UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CAMPUS IV CHAPADINHA - MA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MAURILENE SOUSA COSTA

Documentos relacionados
2.10. Ictiofauna. Fauna associada a bancos flutuantes de macrófitas. PELD Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração 126.

ASPECTOS DA BIOLOGIA POPULACIONAL DO TUCUNARÉ (Cichla piquiti) NO RESERVATÓRIO DE LAJEADO, RIO TOCANTINS

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

Composição e abundância de peixes da interface entre as águas. de crepúsculos matutino e vespertino, no lago Catalão, Amazonas, Brasil

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

ASSEMBLÉIAS DE PEIXES ASSOCIADAS A DIFERENTES BANCOS DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM LAGOS DE VÁRZEA DO BAIXO RIO SOLIMÕES


ALIMENTAÇÃO DE TRÊS ESPÉCIES DE Astyanax, NO CÓRREGO ITIZ, MARIALVA, PR

ECOLOGIA DE PEIXES EM UM TRECHO DO ALTO RIO URU, CIDADE DE GOIÁS, GOIÁS, BRASIL

COMPOSIÇÃO DAS ESPÉCIES DE PEIXES DO RESERVATÓRIO DE SALTO SANTIAGO, RIO IGUAÇU, PARANÁ, BRASIL.

OCORRÊNCIA DE SILURIFORMES EM DUAS ESTAÇÕES SAZONAIS NA PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO DO BAIXO RIO DAS MORTES, MATO GROSSO, BRASIL.

ESPÉCIES ARBÓREAS DA BACIA DO RIO MAUÉS-MIRI, MAUÉS AMAZONAS

LEVANTAMENTO RÁPIDO DE PEIXES EM UMA LAGOA MARGINAL DO RIO IMBITUVA NA BACIA DO ALTO RIO TIBAGI, PARANÁ, BRASIL

EFEITO DA URBANIZAÇÃO SOBRE A FAUNA DE INSETOS AQUÁTICOS DE UM RIACHO DE DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

PEA Projeto em Engenharia Ambiental

ESTRUTURA DO HÁBITAT E A DIVERSIDADE DE INVERTEBRADOS

VEGETAÇÃO BRASILEIRA. DIVIDE-SE EM: 1) Formações florestais ou arbóreas 2) Formações arbustivas e herbáceas 3) Formações complexas e litorâneas

Fitossociologia e Diversidade

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

ECOMORFOLOGIA E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PEIXES SILURIFORMES NA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ EM GOIÁS

CRESCIMENTO, MORTALIDADE E RECRUTAMENTO PARA Otocinclus (PORTO MURTINHO-MS)

Composição Florística e Síndromes de Dispersão no Morro Coração de Mãe, em. Piraputanga, MS, Brasil. Wellington Matsumoto Ramos

DESCRIÇÃO DA DIETA DO LAMBARI BRYCONOPS MELANURUS (CHARACIDAE, TETRAGONOPTERINAE) E DAS POSSÍVEIS RELAÇÕES DA ESPÉCIE COM A MATA CILIAR

Biomas / Ecossistemas brasileiros

ALIMENTAÇÃO DE OLIGOSARCUS PINTOI (TELEOSTEI, CHARACIDAE) NA REPRESA DO BEIJA-FLOR, RESERVA DO JATAÍ-SP.

ESTUDO DA TAXOCENOSE DE PEIXES DA PRAIA DAS POMBAS, PARQUE ESTADUAL DE ITAPUÃ, VIAMÃO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.

OCORRÊNCIA DE OVOS Ε LARVAS DE CHARACIFORMES MIGRADORES NO RIO NEGRO, AMAZONAS, BRASIL

IMPACTOS DA FLUTUAÇÃO DE VAZÃO NA USINA HIDRELÉTRICA ITUTINGA SOBRE O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE PIABINA ARGENTEA NO RIO GRANDE, MG

Peixes do rio Turvo bacia do rio Paranapanema, São Paulo, Brasil

Biomas do Brasil. Ciências Humanas e suas Tecnologias. Professor Alexson Costa Geografia

TÍTULO: LEVANTAMENTO DE BRIÓFITAS NA VEGETAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BAURU-SP

G e o l o g i a M i n e r a ç ã o e A s s e s s o r i a L t d a. geominas@terra.com.br Fone Fone Fax

DIETA E MORFOLOGIA TRÓFICA DE HYPOSTOMUS ANCISTROIDES (IHERING, 1911) EM DOIS RIACHOS NA REGIÃO DE MARINGÁ, PARANÁ

CARACTERIZAÇÃO ALIMENTAR DO ACARÁ (Geophagus brasiliensis) NA LAGOA DOS TROPEIROS, MINAS GERAIS.

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

ESTUDOS DOS MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS À VEGETAÇÃO AQUÁTICA NO RIO NOVO - FAZENDA CURICACA, POCONÉ, MT

Seleção de variáveis e escalas em estudos com morcegos em paisagens de cerrado

ALIMENTAÇÃO DO CARNÍVORO Rhamdia quelen (QUOY & GAIMARD, 1824) NO RESERVATÓRIO DE CACHOEIRA DOURADA, MG/GO.

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Degradação de Biomas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

Professora Leonilda Brandão da Silva

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

TÍTULO: ICTIOFAUNA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: INVENTÁRIO, ESTRUTURA DA COMUNIDADE E A RELAÇÃO COM ESPÉCIES INVASORAS NA FLORESTA NACIONAL DE IPANEMA

O CLIMA E A VEGETAÇÃO DO BRASIL

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia

Introdução Segundo Graça (2007), o Brasil detém a maior rede

A dissimilaridade de macrófitas afeta a diversidade beta da ictiofauna?

Variação temporal da composição íctica em lagos de várzea, Ilha do Risco, Itacoatiara, Amazonas, Brasil

USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA

BIOLOGIA» UNIDADE 10» CAPÍTULO 1. Biomas

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição)

Comunidades Vegetais

Acta Scientiarum. Biological Sciences ISSN: Universidade Estadual de Maringá Brasil

Floresta Amazônica É uma floresta tropical fechada, formada em boa parte por árvores de grande porte, situando-se próximas uma das outras (floresta fe

ECOLOGIA. Conceitos fundamentais e relações alimentares

OS FATORES DO CLIMA. Equador, portanto quanto maior a latitude, menores são as médias anuais de temperatura.


Influência da velocidade da correnteza e tipo de sedimento na riqueza de macroinvertebrados bentônicos em um igarapé na Amazônia Central

TÍTULO: COMUNIDADE DE PEIXES DOS MESOHÁBITATS DE UM RIACHO LOCALIZADO NA MATA ATLÂNTICA, SP, BRASIL.

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

Fragmentação. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Processo de Seleção de Mestrado 2015 Questões Gerais de Ecologia

COMPOSIÇÃO ICTIOFAUNÍSTICA DO SISTEMA LACUSTRE DO VALE DO RIO DOCE (MG), BRASIL.

COMPORTAMENTO POPULACIONAL DE CUPIÚBA (GOUPIA GLABRA AUBL.) EM 84 HA DE FLORESTA DE TERRA FIRME NA FAZENDA RIO CAPIM, PARAGOMINAS, PA.

