, consequentemente, maior competitividade resultando melhores preços. Outrossim, utilizando-nos subsidiariamente do que preceitua a Lei nº 8.666/93, invocamos o atendimento ao parágrafo 4º, do artigo 21: " Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto no original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionalmente, a alteração não afetar a formulação da proposta". Sem mais, agradecemos à atenção dispensada e aguardamos breve resposta, através do Fone (0xx11) 5627-9037/Fax (11) 5627-9020 ou endereçá-la ao e-mail licitacao@huffix.com.br
Em resposta ao questionamento supra cabe relatar : 1) O real propósito da inclusão do item 03 do Edital (Laudo de Certificação) trata em primeira instancia da questão resistência e durabilidade dos materiais a serem utilizados na fabricação do produto, onde salvo engano, não implica em determinada norma técnica característica de exclusividade de um BEM. 2) Sub item 3.1 Pintura - a exclusão ou manutenção dos laudos referentes as NBRs 5770 e 19541será objeto de análise, uma vez definida a real implicação das normas na qualidade final do Bem. 3) Sub item 3.8 Ergonomia de forma correlata será a analisada a possibilidade de alterar a forma de garantir a Administração de que o Bem fornecido atende as exigências mínimas para o a efetiva utilização do arquivo deslizante. 4) Sistema de Movimentação será averiguada a alegação feita pela empresa : Tendo em vista que na solicitação há especificação de outro fabricante, que direciona o objeto à determinado fabricante/marca específico..., em havendo fundamento o disposto relativo ao volante pode ser alterado. São Paulo, 02 de Maio de 2013. Ismaerino de Castro Júnior Pregoeiro