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

DISTRIBUIÇÃO DAS ASSEMBLEIAS DE PEIXES EM PRAIAS DO RIO SOLIMÕES/AMAZONAS, BRASIL

[T] Caracterização da assembleia de peixes em um reservatório recém-formado no Sul do Brasil

R.: R.: 03- A latitude quadro: R.: R.:

Anais 1º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, Brasil, novembro 2006, Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p

ECOLOGIA DA ICTIOFAUNA DE UM CÓRREGO DE CABECEIRA DA BACIA DO ALTO RIO PARANÁ, BRASIL 1 ABSTRACT

Carlos Eduardo MOUNIC-SILVA 1, Rosseval Galdino LEITE 2

Componentes e pesquisadores envolvidos

Biota Neotropica ISSN: Instituto Virtual da Biodiversidade Brasil

A Ictiofauna do Rio Santa Maria do Rio Doce. Guilherme P. Fadini 1*

DISTRIBUIÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON NO MÉDIO RIO URUGUAI: INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS REGIONAIS E LOCAIS

BIOMAS. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

Ecologia e funcionamento de ecossistemas de água doce: ênfase em macroinvertebrados bioindicadores e decomposição de matéria orgânica

Composição ictiofaunística da Lagoa do Jiqui, Rio Grande do Norte, Brasil

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Auchenipterus nuchalis DO RESERVATÓRIO COARACY NUNES

Ecossistemas e Saúde Ambiental :: Prof.ª MSC. Dulce Amélia Santos

ASPECTOS DA ICTIOFAUNA DAS BACIAS DO ALTO PARANÁ (Rio Paranaíba e rio Grande)

A ICTIOFAUNA DOS RIOS CAVEIRAS E CARONAS DO PLANALTO SERRANO, SUB - BACIAS DOS RIOS CANOAS E PELOTAS - BACIA DO RIO URUGUAI - SANTA CATARINA, BRASIL.

Relevo brasileiro GEOGRAFIA 5º ANO FONTE: IBGE

Length length and length weight relationships for fish fauna from headwaters of Onça Puma Mountain ridge, Amazonian region, Brazil.

Teias tróficas, complexidade e estabilidade. Profa. Cristina Araujo

Programa Analítico de Disciplina BIO131 Ecologia Básica

MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS AQUÁTICAS

ESTUDO DA ETNOTAXONOMIA DE PEIXES NA BACIA DO RIO PIRANHAS NO ALTO SERTÃO PARAIBANO

MODELO DE PLANO DE ENSINO FICHA N o 2 (variável)

DIETA DE IMPARFINIS MIRINI (Haseman, 1911) EM DOIS RIACHOS NA REGIÃO DE MARINGÁ-PR

RELATÓRIO DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA NA ÁREA DA UHE MAUÁ

STUDY OF THE ICTIOFAUNA IN JURAMENTO RIVER RESERVOIR, JURAMENTO/ MG,BRAZIL

CADERNO DE EXERCÍCIOS

Alimentação de Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) (Osteichthyes, Erythrinidae) no rio Vermelho, Pantanal Sul Mato-Grossense

ESTRUTURA POPULACIONAL DE Phalloceros harpagos (LUCINDA, 2008) EM DOIS CÓRREGOS DO MATO GROSSO DO SUL, BRASIL

Vegetação de Restinga

Abrange os estados: AM, PA, AP, AC, RR, RO, MT, TO, MA. Planícies e baixos planaltos. Bacia hidrográfica do Rio Amazonas

Fonte:

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS CAMPUS IV CHAPADINHA - MA CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MAURILENE SOUSA COSTA ICTIOFAUNA ASSOCIADA À MACRÓFITAS AQUÁTICAS NA MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA, MARANHÃO, BRASIL. Monografia apresentada ao Colegiado do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais, como requisito para a obtenção do título de Bacharel e Licenciatura em Ciências Biológicas. Orientador: Jorge Luiz Silva Nunes Chapadinha, MA 2014

MAURILENE SOUSA COSTA ICTIOFAUNA ASSOCIADA À MACRÓFITAS AQUÁTICAS NA MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA, MARANHÃO, BRASIL Orientador: Dr. Jorge Luiz Silva Nunes Monografia apresentada ao Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Agrárias e Ambientais para a obtenção do título de Bacharel e Licenciatura em Ciências Biológicas. Chapadinha, MA 2014 2

3

MAURILENE SOUSA COSTA ICTIOFAUNA ASSOCIADA À MACRÓFITAS AQUÁTICAS NA MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA, MARANHÃO, BRASIL Monografia apresentada ao Curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão, para a obtenção do título de Bacharel e Licenciatura em Ciências Biológicas. COMISSÃO EXAMINADORA Prof. Dr. Jorge Luiz Silva Nunes (Orientador) - UFMA Prof. Dr. Nivaldo Magalhães Piorski - UFMA Msc. Glínia Kelle Fernandes Coelho Aprovada em / / 4

A meus grandes incentivadores e responsáveis por cada degrau de minha vida, meus pais José Ribamar de Assis Costa e Maria das Dores Sousa Costa, por me apoiarem e me incentivarem a querer sempre mais aprofundar meus conhecimentos. 5

Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco. I Tessalonicenses 5: 18 6

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 8 LISTA DE FIGURAS... 9 LISTA DE TABELAS... 10 1. INTRODUÇÃO... 13 2. MATERIAIS E MÉTODOS... 14 2.1. Área de estudo... 14 2.2. Amostragem... 17 2.3. Análise dos dados... 18 3. RESULTADOS... 20 3.1. Composição ictiofaunística... 20 3.2. Composição florística... 24 3.3. Associação entre peixes e macrófitas aquáticas... 26 4. DISCUSSÃO... 29 5. LITERATURA CITADA... 31 7

AGRADECIMENTOS A Deus, por me conceder a graça da vida. Ao Prof. Dr. Jorge Luiz Silva Nunes, por todo apoio necessário para realização deste trabalho, por tudo que me ensinou. Muito obrigada! A meu pai e minha mãe, José Ribamar e Maria Dores, pelo incentivo aos estudos, por todo amor, cuidado e dedicação, meus exemplos de honestidade, alegria, força e paciência. A minha irmã Maura, minha amiga e companheira, por todo seu apoio nos momentos de stress, pela compreensão, pelos conselhos, pelas sugestões, discussões, apoio e amizade. A minhas BFF s, Maria Francisca e Mauriane, pelo apoio e sugestões, por sua amizade e por todos os momentos inesquecíveis de descontração. A meu amado, Fillemon, que sempre esteve presente em todos os momentos, pela dedicação e por ter me apoiado incondicionalmente me dando o seu amor. Aos amigos do Laboratório de Organismos Aquáticos: Aldemir, Luciano, Jakeline e André por toda a ajuda durante as coletas, pelos churrascos as margens dos rios. A todos os professores do CCAA, pelas preciosas contribuições e participação na minha formação. Aos amigos: Maurício, Luiz Phelipe e Diego, simplesmente pela amizade e companhia. E aos membros da banca examinadora, pelas contribuições. Muito obrigada! 8

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Pontos de coletas na microrregião de Chapadinha-Maranhão.... 15 Figura 2. Locais de amostragem na microrregião de Chapadinha, características A, B, C e D no município de Anapurus, E, F, G e H no município de Chapadinha.... 16 Figura 3. Coleta dos exemplares: A e B coleta da ictiofauna; C e D coleta de exemplares de macrófitas, encontrados na microrregião de Chapadinha.... 18 Figura 4. Classificação das macrófitas de acordo com o hábito... 18 Figura 5. Abundância relativa das famílias de peixes capturados, na microrregião de Chapadinha, Maranhão.... 24 Figura 6. Riqueza de espécies de plantas por grupo de macrófitas, na microrregião de Chapadinha, Maranhão.... 26 Figura 7. Riqueza de espécies de peixes associada aos grupos de macrófitas na microrregião de Chapadinha, Maranhão.... 27 Figura 8. Número de peixes coletados em cada espécie de macrófita na microrregião de Chapadinha.... 27 Figura 9. Dendograma de similaridade, demonstrando os dois grupos formados: A macrófitas com maior diversidade de espécies de peixes; B macrófitas com menor diversidade de espécies de peixes.... 28 9

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Lista das espécies de peixes coletados associadas á macrófitas na microrregião de Chapadinha, Maranhão. Médias de CP (Cumprimento Padrão) e P (peso), CP máx. (Cumprimento Padrão máximo), CP mín. (Cumprimento Padrão mínimo), P máx. (Peso máximo) e P mín. (Peso mínimo). Classificação das macrófitas quanto ao hábito: E (Emergente), FF (Flutuante Fixa), FL (Flutuante Livre), A (Anfíbia), SF (Submersa Fixa) e SL (Submersa Livre)... 21 Tabela 2.Lista das espécies de macrófitas coletados na microrregião de Chapadinha, Maranhão. Classificação segundo APG III (2009), nome vernacular e classificação segundo hábito: E (Emergente), FF (Flutuante Fixa), FL (Flutuante Livre), A (Anfíbia), SF (Submersa Fixa) e SL (Submersa Livre)... 24 10

Ictiofauna associada à macrófitas aquáticas na microrregião de Chapadinha, Maranhão, Brasil. Maurilene Sousa Costa 1 & Jorge Luiz Silva Nunes 2 Macrófitas são importantes componentes do ambiente aquático, desempenhando papel na manutenção desses ecossistemas. Suas relações com a ictiocenose são bastante complexas, servindo como abrigo contra predadores, local de alimentação e berçário. O objetivo foi caracterizar aictiofauna associada à macrófitas aquáticas da microrregião de Chapadinha. Foram capturados 1899 indivíduos, pertencentes a cinco ordens, 14 famílias e 32 espécies, sendo as ordens mais abundantes Characiformes e Siluriformes. A composição florística foi representada por 18 espécies de macrófitas, pertencentes a três classes distribuídas em 13 famílias. Foram registradas em associação com as macrófitas pequenos Characídeos, além de juvenis de espécies de médio porte como Leporinus piau e Hoplias malabaricus, encontrados principalmente em bancos formados por macrófitas Flutuantes Fixas e Emergentes. A complexidade de habitats conferida pela presença de macrófitas aquáticas na região é um fator determinante para a diversidade de peixes, tendo como papel principal a proteção para peixes pequenos e juvenis, sendo utilizados como local de forrageio e proteção contra predadores. Palavras-chave: Peixes de água-doce. Diversidade. Hidrófitas. Plantas. Aquáticas. Microhabitat. ABSTRACT: Fish fauna associated with macrophytes in the microregion of Chapadinha, Maranhao, Brazil. Macrophytes are important components of the aquatic environment, playing a role in maintaining these ecosystems. Their relations with the ichthyonenosis are quite complex, serving as shelter from predators, feeding ground and nursery. The objective was to characterize the ichthyofauna associated with aquatic macrophytes of the micro region of Chapadinha. 1899 individuals were captured, belonging to five orders, 14 families and 32 species, the most abundant orders Characiformes and Siluriformes. The floristic composition was represented by 1 1 Laboratório de Organismos Aquáticos - Universidade Federal do Maranhão. Br. 222, Km 4, sn. Bairro Boa Vista. CEP: 65500-000. Chapadinha, MA, Brasil. maurilena.sousa@hotmail.com. 2 Laboratório de Organismos Aquáticos - Universidade Federal do Maranhão. Br. 222, Km 4, sn. Bairro Boa Vista. CEP: 65500-000. Chapadinha, MA, Brasil. silvanunes@yahoo.com. 11

18 species of macrophytes belonging to three class distributed in 13 families. Were recorded in association with macrophytes the small characid, and juvenile species of medium-sized as Leporinus piau and Hoplias malabaricus, found primarily in banks formed by macrophytes floating fixed and emerging. The complexity of habitats afforded by the presence of aquatic macrophytes in the region is a determinant of fish diversity factor, having as main role protection for small and juvenile fish, being used as a site for foraging and protection from predators, thus playing the role of great importance throughout the life of many fish species in the region. Keywords: Freshwater fish. Diversity. Hydrophytes. Aquatic plants. Microhabitat. 12

1. INTRODUÇÃO As macrófitas aquáticas geralmente formam estruturas complexas resultantes do agrupamento de vários indivíduos da mesma espécie ou misturadas, fornecendo microhabitats variados para as comunidades aquáticas (Townsend, 1989; Esteves & Camargo, 1986; Mitsch & Gosselink, 1993; Delariva et al., 1994; Petry et al., 2003; Thomaz &Bini, 2003). Portanto, a complexidade de habitat normalmente pode ser utilizada para inferir diversidade da comunidade (Weaver et al., 1997). Assim, quanto maior a complexidade do banco de macrófitas, maior será a diversidade de alimento, riqueza, biomassa e abundância da ictiofauna associada (Petry et al., 2003; Dibble& Thomaz, 2006; Agostinho et al., 2007; Sánchez-Botero et al., 2008). A associação entre peixes e macrófitas é bastante conhecida na literatura, sendo registrada para corpos d água naturais e artificiais (Nurminen, 2003; Schiesari, 2003; Agostinho et al., 2007). A comunidade de peixes que utilizam esses microhabitats é formada por indivíduos jovens e adultos de pequeno porte, além de juvenis de espécies de médio e grande porte (Barnett & Schneider, 1974; Delariva et al., 1994; Sánchez- Botero et al., 2007). As macrófitas aquáticas desempenham um importante papel para a comunidade de peixes, pois funcionam como local para desova, desenvolvimento de formas juvenis, bem como sítio para forrageio e abrigo contra predadores (Lowe-Mcconnell, 1987; Machado-Allison, 1987; Casatti et al., 2003; Valbo-Jørgensen et al., 2000; Schiesari, 2003; Pelicice& Agostinho, 2006; Súarez et al.,2013). A fase inicial do desenvolvimento dos peixes é considerada crítica, pois há um maior risco de predação e aumento da mortandade. Portanto, para sobrepujar as pressões iniciais algumas estratégias são aplicadas. Com isso os indivíduos juvenis requerem ambientes com maior complexidade com alta disponibilidade de alimentos, para evitar predadores e crescer (Agostinho et al., 2003), a utilização das macrófitas pelos juvenis não é apenas como berçário, mas principalmente como local de forrageio, por possuírem 13

disponibilidade de recursos alimentares elevada, e com estas condições favoráveis várias espécies garantem sua sobrevivência até atingirem uma fase da vida em que diminuir a predação sobre si (Milani et al., 2010; Soares, 2013). Compreendendo as relações da ictiofauna com o ambiente e as mudanças ocorrentes ao longo do tempo nos leva a entender a dinâmica nestes ambientes e a estrutura da comunidade ictia (Eggleton et al., 2005), Dessa forma, a importância da relação entre os peixes e as plantas aquáticas nos permiti inferir sobre o papel destas para o desenvolvimento da ictiofauna. Tendo assim como hipótese que as macrófitas influenciam na estruturação da ictiofauna local, sendo utilizadas principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento. Este trabalho teve por objetivo caracterizar a associação entre a ictiofauna e a comunidade de macrófitas aquáticas presentes na microrregião de Chapadinha a fim de compreender a relação entre estas. 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. Área de estudo A microrregião de Chapadinha está localizada em uma região de Cerrado, caracterizado por formações abertas de árvores e arbustos baixos com uma camada rasteira de gramíneas. Além destas fisionomias existem os campos limpos, formações arbóreas (Costa, 1997), florestas ombrófilas e matas ciliares (Brito et al., 2006). O período chuvoso vai de Dezembro a Julho e o período de seca de Agosto a Novembro (Nogueira et al., 2012). Foram utilizados cinco pontos amostrais: os povoados Cedro e Riacho Fundo em Chapadinha na bacia do rio Munin, os povoados Campineira e São Lourenço e um ponto dentro da cidade de Anapurus na bacia do rio Preguiças (Figura 1). A mata ciliar encontrada nos pontos localizados no município de Chapadinha era configurada pela presença de palmeiras de babaçu (Orbignya speciosa), árvores com ramos dependurados na água, a exemplo da ingazeira (Inga sp.), inúmeros arbustos e ervas sem tronco lenhoso.os pontos amostrais no município de Anapurus são caracterizados pela presença de buritizais (Mauritia vinifera) e pela presença de grande quantidade de macrófitas em suas margens (Figura 2). 14

Figura. Pontos de coletas na microrregião de Chapadinha-Maranhão. 15

A B C D E F G H Figura. Locais de amostragem na microrregião de Chapadinha, características A, B, C e D no município de Anapurus, E, F, G e H no município de Chapadinha. 16

2.2. Amostragem As coletas foram realizadas entre os meses de janeiro e julho de 2013 com a utilização de redes manuais que possuíam 60 cm de diâmetro e malha com 6 mm entre nós opostos. Os bancos de macrófitas foram selecionados de acordo com a dominância dos tipos morfológicos e em cada local de amostragem foram realizados três lances consecutivos. Posteriormente os peixes capturados foram fixados em formol a 10%, ainda em campo. Em seguida o material biológico foi levado para o laboratório, onde foram conservados em frascos de vidro contendo solução alcoólica a 70% para posterior identificação e biometria (comprimento total e peso). As mostras vegetais de cada banco de macrófitas tiveram a confecção de exsicatas e posterior identificação (Figura 3). A ictiofauna associada aos bancos de macrófitas foi identificada de acordo com Géry (1977), Britto et al. (2003), Santos et al. (2004), Soares (2005), Soares et al. (2008) e Fish Base. A lista de espécies foi organizada seguindo a classificação proposta por Nelson (2006). A identificação das macrófitas foi realizada de acordo com Lima et al. (2011) e Rial (2009) e a classificação de acordo com APG III (2009). A B C D 17

Figura. Coleta dos exemplares: A e B coleta da ictiofauna; C e D coleta de exemplares de macrófitas, encontrados na microrregião de Chapadinha.. As macrófitas foram classificadas de acordo com o hábito de cada espécie,sendo divididas em seis categorias adaptadas dos trabalhos de Brito (1983), Pedralli (1990) e Murphy (2000): 1- Anfíbias:plantas capazes de viver tanto em áreas alagadas como fora da água; 2- Emergentes: plantas enraizadas no fundo, parcialmente submersas e parcialmente fora da água; 3- Flutuantes fixas: enraizadas no fundo com caule e/ou folhas flutuantes; 4- Submersas livres: não enraizadas no fundo, com caule e folhas submersas; 5- Submersas fixas: enraizadas no fundo, totalmente submersas; 6- Flutuantes livres: enraizadas no fundo, podendo ser levadas por correnteza, ventos e animais (Figura 4). Figura. Classificação das macrófitas de acordo com o hábito. 2.3. Análise dos dados Foram avaliados dados quantitativos de abundância, diversidade e riqueza da ictiofauna associada aos bancos de macrófitas, obtidos da seguinte forma: 18

Abundância: número de peixes coletados por espécie; número de peixes coletados por espécie de macrófita; número de peixes coletados por categoria de macrófita. Diversidade de Shannon-Wiener (Krebs, 1989): H = S (pi). log2 (pi) Onde: H = diversidade de espécies (bits/indivíduo); pi = proporção da espécie i na comunidade. Riqueza absoluta: quantidade de espécies de peixes ocorreram na área de estudo. Sendo avaliado o número total de espécies, e por espécie de macrófita. Análise de agrupamento foi utilizada para comparar a composição ictiofaunística entre as espécies de macrófitas, tendo como critério de agrupamento escolhido o UPGMA, método de Ward s, aplicada a uma matriz de dados binários de presença e ausência de espécies de peixes, para esta análise foi utilizado o programa Paleontological Statistics- PAST versão 1.79 (Hammer et al., 2001). 19

3. RESULTADOS 3.1. Composição ictiofaunística Foram capturados 1.899 indivíduos pertencentes a cinco ordens, 14 famílias e 32 espécies. As ordens mais especiosas foram Characiformes com sete famílias e 19espéciesea ordem Siluriformes com três famílias e sete espécies. Os valores de comprimento padrão dos exemplares variaram entre 10 mm e 203 mm, Astyanax sp. 1(CP=38,1), Aphyocharax sp.(cp=27,64), Curimatella sp. (CP=29,33) e Nannostomus sp.(cp=36,55) espécies de pequeno porte e L. piau (CP=52,3), H. malabaricus (CP=27,98), S. marginatus (CP=69,59), P. blochii (CP=18,6), T. signatus (CP=23,7), S. dissimilis (CP=30,95)e H. microlepis (CP=21,69). Todas as espécies capturadas estão descritas na Tabela 1, com seus respectivos comprimento padrão (cm) e peso total(g). 20

Tabela. Lista das espécies de peixes coletados associadas á macrófitas na microrregião de Chapadinha, Maranhão. Médias de CP (Cumprimento Padrão) e P (peso), CP máx. (Cumprimento Padrão máximo), CP mín. (Cumprimento Padrão mínimo), P máx. (Peso máximo) e P mín. (Peso mínimo). Classificação das macrófitas quanto ao hábito: E (Emergente), FF (Flutuante Fixa), FL (Flutuante Livre), A (Anfíbia), SF (Submersa Fixa) e SL (Submersa Livre). Média CP (mm) ± e.p CP máx. (mm) CP mín. (mm) Média P (g) ± e.p P máx. (g) P mín. (g) Abundância % Hábito Macrófita Ordem Characiformes Família Hemiodontidae Hemiodus microlepis Kner, 1858 21,69 ± 3,07 45,80 19,40 0,75 ± 0,11 0,85 0,02 0,05 FF Família Curimatidae Curimatella sp. 29,33 ± 2,5 54,10 15,50 0,29 ± 0,08 1,19 0,06 8,70 FF; FL; E; A Família Anostomidae Leporinus piau Fowler, 1941 52,3 ± 5,65 78,50 20,10 1,95 ± 0,58 6,28 0,04 1,95 FF; E; A Schizodon dissimilis (Garman, 1890) 30,95 ± 5,05 45,50 35,40 0,67 ± 0,27 0,94 0,40 0,53 E; A Família Erythrinidae Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 27,98 ± 2,32 68,90 19,00 0,41 ± 0,20 4,90 0,03 2,16 FF; FL; E; A Família Lebiasinidae Nannostomus sp. 27,0 ± 0,28 33,30 17,70 0,16 ± 0,01 0,30 0,01 11,76 FF; SF; SL; E Família Gasteropelecidae Gasteropelecus levis (Eigenmann, 1909) 25,3 ± 0,30 25,60 25,00 0,10 ± 0,01 0,11 0,10 0,11 FF; E Família Characidae Aphyocharax sp. 27,64 ± 1,63 50,30 42,00 0,20 ± 0,14 0,97 0,25 32,17 FF; FL; SF; E;A 21

Astyanax sp. 1 38,1 ± 0,48 38,90 10,00 0,56 ± 0,01 0,54 0,01 17,93 FF; FL; SF; SL; E; A Astyanax sp. 2 35,64 ± 64 49,00 14,60 0,38 ± 0,02 0,97 0,01 1,27 FF; E; A Charax leticeae Lucena 1987 48,23 ± 1,70 53,20 45,60 0,84 ± 0,03 0,84 0,69 0,16 A Hemigramuss p. 30,18 ± 2,97 40,80 15,00 0,16 ± 0,03 0,31 0,01 0,05 FF Moenkhausia sp. 57,26 ± 0,47 67,80 52,90 1,63 ± 0,06 3,04 0,79 3,11 FF; FL; E; A Nannocharax sp. 36,55 ± 2,10 37,00 14,50 0,52 ± 0,03 0,42 0,02 3,80 FF; FL; E; A Poptella sp. 24,95 ± 1,22 38,60 16,80 0,20 ± 0,03 0,64 0,03 2,48 FF; FL; E; A Pristella sp. 25,97 ± 0,61 36,40 27,90 0,17 ± 0,02 0,43 0,13 0,53 FF; SF; E; A Serrasalmus marginatus Valenciennes, 1837 69,59 ± 11,88 63,30 16,30 1,38 ± 0,16 2,71 0,05 1,42 FF; SF; E Triportheus signatus (Garman, 1890) 23,7 ± 6,82 46,80 26,30 0,34 ± 0,25 0,84 0,09 0,21 FF; FL Ordem Siluriformes Família Pimelodidae Pimelodus blochii Valenciennes, 1840 18,6 ± 0,00 67,50 67,50 2,00 ± 0,00 2,00 2,00 0,05 A Família Callichthyidae Corydoras sp. 45,83 ± 0,77 48,10 44,80 1,76 ± 0,12 1,96 1,40 0,16 FF; SF; E Família Loricariidae Ancistrus sp. 64,9 ± 0,00 64,90 64,90 3,94 ± 0,00 3,94 3,94 0,05 FF Hypostomus cf. plecostomus (Linnaeus, 1758) 18,82 ± 0,86 25,75 15,60 0,03 ± 0,01 0,06 0,01 0,95 FF; FL; E; A Hypoptopoma sp. 24,68 ± 7,78 67,80 34,10 2,12 ± 0,65 3,26 0,26 0,32 E Loricaria sp. 20,7 ± 4,52 42,35 27,00 0,10 ± 0,01 0,08 0,04 0,05 E Lorycarichthys sp. 34,8 ± 4,52 105,90 105,90 3,39 ± 0,01 3,79 3,79 0,21 FF; E 22

Ordem Gymnotiformes Família Sternopygidae Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801) 61,04 ± 2,74 203,00 69,50 1,89 ± 1,08 12,60 0,49 0,47 FF; E; A Família Gymnotidae Gymnotus sp. 30,9 ± 0,10 31,00 30,80 0,12 ± 0,02 0,13 0,10 0,11 FF Ordem Perciformes Família Cichlidae Aequidens tetramerus (Heckel, 1840) 24,93 ± 1,51 86,60 12,10 0,84 ± 0,23 12,85 0,02 5,75 FF; FL; SF; E Crenicichla menezesi Ploeg, 1991 58,49 ± 8,01 105,60 23,70 2,90 ± 1,01 10,87 0,10 0,58 FF; FL; E; A Geophagus surinamensis (Bloch, 1791) 49,67 ± 5,55 77,30 20,30 2,38 ± 0,71 6,83 0,10 0,53 FF; E; A Apistogramma piauienses (Kullander, 1980) 26,53 ± 2,00 45,20 15,90 0,37 ± 0,08 1,37 0,03 1,11 FF; E Ordem Cyprinodontiformes Família Poeciliidae Poecilia vivípara Bloch & Schneider, 1801 30,98 ± 1,27 30,40 10,20 0,31 ± 0,02 0,31 0,04 1,27 FF; FL; SF; E 23

A família Characidae foi a mais abundante representando 63,13% do total de indivíduos coletados, seguida pela família Lebiasinidae (11,76%) e pelas famílias Curimatidae (8,70%) e Cichlidae (7,96%) (Figura 5). Hemiodontidae Pimelodidae Gasteropelecidae Gymnotidae Callichthyidae Sternopygidae Poeciliidae Loricariidae Erythrinidae Anastomidae Cichlidae Curimatidae Lebiasinidae Characidae 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 Figura. Abundância relativa das famílias de peixes capturados, na microrregião de Chapadinha, Maranhão. 3.2. Composição florística Foram coletadas 18 espécies de macrófitas, pertencentes a três classes e11 famílias. A classe Pteridophyta representada por duas famílias, classe Liliopsida representada por três famílias, incluindo Alismataceae e Cyperacea que foram as mais especiosas, classe Magnoliopsidae representada por seis famílias (Tabela 2). 24

Tabela 2. Lista das espécies de macrófitas coletados na microrregião de Chapadinha, Maranhão. Classificação segundo APG III (2009), nome vernacular e classificação segundo hábito: E (Emergente), FF (Flutuante Fixa), FL (Flutuante Livre), A (Anfíbia), SF (Submersa Fixa) e SL (Submersa Livre). Nome vernacular Hábito Pteridophyta Marsileaceae Marsilea polycarpa Hook. & Grev. Trevo FF Salviniaceae Salvinia sp. Tapete FL Liliopsida Alismataceae Sagittaria sp. Água-pé FF Xantosoma sp. E Montrichardia sp. Aninga E Cyperaceae Eleocharis sp. Junco E Websteria sp. Capim FF Cyperus sp. Capim estrela E Poaceae Paspalum sp. Capim E Eichhornia sp. Mururu E Magnoliopsidae Cambombaceae Cambomba sp. SF Lentibularoacea Utricularia sp. SL Lythraceae Cuphea sp. Erva-de-bicho A Nymphaeacea Nymphaea sp.1 Água-pé FF Nymphaea sp.2 Água-pé FF Onagraceae Ludwigia sp. Cruz-de-malta FF Ludwigia octavalvis (Jacq.) Raven - FL Scrophulariaceae 25

Hábito Scoparia sp. Vassourinha A Observou-se a predominância de macrófitas pertencentes ao grupo das Flutuantes Fixas e Emergentes, representados por seis espécies, seguidos por espécies Flutuantes Livres (2), os grupos Anfíbias e Flutuantes Livres representadas por duas espécies,submersas Fixas e Submersas Livres representadas por uma espécie cada (Figura 6). Submersa Livre Submersa Fixa Flutuante Livre Anfíbia Emergente Flutuante Fixa 0 1 2 3 4 5 6 7 Riqueza de espécies de macrófitas Figura. Riqueza de espécies de plantas por grupo de macrófitas, na microrregião de Chapadinha, Maranhão. 3.3. Associação entre peixes e macrófitas aquáticas Analisando a distribuição da ictiofauna dentre as categorias estabelecidas segundo o hábito das macrófitas, notou-se uma forte relação entre aictiofauna e as macrófitas Emergentes e Flutuantes fixas, sendo observadas respectivamente 25 e 26 espécies de peixes associados às plantas pertencentes a estas categorias. As macrófitas 26

Hábito/Macrófita pertencentes às categorias Anfíbias, Flutuantes livres e Submersas Fixas foram representadas por 17, 13 e 9 espécies. A menor associação foi apontada para as macrófitas Submersas Livres representada por apenas duas espécies (Figura 7). Submersa Livre Submersa Fixa Flutuante Livre Anfíbia Emergente Flutuante Fixa 0 5 10 15 20 25 30 Riqueza de Espécies de Peixes Figura. Riqueza de espécies de peixes associada aos grupos de macrófitas na microrregião de Chapadinha, Maranhão. Considerando o número de peixes capturados em cada espécie de macrófita, a espécie Nynphaea sp.1apresentou a maior abundância de peixes, sendo coletados 423 individuos, seguidas por Ludwigia sp.(n=351) e Eleocharis sp. (N=251) (Figura 8). Utri Eich Scop Webs Nymp2 Cype Mpoly Eleo Nymp1 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Número de Peixes Figura. Número de peixes coletados em cada espécie de macrófita na microrregião de Chapadinha. 27

A similaridade ictiofaunística entre as macrófitas apontada pela análise de Cluster mostra a existência de dois agrupamentos de espécies de macrófitas, compartilhando as mesmas espécies de peixes. Estes dois grupos de macrófitas foram subdivididos em agrupamentos menores, caracterizados pela diversidade de espécies de peixes observada, ambos os agrupamentos estiveram representados principalmente por macrófitas Flutuantes Fixas e Emergentes. Foi observada a existência de um padrão regular de ocupação das macrófitas pelas diferentes espécies de peixes, sendo estabelecida a presença das mesmas espécies em macrófitas de hábitos diferentes, apontando que uma parcela da ictiofauna associada está em trânsito constante entre os diferentes bancos (Figura 9). A B Figura. Dendograma de similaridade, demonstrando os dois grupos formados: A macrófitas com maior diversidade de espécies de peixes; B macrófitas com menor diversidade de espécies de peixes. 28

4. DISCUSSÃO Os resultados obtidos demonstram a predominância de pequenos Characídios e juvenis de espécies de médio porte, predominantemente associados à macrófitas de hábitos Flutuantes Fixas e Emergentes. A predominância desses Characiformes em associação a bancos de macrófitas é comum em rios tropicais(meschiatti et al., 2000; Sánchez-Botero, 2000),existindo uma hierarquia onde a ordem Characiformes possui alta representatividade dentro das assembléias de peixe, em geral seguida pelas ordens Perciformes e Siluriformes(Pacheco & da Silva, 2009; Milani et al., 2010; Súarez et al., 2013; Soares et al., 2014) também apontada por Casatti et al. (2003), Prado et al. (2009) e Costa et al. (2011)que apontam a existência de uma estreita relação das espécies dessa ordem com bancos de macrófitas. No presente trabalho as espécies mais abundantes foram Aphyocharax sp., Astyanax sp.1 e Nannostomus sp. somando 61,87% do total de indivíduos amostrados, sendo estes Characiformes de pequeno porte, podendo atingir cerca de 100mm de comprimento. A prevalência destes indivíduos nos permitiu inferir que os bancos de macrófitas são amplamente utilizados por indivíduos como abrigo contra predadores, local de forrageio e berçário, uma vez que foram coletados indivíduos com cumprimento padrão a partir de 10mm. Na literatura a associação entre pequenos Characiformes e bancos de macrófitas se dá principalmente pela necessidade destes por locais que sejam utilizados como abrigo, locais de forrageio, berçários e para desova, sendo assim os principais colonizadores destes ambientes (Meschiatti et al., 2000; Petry et al., 2003; Agostinho et al., 2007; Pacheco & Da-Silva, 2009; Milani et al., 2010; Prado, 2010; Silva, 2010). A presença de espécies de médio e grande porte como L. piau, H. malabaricus, S. marginatus, P. blochii, T. signatus, S. dissimilis e H. microlepis, que são conhecidas na literatura por apresentarem tamanhos máximo de maturação variando entre 250 mm e 500 mm, aqui os valores de comprimento padrão variaram entre 10mm e 203mm, demonstra que estas espécies utilizam os bancos de macrófitas nas primeiras fases de vida o que diminui a predação aumentando assim a taxa de sobrevivência destas espécies. Pelicice (2006) evidencia que algumas espécies podem utilizar os bancos de 29

macrófitas na fase larval ou juvenil e na fase adulta explorar as águas abertas. Agostinho et al. (2003) confirmam a presença de indivíduos jovens de formas sedentárias como Hoplias, Serrasalmus, Geophagus, gymnotoides e curimatídeos, e a presença de indivíduos migradores de grande porte como Leporinus, Pimelodus e Prochilodus. A diversidade de espécies de peixes foi maior em bancos formados por macrófitas Emergentes e Flutuantes Fixas, caracterizadas por colonizarem as margens, onde foram encontradas respectivamente 25 e 26 espécies de peixes, isto pode ser explicado pela alta complexidade dos habitats formados por este tipo de macrófitas que possuem suas raízes e caule submersos e entrelaçados, além de serem encontradas em grande número na região estudada (observação pessoal). Silva (2011) relata a relação de peixes com espécies de macrófitas emergentes como sendo relacionada com suas características fisio-morfológicas que lhes permite colonizar principalmente as regiões marginais dos lagos e lagoas. Gorman e Karr (1978) apontam a complexidade do habitat como fator determinante das características da comunidade de peixes, principalmente componentes horizontais, como as macrófitas, fato também apontado por Petry et al. (2003) e Agostinho et al. (2003) que trazem, além da complexidade, a forma de distribuição destes bancos no ambiente como fator determinante da comunidade de peixes. Bozza e Hahn (2010) evidenciaram uma forte relação entre a colonização dos bancos de macrófitas e a ecologia trófica, demonstrando a interação entre as espécies que colonizam permanentemente os bancos de macrófitas e aquelas que os utilizam apenas como sítio de forrageio ou as que colonizam estes ambientes principalmente durante a fase juvenil. A forte relação entre os bancos de macrófitas e organismos aquáticos consistem de larvas de insetos até crustáceos, permitindo que ocorra a presença de espécies peixes de diferentes guildas tróficas como insetívoras e bentívoras (Ximenes et al.,2011). A similaridade entre a composição da ictiofauna associada aos diferentes bancos de macrófitas nos permite inferir a exploração de diferentes macrófitas por várias espécies de peixes em um mesmo local, tendo espécies como Astyanax sp. 1 e Aphyocharax sp. que foram encontradas em cinco dos seis tipos de macrófitas. Schaefer et al.(1994), consideram que estas plantas são responsáveis por alterações diretas ou 30

indiretas no comportamento dos peixes afetando as interações predador-presa. Este papel também é apontado por Baginsk et al.(2011) que atribui á maior disponibilidade de abrigos e local de alimentação, proporcionados pelos bancos de macrófitas que conferem grandes vantagens para as espécies de peixes capazes de explorarem esses refúgios ecológicos formados pela vegetação. Concluímos que a complexidade de habitats conferida pela presença de macrófitas aquáticas na região é um fator determinante para a diversidade de peixes, sendo utilizadas principalmente por peixes pequenos e juvenis, como local de forrageio e abrigo contra predadores. Essa grande complexidade entre os tipos de relações estabelecidas entre a ictiofauna e os bancos de macrófitas permite inferir que estas desempenham uma grande importância ao longo da vida de muitas espécies de peixes. 5. LITERATURA CITADA Agostinho, A. A., Gomes, L. C. & Julio Jr., H. F. 2003. Relações entre macrófitas aquáticas e fauna de peixes. Pp. 261-279. In: Thomaz, S. M. &Bini, L. M. Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Maringá: Eduem. Agostinho, A. A.; Thomaz S. M.; Gomes, L. C. & Baltar, S. L. S. M. A. 2007. Influence of the macrophyte Eichhornia azurea on fish assemblage of the Upper Parana River floodplain (Brazil) Aquat. Ecol. 41:611 619. APG III. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Jornal of the Linnean Socyety 161: 105-121. Baginsk, L. J.; Florentino, A. C.; Fernandes, I. M.; Penha, J. M. F. & Mateus, L. A. de F. 2007. A dimensão espacial e temporal da diversidade de peixes da zona litoral vegetada de lagoas marginais da planície de inundação do rio Cuiabá, Pantanal, Brazil. Biota Neotropica, 7(3): 233-238. Barnett, B. S. & Schneider, R. W. 1974.Fish populations in dense submersed plant communities. Hyacinth Control Journal, 12: 12-14. 31

Bozza, A. N. &Hahn, N. S. 2010.Uso de recursos alimentares por peixes imaturos e adultos de espécies piscívoras em uma planície de inundação neotropical. Biota Neotropica. 10(3): 217-226. Brito, A. C. de; Fialho, L. E. B.; Camargos, M. C. A. &Oliveira, P. de M. R. F.. 2006. Laudo sócio-econômico e biológico para criação da reserva de Chapada Limpa Ministério do Meio Ambiente MMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBAMA, Gerência Executiva I IBAMA Maranhão, Centro Nacional de Populações Tradicionais CNPT/MA. 80p. Brito, I. C. 1983. A importância dos bioindicadores vegetais no ambiente aéreo, aquático e terrestre: plantas indicadoras do mercúrio. In: Congresso nacional de botânica, 34. Porto Alegre. Anais. Porto Alegre: SBB/UFRGS, 1: 115-119. Britto, S. G. C.; Sirol, R. N.; Vianna, Norberto C., Jardim, M. S.; Santos, J. C. dos &Pelisari, E. 2003. Peixes do rio Paranapanema. Duke Energy International Geração Paranapanema. Editora Horizonte. 120p. Casatti, L.; Mendes, H. F. & Ferreira, K. M. 2003.Aquatic macrophytes as feeding site for small fishes in the rosana reservoir, paranapanema river, southeastern Brazil. Braz. J. Biol., 63(2): 213-222. Cook, C. D. K. 1996. Aquatic plant book. The Hague, The Netherlands: SPB Academic Publishing, 228 p. Cook, C. D. K.; Gut, B. J.; Rix, E. M.; Schneller, J. & Seitz, M. 1974. Water plants of the world. The Hague, The Netherlands: Dr. Junk B.V. Publishers. 561 p. Costa, D. I.; Romagnoli, C. F.; Carmo, L. L. T.; Ribas, C.; Leite, G. R. & Zuanon, A. S. J. 2011. Ictiofauna asociada a bancos de herbáceas acuáticas flotantes em la isla de la marchantaria, río Solimões, amazonia central, Brasil. Rev. Colombiana Cienc. Anim. 3(1): 148-156. Costa, R. C. R. 1997. Zoneamento geoambiental do Estado do Maranhão: diretrizes gerais para a ordenação territorial. Salvador: IBGE/Diretoria de Geociências da Bahia. 44p. 32

Delariva, R. L.; Agostinho, A. A.; Nakatani, K. & Baumgartner, G. 1994. Ichthyofauna associated to aquatic macrophytes in the upper Paraná River floodplain. Revista Unimar, 6: 41-60. Dibble, E. D. & Thomaz, S. M. 2006. A simple method to estimate spatial complexity in aquatic plants. Brazilian Archives in Biology and Technology, 49:421-428. Eggleton, M. A.; Ramireza, R.; Hargravea, C.W.; Gidoa, K. B.; Masonere, J. R.; Schnella, G.D. & Matthewsa, W.J. 2005.Predictability of littoral-zone fish communities through ontogeny in Lake Texoma, Oklahoma-Texas, USA. Environ. Biol. Fish., 73: 21-36. Esteves, F. A.& Camargo, A. F. M. 1986.Sobre o papel das macrófitas aquáticas na estocagem e ciclagem de nutrientes. Acta Limnologica Brasiliensi, 1: 273-298. Gery, J. 1977. Characoids of the world.t.f.h. Publlcations, Inc. Ltd. U.S.A. 567 p. Gorman, O. T. & Karr, J. R. 1978. Habitat structure and stream fish communities. Ecology, 59 (3): 507-515. Hammer, Ø.; Harper, D.A.T. & Ryan, P.D. 2001. PAST: Paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica, 4(1): 9p. Krebs, C.J. 1989. Ecological methodology. Harper & Row Publishing, New York. 653p. Lima, L. F.; Silva, S. S. L.; Moura-Júnior, E. G.&Zickel, C. S. 2011. Composição florística e chave de identificação das macrófitas aquáticas ocorrentes em reservatórios do estado de Pernambuco.Rodriguésia, 62(4): 771-783. Lowe-Mcconnell, R. H. 1987. Ecological studies in tropical fish communities. Cambridge: Cambridge University Press. (Cambridge tropical biology series). 382p. Machado-Allison, A. 1987. Los peces de los llanos de Venezuela: un ensayo sobre su historia natural. Universidad Central de Venezuela, CDCH, Caracas.143 p. 33

Meschiatti, A. J.; Arcifa, M. S. &Fenerich-Verani, N. 2000.Fish communities associated with macrophytes in Brazilian floodplain lakes. Env. Bio. Fish., 58: 133-143. Milani, V.; Machado, F. de A. & Ferreira e Silva, V. C. 2010. Assembléias de peixes associados às macrófitas aquáticas em ambientes alagáveis do Pantanal de Poconé, MT, Brasil. Biota Neotrop., 10(2): 261-270. Mitsch, W. J. &Gosselink, J. G. 1993.Wetlands. New York: Van Nostrand Reinhold. ed. 2.722 p. Nelson, J. S. 2006. Fishes of the world/ Joseph S. Nelson. ed. 4. 622p. Nogueira, V. de F. B.; Correia, M. de F. &Nogueira,V. da S. 2012. Impacto do Plantio de Soja e do Oceano Pacífico Equatorial na Precipitação e Temperatura na Cidade de Chapadinha-MA. Revista Brasileira de Geografia Física, 03: 708-724. Nurminen, L. 2003. Role of macrophytes in a clay-turbid lake: implication of different life forms on water quality. Academic dissertation in Limnology. To be presented, with the permission of the Faculty of Agriculture and Forestry of the University of Helsinki. 37p. Pacheco, E. B. & Da-Silva, C. J. 2009.Fish associated with aquatic macrophytes in the Chacororé-Sinhá Mariana Lake system and Mutum River, Pantanal of Mato Grosso, Brazil. Braz. J. Biol., 69(1): 101-108. Pedralli, G. 1990. Macrófitas aquáticos: técnicas e métodos de estudos. Estudos de Biologia, 26: 5-24. Pelicice, F. M. 2006. Bancos de macrófitas aquáticas como vetores de dispersão de peixes na planície de inundação do alto rio Paraná, Rio Ivinheima, Mato Grosso do Sul, Brasil. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais da Universidade Estadual de Maringá, como parte dos requisitos para obtenção do título de mestre em Ciências Ambientais. 53p. 34

Pelicice, F. M & Agostinho, A. A. 2006. Feeding ecology of fishes associated with Egeria spp. Patches in a tropical reservoir, Brazil. Ecology of Freshwater Fish, 15: 10-19. Petry, P.; Bayley, P. B. & Markle, D.F. 2003.Relationships between fish assemblages, macrophytes and environmental gradientes in the Amazon River floodplain. Journal of Fish Biology, 63: 547 579. Prado, K. L. L.; Freitas, C. E. de C. & Soares, M. G. M. 2010. Assembléias de peixes associadas às macrófitas aquáticas em lagos de várzea do baixo rio Solimões. Biotemas, 23 (1): 131-142. Prado, L. K.; Freitas, E. C. & Oliveira, S. A. 2009. Assembléias de peixes associadas a diferentes bancos de macrófitas aquáticas em lagos de várzea do baixo Rio Solimões. Rev. Colombiana Cienc. Anim., 1(2): 185-201. Rial, B. A. 2009. Plantas acuáticas de los Llanos inundables del Orinoco. Venezuela. Fundacion La Salle de Ciencias Naturales. 392p. Sánchez-Botero, J. I.; Leitão, R. P.; Caramaschi, E. P. & Garcez, D. S. 2007.The aquatic macrophytes as refuge, nursery and feeding habitats for fresh water fish from Cabiúnas Lagoon, Restinga de Jurubatiba National Park, Rio de Janeiro, Brazil. Acta Limnol. Bras., 19(2): 143-153. Sánchez-Botero, J. I. 2000. Distribuição da ictiofauna associada às raízes de macrófitas em relação ao oxigênio dissolvido, temperatura e tipo de planta na Amazônia Central. Dissertação de Mestrado, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia/ Universidade Federal do Amazonas. Manaus, Amazonas. 41p. Sánchez-Botero, J. I.; Araújo-Lima, C. A. R. M.&Garcez, D. S. 2008. Effects of types of aquatic macrophyte stands and variations of dissolved oxygen and of temperature on the distribution of fishes in lakes of the Amazonian floodplain. Acta Limnológica Brasileira, 20 (1): 45-54. Santos, G. M. dos; Mérona, B. de; Juras, A. A. &Jégu, M. 2004. Peixes do Baixo Rio Tocantins: 20 anos depois da usina hidrelétrica Tucuruí. Brasília: Eletronorte. 216p. 35

Schaefer, J. F.; Heullett, S. T. & Farrell, T. M. 1994. Interactions between two poeciliid fishes (Gambusia holbrooki and Heterandria formosa) and their prey in a Florida marsh. Copeia, 2: 516-520. Schiesari, L.; Zuanon, J.; Azevedo-Ramos, C.; Garcia, M.; Gordo, M.; Messias, M. & Vieira, E. M. 2003. Macrophyte rafts as dispersal vectors for fishes and amphibians in the Lower Solimões River, Central Amazon. Jornal of tropical Ecology, 19: 333-336. Silva, G. C. 2010. Peixes de pequeno porte associados à macrófitas aquáticas em uma planície de inundação neotropical. Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais do Departamento de Biologia, Centro de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Maringá, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Ciências Ambientais. 68p. Silva, S. S. L.2011. Caracterização ecológica e estrutural de macrófitas em reservatórios no estado de Pernambuco. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Botânica PPGB da Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE, como requisito para obtenção do título de Doutor em Botânica. 107p. Soares, É. C. 2005. Peixes do Mearim. Editora Instituto Geia. 145p. Soares, M. G. M.; Costa, E. L. da; Siqueira-Souza, F. K.; Anjos, H. D. B. dos; Yamamoto, K. C. & Freitas, C. E. de C. 2008. Peixes de lagos do Médio Rio Solimões. Manaus: Instituto I-piatam. 2 ed. 160p. Soares, M. G. M.; Freitas, C. E. C. & Oliveira, A. C. B. 2014. Assembléias de peixes associadas aos bancos de macrófitas aquáticas em lagos manejados da Amazônia Central, Amazonas, Brasil. Acta Amazonica, 44(1): 143 152. Súarez, Y. R.; Ferreira, F. S. &Tondato, K. K. 2013. Assemblage of fishs pecies associated with aquatic macrophytes in Porto Murtinho Pantanal, Mato Grosso do Sul, Brazil. Biota Neotrop.,13(2): 182-189 Thomaz, S. M. & Bini, L. M. 2003. Ecologia e manejo de macrófitas aquáticas. Editora da Universidade Estadual de Maringá. 342p. 36

Townsend, C. R. 1989. The Patch Dynamics Concept of Stream Community Ecology. J. N. Am. Benthol. Soc., 8(1): 36-50. Valbo-Jørgensen, J.; Lasso, C. A. & Blanco-Belmonte, Y. L. 2000.Fishbiomassanddensity in macrophyte habitats in floodplain lakes of the Orinoco Basin, Venezuela.Memoria de la Fundación La Salle de Ciencias Naturales, 50(153): 35-49. Weaver, M. J.; Magnuson, J. J.& Clayton, M. K. 1997. Distribution of littoral fishes in structurally complex macrophytes. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, Ottawa, 54(10): 2277-2289. Ximenes, L. Q. L.; Mateus, L. A. de F. &Penha, J. M. F. 2011.Variação temporal e espacial na composição de guildas alimentares da ictiofauna em lagoas marginais do Rio Cuiabá, Pantanal Norte. Biota Neotropica, 11(1): 205-215. Banco de dados FishBase. Disponível em www.fishbase.org 37